quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

HOMENS PÚBLICOS E O CONTROLE DA NAÇÃO

Poder manipulante

Existem muitas diferenças a serem levadas em conta, por políticas espúrias que não preparam o país para sua realidade na diversidade de etnias. Claro que os aproveitadores estão presentes em todos os extratos da vida social, e não pode existir futuro quem não passe a limpo seu passado. É melhor comandar uma manada inteira que se vende por míseros trocados do que lhes darem direitos reais através de uma educação de primeira linha; não aquele faz de conta do ministério governante, que pousa em redes televisivas como porta voz da casa civil.

O Brasil precisa urgentemente de um sistema educacional de excelência, eficaz para que esta massa disforme exija uma política digna de grandes estadistas, não essas conchas de retalho, verdadeiro “faz de conta” que ensina, destes vendilhões da nação e que não são “gatos”, mas “ratos” imundos de esgotos que andam de paletó e gravata por gabinetes, cantando o hino brasileiro com a mão direita ao peito e com a esquerda surrupiam o erário público, através de reformas de praças, emendas parlamentares de pintura de associações, escolas, campos de futebol e outros desvios de verbas públicas que acontecem nas imundas mesas partidárias, que cobram também altos valores de seus adeptos para ludibriar o povo, que um dia poderá sublevar contra tanta corrupção.

A democracia é o bem maior que um cidadão possa requerer, mas a libertinagem é uma “sarna” a ser extirpada deste sistema de coisas escusos destes governantes salafrários que parecem querer acordar o monstro da ditadura novamente!!!

Fomentam a miséria do povo, de migalhas fornecidas pelas várias bolsas de distribuição de trocados monetários ao invés de trabalho e renda.


Poder manipulante, bandidos disfarçados de homens públicos!

A periferia, o Setor Imobiliário e o Rolezinho:

O Público e o Privado: Forças de Controle de Massa- Interesse Imobiliário das Estruturas de Nova Ordem Imobiliária em São Paulo

Para começarmos a entender direitos e deveres desta dicotomia constante de quem manda e quem obedece, atrelando o que pertence ao popular sem os “cercamentos” e o que deve estar escondido nesta relação, fui ao campo fértil deste estruturalismo tornando-me “cobaia de mim mesmo” usando como trunfo o anonimato, que sem dúvida alguma me foi (é) de grande valia, buscando a síntese deste confronto. A temerária gestão do poder em suas ações passam a exercer controles rígidos nas instituições sobre aqueles indivíduos de alto risco das esferas bastardas contrárias as abastadas.
Munido desta vontade inerente do momento histórico dos movimentos sociais, aparentemente inertes no tempo, submeti-me a ações temerárias que atingem em cheio o “modo operante” dos organismos repressores das agressividades exercidas por aqueles protetores da ordem pública que foram promulgados por um contrato social amplo que extrapola por vezes as leis escritas, exercidas pelo poder judiciário.
Endurecem o controle por milícias regulares em nome da democracia que devem gerar felicidade ampla e irrestrita a todos os cidadãos. Este campo fértil está impregnado de pernicioso zelo ao estruturalismo de poder distanciado do social, preocupados em manter perante as esferas internacionais o liberalismo amplo e irrestrito dos grandes financistas cercados de protecionismo de seus interesses de domínio acarretando uma série de normas de vigilância constante de símbolos urbanos de poder. São criadas forças de controle de massa e que militam e estão às ordens das casernas palacianas e em constante guerra contra um inimigo comum denominado de “povo”, acrescido do termo pobre, declarante de sua condição, ora “povo pobre” outra “pobre povo”, independente da ordem substantivada, é sempre sinônimo de miséria.
O que indigna no sistema do estruturalismo do poder é a capacidade que possuem de articularem uns contra os outros e manter a perspicácia de serem os detentores da ordem usando recursos repressivos que dispõe, apaziguando o que eles mesmos instituíram. O que é mais impressionante nesta relação é que conseguem redimir o Estado agressor que se torna vítima, cumpridores do dever e a serviço da ordem pública.

