sábado, 11 de outubro de 2008

Onde está o Estado?

Onde está o Estado? Encolhido e atônito com o desmantelamento econômico americano, em algum Q.G., procurando a solução naquilo que plantaram ao longo dos anos a fio: o descaso com o povo, e não é culpa de um governo, mas de todos, pois a base oligárquica é permanente.
A incompetência de deputados e vereadores emperrando projetos de leis, ou aprovando medidas absurdamente tacanhas (dia do saci!), expondo na mídia a sua autopromoção como sendo “pais de alguma coisa”.
Foi dada autoridade por um contrato social, no sufrágio universal, e estão lá para tomar decisões, não fazem mais do que é sua obrigação.
Deveríamos ser livres da obrigatoriedade do voto, “cidadania imposta”, uma exigência da participação que é por si uma arbitrariedade de “nossa demo-cracia”, diferente de tantas outras, somos diferentes em tudo, infelizmente sempre escolhemos errado, naquilo que não é a melhor solução.

Dizem sermos o mais moderno sistema eleitoral existente, mas isto poderia ser feito com custo menor em máquinas bancarias, pois as mesmas até “conversam” com o usuário, afinal os bancos, maior símbolo do capitalismo, ficariam satisfeitos pelo lucro oferecido, pois são as instituições mais rentáveis do Brasil, e não a produção!

Por que fazer eleições de dois em dois anos? Por que não trocam tudo duma vez, com uma única despesa, e assumindo novos administradores (presidente, governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores) de quatro em quatro anos?

Sem contar que o título de eleitor é um documento precário, que não define que o indivíduo que tem sua posse é o próprio, não possui foto! A fraude é sempre latente.

Existe um “cacicado oligárquico” que não permite transformações fornecendo direitos aos seus próprios proventos, amam por demais o país quando bem remunerados.

Não há participação coletiva, e a mesma mídia que retrata todo este despreparo do Estado, relata que as duas grandes vítimas desse processo e que estão à mercê da violência são a população e o policial de infantaria, protetores do econômico.
Houve um afastamento natural entre população e policial, guardião da ordem pública. Há algum tempo expusemos a ineficiência dos conselhos de segurança sem participação efetiva da população. O policial está distanciado da comunidade, e até aquele que serve determinada região, não pertence ao meio, vindo de outra comunidade, dando campo de ação ao criminoso, para emboscá-lo.
Por que não terceirizam os presídios? Privatizem a segurança como fazem com as riquezas do país já que os governos são péssimos administradores, com ingerências impostas.
Fica a indignação de observar os fatos e que historicamente somos sempre tolhidos em nossa liberdade. O Estado deve prover leis, sem corrupção de princípios, para não arruinar a si próprio, com a eficácia do legislativo, executivo e judiciário, vindas do supremo dever de defender a liberdade.

Vamos torcer pelo Brasil! Gooooooooooooool!

BRASIL OBSOLETO

SISTEMA EDUCACIONAL
O Brasil esta promovendo o “Plano de Desenvolvimento da Educação” (PDE), que já foi apresentado a grandes bancos e empresas. Este projeto estabelece um sistema de metas a ser alcançado com avaliações e cobranças de resultados nas escolas de todo país.
O Ministério da Educação terá que se adequar às exigências determinadas, se quiser acompanhar outros países. Grandes dificuldades políticas e administrativas devem ser equacionadas pelas comissões como o “Grupo de Institutos, Fundações e Empresas” (GIFE), que deverá reconhecer as propostas para formar um pacto entre as partes de governo e de empresas para priorizar a política de Estado, no caso o da educação.
0bservando o exposto acima, que teve divulgação tímida na mídia, observa-se que há uma preocupação com a produção do país, estagnada por quase três décadas, com uma estrutura obsoleta onde o povo não participa do decisório, onde as decisões restringem-se a política de governo, não de Estado, e política econômica.

Em momento algum há citação de melhorias na política social e seus reflexos são visíveis na desqualificação profissional que é usada no desenvolvimento do país, obrigando aceitar qualificação estrangeira, a altos salários, para “vender” e “tropicalizando” uma tecnologia obsoleta, numa adaptação frenética daquilo que não é útil ao nosso desenvolvimento e independência.
Querem solucionar problemas sem a participação popular e em desespero de causa pelo atraso tecnológico, gastam sem limites e sem controle, reflexo do sucateamento da educação.
Fica registrado sábio conselho, que o alicerce deve ser o mais resistente possível para sustentar a casa.

O Brasil não possui a base deste alicerce, a educação!

