O rei e o presidente:
"Farinha do mesmo saco"
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.
O Estado é a síntese da
opressão, pois os seus mandos estão atrelados aos desmandos do poder. Para que
serve o rei, senão para ser servido pelo servo? Para que serve um presidente
senão ter um séquito de ministros ao seu redor, vivendo à custa do poder? Dizem
que o rei foi destronado para ser instituído Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, ledo engano, foi troca de cetro simplesmente. Substituíram ao rei
por outro poder mais eficaz no combate interno das fronteiras. Antes o rei
tinha preocupação que seu feudo fosse tomado por forças externas, no hodierno o
grande inimigo é o seu povo cansado de ser expurgado. Qual diferença há na
exploração? Nenhuma! Qual a diferença das regalias do poder? Nenhuma! Ambos, o déspota
esclarecido, quer estar atento aos movimentos que podem fazê-lo perder sua
coroa, e o governante presidencial tem o receio de ser deposto por algum
impedimento articulado por uma camarilha interessada em governar com outras
regalias.
Há nisso tudo a manobra
da massa disforme que não se organizam como as forças que defendem ambos, o rei
e o presidente. Qual governo vive o homem contemporâneo? Na mesma condição que
vivia o servo: sustentar o poder! Não há governos eficazes em nenhuma parte do
mundo, quando não há participação
popular, estes governos não se sustentam por si só, precisam da manobra para
criar dificuldades para destas mostrarem ao povo que são defendidos pelo Estado em seus direitos nos tribunais. O dever do Estado, e manter a ordem, agindo pela força do direito
das leis instituídas por regras que são favoráveis ao poder, e por ser por ele instituído
diz-se Estado de Direito.
Mas de quem é o direito? Quando este mesmo povo é acuado por leis arbitrárias e exige do Estado mudanças, condições mínimas de subsistência, o séquito institui o Estado de Sítio e dizem promover a revolução protegido por forças militares, chamando o povo que o sustenta de insubordinado e aplicam a lei por ele instituída cerceando o povo da liberdade, Igualdade e Fraternidade, meras palavras de dicionário, enchendo as masmorras com estes inimigos do Estado. A Revolução Francesa, a Comuna de Paris e a Primavera dos Povos, foram se esvaziando até os depostos do passado assumirem novamente com outra roupagem, seus antigos postos de poder, e os mesmos reis assumiram os governos que hoje regem o mundo.
As revoluções com participação popular, foram submetidas a aceitarem a “nova ordem”, pela mesma “velha ordem” dos hoplitas, aquelas que foram patrocinadas pelos impérios dos quartéis. O sangue derramado que manchou muitas bandeiras foram em vão! O poder é mentirosamente falso.
Todos os governos
querem a submissão dos governados, independente de suas ideologias, eles querem
a luxúria dos palácios.
A LEI "CEGA" A JUSTIÇA
Mas de quem é o direito? Quando este mesmo povo é acuado por leis arbitrárias e exige do Estado mudanças, condições mínimas de subsistência, o séquito institui o Estado de Sítio e dizem promover a revolução protegido por forças militares, chamando o povo que o sustenta de insubordinado e aplicam a lei por ele instituída cerceando o povo da liberdade, Igualdade e Fraternidade, meras palavras de dicionário, enchendo as masmorras com estes inimigos do Estado. A Revolução Francesa, a Comuna de Paris e a Primavera dos Povos, foram se esvaziando até os depostos do passado assumirem novamente com outra roupagem, seus antigos postos de poder, e os mesmos reis assumiram os governos que hoje regem o mundo.
O AMIGO DO MEU AMIGO PODE SER MEU INIMIGO, VIGIAI-O!!!
As revoluções com participação popular, foram submetidas a aceitarem a “nova ordem”, pela mesma “velha ordem” dos hoplitas, aquelas que foram patrocinadas pelos impérios dos quartéis. O sangue derramado que manchou muitas bandeiras foram em vão! O poder é mentirosamente falso.
Todos os povos falaram
desta opressão, do rei e do Estado moderno semelhante em todos os lugares da
Terra, usaram de sua condição humana para expressar a indignação dos governantes
do Estado:
1) Frase da filósofa Ayn
Rand, fugitiva da revolução
russa, pronunciada em 1920, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920, mostrando a visão das atrocidades
do poder:
"Quando você
perceber que, para produzir, precisa obter a autorização
de quem nada produz; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia
não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência
mais que pelo trabalho, e que
as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são
eles que estão protegidos de
você; quando
perceber que a corrupção é recompensada,
e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua
sociedade está condenada".
2) A revolta por serem, por muito tempo, vilipendiados e
extorquidos pela fidalguia reinante, escutava a tentativa de um ministro italiano
em persuadir aos colonos de não saírem para a América, em diálogo com o colono
que responde:
“Que coisa entendeis por nação senhor ministro?
É a massa dos infelizes?
Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos do pão branco.
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho.
Criamos os animais, mas não comemos a carne...
Apesar disso, vós nos aconselheis a não abandonar a nossa pátria!
Mas é pátria a terra que não se consegue viver do próprio trabalho?