Lucro e periferia

Criaram-se interesses nas comunidades periféricas da região sul, naquilo que se tem de mais atrativo, ou algum recurso natural, uma atração de valor monetário, criando mecanismos em afastar para mais longe possível com as infra-estruturas dos investimentos de expansão imobiliária em direção ao que ainda é periferia, em nome das empreiteiras ávidas do lucro ao entorno da cidade, do subtendido como região de periferia e de interesses financeiros adquirindo a “mercadoria terra” por módicos valores extraídos dos “planos diretores” aos quais se tem acesso os interesses dominantes.
O que dantes eram residências que formavam pequenas vilas expandem-se por sistemas sofisticados de muros vigiados, oficializando o que era pobre em algo de lucro, e por este motivo espalham suas garras bárbaras sobre o que um dia foi um bairro do operariado paulistano, subúrbio, com uma sutileza sem precedentes do poder do Estado atrelado ao poder financeiro coniventes de seus interesses comuns.
O centro urbano velho desloca-se em espaços novos suburbanos e cresce vertiginosamente sobre o marginal periférico em nome da pujança e do crescimento, aglutinando áreas consideradas nobres, mandando às “favas” o que atrapalha o visual da modernidade neste momento contemporâneo.
A violência, fruto do descaso, precisa ser distanciada cada vez mais dos centros urbanos, que cresce vertiginosamente sem controle, reforçada pela marginalidade criada pelo sistema espúrio de governar das oligarquias que empurra a miséria para longe do poder para fora das estruturas urbanas.
O Estado vive da inércia e de paliativo visual reformando praças, jardins, parques para servirem de modelo ao plano diretor da cidade patrocinado por vultosas somas do erário público que terão subsídios de verbas “intocáveis” do setor privado que ganham deste modo os privilégios com direito a desapropriação de áreas, desarticulando relações sociais, daquilo que um dia foi periferia por longa data e que agora não podem conviver e interagir no espaço de interesse imobiliário das estruturas de nova ordem empreendedora de outra realidade urbana, que demoliram e demolirão as antigas residências de um passado não muito distante e afastando cada vez mais um sistema de castas, que não podem estar mais onde antes estiveram, pois não possuem capital suficiente para manter o padrão de vida neste modelo de exclusão, perdendo deste modo o mínimo de dignidade, para uma arquitetura “higienista” e de um centro “revitalizado” por um novo estado de coisas que substitui o modelo antigo da cidade de São Paulo.

Assim cresce São Paulo, de forma desordenada com um plano diretor que segue o organograma das empreiteiras e desse modo expandem suas garras na história paulistana do que outrora foram vilas operárias, onde “sentar nas calçadas para jogar conversa fora” fazia parte do cotidiano de nossos antepassados e hoje vemos a destruição de antigas residências e “apoderamento” de tantos lugares como Brás, Mooca, Tatuapé, Penha, Lapa, Bixiga, e tantos outros mais e agora Santo Amaro onde os tentáculos imobiliários sem escrúpulos apoderam-se e destroem parte de um passado glorioso de um bairro que nascia em volta de uma Igreja e hoje crescem aranha céus em volta de um shopping, local para um “role” de consumo!!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

MUCKRAKERS: "Caçadores de Esterco" dos Palácios

“Pelo cetro trai-se a amizade e desprezam-se conselhos” (Enius)

De repente nos deparamos com muitos efeitos de maledicências que acontecem diariamente no Brasil, bonito por natureza, mas vilipendiado em todos os seus encantos. São os homens que fazem a história e se comprometem em fazê-la bem ou mau, dependendo dos interesses do que há de ser um povo grandioso ou medíocre.

Saber extrair alguns ensinamentos antigos de povos que se alicerçaram através de relações de justiça, dá-nos o alento que é possível ainda reverter o quadro de tanta corrupção no Brasil. Parece que tudo quanto envolva o dinheiro está baseado em fomentar o furto de verbas do erário público e se fazem obras de baixa qualidade com preços exorbitantes.  Pequenas praças são reformadas com valores acima da média normal, ruas são deterioradas ao extremo para justificar o elevado custo de nova avenida, tudo que tange quanto a um lugar lúdico, como campos de futebol e clubes são apresentados custos elevadíssimos que dariam para fomentar praças esportivas de alto grau para serem usados como modelo de aplicação esportiva e que poderiam ser exemplos de uso correto das emendas parlamentares. 
E assim vai desde o baixo escalão ao mais alto cume do extrato social. Do alto da pirâmide descendo para escalas secundárias sempre há o desvio e falta de decoro, para não dizer falta de vergonha  na cara, e furtam verbas de escolas que são deixadas a mercê das intempéries da natureza e mal acabadas ou inacabadas, onde também a saúde não faz parte de um combate efetivo da doença e o dinheiro se esvai no ralo da corrupção, perdendo o homem sua dignidade ao morar em lugares fétidos por causa unicamente daqueles que querem ver sempre o mendigo requerendo a esmola de suas necessidades. Não é falta de recurso, mas sim falta de honestidade daqueles que gerenciam os recursos, verdadeiros bandidos de paletó e gravata que comandam de suas posições palacianas os seus mandos e desmandos sabendo que jamais serão inimputáveis em suas ações maléficas.

