O Carrilhão Ainda Vai Repicar os
Sinos da Matriz de Santo Amaro!
O setor de arqueologia diante das circunstâncias fez prospecção das várias camadas de solo em conjunto com um departamento terceirizado pelo metrô incumbido da historiografia local, em que este missivista teve o privilégio de participar, embora requerido estes estudos finais, jamais foram disponibilizados estas ações pelo metrô .
Faz bom tempo que os paroquianos
da diocese de Santo Amaro ficaram alijados de seu símbolo religioso, por vários
motivos àquela que foi elevada a Catedral em 15 de março de 1989, por intermédio das
atribuições competentes do representante Máximo da Igreja à época, Papa João
Paulo II, pela bula Constant Metropolitanam Eclesiam, juntamente com as Dioceses de Campo Limpo, Osasco e São Miguel Paulista, desmembradas
da Arquidiocese de São Paulo.
Necessitava a Catedral de Santo
Amaro de reparação urgente em sua estrutura física, cabendo antes uma interferência
em sua cobertura, para evitar maiores estragos por infiltrações de umidade que deterioraria
um conjunto ainda sustentado por uma tecnologia do século dezenove.
Urgia interferência, tanto porque
Santo Amaro desde muito comporta um demanda de veículos ao redor do Largo 13 de
Maio, no coração de seu eixo histórico, que, aos poucos foi abalando o entorno
que não suportava essa enorme afluência veicular e as escavações metroviárias. Mas a Matriz galhardamente
resistiu ao tempo, suportou uma série de transformações ao seu redor até a
chegada da linha Lilás 5 do metrô de São Paulo.
Muita tecnologia de ponta foi
usada para essa interferência de modernidade, e com a chegada do metrô, foram
feitos estudo de solo, encontrando-se os trilhos da antiga linha de bonde de Santo Amaro,
finda em 27 de março de 1968.
O setor de arqueologia diante das circunstâncias fez prospecção das várias camadas de solo em conjunto com um departamento terceirizado pelo metrô incumbido da historiografia local, em que este missivista teve o privilégio de participar, embora requerido estes estudos finais, jamais foram disponibilizados estas ações pelo metrô .
A Matriz de Santo Amaro, sem dúvida, é um símbolo com
todo seu arcabouço religioso através destas estruturas que foi reforçado pelo
contexto de participação na região de Santo Amaro. Muitos vinham de outras regiões
participarem das festas de fervor, como do Divino Espírito Santo, da Santa Cruz,
Natividade e outras mais.
O frontispício da Matriz volta-se
imponente a olhar de sua altura para o local indígena de Jurubatuba ou Jeribatiba, donde as
primeiras canoas afluíram e aportaram nas margens do rio Pinheiros, num "meme" que a oralidade transmite sendo em 1552, embora sem comprovação, indo
depois mais à frente fundar uma das maiores metrópoles do mundo moderno: São
Paulo.
Por ordem de El Rey com aval religioso do jesuíta Manoel da Nóbrega, confirmado por José de Anchieta e com primeira missa feita por Padre Manoel de Paiva. Um dia o noviço José de Anchieta volta com alguns sacerdotes aos campos da "arraial" de Santo Amaro e assim “ batiza” e oficializa a primeira missa de Santo Amaro em 1560!
Uma pequena vila local de passagem de quem subia a serra do mar ou por ela voltava ao litoral, no seu elevado mais baixo, de aproximados 400 metros, foi parte de um estilo próprio de um caipirismo enraizado do abandono do caboclo nas matas, do matreiro desconfiado, matuto da labuta da enxada, mas que não deixava de caminhar com sua mula e prole “embornada” nos jacás das mulas para orar ao pé dos retábulos referidos por Miguelzinho Dutra, retábulos esses que um dia tomou o rumo da Capital por ordem de Dom Duarte Leopoldo e Silva para fazerem parte do acervo religioso e hoje conservado no espaço do Museu de Arte Sacra de São Paulo, na “Sala Santo Amaro”, na Avenida Tiradentes, 676, Luz.
Os vários órgãos governamentais de preservação precisam olhar todo acervo ainda existente, antes que os mesmos se tornem lembranças de uma época, e, que o “tombo” não seja mera referência documental de secretarias que tenham atribuições de conservação!
Por ordem de El Rey com aval religioso do jesuíta Manoel da Nóbrega, confirmado por José de Anchieta e com primeira missa feita por Padre Manoel de Paiva. Um dia o noviço José de Anchieta volta com alguns sacerdotes aos campos da "arraial" de Santo Amaro e assim “ batiza” e oficializa a primeira missa de Santo Amaro em 1560!
Uma pequena vila local de passagem de quem subia a serra do mar ou por ela voltava ao litoral, no seu elevado mais baixo, de aproximados 400 metros, foi parte de um estilo próprio de um caipirismo enraizado do abandono do caboclo nas matas, do matreiro desconfiado, matuto da labuta da enxada, mas que não deixava de caminhar com sua mula e prole “embornada” nos jacás das mulas para orar ao pé dos retábulos referidos por Miguelzinho Dutra, retábulos esses que um dia tomou o rumo da Capital por ordem de Dom Duarte Leopoldo e Silva para fazerem parte do acervo religioso e hoje conservado no espaço do Museu de Arte Sacra de São Paulo, na “Sala Santo Amaro”, na Avenida Tiradentes, 676, Luz.
Os vários órgãos governamentais de preservação precisam olhar todo acervo ainda existente, antes que os mesmos se tornem lembranças de uma época, e, que o “tombo” não seja mera referência documental de secretarias que tenham atribuições de conservação!
Era anunciado no jornal “Polyanthéa”,
em 01 de novembro de 1924, as obras da Matriz de Santo Amaro: Número Consagrado
as Festas da Inauguração da Nova Matriz, dando por completado os esforços de
uma comissão que “representa o maior monumento de nossa terra, estão
concentrados os sentimentos mais íntimos e puros da população”.
Muitos elogios se poderiam
elencar neste espaço, mas não cometendo injustiças da falta de evocação de um
ou outro que muito contribuiu para que pelas portas novamente entrasse “A Luz”,
fazemos aqui um menção de agradecimento aos santamarenses natos e aqueles que são de coração e que encontraram neste rincão,
de boca de sertão, primeira entrada do “sertão paulista” um acolhimento digno onde
o pertencimento é marca registrada e deve ser mote de quem em Santo Amaro vive!
As duas obras de vulto no restauro da Matriz de Santo Amaro foram feitas com datas definidas em 1924(documentos da época) e agora em
2012, no dia da Imaculada Conceição, numa distância de 88 anos e que ainda há de ser completada com o carrilhão repicar os sinos no campanário
em sinal da presença da Fé dos botinas
amarelas!
1 comentário:
foi emocionante, jamais pensei que fosse assim, tão bonita , mais ainda falta muita coisa pra fazer , vamos lá paroquianos , há parabéns ao padre Rogério que tem muita garra !!!!
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