quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Inauguração do “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO”

EVENTO REALIZADO: 30 de setembro de 2010
A Sociedade Civil inaugurou hoje, 30 de setembro de 2010, o Monumento aos Aviadores, ao meio dia, no seu zênite mais alto do firmamento, completando a jornada iniciada em setembro de 1987, quando o “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO” passou a não fazer mais parte da paisagem da Represa na Capela do Socorro, em Santo Amaro, por longos 23 anos. Houve uma homenagem em torno do Monumento ao saudoso aviador que desde o primeiro dia da retirada do Monumento do Paredão da Barragem, em 1987, lutou incessantemente por seu retorno. Hoje após sete dias do seu passamento, lembranças de todos, da Velha Águia, Gunar Çukurs, que amou sempre o espaço da Represa de Guarapiranga. Os motores do seu hidroavião Seabee, ou "Abelha do Mar”, silenciaram-se para sempre, mas não a vontade daqueles que ficaram com a incumbência de concretizar esta missão, embora as fronteiras dos empecilhos tivessem sido muitas, galgou-se o alto da colina, exaustos, mas com vontade de concretizar o que nos foi delegado, pela força dos “anjos da história”! (Walter Benjamin)
A batalha foi árdua e, muitos diziam que não iríamos conseguir, tantos antes lutaram e não viram a obra se concretizar, devíamos desistir, afinal de que valeria tanto esforço para ter de volta uma estátua? Foi justamente isso, não era uma estátua, era um “Monumento”, e da Travessia do Mar Tenebroso, e se houve valia para alguém, valeria para nós também.
Andamos, ou melhor "viajamos" atrás de informações, sem receber pistas, nada se encaixava tudo nos era negado, até a mais modesta informação. Mas éramos um grupo de “teimosos”, que se fortalecia mais e mais com as negações constantes e com o jogo de interesses políticos, que monopolizava as informações num jogo de barganha, que não queríamos participar.

Documento enviado à PREFEITURA DE SÃO PAULO: aguardando resposta

Entre os céus e a terra existem forças incontroláveis e foram estas que agiram em prol de um trabalho, pois a messe era grande e os operários bem poucos; e, agiram descortinando os horizontes que se abriram de repente, por fim nossa luta foi coroada com o Laurel da Vitória. Mesmo com todos os percalços, hoje foi um grande dia para nós e a lembrança de nossos amigos rememorados em um réquiem, com o culto iluminado pelo sol e céus, nas palavras abençoadas do missionário Robert, dizemos alegres que a luta iniciada por eles, não foi em vão: MISSÃO CUMPRIDA!!!

UM DETALHE: OS HERÓIS NÃO MORREM JAMAIS; SUBLIMAM-SE NO ESPAÇO E TEMPO DA HISTÓRIA!

domingo, 26 de setembro de 2010

COMISSÃO EM PROL DO RETORNO DO “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO”

GAZETA DE SANTO AMARO(24 a 30 de setembro de 2010): MONUMENTO HERÓIS DA TRAVESSIA DE VOLTA AO SEU LOCAL DE ORIGEM.

Agradecimento à Gazeta de Santo Amaro por parte da “Comissão em Prol do Retorno do Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico”

Gostaríamos de agradecer imensamente ao Grupo Sul News e da especial colaboração da Empresa Jornalística Gazeta de Santo Amaro LTDA, que nos deu total cobertura no registro histórico do retorno do “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO”, que nos orgulha em ter participado intensamente para que se fizessem jus de restabelecer a Capela do Socorro, região de Santo Amaro, o que sempre lhe pertenceu por direito histórico. Ao conceituado jornal, que por meio século presta grandes serviços a região com seus diretores, Armando da Silva Prado Netto e Zélia Xidieh Prado, com a colaboração sempre presente do fotógrafo Luiz Menotti, mais conhecido pelos amigos por Tico, registrando pelas suas objetivas muito da história santamarense, completada pela responsabilidade editorial de Ana Cláudia Nagao; enfim a todos da redação que nos receberam com todo dignidade e respeito pelo direito de registro da historiografia, a “Comissão em Prol do Retorno do Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico” fica imensamente grata.

