MUITO NHÉM-NHÉM-NHÉM
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
O historiador e a expansão da cidade de São Paulo na Zona Sul, Santo Amaro/SP!
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
A FÁBRICA DE DOCES BELA VISTA EM SÃO PAULO: PORTUGUESES DE CADIMA
A Fábrica de Doces Bela Vista está relacionada aos imigrantes da cidade de São Paulo. Foi fundada em 1915 por um imigrante italiano e depois comprada pelo imigrante português Joaquim Maria (Maraia!!!) de Almeida e Silva, natural de Cadima, Portugal.
Nicola Infante iniciou a fábrica de doces na rua
Major Diogo, 226, no bairro que daria nome a Empresa Bela Vista.
Entre os vendedores da Bela Vista estava a figura
de Joaquim Maria de Almeida e Silva, (31-08-1903/12-07-1978) inicialmente um
vendedor de pães. O fundador da empresa, Nicola Infante decidiu vender a sua
fábrica de doces e sair dos negócios, oferecendo-a ao então seu principal
vendedor, Joaquim Maria de Almeida que juntamente com seus patrícios, Rodrigo Mendes
Barreto e Manuel da Cruz Barreto, adquiriram a Bela Vista por 80 contos de réis.
A fábrica na década de 1940 aumentou a produção consolidando-se como um dos principais fabricantes de doces de nossa cidade. A empresa sediada na rua Major Diogo tornou-se pequena para as atividades industriais e os proprietários decidem construir novas instalações, optando pelo bairro do Pari, na rua Canindé, 948.
A distribuição dos produtos, foram ampliadas por caminhonetes e caminhões, sempre pintados na cor verde e que eternizaram a marca por toda a cidade e interior paulista.A empresa recebia outros administradores da produção sendo que para fazer as vezes de Joaquim Maria de Almeida e Silva, foi empossado seu cunhado Camilo Costa. Para o de Manuel da Cruz Barreto, assumiu João Jorge de Carvalho e assumiu para Rodrigo Mendes Barreto, casado com a senhora Ermelinda, o seu cunhado Antônio da Luz Lopes.Há o livro “Cadima, Sua Gente eu Seu Passado” elaborado
por Mário de Almeida Batata, que mostra um pouco dessa aldeia, de onde vieram
alguns patrícios. Ele mesmo coloca ter chegado ao Brasil em 1951 e trabalhado
como vendedor viajante da Fábrica de Doces Bela Vista.
Em 1969 Joaquim Maria de Almeida junto de seus filhos e genro adquirem as ações de seus sócios. Hoje o presidência da Fábrica de Doces Bela Vista está a cargo de Cid Maraia de Almeida filho de Joaquim Maria de Almeida. Cid Maraia de Almeida presidiu ainda o Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos no Estado de São Paulo(SIMABESP) nas gestões de 1993 a 1996 e de 2005 a 2011.
Os Almeida Maraia, fazem parte do ramo conhecido de Cadima, em Portugal, terra onde todos são primos e primas.
Observações:
Este ensaio buscou fontes confiáveis e depoimento de Odete dos Santos Amaro, esposa de Alcir de Jesus Amaro (falecido) ex funcionário da empresa. Se porventura houver algo que possa enriquecer a crônica, será bem-vindo.Essa empresa está no seio da família. Muitos portugueses dessa "aldeia" (tipo cidade do interior) eram de lá, como minha avó por parte de mãe, e muitos funcionários eram de Cadima!
Vide:
Cadima: Identidade e Pertencimento
http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2011/09/cadima-identidade-e-pertencimento.html
Fotos do acervo da empresa e/ou em pesquisa os créditos..
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
Não há documento oficial de que Santo Amaro/SP tenha sido “fundada” em 1552!
Anchieta e a missa que não celebrou!
