quinta-feira, 29 de setembro de 2016

VOTO OBRIGATÓRIO E DESOBEDIÊNCIA CIVIL

Gosto muito do Brasil, mas não sou chauvinista.

Amo suas belezas naturais, seus rios, suas matas, suas praias, toda sua exuberância natural da fauna e da flora e as pessoas fundidas num cadinho efervescente de miscigenação.

Gosto de suas cidades, por causa da diversidade popular que nela habita e muito nos ensina. Jamais dilapidei um patrimônio público, pois aos cidadãos pertence.

Estamos dentro do Estado de direito e a democracia gatinha ainda como um bebê, mas vai crescer, um dia, e sem dúvida, em nome da “Res Publica” vai andar por si.

Em nome dessa liberdade democrática, sem libertinagem, temos o direito inalienável do voto facultativo quando assim exigir as imposições daqueles que devem ser os gestores destas coisas públicas e se nenhum deles satisfizer nossas prerrogativas comuns podermos isentarmo-nos de escolher qualquer um para nos representar, tendo nisso o “direito ao voto facultativo” e não sermos forçados a ir votar por obrigação, coisa imperativa.

O ato de escolher “não escolher” recebe o ultimato imediato, perdendo com essa nossa postura, alguns direitos básicos de cidadão, que vive e arca com todos os tributos exigidos pelo Estado, e devido as suas convicções recebemos sanções aplicadas por um Tribunal, como acontece com quem  é réu.

Qual é o crime que praticamos quando a política fraudulento não nos satisfaz e nossa escolha é não pactuar com as estruturas dos partidos políticos sem programa algum para governar o país, optar-se pelo voto facultativo ao invés de um voto obrigatório[1] ditatorial?

Hoje, se faço essa escolha, sou colocado à margem e “apátrida”, tendo que me justificar no Tribunal Regional Eleitoral, onde o funcionário da repartição vai expedir um boleto com um valor monetário para pagar no banco determinado e voltar depois a essa mesma repartição governamental para eles que governam o sistema, darem baixa na “minha desobediência civil”, considerado um pária da sociedade pela opção da recusa em escolher um “político patriótico” elencado abaixo:

Patriótico é quem se esconde atrás da imunidade parlamentar para saquear o país enchendo sua “algibeira” de dinheiro escuso!

Patriótico é quem rasga a Constituição, que o próprio poder fez, na cara do povo!

Patriótico é quem promete cumprir o estado de direito e não o faz!

Patriótico é o Ministério que constrói “pontes” inacabadas que sai do nada a lugar nenhum!

Patriótico é quem se apodera ilicitamente do público em beneficio do privado!
    
Patriótico é quem canta o Hino do Brasil em plenos pulmões em datas especiais, mas usa do silêncio para pactuar a desonestidade dentro do Palácio!
Patriótico é presidir a Câmara e fazer conchavos para beneficiar grupos ou classes!
Patriótico é quem te ilude com um “santinho” em boca de urna, e faz depois tua vida um inferno por alguns anos.

Patriótico é quem em tempos de campanha beija criança e lhe rouba a educação, ou abraça os mais velhos e lhes rouba a saúde!

Não se “pleiteia” implantar nenhuma outra “ordem” política e nem liderar cruzadas de quaisquer ideais, crenças, ideologias e não se espera seguidores, pois quem tem outro modelo com um sistema de obediência cega, quer assumir, um dia, o poder, algo abominável naqueles de consciência livre.

Tenho o direito de não escolher ninguém desses indivíduos “patrióticos” nas urnas eletrônicas, que também se fossem invioláveis teriam sido implantadas pela maioria dos países que usam urnas em eleições!

Não quero ter esse contraditório “direito obrigatório” de escolha, quero que tenhamos outros bens maiores, e quando se sentir que se expurgaram esses “patrióticos” atuais, irei exercer o meu livre arbítrio de “dever cívico”, que é votar pelos direitos civis, inclusive com o direito ao voto facultativo!



[1] *De 236 países em que há eleições, apenas 31 deles o voto é obrigatório, 13% do total, e o Brasil é um deles que obriga a população votar.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A repulsa do povo aos políticos no Brasil, o voto obrigatório e o facultativo

Por que tanta repulsa do povo aos políticos?
 Nossas ações estão pautadas em pesquisa por força de nossa atividade profissional, e como estamos em épocas de eleições temos que olhar o passado para entender o presente.

UM MOMENTO NO PASSADO: 1913

A VOZ DO TRABALHADOR-ORGAM DA CONFEDERAÇÃO OPERARIA BRAZILEIRA
ANO VI, Nº 33, RIO DE JANEIRO – BRAZIL -15 DE JUNHO DE 1913

Trabalhador, não votes voluntariamente, nem vendas o teu voto, porque terás vendido tua própria consciência.
E em qualquer dos casos, irás levar um homem que vive do teu suor, à maior opulência ainda, porquanto o que neles existe é o interesse de comprar, construir ou alugar um belo edifício; possuir automóveis e muitos criados, passar o verão em Petrópolis e passear à Europa, enquanto tu vives num pardieiro anti-higiênico, pagando um aluguel desproposital, vezes há em que nem dinheiro tens para o bonde e quando adoeces, ou algum dos teus entes queridos,ficas com muitas dívidas, que te custarão inúmeros sacrifícios, ou então a enfermaria de um hospital. Vais fazê-los gozar o duplo do que já infamemente gozam à nossa custa.
Pesa a tua consciência. Repele o voto num gesto de dignidade.