Matéria GAZETA DE SANTO AMARO de 24 a 30 de setembro de 2010: MONUMENTO HERÓIS DA TRAVESSIA DE VOLTA AO SEU LOCAL DE ORIGEM.
Em 05 de setembro de 1987 a Gazeta de Santo Amaro, número 1426 denunciava “De Pinedo Foi Passear e Não Voltou”. Era início de uma longa jornada de muitos abnegados inconformados com a retirada do local de origem, a Represa de Guarapiranga, do “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO”, até culminar com o dia 22 de junho de 2010, data em que o referido Monumento foi retirado da Praça Nossa Senhora do Brasil, na região dos Jardins, após 23 anos de ausência para ser transladado para o Parque da Barragem, na Capela do Socorro.
A partir de 2007 formou-se a “Comissão em Prol do Retorno do Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico” com a publicação pelo site da Secretaria da Cultura, http://www.saopaulominhacidade.com.br/, o texto "A Represa do Guarapiranga e a Primeira Travessia do Atlântico", de 29 de fevereiro de 2008, intensificou encaminhamentos de pesquisa sobre o fato onde conseguimos iconografia da Represa de Guarapiranga, além de participação de exposição da 3ª Edição dos Museus, realizada em Santo Amaro, na Galeria Borba Gato, Avenida Adolfo Pinheiro, 384, com colaboração do "Centro de Tradições de Santo Amaro", CETRASA expondo fotos da Represa, com visitação pública de setembro a outubro de 2009.
Outros se engajaram a fortalecer nossa reivindicação, como senhor Douglas A.I.Cukurs que postou no mesmo site o texto “Hidros da Guarapiranga”, de 14 de novembro de 2008, onde a “Comissão em Prol do Retorno do Monumento” ganhou a adesão de Werena Çukurs, filha do aviador Gunar Çukurs,e que foi um dos pioneiros na luta do retorno do Monumento .
Em 29 de novembro de 2008 intensificamos petições a respeito do monumento com participação popular na Associação Amigos do Bairro Socorro, na Rua Morais Navarro, para reaver o Monumento para seu local de origem com apoio de seu saudoso presidente, José Fonseca Lima.
Nesta oportunidade contamos com a presença dos diretores da associação, alguns historiadores e moradores interessados; distribuímos algumas notas nos jornais do bairro a respeito do assunto e alguns jornais expuseram a empreitada.

Depois contatamos o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, CONDEPHAAT, para que nossa solicitação fosse atendida, o que gerou a entrada no processo nº 59875/09, relativo ao projeto básico de restauro e deslocamento do monumento Heróis da Travessia do Atlântico, era a consumação.
Elaborou-se uma estratégia de aproximação dos moradores que conviveram como momento histórico, e pasmem, encontramos o senhor Francisco de Moraes, de 95 anos, que é testemunha viva do momento histórico de 1927. Esse observador existencialista nos ofereceu subsídio para abordar o tema que consumiu prazerosos momentos em nome da historiografia. Isto demandou trabalho árduo de visitas creditadas em pesquisas e paciência, para atingir objetivos.
Foram recolhidos dados, de moradores com vinculo de pertencimento com a região, dando-nos o aval de visitá-los em suas residências, construídas ao longo do tempo pelas gerações que passaram depois para seus filhos, onde nos contemplaram fornecendo informações valiosas sobre o “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO”.

A resposta à história partiu da sociedade organizada que reivindicou a volta do Monumento, um documento histórico vivo no tempo e espaço de preservação da memória da sociedade, e seu comprometimento com identidades individuais e coletivas.

Os colaboradores tiveram ao longo das entrevistas um sentimento de identificação com o momento vivido que caracteriza uma possibilidade de participação ativa pela experiência de cada um e sua contribuição para o momento histórico: a volta do “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO”, à Capela do Socorro, região de Santo Amaro.
Em 22 de julho de 2010 consumou-se o translado definitivo da Praça Nossa Senhora do Brasil, Jardim América para o Parque Barragem, Capela do Socorro; Santo Amaro, São Paulo, com o custo de R$ 394.992,77, onde se registra o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, CONPRESP, fiel depositário da obra de Ottone Zorlini.
NOTA:
(Por uma questão de espaço da matéria jornalística publicada, houve alguns ajustes por condições técnicas e deste modo acrescemos a matéria do blog a integra daqueles que de alguma forma tiveram maior aproximação com o feito)

