domingo, 23 de fevereiro de 2020

Entidades localizadas no Jardim São Luiz/São Paulo

(Ex) Internato Casa dos Meninos (Foto 01)



O Internato Casa dos Meninos foi fundado em 1962, no Itaim Bibi. mantendo meninos internos que ficavam na entidade e aos fins de semana alguns se deslocavam para suas residências e retornavam nas segundas feiras. O prédio localiza-se à Rua Yoshimara Minamoto, 656, Jardim Brasília, quando á época essa rua recebia o nome de Vasco da Gama.
A responsabilidade da manutenção estava a cargo de Ademar e sua esposa, que mantinha toda demanda local com aposentos e cozinha bem asseados. Algumas festas foram promovidas no local para angariar fundos necessários para manter a entidade e até a parte lúdica recebia respaldo do Play Center, em São Paulo.
Com o tempo a função de internato foi modificada e a Casa dos Meninos não foi mais usada com esta finalidade. Em dezembro de 2001 através de contato com a Bayer foi promovido uma grande reforma local. Hoje a entidade está no mesmo local com seu prédio próprio com outras funções de entidades sociais e tornou-se ponto de cultura.

Rotary Club de Santo Amaro - C.R.E.S.C.E.R. (Foto 02)


O Centro Rotário, Educacional, Social, Cultural e Recreativo de Santo Amaro-C.R.E.S.C.E.R. foi fundado em 14 de janeiro de 1986 na Rua Aribugú, número 311, no bairro Jardim São Luiz, pelo Rotary Club de Santo Amaro.

Tem como finalidade prestar serviços à Comunidade através do Programa Social de Educação para o Trabalho, devidamente registrado no Conselho Municipal dos Diretos das Crianças e Adolescentes, C.M.D.C.A., com formação educacional de crianças, adolescentes e adultos através de programas de trabalho educativo ou profissionalizante na capacitação com cursos de informática, relações humanas e Técnicas profissionais (comerciais e administrativas), oficinas de linguagem, matemática, inglês e oficina de saúde
Os jovens ingressam na entidade a partir de 14 anos de idade e são da comunidade local onde estudam nas escolas regulares.


Antiga Capela

Em 19 de abril de 1959, foi criada a Associação do Lar Maria Albertina[2] no bairro Cidade Jardim, com a missão de abrigar meninas em situação de risco. A administração da casa coube as Irmãs Franciscanas de Ingolstadt, presentes no Brasil desde 1938, que seguindo a inspiração de São Francisco de Assis, promovendo educação, assistência Social e evangelização.

Em 1963 adquiriu-se uma área de 17.000 metros quadrados à Rua Nova do Tuparoquera, número 520, no bairro Jardim São Luiz, sendo transferida em 1969, prestando serviços de solidariedade à comunidade local e bairros vizinhos. Em 04 de outubro de 2004, passou a ser creche com a denominação Centro de Educação Infantil Lar Maria Albertina.
Antiga capela no Lar Maria Albertina (Foto 01): A entidade possui em suas dependências a capela de São Francisco de Assis erigida no lugar da antiga de madeira e foi inaugurada com a presença do bispo diocesano, Dom Luís Antônio Guedes, em 24 de março de 2017.

Entrada da fundação


Existe no bairro Jardim São Luiz a Fundação Julita, à Rua Nova do Tuparoquera, número, 249 a fundação Julita criada por iniciativa de Antônio Manuel Alves de Lima[1]. Após a morte de sua esposa Julita Prado Alves de Lima e a pedido dela transformou a chácara de propriedade da família em uma fundação criada em 06 de dezembro de1951.
A ideia inicial foi construir casas nas quais cada família de migrantes da zona rural morasse, plantasse e vendesse os produtos sob forma cooperada.
Esta entidade atua em serviços à população através da assistência nas áreas da saúde, educação e orientação profissional. Hoje, a fundação atende pessoas de todas as faixas etárias moradores do Jardim São Luiz e bairros próximos da zona sul de São Paulo.