Não queiras este nem aquele para presidente da república, senador, deputado ou intendente.
Todos eles formam um só corpo...Socialistas, parlamentares, republicanos, monarquistas, hermistas ou civilistas, vivem a fazer-nos promessas, que nunca cumprem,e a obsequiar-nos com balas e patas de cavalo quando pedimos um pouco de pão e de descanso. Organiza-te sem política. A organização é que deve ser o teu partido. Autor:Ângelo Vitor

O MOMENTO PRESENTE:2016

UMA ENQUETE A VEREADOR DE SÃO PAULO
 De 236 países em que há eleições, apenas 31 deles o voto é obrigatório, 13% do total, e o Brasil é um deles.
Teremos aproximadamente 8.880.000 eleitores na cidade de São Paulo que escolherão o prefeito e os vereadores e estão inscritos 1.313 candidaturas para a Câmara Municipal, pleiteando 55 vagas para vereadores da Capital.
Os candidatos do sexo masculino são dois terços do total dos que disputam uma vaga na Câmara Municipal da São Paulo, totalizando 903 homens e 410 mulheres.
A disputa será acirrada, pois teremos 1313 candidatos disputando cada voto dos 8.880.000 cidadãos, ou seja, uma proporção de 1 postulante ao cargo de vereador para cada 6763 votos!
Evidente que para entrar nessa concorrência há de se ter, ao menos, dependendo do partido, 5 vezes este montante, cada vereador, para ficar na rabeira de provável suplente.

A luta é acirrada, mas vale a pena pelo “subsídio” (que se pode entender como salário) de $ 15 mil reais por mês, com $ 143 mil reais de verba de gabinete e mais emendas parlamentares para projetos que são controlados para “beneficiar a população”. Para se ter uma idéia um vereador apenas no mandato de 2012/2016 arrebatou para as bases $7 milhões de reais! Nesse caso, talvez por ter assumido um cargo de secretaria necessitou maiores repasses, os outros foram agraciados com menos verbas.


Ao trabalho senhores egrégios representante do povo, ao trabalho, arregaçando as mangas, pois é o que a população da cidade aguarda!!!

Ficam as perguntas comparando os dois momentos:
 Por que tanta repulsa do povo aos políticos?
O voto deve ser obrigatório ou facultativo na democracia plena?


Com a resposta o povo-eleitor que terá que escolher o que fazer!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Crônica da História Vivida: 171 ao seu dispor!

Muitos sinônimos para o mesmo velhaco[1]

Como conseguir provas contra bandidos, havendo ocultação de patrimônio, que aparece sempre em “nomes de laranjas”?

Artigo nº 171 do Código Penal Brasileiro:

“obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.

O ARDILOSO[2]

Depois de muito tempo vejo novamente “perpetuando um filme” em esferas maiores, mas muito semelhante, de como ocultar bens e fazer-se vítima das circunstâncias.

Trabalhamos algum tempo com um “escroque”[3] que envolvia todo o círculo de relações à sua volta e se aproveitava da ingenuidade das pessoas que lhe forneciam dados particulares para promover os maiores estelionatos, levando familiares ao risco de perderem imóveis conseguidos com muito sacrifício e dados com garantias a bancos como caução de dívida deste “embusteiro”[4].

Não possuía nem uma agulha em seu nome, só que era dono de veículos de última geração, em bloco com um apartamento por andar no valor de 4 milhões em local nobre e outras propriedades.

Era um “empresário” falsário que pagava tudo em cartório e ainda se meteu em montar um partido para esconder suas falcatruas e se beneficiou muito deste feito.

A polícia federal fez "campana"[5] para prendê-lo e não conseguiu por as mãos nele, alguém o escondeu e muito bem, dando dissabores aos familiares que o tinha como o mais honesto dos homens!

Faliu empresas e saiu de santinho deixando todos que lhe serviam na amargura e sem pagar o INSS e outros débitos do Estado.

Anda ainda circulando nas esferas sociais e políticas, beneficiando-se de suas tramoias ao longo de sua existência. Vive assim do "método hedonista", em busca do prazer através das riquezas de fácil obtenção, enganando crédulos cidadãos com palavras fantasiosas, alardeando suas proezas na estrutura montada em volta de si, seguido sempre de bajuladores que vivem das migalhas financeiras lançadas a estes cães raivosos que defendem o indefensável de seu senhorio que engana até autoridades constituídas!

Qualquer semelhança com o exposto é apenas uma mera coincidência!
                                                        



[1] Velhaco: Indivíduo que se utiliza de artimanhas ou artifícios para ludibriar; sacana ou desonesto.

[2] Ardiloso: Indivíduo que visa iludir, enganar pela manha para conseguir o que pretende, manhoso, enganador, velhaco, espertalhão.

[3] Escroque: Indivíduo que se apodera de bens que pertencem a outra pessoa por meios ardilosos e/ou fraudulentos.

[4] Embusteiro: Impostor; que se utiliza de mentiras ardilosas, de embustes, geralmente com o intuito de enganar outras pessoas.

[5] Campana: Ficar de olho, observando, prestando atenção, guardando, monitorando, ficar de guarda.