Investigação e fonte primária
Toda investigação requer um tempo
para angariar provas suficientes para retirar o máximo de dados de fragmentos
que estão expostos no objeto que se quer retirar provas e definir uma
consideração afirmativa de ser um fator de conclusão dos fatos. Existe atrás de
toda investigação de cunho cientifico a observância de detalhes que não estão implícitos
no objeto e que é a parte integrante que conforma toda estrutura que dará a
informação necessária para montar o quebra cabeça investigativa. Detalhes
que não são visíveis a quem não está ligado ao objeto estudado pode ser de suma
importância para fechar todos os “autos” que conclui a linha seguida na investigação.
Muitas vezes para se ter um fragmento histórico de um momento histórico
requer-se paciência suficiente para definir toda a gama de dados armazenados ao
longo do tempo a que se propôs estudar seus detalhes. Por vezes “cai no colo" de quem procura dados ocorridos uma peça importante que dará mais subsídios para
definir algo importante como algo conclusivo, embora sempre faltará algum
fechamento, pois como o filósofo alemão Walter Benjamin[1] define
que não há como recuperar toda a história, e é melhor que assim seja, para
existir sempre uma janela aberta para novas perspectivas para dirimir dúvidas
que porventura haja nesta “arqueologia investigativa”, que está nos escombros
de algo que ficou escondido por um tempo, e que virá a luz dando mais consistência
a investigação.
Existe neste sentido a fonte primária,
ou fonte original, que é aquela fonte escrita em um primeiro momento por uma
autoridade de fato e de direito instituída para dar o parecer sobre um objeto
em questão, e que será a origem do que se quer definir como de importância em
dado instante como documento oficial, em assentos de registros que será a fonte
de onde se extrairá dados de pesquisa ao longo do tempo.
Tudo é história, mas nem tudo é histórico, pois parte daquilo que
faz a história humana muita coisa carece de registro oficial, ficando a mercê da
oralidade de determinada localidade onde há pertencimento e identidade. Muita
coisa perde-se em toda a gama de informação que existe na história que fica restrito
somente a um grupo que recolhe aquela informação, muitas vezes necessária para
sobrevivência.
Enfim, é necessário afinco para investigar
e subtrair do objeto, a fonte de dados que se quer subtrair algo ainda
indefinido na investigação, um registro feito num tempo e num espaço definido
como oficializado que permaneça como relevante e que foi determinante para o
poder da época.
O poder é quem tem “o
poder” de oficializar documentos para validar a autenticidade com sua chancela impressa!
[1] “Um acontecimento vivido é finito, ou pelo menos encerrado na esfera do vivido, ao passo que o acontecimento lembrado é sem limites, porque é apenas uma chave para tudo que veio antes e depois”.
“A verdadeira imagem do passado
perpassa, veloz. O passado só se deixa fixar como imagem que relampeja
irreversivelmente, no momento em que é reconhecido”.
Sem comentários:
Enviar um comentário