terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Santo Amaro Paulistano: Presente

PERTENCIMENTO E IDENTIDADE

De repente vemos Santo Amaro “presente” em muitos locais: jornais, TVs, entrevistas, trabalhos científicos. O setor imobiliário em sua desenfreada ânsia de poder financeiro anunciam grandes obras nos faróis em folhetos atrativos.

Na atualidade passam por cima da história de Santo Amaro, que tende a desaparecer definitivamente, através de prédios frios, verdadeiros pombais, quadradões e empilhadores verticalizados de gente, obras que se expandem por sobre casas horizontais onde viveram boa parte desta estrutura historiográfica que hoje tentamos registrar, embora muitas delas já estão soterradas pelas obras de demolição. 
Chamam isso progresso, mas doença também é progresso e se não combatida, mata. Combatemos o bom combate para denunciar desmandos e deste modo Santo Amaro tenta sobreviver destes escombros provocados pelo poder de controle por intenções de abarcar somente interesses de capitais, cifrões. 
                                                      TOMBAMENTO HISTÓRICO

Muitos vão chegar e não conhecem o local, e não possuem essa obrigação, nem culpa possuem desta situação descontrolada pelo “espaço vital” da cidade, mas porque muitas coisas estão desaparecendo e estranhos ao meio não possuem pertencimento nem identidade com o lugar.
PRAÇA FLORIANO PEIXOTO: "Fonte" Paulo Eiró - A Iguatinga "foi-se" para a Biblioteca Prestes Maia/SantoAmaro e o espelho d'água "secou-se"!
Ainda resta em Santo Amaro alguma coisa popular e de tradição. Um som caipira aqui, uma galinhada, um feijão tropeiro ali, tudo junto e misturado, uma reza ou romaria de Bom Jesus deslocada para dar espaço ao trânsito e...arte, que permanece nas praças de um artista santamarense, Julio Guerra, que da guerra somente tem no nome, pois, em vida a paz foi o seu contexto, mesmo na crítica manteve-se sereno, afinal a crítica é o combustível da superação de qualquer artista. Santo Amaro possui obras variadas do escultor e pintor Julio Guerra, talvez um dos bairros que mais possui várias obras dessa importância. Parece que no periférico de São Paulo é “proibido haver obras artísticas expostas”! 
Santo de casa não faz milagres

O elogio pelo fato exposto tem que haver dosagem certa e quando se torna norma constante pode ser perigoso, pela acomodação e soberba de quem o recebe! Santo Amaro tem o seu espaço, e deve receber dos administradores menos elogios e mais ótica de intervenções de melhorias, sem planilhas planejadas de controle falseadas por números frios para expor aos superiores em visitas esporádicas em palanques! Todo equipamento deve ser para uso comunitário; esse é o dever do edil e sua comitiva que tem por obrigação servir e para isso foi empossado. Deve-se ser autentico nas ações.

Exposição: “JULIO GUERRA: Lembranças de São Paulo”

O Centro Histórico Mackenzie nos apresenta um pouco desse “pequeno grande espaço” denominado Santo Amaro com as obras de “JULIO GUERRA: Lembranças de São Paulo”, que estará disponível de 29 de janeiro a 08 de março de 2013, de segunda a sexta das 9:00 às 20:00 horas e aos sábados das 10 às 17:00 horas.Local Rua Maria Antonia, 307 –prédio 1 – Higienópolis. Entrada franca

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