[1] Antônio Manuel Alves de Lima nasceu em 27 de julho de 1873 na cidade de Tietê, São Paulo. Grande parte da sua vida esteve ligada ao desenvolvimento da agricultura do Estado de São Paulo. Foi pioneiro ao criar a fazenda de café em Tietê e casas de café no Brasil e na Argentina. Tornou-se Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo. 



[2] Maria Albertina era filha do casal Cecília e Werner Sack, faleceu com apenas 5 anos de idade. Do luto e generosidade de seus pais, nasceu a Associação do Lar Maria Albertina mantida por benfeitores. http://www.larmariaalbertina.org.br/sobre-o-lar/historia/


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

O Empório de Secos e Molhados e o Jogo de Bocha no Jardim São Luiz/SP


DE FREGUÊS A CLIENTE: DOS EMPÓRIOS AOS SUPERMERCADOS
Não faz tanto tempo, os bairros viviam em função dos empórios e o “freguês” poderia encontrar grandes sortimentos para que fossem supridas as necessidades básicas e algo também a mais que se necessitava no cotidiano. O dinheiro era escasso, o crédito era a confiança de marcar na caderneta para ser quitado no fim do mês. Não havia cartão de plástico bancário para ser usado na “boca do caixa”!

No bairro do Jardim São Luiz também estava concentrada uma vida de relações comerciais nos empórios do bairro, que, às vezes, eram também denominados de secos e molhados. Os secos estavam voltados para tudo o que era vendido a granel, sem os ensacamentos plastificados de hoje; tudo era pesado na frente do cliente: arroz, feijão, farinha, fubá, manjubinha salgada, e até o pão não poderia faltar junto com o leite de garrafa, pois todo “santo dia” lá ia "Seu" Prudente com sua bicicleta de cor avermelhada desbotada subindo ladeira abaixo e ladeira acima com o “pão nosso de cada dia” em um grande caixote na rabeira. Os molhados eram os aperitivos, cachaças puras ou com carqueja, e outros destilados, vinhos de tonel, a cerveja geladinha, as cerejinhas, as tubaínas, os guaranás e sodas.


Hoje, a bicicleta descansa em um canto da casa, como um troféu, não tem preço monetário, foi uma guerreira, como foram: Seu Abrãao Gomes da Fonseca, Prudente Alves da Fonseca, acompanhado de sua esposa, Dona Alice Bento Damazio da Fonseca, que fazia os petiscos para serem “beliscados” com um aperitivo servido no balcão, somados aos queijinhos em potes bem acondicionados, mortadelas e ovos cozidos de cascas coloridas, amendoins, azeitonas e tremoços.

As guloseimas, doces variados das fábricas Confiança e Bela Vista eram apresentados em um balcão onde a gurizada arregalava os olhos na vitrine e esperava que algum refrigerante fosse ofertado para “refrigerar” do calor, que não era tão intenso como na atualidade, até garoava constantemente e pela manhã a neblina imperava “sem enxergar um palmo diante do nariz”. Hoje, está tudo seco, até a chuva foi embora, espero que ela volte em breve, par encher os reservatórios de água!

Do lado de fora estava o campo de bocha que sempre estava lotado nas grandes disputas de aficionados deste esporte. Quando ainda não existiam as bolas coloridas, quatro para cada lado, o que as diferenciavam eram bolas lisas e as bolas de bocha dos adversários, que possuíam um risco e que tinham como meta chegar mais próximo ao “bolim”; uma bola menor que era lançada no início do jogo e era a meta a ser atingida e contavam-se os pontos por aproximação das bolas grandes ao “bolim”. Pronto, a competição estava formada para as alegrias de fins de semana, verdadeiras disputas onde se aglomeravam em volta do campo as torcidas e competidores das disputas seguintes.

Muitos moradores eram assíduos frequentadores para assistirem às “pelejas”, como Seu Serafim, pai da Tereza; Seu Pedro, esposo de dona Ana, pais do Nê; Seu Bento, que possuía um DKW táxi, pai do Paulinho e do Tiãozinho; Seu Michel; Seu Antonio Gordinho, que era sogro do Zé Evaristo; Zé Passarinho; Zé Cabeça Branca; Daniel; Seu Emílio, motorista da CMTC (SPTrans de antigamente); Seu Ernesto, motorista da Viação São Luiz, pai do Buda; Seu Romão pai do Edson Bradesco; Seu Stefan, pai do Paulinho Jordak; Seu Agostinho, aposentado da polícia; e tantos outros que cercavam em volta da pista, brincando, rindo com a facilidade de estar rodeados de amigos, transmitindo felicidade e que tinha toda uma genealogia unida para um bem comum. Hoje, são nomes rememorados como parte desta história e que são somados a tantos outros que vivificaram para sempre em nossa memória.