Busquemos algumas considerações no livro “Dos Deveres” de Cícero: (em negrito)

“...não impedir uma injustiça quando tal se pode fazer, é como se abandona seus pais, seus amigos, sua pátria”.

O dirigente brasileiro, com raras exceções, cantam o hino nacional com grande fervor, com uma mão ao peito e outra exercendo seu direito de espoliar a nação em suas riquezas.

“O fundamento da justiça é a boa fé, ou seja, a sinceridade nas palavras e a fidelidade nas convenções”.

O parlamentar é verboso em rasgos de oratória,  sabendo iludir nos palanques àqueles que ele manipula por não dar aos mesmos a qualidade de cultura e educação para que possa analisar suas palavras rebuscadas e ver nas entre linhas à falta de sinceridade e a mais “puras mentiras”.

“Certos homens por dedicação extrema a seus interesses privados, ou por misantropia, dizem que se dedicam exclusivamente a seus próprios negócios, e assim ninguém poderia incriminá-los de qualquer coisa”.

Os desprezos pelas coisas públicas fazem que os homens públicos amem pouco a república e muito seu patrimônio ilícito. O desejo das riquezas baseia-se no princípio da posse material e os prazeres e procuram o dinheiro para adquirir crédito e aumentar seu prestígio.

“Quando se ingressa nos cargos públicos, nunca é demais considerar a honestidade, de seus fins; é preciso também atender aos meios, evitando o desencorajamento que produz a preguiça e a presunção que inspira a ambição”.

Um homem de bem não deve colocar a condição “bens” das “coisas públicas” como coisa subjetiva e própria de sua posse, deve ser um homem interessado em promover a justiça, e jamais deve beneficiar-se de algo que pertença por direito a sociedade, comum a todos.

Quem corrompe ou promove corrupção, tirando direitos de necessidades gerais, espalhando o câncer na sociedade  merecem a masmorra sem direito a habeas corpus, por promover e divulgar a doença da desonestidade!


Separar o joio do trigo, onde a erva daninha se alastra por maus brasileiros que promovem a miséria da população e deturpam fatos para produzirem efeitos contrários, espalhando esterco por todo o chiqueiro que contamina todo o território da nação se faz necessária a urgência da justiça agir, ou sucumbiremos nas fezes movediças do sistema ilícito! 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Itanhaém e os jesuítas

Uma missão de Além Mar

Benedito Calixto escreve: “Logo que chegaram os primeiros jesuítas em 1549 foram residir em Itanhaém entre os indígenas e os colonos antes de fundarem o Colégio de Piratininga (São Paulo); e deram imediatamente começo as obras da Igreja e estabelecimento do colégio[i], florescendo a povoação até o ano de 1561.”

O ministério dos padres jesuítas era a visita às povoações da costa. Chegaram aos povoados ao sul de São Vicente no século 16 e foram responsáveis por muitas aldeias até o atual estado de Santa Catarina, onde de todas as povoações, àquela onde haviam de ter maior influência foi a de Paranaguá onde estabeleceram um colégio e um seminário. A Vila de Itanhaém, fundada em 22 de abril de 1532 por Martim Afonso de Sousa, teve participação efetiva dos primeiros padres, Leonardo Nunes, Manuel da Nobrega, José de Anchieta, Luís da Grã, e mais tarde em 1567, participação do Beato Inácio de Azevedo e em 1585 recebendo o Visitador da ordem Cristóvão de Gouveia.

