O telefone fixo (atualmente uma raridade) tocou, atendi:
Pois não! (falo isso, mas até hoje não entendi
a expressão)
_Somos do Jornal a “Folha Folheada” (jornal
fictício)
_Temos uma proposta imperdível.
Não obrigado
_O senhor recebe o jornal um ano e paga meio.
Não obrigado
_Você terá a facilidade de receber em casa
todos os dias.
Não obrigado
_Terá as primeiras informações diariamente.
Não obrigado
__O preço é o melhor que existe.
Não obrigado
_Então assina o jornal digital.
Não obrigado
_Por que não?
Porque adquiro jornal, há muito tempo, sempre do mesmo jornaleiro, que já vendeu muito jornal nas vacas gordas, hoje a banca dele não vende quase nada, sou um dos poucos que ainda compra o jornal e ele me espera religiosamente eu ir à banca dele, pois lá existem mais uns 2 ou 3 da velha guarda, que fala tudo quanto e besteira, e a gente ri e brinca, e xinga e zomba um do time do outro, e diz bom dia pra gurizada que passa indo pra escola, isso tomando um cafezinho que o dono da banca faz questão de fazer em sua casa e trazer pra esses caras que se encontram religiosamente em sua banca e ele fica feliz por nós estarmos ali por uma meia hora jogando conversa fora, e no outro dia a cena se repete, falando “mentiras verdadeiras”...essa felicidade do convívio sem interesses particulares, não tem preço que pague!!!
_Mas o senhor vai economizar muito.
Pode até ser, mas o que eu recebo do
jornaleiro tem muito valor...alô, alô?
Desligou!!!
Deixe-me ir buscar o jornal no meu amigo jornaleiro...já estou atrasado!!!
(Parece ser apenas uma historinha, mas não é, isso é real, meu amigo jornaleiro chama-se Batista {e sua esposa dona Maria}...e acha que vai fechar a banca...)
Sem comentários:
Enviar um comentário