terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O QUE APRENDER

O QUE APRENDER

Quando Rousseau faz citação de que o indivíduo “pode não ter aberto nenhum livro, mas não deixa de conhecer sua ilha ate o último recanto”, demonstra o quão importante é o reconhecimento de seu próprio local natural. Assim fizeram Marc Bloch, expoente da “Escola dos Annales”, Henry Thoreau na sua cidadezinha rural de Concord, não se submetendo aos interesses governantes em sua desobediência civil, lutando para não ser enquadrado na submissão do poder desviante dos interesses comunitários.
Temos que transmitir a criança não as nossas vontades, tornando-os adultos mirins para gostarem de brinquedos nossos, castrando a infância, mas dar-lhes condições de criar suas próprias maneiras de evoluir no seu meio.
Querem instituir novo modelo educacional, como se houvesse algum satisfatório a nossos interesses, estipulando oito bilhões de reais em quatro anos, sem perguntarem ao povo brasileiro qual o modelo que nos interessa seguir. Abandonou-se todo sistema educacional ao estado de letargia, estado de pobreza, estado de miséria, estado de calamidade, estado de exclusão, estado de desinteresse que se chega à conclusão que o estado não nos faz a mínima falta, pois o “estado de direito” não deve ter “direito ao estado” quando é vetado e excludente. “Abaixo o estado” e suas regras impostas, não devem submeter-nos a “constituição cidadã” quando ela rege nossas obrigações e deveres constitucionais para servir o estado, mas não fornece direitos básicos mínimos.
Quando se prioriza o político e o econômico abandonando o social o resultado é à revolução. Sempre vão existir Bastilhas a serem derrubadas, locais de onde saem todas as organizações que irão requerer transformações, dos encarcerados que estão à “beira mar e os marginalizados” na sociedade. Uma parcela da sociedade submissa não lutará por transformações radicais, vão se sujeitar aquelas que ocorrem nas fimbrias do poder. Não admitamos de modo algum que sujeitem nossos filhos à miséria institucionalizada por 11 milhões de bolsas famílias. Devemos exigir educação digna, trabalho e renda para nosso desenvolvimento próprio, não nos sujeitando as aquisições até de nossas faculdades pelos interesses financeiros internacionais em nome de um liberalismo de via única.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ESTRUTURALISMO SOCIAL E O ESPORTE

ESTRUTURALISMO SOCIAL E O ESPORTE

A estrutura comunitária não possui um dono, embora o poder queira estender seus interesses e se apoderar de seus “segredos”. Vamos citar um exemplo: em São Paulo, em bairros periféricos foram idealizados na década de 70 aproximadamente 250 campos de futebol em todo o município, que foram denominados Centros Desportivos Municipais, CDMs. Na época não eram áreas nobres de interesse imobiliário e do plano diretor da cidade. A mesma cresceu, expandindo suas garras a estes locais antes esquecidos, sufocando estas áreas de lazer, único reduto de atividades lúdicas de periferia. Agora, submetem estas áreas ao interesses burgueses implantando a higienização da cidade, como o acontecido na Cidade Jardim, atualmente área nobilíssima, acabando com o “Clube do Mé” para reverter benefícios particulares mudando o nome para “Parque do Povo”, subtraindo os campos de futebol onde se mantinham comunidades independentes desde 1948.

As comunidades não querem os “cercamentos” modelares ingleses, que adquirem áreas próximas destes locais, os mais caros por metro quadrado do país. Deles só queremos o esporte bretão, o futebol, disto vive as comunidades, um mínimo necessário de subsistência, sem interferência política de subprefeituras com implantação de sistemas de gabinete da secretaria municipal de esporte, financiado por meia dúzia de troféus para festivais em tempo de campanha política com faixas em alambrados com nome de candidato que submeteram nossos avós, depois nossos pais, e em pleno século 21 nos mesmos moldes do passado, querem submeter nossos filhos e no futuro nossos netos. Acorda povo, contra os corruptos e os corruptíveis, que nos oferecem as migalhas das riquezas que subvertem a dignidade humana.