Em cartas de Anchieta de 1561diz que os responsáveis da Companhia de Jesus estavam atarefados em suas missões e não possuíam residência fixa na região, mas acudiam lá “com fruto”, passando o próprio Anchieta a quaresma de 1563, antes de ir a Iperoig com Manuel da Nobrega, onde promoveram as pazes entre Tamoios de Cunhambeba e os índios tupis. Anchieta foi Superior da Capitania de São Vicente de 1569 a 1576. Os ministérios dos jesuítas em Itanhaém e arredores consistiam em missões aparentemente prolongadas, somadas com padres de São Vicente e Santos, com interferência sempre providente de Anchieta, o principal apóstolo de Itanhaém, a qual dava importância merecida ao dizer: “o seu Peru, (de onde saia toda prata dos espanhóis, mais precisamente do Cerro de Potosi) pelo rico minério de almas, que nele achava, para salvar entre Índios e Portugueses”!

Vias atuais de acesso a região de Itanhaém

Onde Anchieta deixou seu poema a virgem escrito nas areias de Peruíbe,(Iperoig) no século 20  era projetada a Rodovia Anchieta, autorizada para construção pelo governo paulista de Julio Prestes em decreto de 4 de janeiro de 1929, mas só foi iniciada em 1939 sendo concluída em 1949. Depois de alguns anos já era necessária outra rodovia, então foi inaugurada em 1976 a Imigrantes em sua primeira fase e concluída a segunda fase em 2002. Deste modo Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, a segunda “cidade” do Brasil, sede da antiga capitania de São Vicente, expandia e atualmente já se pensa em uma nova rodovia ligando o litoral através do Rodoanel, pela região de Parelheiros.

Fonte: Revista do Arquivo Municipal ( de São Paulo), volume 33, ano 3 (1937)


Em Itanhaém ou Iperoibe, ao que consta na historiografia até o momento,  não há vestígios de ter existido um colégio!

Vide: Itanhaém: Uma cidade e sua jurisdição

Itanhaém: Uma cidade e sua jurisdição

O Pelourinho e o convento de Conceição

Matéria vinculada no Jornal “Correio do Litoral”: Itanhaém, 14 de abril de 1918, ano IV, Nº 9

“Como é sabido, em 10 de dezembro do anno próximo, o Sr. Benedicto Calixto de Jesus, laureado pintor itanhaense e acatado investigador da história pátria, em companhia do reverendo vigário da parochia, descobriu entre os velhos paredões da parte ruinosa do nosso histórico convento[1] o fuste e o pedestal do pelourinho de Itanhaém aqui erecto pela condessa de Vimieiros, como symbolo de jurisdicção das 100 léguas de Martim Affonso”.

Nossa Senhora da Conceição (Virgem de Anchieta)

Convento Nossa Senhora da Conceição


Este pelourinho esteve erecto no antigo largo de São Francisco, hoje Praça Dr. Carlos Botelho, mesmo alguns annos após a independência...

Itanhaém foi a primeira câmara instalada no Brasil, pois para que o local fosse elevado a categoria de Vila teria que possuir uma igreja, pelourinho e cadeia! Os capitães-mores tiveram como sede a Vila de Itanhaém, do período compreendido de 1624 a 1721, quando aparecem em São Paulo o governo dos capitães gerais.

Mariana de Sousa (da) Guerra, Condessa de Vimieiros, era descendente de Martim Afonso (de Souza) proprietária de grande gleba territorial no sul do Brasil. 

Em 1624 Itanhaém tornou-se cabeça de Capitânia de Nossa Senhora da Conceição, devido às divergências entre os herdeiros de Martim Afonso e Pero Lopes de Sousa, estendida sua jurisdição de Cabo Frio que era base do governo, no estado do Rio de Janeiro, até Paranaguá, no Paraná, passando por São José dos Campos, Taubaté e Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Parte de Minas Gerais. 

Em 1692 as vilas nas dependências de Itanhaém eram: Nossa Senhora das Neves de Iguape, São João de Cananéia, Ubatuba, Parti, Vila Ilha Grande, Guaratinguetá, Taubaté, Nossa Senhora da Candelária de ITU, Sorocaba, Nossa Senhora De Rosário de Paranaguá e Vila de São Francisco. Pelo interior de São Paulo a capitania de Itanhaém alcançava ainda as terras de Botucatu e até 1709 as povoações erguidas no território de Minas Gerais. Pelo interior do Rio de Janeiro penetrava por terras de Nova Friburgo.



