...assim nasceu também o Bairro Jardim São Luiz/SP (e tantos outros)
As capelas foram as fontes da formação de povoados que originaram as Vilas, sendo a Capela de Nossa Senhora da Penha a originária da região!
Na organização da Colônia (Brasil) pelo governo português, não havia uma estrutura civil separada da estrutura eclesiástica.
As capelas correspondiam a povoados, que se organizavam ao redor de uma praça e agrupavam-se à volta de pequenas igrejas rurais, embora não cobrissem toda uma área de uma "Sesmaria" (que variava entre 10 e 13 mil hectares), quer "datas" (272 hectares) de terras que originaram os loteamentos de fazendas.
(Um hectare é uma medida de área de 10 000 metros quadrados. O bairro Jardim São Luiz possui 840.000 metros quadrados, aproximadamente 1/3 de uma "data", que hoje corresponde a um terreno qualquer, independente da área, termo usado ainda no interior do Brasil.)
Essa estrutura tinha o intuito
de posse territorial por parte do governo.
Nas capelas habitualmente não existe culto religioso diário ou dominical, ou existe somente quando há festividades religiosas.
A “capela curada” possuía o
padre permanente com missa aos domingos e dias santos, enquanto a capela filial
só tinha missas quando recebia o padre da Igreja Matriz. As capelas estavam
integradas ao território de uma freguesia.
As freguesias (paróquias), além de servirem como subdivisão administrativa, tinham como principal característica possuir um povoado com praça e Igreja Matriz e nesta registravam-se os casamentos, batizados e óbitos. A igreja tinha poder cartorial.
Os fregueses, "filhos da igreja" (filium ecclesiae) estavam registrados por fogos (moradias, casas, habitações).
O registro de fogos tinha fins
administrativos, por meio dos quais cobravam-se os impostos e realizava o
recrutamento militar quando necessário fosse defender o território, que passa a
ter uma divisão administrativa com sede onde funcionava a Câmara e as funções
de fazer-se cumprir a justiça.
Ref. para a Crônica: Sandra da Silva Careli, Luiz Claudio
Knierim. Organizadores. Releituras da História do Rio Grande do Sul. Fundação
Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore. Porto Alegre, CORAG, 2011.
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