Gostaríamos de registrar a participação destes colaboradores que de uma maneira ou outra contribuíram para tornar realidade um sonho, sem desmerecimento aos demais que por vezes no seu silêncio contribuiu muito mais do que esse missivista. Abaixo fica registrada a gratidão daqueles que contribuíram neste momento contemporâneo, e representaram sobre maneira os ausentes:
Nair da Silva Petrovics
João Zillig da Silva
Jeremias Homero Bhering
Francisco de Moraes
Werena e Gunar Çukurs
Hilda G. Sterchele
Neuza Meneghello
Edmundo Manzini
Vilton Giglio
Pedro Gouvea
Estanislau Rybczynski
José Francisco Pacheco do Couto
Cyro Mascarenhas de Campos
Lourenço Borba
Armando da Silva Prado Netto
José Fonseca Lima (memorian)
Ana Paula Fonseca
Rossana Bechara
Nilo Placona Filho
Miguel e Ekiko Mori

Parabenizamos a todos com sincera gratidão: “Comissão em Prol do Retorno do Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico”,

Neuza Meneghello, presidente.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CAPELA DO SOCORRO(SP): DOIS TEMPOS (50 ANOS)

CAPELA DO SOCORRO: PRESENTE!

INÍCIO: CAPELA PIONEIRA PRIMÓRDIOS DO SÉCULO 20

RIO JURUBATUBA E AS REPRESAS
Abaixo: Dois momentos da Região da Capela do Socorro:1958 e 2008

1) PONTE SOBRE CANAL


2) PARQUE DA BARRAGEM(PAREDÃO)

3) PÁTIO DA LIGHT, REPRESA DE GUARAPIRANGA PRÓXIMO AO "PAREDÃO"

4) LARGO DO SOCORRO


5) ESQUINA DAS AVENIDAS DE PINEDO E JOÃO (RIBEIRO) DE BARROS


6) COMPORTINHA


7) CANAL: LIGAÇÃO ENTRE REPRESA E JURUBATUBA

8) BAIRRO ANTERIORMENTE HORIZONTAL, VERTICALIZA-SE
CAPELA DO SOCORRO: ESCORÇO HISTÓRICO

A localidade Capela do Socorro, que tem como padroeira a “Nossa Senhora Consolata”, originalmente intercessora dos italianos do norte, para os brasileiros da Consolação, do Perpétuo Socorro, possui uma história anterior a data que efetivada de 9 de outubro de 1938, usada  como formalidade dos documentos oficiais. Consta que a padroeira foi doada por um caminhante que tinha a proteção da virgem e foi socorrido por habitantes locais em um momento que precisava de amparo.
Este local anteriormente conhecido como Porto, iniciou-se a partir da extração de areia às margens dos rios Jurubatuba (em tupi-guarani, lugar feliz) e Pinheiros. Consta em oralidade histórica que a Capela original, teve sua última festa registrada em 05 de janeiro de 1937, havendo movimentação dos festeiros locais Antonio Alves e José Lameira que angariaram os recursos iniciais para constituir uma nova capela, pois o senhor Claudino, da tradicional família dos Pires, já havia doado o terreno para que fosse iniciada as obras, com a participação dos imigrantes que deram origem ao local.Com a construção prolongando-se até 1951 a imagem ficou em custodia na Capela de Santa Terezinha, sendo que os cultos do Socorro eram realizados em um residência na Avenida de Pinedo, com a presença dos sacerdotes da Verbo Divino.
Dom Paulo Rolim Loureiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, deu assentamento ao padre Manuel Antonio Tacla, primeiro sacerdote da Capela do Socorro, instituído em 1954. Assim a égide se expandiu até se tornar uma promissora localidade da cidade de Santo Amaro, até o ano de 1935, quando a autonomia passou para município de São Paulo.

O local fez jus a sua relevância histórica consolidada em 1927, quando foi palco da Primeira Travessia do Atlântico, sem apoio marítimo e realizado por dois heróis, um italiano, Francesco de Pinedo, com seu hidroavião Santa Maria e outro brasileiro João Ribeiro de Barros, com seu hidroavião Jahú. Em 1929, deu ensejo a “perpetuar” o momento através do “MONUMENTO AOS HERÓIS DA TRAVESSIA DO ATLÂNTICO”, do escultor italiano Ottone Zorlini, que retorna em 2010 a Capela do Socorro após uma ausência de 23 anos!
Esboço da Conformação do Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico:
Qual é teu real valor?
Quem te delapidou?
A quem pertences?
O que representas às gerações?
Aguardamos maiores informações aos que "amam" a Capela, para abranger um campo maior de dados e informações! Grato pela colaboração!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA: TIETÊ

Dia do Rio : 22 DE SETEMBRO - Comemorar o quê?