CAMINHO DE SANTO AMARO: De Itanhaém, fundada por Martim Afonso de Sousa em 22 de abril de 1532, sairam expedições para "explorar a "Boca do Sertão", terras do planalto, subindo a Serra do Mar. O Brasil começará a ser "descoberto e explorado"!!!

Fonte:

Revista do Arquivo Municipal (de São Paulo), Volume 70




[1] O convento Nossa Senhora da Conceição (Virgem de Anchieta) possuía 83 degraus até 1752 quando foi construída a ladeira existente por Frei Antonio de São Tomaz (Rower, Basílio. História Franciscana, p. 290 Frei Basílio Rower.)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Represa de Guarapiranga: ESCOPO

Uma atração paulistana
A Represa de Guarapiranga está localizada na Bacia do alto Tietê, abrangendo a região sul-sudoeste da cidade de São Paulo. O reservatório de Guarapiranga foi construído para aumentar a geração de energia na usina de Parnaíba, no Rio Tietê.

A Light, uma empresa canadense, foi autorizada a operar e explorar a produção e distribuição de energia elétrica, além dos serviços de iluminação e transporte coletivo. Em 1899, a The São Paulo Tramway, Light & Power Co. instalou-se na cidade de São Paulo.

No ano de 1906, a companhia decidiu construir na região de Santo Amaro, na época município política e administrativamente independente de São Paulo, um lago artificial, que foi denominada de Represa de Santo Amaro, sendo depois da construção da Billings a ser chamada de Represa Velha e por último recebeu a denominação de Represa de Guarapiranga, nome derivado do tupi-guarani e que significa “garça vermelha”.
ONDE ESTÃO AS GARÇAS VERMELHAS? (FLAMINGOS?)

A Light seguiu com as obras por três anos sendo que o represamento teria capacidade para armazenar aproximadamente 200 milhões de metros cúbicos de água.
Foi erguida a barragem do rio Guarapiranga afluente do rio Pinheiros para regularizar a vazão do rio Tietê através do  rio Pinheiros que se tornou um canal retificado de 27 quilômetros perdendo toda sua sinuosidade natural de 45 quilômetros.

Toda a bacia é formada por rios como Embu-Guaçu e Embu-Mirim, Rio das Lavras somado a ribeirões como o Ribeirão Itaim, Represa e Fazenda da Ilha, e os córregos Luzia, Itararé, Fundo, Piquiri, Itupu, Guavirutuba, São José, Bonito, Rio das Pedras, Tanquinho e Barro Branco, Casa Grande e pequenas artérias de abastecimento hídrico.
MAPA: Cutolo, Silvana Audrá. Comunidade Zooplanctônica na Represa de Guarapiranga- SP-Brasil. 

A Light percebeu o potencial recreativo da represa e tratou de melhor explorar a comunicação com o local, instalando linhas de bondes especiais para os visitantes, trazendo também areia de Santos construiu pequenos oasis de diversão para os fins de semana. Em 1927 a represa recebeu o aviador brasileiro João Ribeiro de Barros que atravessou o Atlântico em seu hidroavião JAHU que amerissou nas águas tranqüilas da Guarapiranga, onde no atual Parque da Barragem (Capela do Socorro) há o monumento em homenagem aos aviadores, incluindo-se o comandante de outra aeronave, Francesco De Pinedo.

Em 1928 a Represa recebeu a incumbência de abastecer de água a capital paulista, fornecendo a média de 1 metro cúbico por segundo para a estação de tratamento de Teodoro Ramos.

O projeto de urbanização da região foi sendo implantado a partir de 1937, no empreendimento batizado com o nome de “Cidade Satélite Balneária de Interlagos” situada entre os dois lagos o da Guarapiranga e Billings.(Usina hidrelétrica Henry Borden-Cubatão, idealizada na década de 1930) Além disso, a península do Riviera passou a fazer parte da represa, onde antes havia a fazenda de 320 alqueires de Herculano de Freitas.

Em 1958, com a construção da estação de tratamento do Alto da Boa Vista, a Guarapiranga passou a fornecer 9,5 metros cúbicos por segundo, obrigando a elevação do seu nível de água.

