Um mecenas “santamarense”
Faleceu em 20 de março de 1906, deixando registrado seu legado em Santo Amaro[5], como grande incentivador do desenvolvimento da região.
Carlos da Silva Araújo[1]
nasceu na cidade de Santos, São Paulo, em 4 de novembro de 1835, sendo filho do
comandante da marinha mercante, Joaquim da Silva Araújo e de Maria do Carmo
Araújo.
Foi iniciado pelo pai e orientado pelo irmão mais velho em
um navio inglês no ofício das artes marítimas obtendo habilitação náutica e
ainda jovem tornou-se capitão de navios.
Carlos da Silva Araújo casou-se com sua prima por parte
paterna, Senhorinha Cândida Araújo, e do referido consórcio nasceu Carlos Samuel
de Araújo, que seguiu carreira na magistratura paulista, tendo sido juiz de
direito na cidade de Atibaia. Era casado com Maria Carlota Fonseca Araújo.
Carlos da Silva Araújo deixou sua atividade naval e
transferiu-se para São João do Rio Claro com intuito de edificar um colégio tornando-se
educador no Colégio Santa Cruz e no magistério teve grande progresso e no meio
educacional propagou suas ideias abolicionistas, sendo também defensor da
República.
Em 1880 veio para a cidade de São Paulo para dar
continuidade aos estudos de seu filho Carlos Samuel. Na Rua Esperança, no Largo
da Catedral da Sé estabeleceu o “Externato Araújo” que pelo fluxo grande de
alunos foi transferido depois para a Rua da Glória, na Liberdade.
Devido a problemas de saúde de sua esposa, buscou novos ares,
mudando-se para a Vila de Santo Amaro em 1891, para onde transferiu todo seu
conhecimento na área educacional.
Sua atividade fê-lo interessar-se por melhorias locais nas
obras públicas sendo um dos incentivadores pela construção de uma Santa Casa[2]
em Santo Amaro conseguindo com outros adeptos da causa o terreno através de
Benta Bernardina de Moraes, filha
do Capitão Manoel José de Moraes, 1º prefeito de Santo Amaro, surgindo desse
modo a “Sociedade Beneficente Nossa Senhora da Conceição”[3] para
o amparo dos necessitados.
Em Santo
Amaro foi um dos responsáveis por edificar o Mercado Municipal[4] no
Largo São Benedito, (hoje Casa de Cultura, na Praça Doutor Francisco Ferreira Lopes) tendo sido em sua gestão como
presidente da Câmara Municipal realizado o feito em 1896.
Com o
falecimento de seu filho Carlos Samuel em 1901, resolveu juntamente com sua
esposa retornar a capital paulista, onde exerceu a gerência da Caixa Econômica
Federal.
Faleceu em 20 de março de 1906, deixando registrado seu legado em Santo Amaro[5], como grande incentivador do desenvolvimento da região.
[1] O sobrenome “Araújo” é de origem espanhola e difundido também em Portugal,
primeiramente através de Pedro Pais, natural de Araúja, era alferes-mor do
reino de Leão (com Castela reinos da origem de Espanha) e depois do reino de
Portugal. O sobrenome surgiu na Espanha através
do Castelo de Araúja, localizado próximo ao Rio Minho, por esse motivo, de
origem geográfica, ou seja, um toponímico. Araújo é derivado de Araúja, uma
árvore.
Rodrigo Anes (de Araújo) era senhor do Castelo de Araúja e foi o
primeiro a adotar este sobrenome.
[2] Santa Casa de Misericórdia de Santo
Amaro, São Paulo http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2015/04/santa-casa-de-misericordia-de-santo.html
[3] Benta Bernardina de Moraes e a Santa Casa de Misericórdia de Santo
Amaro/SP http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2019/08/benta-bernardina-de-moraes-e-santa-casa.html
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