“Não tenho medo de errar... Erro a gente pode corrigir.
Tenho medo é da fórmula! (Burle Marx)

Dia 22 de setembro, o Dia Oficial do Rio Tietê, tornada data oficial através da Lei Municipal de 2001.

O rio Tietê é um rio do Estado de São Paulo. O nome Tietê foi registrado pela primeira vez em um mapa no ano de 1748 no Mapa D'Anvile e, em tupi, significa "rio verdadeiro", ou "águas verdadeiras". O Rio Tietê foi importantíssimo para os colonizadores entrarem na boca do sertão do Brasil. Foi o Rio Tietê que propiciou algumas Bandeiras e Descimentos pelos rios (Monções, favoráveis as navegações) na interiorização do Brasil, depois completado com o ciclo dos muares, que adivinham dos pampas, num entroncamento em Sorocaba.

Ao longo do Tietê, nascido a 25 quilômetros de Salesópolis, a 780 metros de altitude, na parte ocidental da Serra do Mar, percorre mais 1.100 quilômetros e desaguando no Rio Paraná, na divisa com o Estado do Mato Grosso.
PROLIFERAÇÃO DAS ALGAS NA REPRESA DE GUARAPIRANGA

Um afluente do Tietê é o Rio Pinheiros, que nasce do encontro do Rio Guarapiranga e o Rio Grande, e deságua noRio Tietê. O Rio Grande nasce a partir da Represa Billings e tem sua foz, no encontro com o Rio Guarapiranga, dando origem ao Rio Pinheiros, um rio retificado da cidade de São Paulo, que de seus antigos 45 quilometros restaram 27, e de suas águas com movimento lótico em voltas tortuosas, restou-lhe a lentidão de um rio morto. É o canal de ligação entre a Represa de Guarapiranga e o Rio Tietê.

REPRESA DE GUARAPIRANGA: Indicação da Placa - PROIBIDO NADAR!(atoleiro de algas)

A partir dos anos 1950 ambos (além do Tamanduatei) passaram a serem veículos receptores e transportadores de resíduos domésticos e industriais que viriam a poluir suas águas. Suas margens foram deterioradas com o surgimento das zonas urbanas das cidades ribeirinhas e a Região Metropolitana, com estabelecimentos comerciais e industriais, com uma população da grande São Paulo, estimada em 18 milhões de habitantes.[1]

MATA CILIAR DO RIO TIETÊ=CONCRETO

O rio Tietê e seus afluentes recebem, na região metropolitana de São Paulo, aproximadamente 35 mil litros de esgoto a cada segundo, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo-SABESP, ou seja, três bilhões de litros por dia; sem contar os dejetos e o lixo diretamente atirado em suas águas, como pneus, móveis, etc.

RIO PINHEIROS: AFLUENTE DO RIO TIETÊ
A partir de1992 foi iniciada etapas de despoluição, onde 1.250 indústrias jogavam seus resíduos químicos, no Rio Tietê ou em seus afluentes. Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo- CETESB, houve redução diária de 316 toneladas de carga despejada pelas indústrias.

Na primeira etapa, retiram-se as partes sólidas que vêm com o esgoto, de sofás e pneus a grãos de terra e excremento.

Numa segunda etapa, a água suja recebe micro bolhas de oxigênio, que abrem o apetite de bactérias e outros bichinhos da água que devoram os dejetos lançados no rio.

Uma terceira etapa, a água deverá ser tratada recebendo produtos químicos para retirar o excesso de minerais e outros nutrientes indesejáveis que os microorganismos comedores de excremento produzem. Está etapa tem custo elevado e parece descartada dos planos do projeto de despoluição.
Essas etapas farão que 1,4 bilhões de litros de esgoto deixem de ir para o Rio Tietê todos os dias, com previsão que para 2018, quando apresentará aspecto saudável, sem odor, e sua água já poderá ser utilizada como água para reuso, não para consumo humano.
No passado, provocava inundações, além de facilitar a disseminação de moléstias, o equilíbrio existia, pois tais situações eram esporádicas e localizadas. Foi com a atuação do homem que alterou-se as condições do primitivo ecossistema e, de modo gradativo, levou a um acomodamento da sociedade e o progresso, levaram o rio à situação de quase “inadimplência ambiental”.