Na década de 50 a represa de Guarapiranga possuía a atração do hidroavião SeaBee, da família Cukurs, que sobrevoava a represa em vista panorâmica, uma atração local que perdurou por muitos anos. Hoje há alguma atração turística feita por embarcações tipo escunas e que buscam a regulamentação para expansão turística local.
SOLO SAGRADO-MESSIÂNICA

O sistema Guarapiranga atualmente corresponde a 20% da produção de água da Região Metropolitana de São Paulo atende as zonas sul, oeste e centro, cujos mananciais produzem 10,3m3/s, recebendo o reforço do Sistema Taquacetuba, responsável pela transferência de 4m3/s de água bruta do reservatório Billings para a represa Guarapiranga, aumentando deste modo a demanda.

No primeiro lago, há o passeio turístico que apresenta o Morro dos Eucaliptos, habitat natural de pequenos macacos e os morros 3 Carecas ou também chamada de Três Marias e onde também estão localizados clubes náuticos para a prática esportiva e que produziu atletas de renome internacional.
CARECAS

Na orla próxima a Avenida Atlântica foram construídos parques para preservação ambiental como o Parque da Barragem, Praia de São Paulo, Castelo, Nove de Julho, São José que complementa com o parque Ecológico Guarapiranga.


§  Área da Bacia Hidrográfica da Guarapiranga: 63.911 hectares (639 Km²)
§  Área urbana: 17% da bacia
§  Área com vegetação natural: 37% da bacia, com perda significativa ocorrida pela ocupação desordenada do solo com pontos de lançamento de esgoto sem tratamento nenhum (“in natura”).
§  População residente na bacia: aprox. 1,5 milhão pessoas
§  Área da represa: 34 Km² com profundidades de até 20 metros
§  Municípios parcialmente inseridos na área da bacia: Cotia, Embu, Juquitiba, São Lourenço da Serra, São Paulo
§  Locais totalmente inseridos na área da bacia: Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Bororé e Riveira
§  População abastecida pela represa: aprox. 3,5 milhões
§  Volume de água produzido: 14 mil litros por segundo

 Fonte:

Cutolo, Silvana Audrá. Comunidade Zooplanctônica na Represa de Guarapiranga- SP-Brasil. Depto. De Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

PARQUES PÚBLICOS NA ORLA DA REPRESA GUARAPIRANGA
Represa de Guarapiranga, um lago em alerta em São Paulo

GUARAPIRANGA, ONTEM e HOJE (Power-point)
http://www.conhecendoazonasulsp.com.br/PDF/@REPRESA%20%20GUARAPIRANGA%20ONTEM%20E%20HOJE.pdf

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Brasão de Santo Amaro/São Paulo

Introdução
Brasão de Armas de Santo Amaro

O Brasão de Armas de Santo Amaro (e outros tantos municípios) foi financiado por influência de Afonso d' Escragnolle Taunay com elaboração de José Wasth Rodrigues[1], sendo adotado em 1926, sendo composto do escudo ibérico, com a representação das matas e heráldica de Anchieta, com goles (a cor vermelha do brasão) representando a usina de ferro. Sobre a parte superior do escudo, pousa a coroa mural, de ouro, composta de 5 torres, sendo 3 visíveis com 2 ameais.
Os símbolos do brasão antigo representavam Santo Amaro como uma aldeia  e não como uma cidade e como um local colonizado pelos jesuítas representados pelas armas da família Anchieta.

A frase em latim "ANTIQUISSIMUM GENUS PAULISTA MEUM" ("PERTENÇO A MAIS VELHA SOCIEDADE PAULISTA") em vermelho sobre o listel foi cunhada também pelo historiador Afonso d’Escragnolle Taunay.

REPRESENTAÇÃO DO BRASÃO DE SANTO AMARO

O homem à direita, de quem observa o escudo, é um oficial da milícia portuguesa.

O da esquerda é um bandeirante, caracterizado pelo gibão de armas, de couro estofado e arcabuz representando aqueles que se aventuraram pelo interior e foram colonizando o país, responsáveis pela expansão do território brasileiro, sendo por vezes naturais do próprio local, apoiando-se ao escudo, em posição de descanso, da perspectiva do espectador.

Primeiro quartel: em campo amarelo representa um campo abundante de mata verdejante na localidade da “Villa” de Santo Amaro.

Segundo quartel: em campo de ouro, quatro cabeças de índios guaianases, afrontados e acantonados ladeando o brasão do venerável José de Anchieta, como símbolos da fundação do povoado de Santo Amaro no século 16. (Aldeia em 1560)

No campo inferior, metade do escudo, de goles (cor vermelha do brasão), há a representação de uma usina de ferro, símbolo que representa o primeiro empreendimento siderúrgico das Américas, construído em 1607.