POLÍTICA E CONTROLE

COMO A POLÍTICA CONTROLA AS COMUNIDADES

Quem acreditar que a burguesia é estúpida tem um olhar distorcido de sua capacidade em manter seu controle com uma genialidade em construir “máquinas de poder”. Reforçam e modificam os dispositivos de poder, sempre móvel, mobilizante, em movimento constante, nunca inerte. O poder da burguesia se reproduz, não por conservação, mas por transformações sucessivas. Usam as próprias estruturas das instituições para controle através de lideranças em comunidades com a vigilância e enquadramento por setores de obediência.
O que indigna no sistema do estruturalismo do poder é a capacidade que possuem de lançar uns contra os outros e manter a perspicácia de serem os detentores da ordem usando recursos repressivos que dispõem, apaziguando o que eles mesmos instituíram, a violência. O que é mais impressionante nesta relação é que conseguem redimir o Estado agressor que se torna vítima, cumpridores do dever e a serviço da ordem pública.

“Para tornar feliz a sociedade e manter as pessoas acomodadas sob as circunstâncias mais dificultosas, é necessário que um grande número delas seja, além de pobres, ignorantes” (WILLIANS, Raymond. O Campo e a Cidade: na história e na literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.).

Temos o direito de cobrar o que nos falta, e a primeira cobrança é dignidade e respeito!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Eleições Municipais para Vereador

Assentou a Poeira das Eleições Municipais para Vereador!

Ontem, 08 de outubro, na Universidade PUC/SP, o professor Rago, de “História e Arte”, perguntou qual tinha sido meu “desempenho” na eleição municipal de São Paulo.
Falei que tinha sido excelente, pela minha proposta, e que conseguia visualizar e provar pelos fatos, que o vereador gastando R$15,00 por voto teria 100% de chance de ser eleito.

Não é nenhum cálculo dos maiores matemáticos do mundo, é usar a lei de São Francisco, dar e receber!

A mídia paulistana estampou este reflexo dizendo que a maioria das cadeiras, da Câmara Municipal Paulista, não teria grandes surpresas, e realmente este quadro era visível e real.

Mudar para que, para que votar no desconhecido?

Vota-se no que já está lá, mesmo provando que a corrupção é latente e haja desvio de verba pública. Não tem como provar que aconteçam estes fatos, ninguém aceita cheque!

Pode-se analisar que o "Poder Central da Câmara Municipal", a espinha dorsal, permaneceu intocável, e que a ditadura da Câmara Municipal perdurará.

Os empreiteiros, atrelados a política, expandem seus negócios na Capital, loteiam como lhe apraz as obras públicas e os cargos.
Exemplo da malversação do dinheiro público foram as reformas nos campos de futebol da periferia, em cima da hora das eleições. Pedimos os termos das licitações e até a presente data, nada chegou!

Quem ganhou a licitação, qual o custo destas obras?
Negam informação ao cidadão, aquele que vive na cidade, e temos que concordar com o "estado de bem estar social", balançando a cabeça e aceitando a incompetência do Estado, em todas as esferas.

O professor Rago, extremamente esclarecido, e um dos mais lúcidos professores da Universidade, e pelo qual tenho maior respeito, não sabia que a eleição municipal era também objeto de pesquisa, como, por exemplo, as reações de professores, que são intelectuais, da renomada academia paulista.
Mostraram indecisão, (não foi o caso do citado Mestre, que sempre demonstrou seu posicionamento ) desconhecendo a legenda, estatutos, da esquerda que defendiam.
Uma delas, de um gabarito profissional surpreendente em sua cátedra, disse para outro professor, nos corredores, que não votava em ninguém. Direito seu, que eu considero legítimo, mas não expôs suas intenções quando eu a interpelei. Seria justo ela ter suas razões para agir como tal, e não esboçar sorriso de falsa aceitação.

Desculpe-me o deslize: o voto é secreto e nos corredores pode expor, senão caracteriza a ditadura, e a livre expressão do indivíduo deve ser inabalável!

Muitos dançaram a valsa dos intelectuais, cada qual com suas preferências. Não forcei meu voto, conversei um a um, primeiro porque eu não tinha grana para fazer “pirografia” dos investidores políticos, e depois, as pessoas de convívio social e que de algum modo estavam diretamente ligadas a mim precisavam entender o que eu propunha. Fui um pouco tímido, pois eu tenho receio de entrar na individualidade de cada pessoa, e isto eu respeito muito.

Houve uma jovem estudante da PUC/SP, que eu conheço do Jardim São Luiz, minha comunidade, que disse: "Eu queria tanto votar em você mas..............." Eu fiquei em dúvida, e não consegui decifrar até agora o que era "mas".

Outra disse estar desiludida, mas desilusão pode advir de muitas coisas, não de quatro em quatro anos quando ela poderia lutar pelas transformações, ou já que é da pseudo-esquerda, que não acredito, empunhe a bandeira da “re-evolução”, e, aja como tal!

Votar em alguém desconhecido também pode ser uma “furada”, pois caráter não está escrito na testa de ninguém.

Eu estou deveras muito contente de ter recebido um voto de confiança de aproximadamente 600 pessoas, e isto tem para mim uma enorme importância, pela confiança depositada, afinal penso como o fato social político é um campo fértil das relações das transformações.
Eu só tenho que estar grato, e não fazer como os leprosos curados por Deus e não voltar para agradecer a cura, no meu caso seu voto!

Obrigado pela confiança!