sexta-feira, 2 de outubro de 2015

“Teatro Municipal de Santo Amaro Paulo Eiró”: Reinauguração 2015

Parte de um todo: CULTURA!

O “Teatro Municipal Paulo Eiró” foi inaugurado em 23 de março de 1957 para atender atividades culturais e artísticas na região de Santo Amaro, localizado na Avenida Adolfo Pinheiro, 765.


Foi projetado pelo arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Roberto José Goulart Tibau[1](1924-2003) sendo iniciado em 1952. Em sua inauguração havia 800 lugares e com a atual reforma (ocorrida de 2011 a 2015) foi reduzido em 2015 para aproximadamente 500 lugares para ampliação do palco. O nome é uma homenagem ao poeta, escritor, dramaturgo Paulo Eiró (Paulo Francisco Emilio Salles; 1836 – 1871).
Em 1968, foi instalado na frente do teatro um mural com representação grega do teatro, escultura e música tendo também como personagem Paulo Eiró no mérito cênico de suas obras. Possui 18 metros de largura por 5 metros de altura, feito em mosaico numa estrutura de cimento armado pelo escultor Júlio Guerra e que foi deslocado ficando com 90° em relação ao frontispício do teatro.
As obras de reformas que ocorreram no Teatro Paulo Eiró tiveram início em maio de 2011, e deveriam ser concluídas no final de 2012. Com um investimento previsto de R$ 9,0 milhões, passando para R$ 14, 4 milhões, foi entregue oficialmente em 28 de setembro de 2015. 
Houve apresentação de gala de “Orquestra Experimental de Repertório” que engrandeceu tão digno equipamento público de cultura de Santo Amaro e será palco para artistas locais e de representações teatrais de peças nacionais e internacionais.













[1] Roberto José Goulart Tibau formou-se em 1949 na extinta Escola Nacional de Belas Artes (Enba) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Durante seus estudos, trabalhou para alguns arquitetos da chamada de Escola Carioca como Oscar Niemeyer, Francisco Bolonha, Álvaro Vital Brasil, entre outros. Depois de formado embarcou para São Paulo onde teve contato com o arquiteto Hélio de Queiroz Duarte, encarregado de formar uma equipe para o Convênio Escolar. Durante sua permanência no Convênio Escolar projetou o Planetário, Escola de Astrofísica, Teatro Popular, sendo incluído nesta atuação o Teatro Municipal Paulo Eiró. A equipe liderada pelo arquiteto Hélio de Queiroz Duarte, era composta pelos cariocas Eduardo Corona e Roberto Goulart Tibau e pelos paulistas Oswaldo Corrêa Gonçalves, engenheiro arquiteto, e pelo engenheiro Ernest Robert Carvalho Mange, ambos Politécnica de São Paulo. Essa equipe produziu 52 edifícios escolares aos quais foram aplicados, em seus programas arquitetônicos, os conceitos de uma escola aberta à comunidade, conforme apregoava o educador Anísio Teixeira, com quem o arquiteto Hélio Duarte trabalhou, na Bahia para as escolas públicas voltada à inclusão das crianças carentes. Nascia deste modo o conceito da arquitetura voltada para a educação e que foi intitulada “escolanovista”.

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