COROA MURAL: REPRESENTAÇÃO DAS FORTALEZAS DO IMPÉRIO

Sobre a parte superior do escudo, pousa a coroa mural, (a peça acima do escudo) de ouro, composta de 5 torres, sendo 3 frontais visíveis e 2 ameais (guarnecimento das torres principais). Ao invés das cinco aparentes (três frontais e duas recuadas) que atualmente possui, deveria ter cinco frontais, como toda cidade. Do modo como está, indica que Santo Amaro é um povoado com menos de 5000 habitantes e não emancipado.
A coroa-mural reservada às cidades deve possuir cinco torres, e não apenas três, como se utiliza no brasão de Santo Amaro e deveria ser prateada, e não dourada, cor que se reserva somente ao brasão das capitais.
Na peça coroa-mural somente é utilizado o preto, símbolo de portas "fechadas". Nenhuma outra cor é correta, valendo tal orientação para qualquer outro município brasileiro. Não se utiliza da cor vermelha (goles) nas portas das torres, em detrimento do correto, que seria a cor preta (sable). Não se utiliza de forma alguma cor vermelha, sendo uma simples "licença artística", adotada, sugerindo portas abertas, sinal de espírito acolhedor do cidadão do município. Nem mesmo essa orientação é correta, pois a representação de portas abertas em heráldica é a cor branca, e não a vermelha.

Referências:
FEDERICI, Hilton. "Símbolos Paulistas: estudo histórico-heráldico". São Paulo: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1980.
Ribeiro, Clovis, Brazões e Bandeiras do Brasil, São Paulo Editora, São Paulo, 1933, pp. 195-204.


VIDE:



O PRETEXTO DA FUNDAÇÃO DE SÃO PAULO E AS RIQUEZAS DA AMÉRICA

http://carlosfatorelli27013.blogspot.com.br/2009/08/o-pretexto-da-fundacao-de-sao-paulo-e.html






[1] O escudo ibérico foi elaborado por Afonso d’Escragnolle Taunay, historiador,  que em 1926 foi  diretor do Museu Paulista, comumente conhecido como Museu do Ipiranga, em São Paulo. O desenho e a pintura do brasão  coube a José Wasth Rodrigues, também em 1926.

Uma Bandeira para Santo Amaro Paulistano

Recebe o afeto que se encerra...

Debruçar-se sobre uma ideia simbólica e fomentá-la para que seja feito de modo coeso uma opinião onde haja consenso de participação ativa de todo conjunto da coisa comum, fazendo ligação entre o suposto com aquilo que se pretende como causa e efeito de uma aspiração.

Criar é coisa inerente ao homem, e anteriormente a escrita, o mesmo saiu de sua condição primitiva e se tornou “sapiens” idealizando primeiramente símbolos rupestres de inspiração em cavernas onde foram suas primeiras moradias e nelas criados os primeiros símbolos humanos, por dizer assim como sua primeira expressão de comunicação. Depois todos esses simbolismos foram impressos em formas simplificadas que deram a origem em caracteres formando a escrita  que representavam aquilo que a memória registrava e passava as outras gerações.

O homem então começou a registrar tudo quanto se passava no espaço e tempo e disto nasceu o que as linhas entrelaçadas se encontram  nascendo, deste modo, a história humana, um registro sem fim, mas com finalidade de transmitir conhecimento.

Os símbolos, deste modo, permaneceram no inconsciente humano, e disto saíram muitos símbolos que seguiram tantas gerações e saíram modelos de agregar todo um conceito comum entre as partes que se apresentavam pelas semelhanças. Nasceram, assim, todas as estruturas grupais que motivaram os agrupamentos dos “inter pares” e que resultaram as disputas territoriais, ora assimilando culturas, ora distruindo-as e forçando novos modelos, subjugando o vencido, e obrigando-o a aceitar a nova condição imposta, ora criando novas estruturas somando aquilo que se tornava de domínio público e aceito como condição de sobrevivência grupal.