Investimentos

O Projeto Tietê foi dividido pela Sabesp em etapas. A primeira fase, que começou em 1995 e se estendeu até 1998, contou com recursos da própria Sabesp (R$ 550 milhões), do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID (R$ 450 milhões) e da Caixa Econômica Federal (R$ 100 milhões). Nesse período, foram construídas três Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) - São Miguel, Parque Novo Mundo e ABC -, que, juntas, têm capacidade para tratar 7 mil litros de esgoto por segundo, e a ETE Barueri teve sua capacidade ampliada de 7 mil para 9 mil litros por segundo.
O êxito da primeira fase credenciou o governo do estado a negociar um novo financiamento com o BID, que liberou mais US$ 200 milhões. Com outros R$ 600 milhões em recursos investidos pela Sabesp, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Projeto Tietê, da Sabesp com a ampliação das Estações de Tratamento têm capacidade para tratar um grande volume de esgoto, com prioridade à construção de tubulações que liguem as casas às estações de tratamento. No total, serão feitas 290 mil ligações domiciliares e construídos sob a terra 1,4 mil quilômetros de redes coletoras, estimando que 300 milhões de litros de esgoto deixarão de ser despejados nos rios todos os dias. O índice de coleta de esgoto passará de 80% para 84%, e o de tratamento, de 62% para 70%.
ÁGUAS METROPOLITANAS DO RIO TIETÊ

A principal preocupação da Cetesb hoje é o fósforo, componente mineral presente em 85% das amostras coletadas e que é encontrado em urina e fezes, como também nos detergentes em pó, ele acelera um processo biológico conhecido como eutroficação[2].

ALGAS NAS ÁGUAS DA REPRESA DE GUARAPIRANGA

O aumento do material orgânico lançado nas águas oferece condições para que as cianobactérias[3] (algas azuis) se reproduzam de maneira exagerada. "Isso, além de diminuir a taxa de oxigênio dissolvido, faz com que um reservatório tenha sua vida útil encurtada", um alerta técnica da Divisão de Qualidade de Águas da Cetesb. [4]A despoluição do Tietê é um projeto de longo prazo e, para que seus objetivos sejam alcançados, é necessário o empenho de sucessivas gestões de governo e uma cobrança constante da sociedade. Além de conscientização da população para que haja retorno, novamente, vida aquática.

Bibliografia:

ROCHA, Aristides Almeida. Do Lendário Anhembi ao Poluído Tietê. Editora: Edusp. 1991

Ref.: Fundação SOS Mata Atlântica

Ref.: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=204&Artigo_ID=3182&IDCategoria=3436&reftype=1

BANCO MUNDIAL. Recursos Hídricos e Saneamento na região metropolitana de São Paulo: Um desafio do tamanho da cidade. Brasília, 2003.

Constituição da República Federativa do Brasil. (CF/88). 3. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1998.

CAVALCANTI, Clóvis. (Org.). Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez: Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 1999.

MMA – Ministério do Meio Ambiente URL: http:// HYPERLINK
http:// http://www.mma.gov.br/

Decreto 37.300 - SÃO PAULO ESTADO – Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos Hídricos, FEHIDRO. São Paulo. Governo do Estado, 1993.

Lei 9.866 - SÃO PAULO ESTADO – Diretrizes e normas para proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo. São Paulo. Governo do Estado, 1997.

NOTAS:

[1] Na década de 1990, o rio chegava a receber por dia 5 toneladas de esgoto das fábricas. Mas hoje, empiricamente, cerca de 1 200 indústrias, que respondem por 90% da sujeira, tratam seu esgoto.
O esgoto doméstico é o maior poluente do rio. Mesmo com cinco novas estações de tratamento e 3 mil km de novos canos de coleta, o rio ainda recebe 500 toneladas diárias de dejetos das casas de tubulações clandestinas
O lixo jogado nas ruas responde por um terço , aproximadamente 250 toneladas, da sujeira que chega ao Tietê. Entulho, papéis, pneus e até sofás abandonados são carregados pela água das chuvas e, ao caírem na rede de galerias pluviais, seguem direto para o rio, sem nenhum tratamento.

[2] Eutrofização é um fenômeno que ocorre nas águas, provocado por excesso de nutrientes como o Nitrogênio, causando a proliferação excessiva de algas e quando entram em decomposição aumentam muito os microrganismos fazendo com que ocorra a deteriorização de águas de rios, represas, lagos e outras fontes.