Deixaram em trovas suas indignações aos governantes que se achavam donos até da liberdade:
"Nós, italianos trabalhadores,
Alegres, partimos para o Brasil,
e vós que ficais, da Itália senhores
Trabalhai empunhando a enxada
Se quereis comer"
“Que coisa entendeis por nação senhor ministro?
É a massa dos infelizes?
Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos do pão branco.
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho.
Criamos os animais, mas não comemos a carne...
Apesar disso, vós nos aconselheis a não abandonar a nossa pátria!
Mas é pátria a terra que não se consegue viver do próprio trabalho?
Deixaram em trovas suas indignações aos governantes que se achavam donos até da liberdade:
"Nós, italianos trabalhadores,
Alegres, partimos para o Brasil,
e vós que ficais, da Itália senhores
Trabalhai empunhando a enxada
Se quereis comer"
3) "OS DIAS DA
COMUNA"
Bertold Brecht
Considerando nossa fraqueza os senhores forjaram
Suas leis, para nos escravizarem.
As leis não mais serão respeitadas
Considerando que não queremos mais ser escravos.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e com canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Consideramos que ficaremos famintos
Se suportarmos que continuem nos roubando
Queremos deixar bem claro que são apenas vidraças
Que nos separam deste bom pão que nos falta.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
Considerando que existem grandes mansões
Enquanto os senhores nos deixam sem teto
Nós decidimos: agora nelas nos instalaremos
Porque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Considerando que está sobrando carvão
Enquanto nós gelamos de frio por falta de carvão
Nós decidimos que vamos tomá-lo
Considerando que ele nos aquecerá
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Considerando que para os senhores não é possível
Nos pagarem um salário justo
Tomaremos nós mesmos as fábricas
Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
Considerando que o que o governo nos promete
Está muito longe de nos inspirar confiança
Nós decidimos tomar o poder
Para podermos levar uma vida melhor.
Considerando: vocês escutam os canhões
Outra linguagem não conseguem compreender
Deveremos então, sim, isso valerá a pena
Apontar os canhões contra os senhores!
4) Samīħ al-Qāsim,
poeta e escritor druso-israelenseBertold Brecht
Considerando nossa fraqueza os senhores forjaram
Suas leis, para nos escravizarem.
As leis não mais serão respeitadas
Considerando que não queremos mais ser escravos.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e com canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Consideramos que ficaremos famintos
Se suportarmos que continuem nos roubando
Queremos deixar bem claro que são apenas vidraças
Que nos separam deste bom pão que nos falta.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
Considerando que existem grandes mansões
Enquanto os senhores nos deixam sem teto
Nós decidimos: agora nelas nos instalaremos
Porque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Considerando que está sobrando carvão
Enquanto nós gelamos de frio por falta de carvão
Nós decidimos que vamos tomá-lo
Considerando que ele nos aquecerá
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos, de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Considerando que para os senhores não é possível
Nos pagarem um salário justo
Tomaremos nós mesmos as fábricas
Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
Considerando que o que o governo nos promete
Está muito longe de nos inspirar confiança
Nós decidimos tomar o poder
Para podermos levar uma vida melhor.
Considerando: vocês escutam os canhões
Outra linguagem não conseguem compreender
Deveremos então, sim, isso valerá a pena
Apontar os canhões contra os senhores!
Talvez!
Talvez queimes meus poemas e meus livros;
mas não transigirei!
Talvez apagues todas as luzes da minha noite;
Talvez coloques máscaras para enganar os meus amigos;
hei de resistir!
5) A América ganhou o vício da velha Europa, daqueles destronados ávidos por uma nova coroa, mantiveram a mesma estrutura de tornar escrava uma terra “sem males”. Hoje a América é tão corrupta quanto o resto dos impérios!
Talvez eu perca – se assim o desejas - o meu salário;
Talvez venda as minhas roupas e meu
colchão;
Talvez trabalhe como lixeiro ou como pedreiro;
Talvez procure grãos no estrume;
Talvez fique nu e faminto,
mas não comerciarei!
E até a última pulsação das minhas
veias,
hei de resistir.
Talvez tire de mim o último torrão de
minha terra;
Talvez botes na cadeia minha juventude.
Talvez roubes a herança dos meus avós:
os móveis, os talheres e as vasilhas.Talvez queimes meus poemas e meus livros;
Talvez jogues meu corpo aos cães;
Talvez sumas no terror com nossa aldeia,
mas não transigirei!
E até a última pulsação das minhas
veias,
hei de resistir!Talvez apagues todas as luzes da minha noite;
Talvez afaste o amor de minha mãe;
Talvez deturpes a minha história;Talvez coloques máscaras para enganar os meus amigos;
Talvez ergas ao redor de mim muros e
muros,
mas não transigirei.
Oh, inimigo do sol!
E
até a última pulsação de minhas veias,hei de resistir!
5) A América ganhou o vício da velha Europa, daqueles destronados ávidos por uma nova coroa, mantiveram a mesma estrutura de tornar escrava uma terra “sem males”. Hoje a América é tão corrupta quanto o resto dos impérios!
Vergonha
de ser honesto.
Rui Barbosa
De tanto ver triunfar as nulidades, Rui Barbosa
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.