segunda-feira, 10 de junho de 2019

Pioneirismo da “Panificadora São Luiz” no Bairro Jardim São Luiz/SP


As padarias em Santo Amaro e Jardim São Luiz

A Panificadora São Luiz”, no bairro Jardim São Luiz, São Paulo, tinha a razão social T. D. Oliveira & Filhos, na antiga Rua 1, hoje Rua Geraldo Fraga de Oliveira, nº 195, foi iniciada em 1º de outubro de 1960 com suas novas instalações embora em regime de fabricação de pães tenha sido implantada como experiência a partir de 1957, conforme declaração familiar. Toda a experiência na fabricação de pães, doces, confeitos variados salpicados com açúcar de confeiteiro, bolos para festas e até o “biscoito especial” muito apreciado e que já era produzido quando das instalações em Santo Amaro, faria parte também da Panificadora São Luiz, além do fornecimento de bebidas nacionais e estrangeiras.


PROCISSÃO DE SANTA ISABEL PADROEIRA DOS PADEIROS


Na inauguração do estabelecimento coube a benção do local ao reverendo padre Joel Ivo Catapan da Paróquia São Luiz Gonzaga.


Tertuliano Dias de Oliveira, nasceu em 7 de maio de 1905, em Santo Amaro, São Paulo. Toda sua habilidade em confeccionar doces e salgados começou quando criança trabalhando de padeiro na Padaria do Jacó, em frente à Prefeitura de Santo Amaro. 




Em Santo Amaro havia nomes de peso no setor de panificação como a
Padaria Hessel, na Alameda Santo Amaro, esquina com a antiga Belchior de Pontes, atual Gen. Roberto Alves de Carvalho Filho, ou a Padaria Alemã, depois administrada pela família Grassmann e bem mais tarde as instalações fizeram parte da padaria Goa, situada no Largo 13 de Maio, nº 11, fazendo esquina na Rua do Cotovelo, atual José Bonifácio. Nesta última citada Tertuliano havia trabalhado de padeiro.

 



“Padaria e Confeitaria 15 de Novembro” hoje: CONSTRUÇÃO de 1928


Depois Tertuliano passou a trabalhar na “Padaria e Confeitaria 15 de Novembro” e do “Bar e Restaurante 15”, gerenciado por Americo e Vittorio Angelico Maretto. Este estabelecimento foi adquirido mais tarde pela família de Manuel Antonio Alves, ficando reconhecido como “Padaria do Mané da 15”. Tertuliano permaneceu por 20 anos nessa empresa.

 



Depois de acumular boa experiência Tertuliano Dias de Oliveira resolveu se estabelecer por conta própria adquirindo a Padaria Brasileira, também em Santo Amaro, tornando-se dono do ponto da “Padaria Brasileira”, na Rua Direita, atual Capitão Tiago Luz, onde atualmente há uma filial das Casas Pernambucanas, mas não era dono da propriedade, que mais tarde  foi adquirida por Eliseu Schmidt e assim os “Oliveiras” resolveram se deslocar e abrir comércio em terreno próprio deslocando-se para o Jardim São Luiz na década de 1950.


Em 1956 começou a erguer o prédio que viria a ser a Panificadora São Luiz, primeira padaria do bairro Jardim São Luiz. Necessitando de máquinas industriais para a produção de panificação requereu junto a Light um transformador para suportar potências maiores exigidas pelos equipamentos instalados. Essa iniciativa contribuiu e muito para que novos ramais de eletricidade fossem feitos a partir desse ponto comercial, expandindo-se por todo o bairro, que caricia de energia elétrica.



Também para contatos com fornecedores e clientes foi o primeiro a adquirir uma linha telefônica no bairro incipiente do Jardim São Luiz.

Toda a família tinha sua função especifica na Panificador São Luiz, desde sua esposa Edwirges de Andrade como todos seus filhos, Rubens, Dulce, Waldemar, Osvaldo, Terezinha, Sebastião, Ary e Antônio Luiz.

Muito contribuiu a família Oliveira para o desenvolvimento do bairro. O senhor Tertuliano Dias de Oliveira, teve seu passamento em 12 de outubro de 1976, deixando seu legado de muito trabalho.






Hoje a Panificadora São Luiz, um marco local, com o passamento dessa dinastia Oliveira, se encontra fechada e seu último proprietário foi o senhor Rubens Dias de Oliveira!





Dois tempos: JARDIM SÃO LUIZ-SP, A BOCA DE VULCÃO DEPOIS DE 60 ANOS
(clicar nas fotos para ampliá-las)

Referências:
Depoimento e documentos dos filhos Rubens e Ary e fotos adquiridas em pesquisa.

Nota:
Aguardamos quaisquer referências que porventura possa haver para acrescer ou alterar a crônica, desde que elas estejam baseadas em fatos.

Cronica sujeita a alterações sem prévio aviso!

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