José Fernandes Tem Tem nasceu na Cidade de Funchal,
na Ilha da Madeira, em Portugal, em 1946, sendo seus pais Manuel Fernandes Tem
Tem e Elisa Gomes Valente Fernandes Tem Tem.
Funchal (imagens passadas por Antonio da Mata, [antes de seu passamento] amigo do facebook)
A Europa saia de uma guerra onde muitos estrangeiros tiveram que decidir buscar novas perspectivas de vida, mesmo com a neutralidade portuguesa eram tempos difíceis para a humanidade.
A família Fernandes Tem Tem enfrentou longa viagem
marítima de 11 dias desembarcando no Porto de Santos em 1962, juntamente com
seus pais e suas irmãs Maria José Gomes Valente Tem Tem, Maria Manuela
Fernandes Duarte.
Já estava em São Paulo seu patrício José Fernandes Camisa Nova, que chegou no Brasil em 1952 e já estava estabelecido no Jardim São Luiz em 1957.
Em dezembro de 1962 José Fernandes Camisa Nova foi
encontrá-los na cidade de Santos e acomodou a família Tem Tem no bairro Jardim
São Luiz, , na antiga Rua 28, hoje denominada Lázaro José de Paula, onde
residiram algum tempo. Mais tarde mudaram-se para a Rua 3, atual Osvaldo Pires
da Silva, onde fixaram residência.
José Fernandes Tem Tem casou-se no Brasil com a senhora Maria Adelina Fernandes Tem Tem com quem constituiu família e teve os filhos Ricardo e Odete Fernandes Tem Tem.
O loteamento bairro do Jardim São Luiz estava ainda
em formação, estruturado pela Companhia Paulistana de Terrenos e as
reinvindicações de asfalto, energia elétrica, esgoto eram feitas junto ao poder
municipal pela Sociedade Amigos de Bairro do Jardim São Luiz, fundada em 1956,
que pertencia ao 30º subdistrito de Santo Amaro.
José Fernandes Tem Tem entrou no comércio em Santo Amaro, empregando-se com o senhor João Arnaldo Fernandes Camisa Nova que possuía seu comércio localizado à Rua Herculano de Freitas, número 116, hoje essa rua tem a denominação Desembargador Bandeira de Melo.
Sendo um comerciante forjado no trabalho árduo
desde jovem, logo se estabeleceu por conta própria na antiga Avenida São Luiz,
nº 559, hoje denominada Avenida Maria Coelho Aguiar, no Bairro Jardim São Luiz,
adquirindo um bar que estava decadente nas mãos do antigo proprietário e o
transformou em um recinto familiar, onde os moradores começaram a frequentar,
crescendo a freguesia.
Nessa mesma época chegava ao bairro o Padre Edmundo da Mata, outro patrício da Ilha da Madeira, que foi transferido da Freguesia do Ó em 15 de outubro de 1964, onde foi empossado como pároco, na Paróquia São Luiz Gonzaga e também responsável da Capela de Nossa Senhora da Penha, conhecida pela população simplesmente como Penhinha, e que era promovida todos os anos a festa em honra a Nossa Senhora da Penha dia 8 de setembro.
Alguns paroquianos, onde se incluía a família de seu José Fernandes Tem Tem juntamente com os vicentinos, acompanhavam o Padre Edmundo da Mata que presidia missas além da paróquia do bairro, também na Capela de Nossa Senhora da Penha, sendo o responsável de mantê-la em ordem o espanhol Constantino Felipe Dias Lopes, que residia em frente a capela do Bairro da Penhinha e mantinha a segurança e ficava com as chaves da capela. (A Capelinha de Nossa Senhora da Penha, ou simplesmente Penhinha, foi demolida em maio de 1973)
Em 1967 seu José Fernandes Tem Tem adquiriu o Bar
Esportivo, também na Avenida São Luiz, nº 452 permanecendo no estabelecimento
por 11 anos.
Com o desenvolvimento do Jardim São Luiz que já possuía
linhas de ônibus regulares da Viação São Luiz Ltda, que hoje é o Consórcio 7 do
Grupo Empresarial Ruas, seu José Fernandes Tem Tem expandiu sua atividade,
implantando a padaria[1] que a população ainda hoje
conhece como Repolho, no bairro vizinho da Vila das Belezas.
José Fernandes Tem Tem participou e ainda participa ativamente em muitos eventos da Paróquia São Luiz Gonzaga, onde conjuntamente com o Padre Edmundo da Mata e na atualidade com o Padre Luciano Borges, assume a maioria dos eventos, sendo pessoa marcante nas “Festas Julhinas” da Paróquia São Luiz Gonzaga, de grande importância para a comunidade.
Seu Tem Tem e sua filha Odete, ativos colaboradores na comunidade jardinense
Notas:
Depoimento
de José Fernandes Tem Tem, em julho de 2024.
Crônica
sujeita a alterações , sem prévio avido.
[1] A
panificação é uma atividade muito antiga. Os primeiros pães foram assados sobre
pedras quentes ou debaixo de cinzas há 12 mil anos na
Mesopotâmia, região onde hoje é o Iraque. Da Mesopotâmia o pão ultrapassou fronteiras
chegando ao Egito, onde estima-se que há 7 mil a.C. foi assado o primeiro
pão, e depois acrescido de líquido fermentado à massa do pão para
torná-la leve e macia, que mudou a forma de fazer o pão. O pão
chegou à Europa em 250 a.C., sendo preparado em padarias, mas, com
a queda do Império Romano, elas fecharam e o pão passou a
ser feito em casa.
O Dia do Padeiro é comemorado em 8 de
julho em alusão ao fato dos pães convertidos em rosas, ocorrido em Portugal, em
1333, com a rainha Santa Isabel, que se tornou
santa e foi canonizada em 25 de maio de 1625 pelo papa Urbano VIII, sendo
considerada a padroeira dos panificadores e padeiros.
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