sábado, 25 de dezembro de 2010

O UNIVERSO MATEMÁTICO E A EPIFANIA

HOUVE A CRIAÇÃO SEGUIDA DA EVOLUÇÃO!

A astronomia iniciou-se nos vales do Eufrates estendendo-se ao rio Nilo. Remonta 25 séculos através das observações dos caldeus, onde mais tarde a ciência grega deu sua contribuição através da cosmologia de Tales. Os pitagóricos por sua vez dedicaram estudos aos astros com bases matemáticas da geometria de então preparando o caminho para a teoria científica, sendo seu primeiro representante Aristarco de Samos. Houve certo descrédito e um retrocesso neste campo prevalecendo então a teoria aristotélica do “geometrismo”, vindo somente uma reação considerável neste campo a partir do século 15 com as comprovações de Copérnico, Kepler, Galileu, Newton e Einstein, dando novos conceitos interplanetários, alterando a ordem do conhecimento humano.

Os pitagóricos consideravam a astronomia a e a música como irmãs gêmeas, pois as leis que regem os acordes musicais assemelhavam a harmonia do céu. A astronomia possuiu ao longo do tempo outros nomes de batismo como “uranologia” ou “cosmografia” e era considerada “mecânica celeste”.
Definição de Poincaré:
“A astronomia, é, de todas as ciências, a que nos reserva maiores motivos, para nos maravilharmos. Sem falar das avaliações prodigiosas que estabelece para as massas e as temperaturas estelares, fornece, sobre as dimensões do espaço e as distâncias respectivas dos corpos celestes, precisões realmente impressionantes”.
AS HOSTES CELESTES ANUNCIAM ATRAVÉS DOS MAGOS DO ORIENTE (vide Origenes)

“Sai uma estrela de Jacob, ergue-se um cetro em Israel. (Números 24:17)

Os magos eram o que atualmente denominam-se astrônomos, e não astrólogos como comumente querem denominá-los, pois possuía formação na ciência dos astros, eram da casta dos sacerdotes medos e persas, de vida austera.

Melchior fazia parte da escola do “Monte Horeb”, sendo que Baltazar por sua vez fazia parte dos solitários ermitões dos Montes Sagros, na Pérsia, representava a casta dos “ruditas”, duros como as rochas que suportam as mudanças do tempo, baseado no “Zend-Vesta” de Zoroastro. Por fim integrou-se ao grupo trino, outro mago, Gaspar, senhor de “Srinagar”, príncipe de Bombaim, dirigia os monges solitários do Monte Zuleiman, junto a Caxemira, às margens do Rio Indo.
Eram de locais distintos e vão se encontrar em Sela, próximo ao Monte Hor na Arábia, para peregrinarem juntos encaminhados pela estrela no firmamento. Os três não possuem vinculo anterior ao fato, mas ao mesmo tempo foram encaminhados a um ponto central, para juntos irem atrás do prenunciado de um novo tempo e ao mesmo tempo, e através deles as várias raças estarão presentes na longa jornada, através de Gaspar, representando a origem semita, Melchior, a origem indo européia e Baltazar a origem africana.
“Os reis de Tarsis e os das Ilhas pagarão tributo; os reis da Arábia e de Sabá oferecerão presentes”(Salmos 71-10)
Estarão unidos no oferecimento ao “Perfeito” pelo ouro, oferta aos reis, e pelo reino infinito somado o incenso como o perfume de fragrância impar de uma Divindade que se faz conhecer e somado a esses atributos tem-se no bojo das oferendas a mirra do amargor de Alguém que estará voltado a entrega da salvação da criação divina.

Há uma incógnita sobre essas três celebridades apresentadas como os primeiros a procurar o esclarecimento Salvador. Não são apresentados nominalmente nos evangelhos, estão incógnitos, e assim parece melhor para os desígnios desta “epiphanéia” (epifania), uma aparição e manifestação do Enviado a todos os povos, sem exceção.

“Virão embaixadores do Egito. A Etiópia se adiantará a estender as suas mãos para Deus” (Salmo, 67:32)

Vem do Líbano, minha esposa, vem do Líbano (Cânticos, 4:8)

É anunciado aos três como um chamamento e este perfume acompanhará um trajeto longo[1], saídos do meio dos gentios, homens estrangeiros que compareceram como a dizer: estamos prontos para a caminhada desta jornada!
“Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Porque nós vimos a sua estrela no oriente, e viemos adorá-lo” (Mateus, 2:2)
Et venimus adorare dominum!

“Dominus”, domínio de um Senhor que transpõe a um plano do entendimento humano.
É muito mais do que rei dos judeus e da ascendência da casa real de Davi, que como este foi Ungido para a finalidade de reinar, mas que transcende a tudo quanto houve de acontecimento anterior, que foi prenuncio de sua chegada e esta acima de quaisquer títulos reais, sendo o soberano de todos os reinos e de todo o poder, “dominator dominus”[2].
Além disso, governa sobre todas as potencias cósmicas, através do império que perdurará até mais do que os astros do Universo, é o império maior, o “Kratos” e exercer sobre este um direito[3] e anunciado soberano de todos os impérios, vindo para estabelecer as bases messiânicas.
Aquela estrela no firmamento, vista por homens que possuíam esta clarividência, e eram assim denominado magos receberam todas estas citações e entenderam rapidamente sem titubear nas decisões e foram imediatamente acompanhando a luz e o encontro da maior, lúmen de lumine[4] que irá iluminar o criado a semelhança divina, a verdadeira luz, o “sol invictus”, que ilumina o homem em sua estadia de um tempo finito.
Os magos de muito conhecimento sem retórica vazia atravessaram as fronteiras que os separavam partindo do oriente em busca do “rei herdeiro do trono”, que era representado pela estrela, que pertence ao reino dos céus e tem caráter sagrado e divino com a realeza.
“vimos a sua estrela no Oriente,[5] e viemos prestar-lhe homenagem”. Deus se faz conhecer desta maneira (Salmo, 75:2)
"Verte-as inundada de uma multidão de camelos, de dromedários de Madiã e de Efa, todos virão de Sabá, trazendo-te ouro e incenso e publicando os louvores do Senhor" (Isaías, 60:6)
“Acharam-me os que não me não buscaram” (Isaías, 65:1)

Como foi determinado antes, manifestou aos que não estavam procurando para se gloriar do fato acontecido, se manifestou no silêncio como acontecem sempre aos anúncios de Deus. O novo Adamah (Adão) aquele vindo da terra, um errante, dominado pela ambição, junto de Eva, de quem emana vida, busca nova aliança instaurada a partir da manjedoura, de um poder que emana do Espírito libertador para salvação do homem.

[1] Líbano: termo grego para incenso
[2] Senhor Soberano
[3] Eksusía/Potestas
[4] Luz da luz
[5] Em Taís Anatolais

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