O Seu Prudente, depois que seu pai Abrãao “partiu para sempre”, deu continuidade na labuta diária do empório e foi até matéria da Rádio São Paulo, no programa Incrível, Fantástico e Extraordinário. Hoje Seu Prudente se aposentou e passou o “cetro do balcão” e responsabilidade do empório para seu filho, José Carlos Bento da Fonseca, que atende pelo apelido de Prado, por causa do nome de um jogador do São Paulo Futebol Clube, time que ele torce. 



 José Carlos Bento da Fonseca

Não existe mais o jogo de bocha, o empório não tem mais os regadores de plantas pendurados do teto por ganchos, vassouras, fumo de corda para uma pitada de cigarro feito com palha de milho secada ao sol e tudo mais do que se podia imaginar. Os tempos são outros e até a balança que pesava as mercadorias também “se aposentou”. O empório de secos e molhados do Seu Abrãao, que mudou de nome conforme o dono, passou a ser chamado de Empório do Seu Prudente e hoje é o Empório do Zé Carlos, seu filho.
O empório continua lá firme, com quase meio século de existência, como um símbolo de três gerações, mas as tardes de domingo não são mais as mesmas... E as pessoas “entocaram-se” dentro de si e diante da internet ou da televisão!

Hoje para suprir as necessidades básicas da população vemos grandes supermercados que possuem de todo tipo de mercadoria e estão sempre a oferecer produtos variados e detém uma parcela considerável de clientes, que antes eram conhecidos por fregueses que mantinham a fidelidade marcada na cadernetas que eram quitadas todo final de cada mês e que faziam o comércio girar nas pequenas vilas e bairros afastados do centro de São Paulo.



Depoimento de José Carlos da Fonseca, neto de Abrão Fonseca, fundador do empório, concedida em 02/02/2014


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Estação de Evangelista de Souza, em São Paulo, fim da linha...Qual será o novo RUMO?


(Projeto: A Fotografia como Concepção Histórica. Data das fotos 20-02-2020)

A estação hoje é só escombros, ruínas sem valor algum...

Quem manda agora é a RUMO!

Hoje fizemos o tour para chegar na estação Evangelista de Souza, ainda do terminal de Santo Amaro, São Paulo, até o terminal Parelheiros e de lá até o ponto final de Barragem. Para frente foram mais uns 10 quilômetros de aventura, mas valeu cada passo, cada pegada no barro, para registrar o que se faz no presente aquilo que foi orgulho no passado!

A estação de Evangelista de Souza, é homenagem do nome do empresário industrial Barão de Mauá, foi construída e entregue em 01 de abril de 1935 pela Estrada de Ferro Sorocabana, como parte do ramal Mairinque-Santos, que estava sendo construído com a intenção de ligar o interior ao litoral paulista, cruzando a Serra do Mar.
Em 1957, a estação passou a ser o ponto de entroncamento do ramal de Jurubatuba, aberto pela Estrada de Ferro Sorocabana, para ligar diretamente a Estação Júlio Prestes, no centro da cidade de São Paulo à Mairinque-Santos.
Os trens de passageiros vindo de Mairinque foram suprimidos por volta de 1973, onde foi mantido apenas um trem para os funcionários da Fepasa. Em outubro de 1997, houve a suspensão da linha de passageiros Embu-Guaçu-Santos e a estação deixou de atender passageiros.
A partir de 1999 a ferrovia foi concedida como parte da Malha Paulista, onde até o início da década de 2010 funcionavam na estação os escritórios de supervisão do pátio, a tecnologia operacional e o escritório de via permanente da América Latina Logística. A partir de então, a estação e a vila ferroviária foram abandonadas e depredadas.
A estação se encontra em meio a Área de Proteção Ambiental Municipal do Capivari-Monos da Prefeitura do Município de São Paulo, tendo um acesso muito difícil por automóvel.