[3] As cianobactérias podem produzir gosto e odor desagradável na água e desequilibrar os ecossistemas aquáticos. O mais grave é que algumas cianobactérias são capazes de liberar toxinas, que não podem ser retiradas pelos sistemas de tratamento de água tradicionais e nem pela fervura, que podem ser neurotoxinas ou hepatotoxinas. Originalmente estas toxinas são uma defesa contra devoradores de algas, mas com a proliferação das cianobactérias nos mananciais de água potável das cidades, estas passaram a ser uma grande preocupação para as companhias de tratamento de água.

[4] A Cetesb destaca ainda outros três tipos de poluentes presentes em quantidades significativas no Tietê: os metais pesados (chumbo, cobre, zinco, etc.), lançados na água pelas indústrias, o DDT (tipo de inseticida que hoje tem sua utilização proibida) e os PCBs (substâncias cujo uso também não é mais permitido, mas que estão presentes em transformadores e capacitores fabricados antes da legislação que os baniu, em 1981).A análise dos sedimentos da bacia do Alto Tietê também aponta contaminação. Uma das substâncias tóxicas presentes é o chumbo tetraetila, utilizado na composição da gasolina na década de 80, e até hoje encontrado no leito do Tietê e de seus afluentes. De acordo com a Cetesb, os dois locais que enfrentam a situação mais crítica são os reservatórios de Pirapora e Rasgão, que recebem toda a carga poluidora da região metropolitana.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

UMA MENTIRA BEM CONTADA: CORRIDA CONTRA O TEMPO

Brasil: Imediatismo de Um Rico Pobre
Metrô de Santo Amaro

O governo paulista assinou dois contratos de financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington, no mês de setembro de 2010, garantindo U$ 1,081 bilhão, sendo que U$ 481 milhões são recursos para investimentos na expansão da Linha 5 do Metrô que expande-se por Santo Amaro e os U$ 600 milhões serão para a terceira etapa do programa de despoluição do rio Tietê e suas Várzeas. Os empréstimos do BID têm prazo de 25 anos.
Maket da Arquitetura da Estação do Largo 13 de Maio, inaugurada em 1986(acervo do Museu de Jundiaí!!!)
A expansão da Linha 5, compreende a construção de 11,4 km de linhas com mais onze estações, além da aquisição de 26 novos trens de seis vagões, equipados com sistema de telecomunicações e controle de tráfego, com ar-condicionado, câmeras de vigilância, motores e freios inteligentes.
O investimento total nas obras de prolongamento da Linha 5 será de cerca de R$ 5 bilhões.
Iniciadas em agosto de 2009 as obras de prolongamento da Linha 5-Lilás do Metrô, liga a região do Capão Redondo, periferia de São Paulo ao Largo 13 de Maio, em Santo Amaro, para implantação do trecho Largo 13 à Chácara Klabin. Serão aproximadamente 20 quilômetros de trilhos e 17 estações. Partindo da estação Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin - Campo Belo, Água Espraiada, Ibirapuera, Moema, Hospital do Servidor, Vila Clementino, Santa Cruz e Chácara Klabin.

Limpeza do Rio Tietê
Pelo acordo firmado a Sabesp aplicará os recursos na expansão da coleta e tratamento de esgotos que são despejados no Rio Tietê. Ao todo serão conectadas 200.000 residências ao sistema de esgotos, beneficiando 800.000 pessoas na cidade com construção de coletores-tronco e interceptores e a modernização e construção de várias estações de tratamento de esgotos.

As Copas de Futebol

Tudo isso esta nos planos da Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014, como estrutura em tecnologia e no atendimento à grande demanda por serviços e na segurança das operações de crédito. Segundo pesquisa a Copa do Mundo de 2014 pode gerar R$ 142 bilhões com geração de quatro milhões de empregos. Para o mercado as notícias são positivas e o consumo será crescente até o mundial, porém, é necessário alinhamento quanto a demandas de consumo e atualização de mão de obra em capacitação especifica tecnologia com adaptação do mercado a sistemas computadorizados e utilização de software integrado de gestão de negócios com integração a automação bancária. No país do futebol a expectativa é que o setor cresça muito durante os próximos quatro anos e precisará de transformação e adequação às necessidades de um campeonato que trará empresários de todas as partes do mundo. Até 2014, o Brasil precisará de profissionais com capacidade de adaptação as novas tendências de mercado. Para os próximos quatro anos, o crescimento brasileiro será cada vez mais representativo e o Turismo no Brasil entre 2011 e 2014, elaborado pelas principais entidades e lideranças do setor nacional se consolidará como produto de consumo e crescimento de 12% nos anos subseqüentes. Pessoas que até então se encontravam desempregadas serão incorporadas nesse cenário da construção civil adequando as necessidades que devem ser priorizadas, uma vez que a proposta é agilizar a forma segura de todas as relações de negócios entre os diversos setores da economia com arrecadações recordes ano a ano e a estabilização econômica e o número de desemprego será mínimo aumentando as receitas em longo prazo e fortalecendo o sistema financeiro. Do lado social o país terá níveis de primeiro mundo e muitos outros fatores vão interferir neste processo de oportunidades.