Surgiram deste contexto as guerras de domínio, antes mesmo de existirem as fardas de diferenciação entre os grupos rivais de disputas. Os cavaleiros guerreiros foram defendendo a fé que levou à frente do campo de batalha seus estandartes liderados por um ideal,  baluartes que demarcavam  territórios de luta entre grupos antagônicos, mas de interesses subjetivos. Assim surgiram as bandeiras de luta, um pendão a ser seguido por determinado contingente que se digladiavam em grupos antagônicos, entre as partes com litígio, onde o combate iria determinar as diferenças entre as partes, e o vencedor iria ser o modelo determinante desde aquele momento.

Dos estandartes de guerra às bandeiras das nações

Surgiram os reinos e seu modelo de defesa dos castelos através de suas muralhas, aparentemente intransponíveis, onde os povos eram defendidos.

Existiam os “paganis”(pagãos), ou seja, aqueles que viviam fora das muralhas e estavam longe de todas as ações do reino e que produziam a subsistência do reino, inclusive fornecendo os soldados de guerra, para a defesa do reino. Vivendo fora das muralhas era os primeiros a fornecer material humano de guerra para  o reino, a “infantaria” das primeiras escaramuças. Com o crescimento das áreas de ação do reino foram arregimentados outros indivíduos, que não mais cuidavam de produzir alimentos do reino, mas eram indivíduos do mercado, de outras atividades para manter o reino produtivo resultando disto  o “popolo”(povo), uma mistura das estruturas bastardas de 
determinado castelo fortaleza e do qual recebia aparente proteção.

O reino produzia deste modo seu “império” subjugando os povos menores ao seu redor, sendo reconhecido este poderio por um edital e por “sua marca”, a bandeira!

A bandeira deste modo passa a representar a condição soberana de um espaço físico que mais tarde dará todas as condições para constituir as nações e dentro das mesmas fomentar as divisões territoriais de estado, município, cidades, bairros.

Santo Amaro ganhou “status de Villa” desde o tempo do império, em 10 de julho de 1832, obtendo a hegemonia administrativa até o ano de 1935, quando perdeu esta condição de autonomia no governo de Getúlio Dornelles Vargas, que aqui “neste momento” não se discute o motivo desta ingerência, tendo-se como interventor federal, Armando de Salles Oliveira.

REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA DE UMA BANDEIRA PARA SANTO AMARO 
(Crédito da representação: Alexandre Fatorelli)

O que temos que notar é que o então “município” de Santo Amaro possuindo a representação do brasão idealizado pelo historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, que foi membro da Academia Brasileira de Letras, e idealizador de muitos brasões, (em 1926 foi Diretor do Museu Paulista, popularmente denominado Museu do Ipiranga) com desenhos  feitos por José Wasth Rodrigues, que tem seu marco em Santo Amaro, nos azulejos representado na obra na Praça Santa Cruz, não obstante, Santo Amaro, nunca teve representação feita em uma bandeira.
Na atualidade Santo Amaro, sendo um bairro paulistano, e possuindo  um grande cabedal histórico a ser explorado, pensa em concretizar algumas representações que demarquem seu vasto território de 640 quilômetros quadrados “deflagrando sua Bandeira” aos ventos da região sul de São Paulo, que pode estar com seu fundo amarelo, representando o povo “botina amarela” apoiada pela Cruz de Cristo, aportado da caravelas que singraram os mares do sul, ou até outra representação que se apoie numa mesma representação deste mesmo ideal de cruzeiro.

Uma demanda a ser inquirida no pano de fundo da Bandeira de Santo Amaro:

Que cruz que deve-se usar :

A Cruz de Malta (ou Cruz de São João)?


A Cruz Pátea(ou Templária) ?


A Cruz da Ordem de Cristo?


A Cruz de Santo Amaro?

Estejam a vontade para opinar e usar a liberdade pela crítica da crônica desta “bandeira” democrática, inclusive em respeito a cor da mesma!!!

                                                                                                          
Vide:
"Símbolos Paulistas: estudo histórico-heráldico", de Hilton Federici: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, 1980, São Paulo.
Guerra, Juvencio; Guerra, Jurandyr. Almanaque Commemorativo do 1º Centenário de Santo Amaro. São Paulo, 1932

Referências do blog:
POVO E SUA IDENTIDADE

O PRETEXTO DA FUNDAÇÃO DE SÃO PAULO E AS RIQUEZAS DA AMÉRICA

CONSEQÜÊNCIA DAS LEVAS HUMANAS DA EUROPA PARA A AMÉRICA