NOVO RUMO
Ao comprar a operadora de ferrovias ALL, a empresa de logística Rumo encontrou trilhos carcomidos, locomotivas velhas e clientes insatisfeitos (as fotos demonstrama isso).
Comprada em julho de 2014 pela Rumo, empresa de logística do grupo de energia Cosan, a ALL havia sido, por anos, considerada a empresa de operações ferroviárias mais eficiente e rentável do país.
A Rumo é a maior operadora de ferrovias do Brasil.
A Companhia opera 12 terminais de transbordo, seis terminais portuários e administra cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. A base de ativos é formada por mais de mil locomotivas e 28 mil vagões.























quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

“Morrendo e aprendendo" sobre a incompetência de decisão da Secretaria de Cultura de Santo Amaro-São Paulo!


• A reforma da Casa Amarela e as dificuldades para registrar a história em Santo Amaro/SP

Hoje (12 de fevereiro) pela manhã fui à Santo Amaro ver a possibilidade de adentrar no Paço Júlio Guerra, conhecida também como Casa Amarela que está em reforma há algum tempo.
Cheguei ao local por volta das 7:30 horas. A construção está toda emparedada por chapas de aço galvanizada, mas do lado da Rua Paulo Eiró da para se ver parte do trabalho.
Havia um segurança terceirizado no local que foi bem prestativo e diz que para eu entrar precisava pegar uma autorização na Casa de Cultura Manoel Cardoso de Mendonça, na Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, Santo Amaro. Para lá me dirigi, apresentei-me a outro segurança que me disse que a responsável que poderia fornecer-me a autorização chegaria às 12:00 horas. Agradeci e disse que retornaria nesse horário determinado, o que realmente fiz.
Fui atendido por quem substitui o secretário de cultura e que pela minha pretensão não poderia dar a autorização e que eu teria que aguardar o retorno do titular. Perguntei se ela como responsável pela “pasta da cultura de Santo Amaro” não me poderia fornecer. Ela se limitou a dizer para eu voltar lá depois do carnaval, pois o secretário estava com um projeto de implantação de fotos antigas de Santo Amaro e que seria bom trabalharmos em conjunto. Claro que estou sempre disposto a colaborar, mas meu intuito era, naquele momento, ter o aval para registrar a obra em andamento do Paço Júlio Guerra, e repeti minha intenção de ter a autorização para fotografar o local. Ela viu minha insistência e respondeu-me. Não eu não posso autorizar.
Sei muito bem das precauções de uma obra em andamento, tendo trabalhado na área e não sendo a primeira que iria entrar, e que temos que ter o EPI (equipamento de proteção individual) que o empreiteiro deve ter na obra, para ser usado não só para quem nela trabalha, mas para visitas que porventura apareçam, ou o engenheiro, ou jornalista, ou até do executivo local.
Deixei um contato para o secretário comunicar-me e resolvi ir até a prefeitura para reforçar essa minha intenção. Na recepção, quando se saímos dos tramites correntes da administração a atendente fica perdida e passa para outra pessoa a responsabilidade de informar. Eu disse a essa segunda atendente que gostaria de falar com a secretária(o) do executivo, ela opôs-se a isso e pegou uma tira de papel com o e-mail e escrito: "Envio Protocolo Gabinete", acrescentando à nossa conversa que “tudo agora é pela internet”, ou seja, o munícipe não terá acesso ao responsável pela administração pública de Santo Amaro!
Há uma secretaria de cultura em Santo Amaro que não pode tomar decisões quando o secretário titular está ausente e nem o executivo pode executar a questão...e volte depois do carnaval!

The end!!!






Disponibilizamos fotos de hoje, 12 fev 2020, com zoom tiradas do lado de fora da obra

* EVITAMOS PONTUAR OS NOMES DOS SERVIDORES ATENDENTES!

Vide crônica:
CASA AMARELA: As construções das duas Sedes da Prefeitura de Santo Amaro / SP