O PETRÓLEO DO PRÉ-SAL E A FORMAÇÃO TÉCNICA: REPETIÇÃO DO ERRO

Os recursos extrativistas da exploração do petróleo da camada pré-sal que usará trabalhadores atraídos para executar grandes obras, que permaneceram no local e que acabam ocupando irregularmente áreas de perigo iminente de acidentes ambientais além de ameaça ao equilíbrio dos ecossistemas e a ocupação desordenada das margens de represas de abastecimento e das rodovias, e quiçá ferrovias do trem bala, com conseqüências sociais negativas advindas de um planejamento de imediatismo do financiamento de recursos externos.


Tudo isso requer saneamento básico de tratamento de esgoto sanitário nos bairros, conjuntos habitacionais, vilarejos, comunidades colocadas a margem da sociedade que ocupam os afluentes de rios maiores onde são despejados dejetos in natura onde os dados de estudos de “experts” acadêmicos dizem que em uma população de 20 mil habitantes, despeja-se uma vazão de até 35 litros de esgoto/segundo. Sem desenvolver estações de tratamento de esgoto adequadas às necessidades do padrão brasileiro de ocupação desordenada a implantação do sistema de tratamento não suportara a demanda desordenada e as vantagens não compensarão as desvantagens ambientais e riscos à natureza.

O Trem-bala
A infra-estrutura de transportes terá níveis até então inatingíveis com o projeto das obras do Trem de Alta Veloci­dade (TAV), com velocidades de até 350 km/h que ligará os aeroportos Santos Dumont e Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, aos de Cumbica e Viracopos em São Paulo, com valor estimado da obra, em mais de 30 bilhões de reais e com passagem no valor de R$ 200,00. É um dos empreendimentos mais atraentes no âmbito internacional, pelo que vários grupos estrangeiros estão se preparando para participar acirra­damente da disputa licitatória para receberem o quinhão que lhes compete. Em um país que destruiu toda suas linhas ferrovias refazer compete numa disputa de interesses de unidade nacional ou a uma urbanização de urgência para acabar com focos de miséria para enobrecimento das grandes capitais. Obras sofisticadas do ponto de vista tecnológico serão implantadas nessas regiões com Rodovias, Rodoaneis para escoamento de mercadorias e outras obras com a aplicação de know-how internacional e mão de obra nacional. O que ocorreu há quase meio século se repete: uma corrida de formação tecnológica em segmentos que são prioridades para preparar um país para sustentar o futebol autêntico pão e circo, onde o ônus recairá nas próximas gerações. Não se questiona quem pede emprestado, e usa "chapéu alheio", mas o óbvio, é que um dia alguém pagará!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O CERIMONIAL DOS PREPARATIVOS DA VOLTA DO MONUMENTO AOS AVIADORES PARA A REPRESA DE GUARAPIRANGA

CONVITE A TODO MUNDO: ABSOLUTA RELATIVIDADE INFORMAL

Existe a história de longa duração e o “Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico” está atingindo esta condição, embora para o Mundo não haja tanta relevância. Onde é este Mundo decantado? As nossas fronteiras? Ou o limite do espaço do vizinho? Temos dúvidas quanto ao Mundo, à relevância atinge somente o atingível, por exemplo:
Não somos afoitos e se há empolgação, esta se resume em saber que tudo esta dentro do tempo e espaço, onde para uma pessoa pode ser muitíssimo importante um fato, já não tem tanta para outrem.