"MANDO"

"Mando"

Como vai?
Como Deus manda.
Mandar é o único que tem direito.
No pouco que se anda,
Sempre há alguém com jeito pra mandar.
“Ele” não dá ordens e nem as quer dar,
É o que menos quer falar.
Todos estão a mando d ‘um comando,
Seja um exército ou um bando,
O macaco manda na macaca,
O médico, no enfermeiro e sua maca,
Este na aprendiz enfermeira,
Que diz asneira medicinal.
O Papa manda no cardeal
Que por sua vez ordens no padre dá
O maestro executa o Dó, Ré, Mi, Fá
E manda no músico, este no instrumento.
A cozinheira manda na panela e no coentro.
O menino, o pipa manda ao vento.
O marido ciumento manda na patroa.
O vagabundo anda à toa.
Na janta manda o garçom.
Na jamanta em disparada fala a buzina em bom som.
Na privada quem manda? A latrina.
Quem manda na manada?
O cavalo de bela crina.
O pai no menino e na menina.
E no boné manda a cabeça.
E quem fala: PLANTA CRESÇA?
O biólogo? Não diga!!!
Quero vê-lo mandar com vara de condão:
“Faça-se um chuchu agora neste chão”.
Quem manda na briga?
O valentão, mas algumas vezes não é não.
E quem dá a diretriz numa reunião?
Quem manda na meretriz é o cafetão,
Afinal quem toma a decisão!
Quem comanda o batalhão
Que está pronto a intervir,
Para cumprir as ordens da nação.
Solta-se uma matilha de lobos esfomeados,
Cai-se na armadilha como uns bobos
E também somos mandados.

NEOLIBERALISMO

NEOLIBERALISMO

Vemos tristemente as sujeições ao poder econômico internacional, que dita as demandas de produção aos interesses da globalização, sujeitando vários países a uma colonização eterna, e na qual incluímos tristemente nossa pátria como fornecedora da rica matéria prima existente no solo: nióbio, bauxita, ouro, minério de ferro, manganês enfim uma gama enorme de substratos, que enriquecem mais ainda as maiores potencias do globo e que denominam com o nome de liberalismo, liberar aquilo que lhes interessa como lucro imediato da circulação de mercadorias trocando nossas riquezas com quinquilharias.

Como expectador deste momento histórico, usado por um poder corrupto nacional que financiaram grandes multinacionais para projetar um desenvolvimento arcaico sem participação da população brasileira, inculta e bela, que não tem o direito de opinar nunca.

Chamam isto desenvolvimento, ordem e progresso, quando na verdade estão interessados, por exemplo, nas reservas de Carajás, e seu rico minério de ferro de alto teor (65%) e do monopólio da bauxita do Rio Trombetas (não mais que 5 empresas no mundo), material estratégico para estruturas leves de alumínio.

Estamos à mercê dos grandes capitais especulativos, o de produção não se encaixa neste processo somente se houver interesse das suas representações através de suas empresas, muitas das quais possuem lucros maiores que os PIB de muitos países.

Pensar em transformações, abolir o vício de levar vantagem em tudo, com pequenas causas quando somos espoliados nas grandes, ensejamos o fato discutindo o meio ambiente em acalorados debates nas grandes capitais quando a Amazônia pega fogo em terras que sem dúvida pertence a algum egrégio representante da nação, onde meia dúzia de peões são por aqueles comandados para empreitada criminosa. O caboclo não possui dinheiro para adquirir uma moto serra, caminhões para arrastar toras de árvores ao mercado estrangeiro, financiado pelo poder econômico, pelas oligarquias para empreitar a grilagem!

A política não pode e não deve envelhecer viciada pelos desvios humanos que mantém pela manipulação das massas uma escravidão silenciosa daqueles que um dia acreditaram poder edificar um grande país livre, não as manipulações oligárquicas dos que permanecem no poder com o modelo do passado.