Santo Amaro (Paulistana) estava em uma região entre o litoral e a Boca
de Sertão e era a ponte ente o mar e aquela que viria a ser São Paulo de
Piratininga. Evidente que possa haver um elo de datas anteriores ao seu
“nascimento”, pois as expedições vinham com o intuito de reconhecimento das
terras de El Rey de Portugal. Datas são focos conflitantes quando não se
encontram documentos oficiais, ou do Estado ou da Igreja, que possuía toda
autoridade de exercer funções de registro. A primeira carta escrita sobre a
fundação de São Paulo está desaparecida, mas por algum motivo foi reescrita uma
segunda por Anchieta datada de setembro de 1554 que foi enviada a Roma onde
consta das Cartas de Anchieta, o seguinte:
“Por isso, alguns irmãos mandados para esta aldeia no ano do
Senhor de 1554, chegamos a 25 de janeiro e celebramos a primeira missa em uma
casa pobrezinha e muito pequena no dia da conversão de São Paulo, e por isso
dedicamos ao mesmo nome a esta Casa”.
Os superiores deveriam “escrever” ao provincial e este a hierarquia
maior em Roma, muitas delas escritas em duas línguas, no caso espanhol e latim,
de domínio do Irmão Joseph de Anchieta, que chegou ao Brasil em 1553, logo não
poderia estar em Santo Amaro celebrando missa, no Brasil, em 1552. Ele só foi ordenado
em 1566, e não tinha este “venerado irmão” os encargos atribuídos à função
de sacerdote até aquela data, ou seja: os ofícios litúrgicos eram professados por
sacerdote ordenado, talvez houvesse o direito de proclamar a
celebração. mas sem o direito da consagração litúrgica!
O primeiro registro de terras em Santo Amaro, talvez por força da
autoridade de documento de Ana
Pimentel, governadora da capitania de São Vicente, uma gleba que por
muito tempo foi de 640 Km2, data de 12 de agosto de 1560:
duas léguas de terras na margem esquerda do rio (atual Rio Pinheiros) então
chamado de Jeribatiba,(Jurubatuba) doadas aos padres jesuítas.
Em 1560 foi também usado, por ordem de Mem de Sá, um outro caminho
entre o planalto e o litoral, mais para oeste, a fim de evitar os ataques dos
tamoios.
Data-se desta época a denominação Santo Amaro, (que não se trata da
Capitânia de Santo Amaro, que deu origem ao Guarujá!) homenagem dos
jesuítas que trouxeram de Portugal uma imagem do Santo, embora se confira
segunda hipótese da doação da imagem por parte do casal João Paes e Suzana
Rodrigues, para a Capela Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, também hipótese contestada pela própria igreja!
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
A Vozinha Amélia e o Corona Vírus
A vozinha Amélia saiu aplaudida do hospital, venceu o Vírus!!!
Na saída havia repórteres que queriam entrevistá-la.
-Vó Amélia, quantos anos a senhora tem?
-“Fia”, acho que tenho 85...
-A senhora saiu nesses dias?
-Mas de jeito nenhum, se eu sair meus “fios me mata”!
-Então se o vírus não matar os filhos matam a senhora?
-É isso mesmo, tá certinho!!!
-Mas se a senhora não sai de casa, como pegou o vírus.
-Ah, isso num sei não, acho que esse bichinho é danado!
-Como assim bichinho danado?
-Penso que “si nóis num sai ele vem nos visita”.
-Mas ele não pode vir se alguém não o traz!
-Eu tranco tudinho, ele num tem jeito de entrar de modo nenhum.
-Vó, a senhora vive sozinha?
-Sim a casa é minha, vivo com meu netinho, ele é bonzinho.
-Ele que cuida da senhora?
-Desde que o finado se foi!
-Quantos anos ele tem?
-Num sei bem ao certo, mas acho que é 24.
-Então é um moço de responsabilidade?
-“Virge Maria” e muita!
-Fica o tempo todo com a senhora?
-Fica usa "máscra", “faiz” compra, tudo certinho, usa até
“arcoo”!!!
-Difícil saber como esse vírus atacou a senhora!
-Verdade...
-A esqueci de só fala uma coisinha sem sentido:
Nos fins de semana meu netinho vai num lugar que se chama “balada”...
Tadinho “trabaia" tanto tem que se diverti um bucadinho, né não???
( A única coisa fictícia dessa história é o nome da vozinha)