O atingível para os aviadores que atravessaram o Oceano Atlântico em 1927, os comandantes DE PINEDO e DE BARROS, foi saírem da Europa, Gênova, e chegar à América do Sul, Represa de Guarapiranga.
Os outros continentes não é o Mundo?
Tudo é relativo, nada do homem é absoluto!
Quanto ao Monumento aos Aviadores, sabemos de sua importância e merecedora de cronologia de alguns momentos do referido fato: 1927-Pouso dos hidroaviões no Município de Santo Amaro
1929-21 de agosto-Inauguração do Monumento aos Aviadores (Ottone Zorlini)
1982-18 de abril- Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
1987-agosto- O Monumento é retirado da Avenida De Pinedo, Capela do Socorro
1998-13 abril- Projeto-lei 229/97: Data Comemorativa da Travessia do Atlântico
2009- CONDEPHAAT libera o retorno do Monumento Processo 59.875/09
2010-22 de junho- O Monumento é retirado da Pç Nsa. Sra. Brasil, Jardim América

O “Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico” merece uma festa de reinauguração, depois de 81 anos de sua primeira inauguração e 23 anos de ausência de seu local de origem: a Represa de Guarapiranga, Capela do Socorro, São Paulo.
Enviar convite através de um cerimonial compete àqueles que detêm o monopólio da questão, os edis ou sinecuras. Devem proceder no “Cumpra-se”. Devem anunciar e repassar para jornais, cinemas, rádio, televisão, internet ou outro meio midiático, assumindo como absoluta solução para informação e formação de todo Mundo, embora seja o termo um pleonasmo, ou metonímia da parte pelo todo.

Providenciar planejamento para que se produza efeito merecido para o momento, com banners explicativos no local, definindo quais os eventos ou festividades que serão possíveis e imissão de convites para as instituições que deverão estar presentes:
Esquadrilha da fumaça, bandas regulares, civis, municipais, estaduais ou militares, autoridades, violeiros, tropeiros, conforme sugestivo parecer da representatividade política local, enfim outros que se queiram acrescentar para outras comendas e de preferência a prioridade maior do feito: a aeronáutica, sendo isso que representa o monumento: Primeira Travessia Aérea do Atlântico, sem suporte de apoio Marítimo.

Esse fato é um marco para São Paulo, Brasil o Mundo, a história da aviação, que muitos não devem saber desta grande epopéia, para os brasileiros é um orgulho e para os paulistanos, fieis depositários do “Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico”, um marco, pois esse assunto de grande momento histórico que não pode ser esquecido.
Transmitam senhores egrégios, ao coletivo: A inauguração se aproxima e seria importante o convite até aos representantes das câmaras, sem distinção de partidos políticos. Agendar deve ser competência da assessoria chamando a responsabilidade para providenciar os quesitos requeridos parta as formalidades encaminhadas pelo cerimonial para definição de alguns procedimentos necessários para o sucesso do evento. É voto certo a data: dia 9 de outubro, foi instituído por administrações anteriores que incentivaram o ato de 09 de outubro de 1938, como representativo como dia da Capela do Socorro, embora se esclareça que a localidade existia anteriormente a data definida. As eleições, aos cargos seniores do administrativo e legislativo, ocorrerão no ano de 2010, nos dias 3 de outubro em 1º turno e 31 de outubro em 2º turno; sendo que o dia 30 de setembro é o último dia para realizações de comícios e reuniões públicas, pelos cálculos, não havendo agenda disponível o "Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico" será oficialmente reinaugurado em 25 ou 26 de setembro de 2010, salvo outros fatores e conduta límpida da representatividade.

Acredita-se e ressalta-se que essas ações deverão ser tomadas de imediato, e aguardam-se providências para que tudo ocorra conforme o organograma e cronograma municipal para que a DATA OFICIAL seja respeitada. O intuito maior é realmente esclarecer que em 1927, intrépidos aviadores cruzaram o Atlântico sobre o comando de João Ribeiro de Barros, no hidroavião Jahú e Francesco de Pinedo, no hidroavião Santa Maria I; isto cabe providenciar para ocorra as festividades dessa ação a cargo do alcaide e sua comitiva.

Deve-se causar o impacto merecido o feito, para que todos que virem saibam do que se trata no dia da inauguração, quando autoridades, imprensa e comunidade estiverem reunidas, dando um belo recado a todo país. Tudo será feito na ordem das instituições democráticas num hino uníssono, pois a assembléia é soberana sem monopólio, tudo respeitando a ordem desta execução. No futuro pode-se prever inclusive um adendo ao Monumento aos Heróis da Travessia do Atlântico: um Memorial a altura do feito e dentro das dependências onde foram elaboradas toda esta disposição: o Parque da Barragem, na Represa de Guarapiranga, único local que possui este referencial, nunca um clube de interesse subjetivo!!!

Esperemos decisões absolutas ou relativas dos egrégios administradores da Pólis: CUMPRA-SE!