CHSA e seus 82 anos comemorados em 2017
Ao completar seus 82 de aniversário de fundação, o Clube Hípico de Santo Amaro está de parabéns por manter parte de Mata Atlântica com bosques e jardins que servem de moradia para diversas espécies de aves e pequenos animais silvestres. As estruturas originais da maior parte das edificações da Fazenda Itaquerê estão bem preservadas.
FAUNA: MICOS
FLORA
Santo Amaro em 22 de fevereiro de
1935, através do decreto nº 6.983, expedido pelo interventor Armando de Salles
Oliveira, deixou de ser município e passou a integrar o município de São Paulo.
Neste mesmo ano em 07 de setembro surgia o Clube Hípico de Santo Amaro, situado
à Rua Visconde de Taunay, n° 508, no Bairro de Santo Amaro, ocupando área de
330 mil metros quadrados.
Em 7 de setembro de 1935, em um grande loteamento
da antiga Fazenda Itaquerê, foi fundado, por iniciativa de um grupo de
empreendedores, o Clube Hípico de Santo Amaro. O grupo de 49 sócios fundadores,
liderados por João Carlos Kruel, adquiriu a Chácara Street, chamada de “Fazenda Itaquerê”
por causa
de sua vasta extensão, do industrial Jorge Luís Gustavo Street[1].
O Clube está encravado em uma
região da Mata Atlântica e seus bosques e jardins que servem de moradia para
diversas espécies de aves e pequenos animais silvestres. O atual Casarão, sede antiga
da Fazenda Itaquerê e sede do Clube passa por reformas e restaurações, mas a
essência e a beleza da arquitetura desta antiga casa de fazenda, construída
pela família do educador francês Hyppolite Pujol, estão preservadas até hoje.
A partir de 1940, Santo Amaro recebeu
instalações de indústrias estrangeiras. Muitas dessas empresas, como forma de
incentivo, presenteavam seus funcionários com títulos do Clube Hípico de Santo
Amaro.
Cavaleiros:
protagonistas da história
Os primeiros
cavaleiros e cavalos de adestramento surgiram na Força Pública Paulista, depois
que alguns oficiais treinados na Escola de Saumur, na França. Dos oficiais do
esquadrão de cavalaria que vieram para o
Clube Hípico de Santo Amaro destacam-se:
Eduardo Esteves,
Tomas Barth e Omar Nór, que foram posteriormente presidentes do Clube. Nas escolas
de equitação do Exército, de São Paulo e do Rio de Janeiro, os militares
dominavam as técnicas do hipismo e alguns destes famosos cavaleiros contribuíram
para o desenvolvimento do esporte equestre no Clube Hípico de Santo Amaro, como os coronéis Renyldo Ferreira, Gérson
Borges, Sylvio Marcondes de Resende, Horácio Bozon e José Carlos Ávila.
Entre os anos de
1955 e 1965, aprimoraram-se as técnicas de hipismo devido à aproximação dos cavaleiros
santamarenses com os militares da arma de cavalaria, tanto da Força Pública,
como era chamada a atual Polícia Militar, quanto do Exército. O coronel Oscar
Luís Consistré foi um dos primeiros professores de equitação do Clube Hípico de Santo Amaro a
compartilhar seus conhecimentos adquiridos durante a Missão Francesa a Saumur,
de onde trouxeram novas técnicas para serem transmitidas a civis e militares.
A formação de cavaleiros ficou bem
evidente nos anos de 1985 a 1995, quando a Confederação Brasileira de Hipismo
(CBH) procurou levar o esporte equestre para todo o Brasil, promovendo
campeonatos e torneios fora das associações hípicas. Esta época foi marcada
pelo surgimento de novos clubes, manéges, haras e centros equestres em todo o
território nacional, principalmente no eixo Rio-São Paulo.
Assim, as equipes brasileiras
passaram a se destacar nas principais provas internacionais de salto, como a
Copa das Nações de Aachen, em 1987, com um aplaudido terceiro lugar por equipe.
A época áurea do salto no Brasil
se deu entre 1995 e 2009, como resultado dos triunfos que os brasileiros
obtiveram pelo mundo. O hipismo ganhou a atenção dos dirigentes estaduais e
nacionais, e muitos cavaleiros e amazonas estão, até hoje como associados do Clube Hípico de Santo Amaro.
O Clube
Hípico de Santo Amaro se
destaca, inclusive, pela quantidade de vezes que conquistou o Troféu Dr.
Camillo Ashcar Júnior – um troféu permanente da sede da Federação Paulista de
Hipismo (FPH) no qual é inscrito o nome da associação que obteve o maior número
de pontos em provas oficiais de salto durante um ano. O Clube Hípico de Santo Amaro foi campeão anual por 14 vezes, em 21 edições, e
ininterruptamente, de 1990 a 1999 e de 2003 a 2006.
Uma atividade muito especial e
mundialmente pioneira no Clube Hípico de Santo Amaro foi a realização de vários balés
equestres dirigidos por Bernardo Kaplan.
*Material desta crônica
extraído de fôlder e páginas da internet pertencentes ao Clube Hípico de Santo Amaro, além de referências conseguidas em visita ao local
em 7 de setembro de 2017.
[1]
Proprietário da fábrica de sacaria de juta Santana, adquirida do Conde
Penteado, onde iniciou a expansão da Companhia Nacional de Tecidos de Juta. Em
1912 principiou a construção da fábrica e Vila Operária Maria Zélia, bairro do Belenzinho,
em São Paulo, com creches, escolas para crianças dentro da vila, uma inovação à
época.
Sem comentários:
Enviar um comentário