quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

RIO GRANDE DE JURUBATUBA, A “ILHA” DO BORORÉ E A REPRESA BILLINGS

Muitos Nomes de Rios Causam Interpretações Errôneas

O Bororé está presente no imaginário de pescadores e acessada por balsas na divisa do município deSão Paulo com São Bernardo do Campo, sendo "outra" realidade da capital paulista.

EXTREMO SUL DE SÃO PAULO: TERMINAL GRAJAÚ/ILHA DO BORORÉ: 6L 11/10

(O transporte coletivo de São Paulo para a ilha de Bororé sai da estação da CPTM Grajaú, que é o terminal de ônibus na zona sul de São Paulo, da cooperativa Cooper-Pam número 6 L 11-10, até a balsa de Taquacetuba, divisa de São Bernardo do Campo)

Muita iconografia deste represamento da Billings e Guarapiranga, hoje pertence à Fundação Energia e Saneamento, com referência de obras, muitas vezes mencionado pela engenharia da Light and Power simplesmente como Rio Grande, material este que foi catalogado e com credito a Guilherme Gaensly.
Este rio também e referido com Rio Jurubatuba[1] e em muita cartografia aparece como Rio Grande de Jurubatuba represado no bairro da Pedreira em Santo Amaro, tornado parte do que se denominou chamar de “Canal de Pinheiros”, responsável pelo retorno do bombeamento das águas do Tietê para a Billings para acionamento de turbinas de geração de energia elétrica.
Estação de flotação para limpeza da água do Rio Pinheiros???

O Rio Jurubatuba, na sua montante separa as cidades de São Paulo e Diadema, permanecendo ainda com tal nome desde a sua nascente até em frente à Avenida Padre José Maria em frente à estação do dos trens da CPTM em Santo Amaro, onde o nome Rio (dos) Pinheiros passou a ser chamado pelos jesuítas, em 1560, por causa da grande quantidade de araucárias ou pinheiros-do-paraná, que cobriam a região.
O Rio Pinheiros ficou com esta denominação com o encontro do Rio Guarapiranga com o Rio Grande de Jurubatuba ou ”Jerivatuba” ou “Jeribatiba”, e ainda pode-se ver uma ou outra araucária ao atravessar a balsa do lado de São Paulo através do acesso pela Avenida Dona Belmira Marin, no bairro do Grajau, para a Estrada de Itaquaquecetuba. Para atravessar a ilha do Borroré, uma área peninsular por estar ligada em um dos lados por terra, pega-se a um ônibus gratuito já na divisa de São Bernardo do Campo, que circula pela Estrada Taquacetuba, de terra misturada com pedriscos. Deste ponto por mais meia hora de coletivo em direção a Estrada do Rio Acima, atravessando-se a 3ª balsa, Balsa João Basso, do reservatório Billings, onde se pode pegar outro coletivo que vai para o Paço de São Bernardo do Campo.
DO GRAJAÚ PARA A PENÍNSULA DO BORORÈ

As balsas não possuem custo de travessia e pode-se usufruir de pequena infra-estrutura de pequenos comerciantes locais que oferecem pratos a base de peixes da região. ESTUÁRIO DE SANTOS: RIO JURUBATUBA INDICADO COM SETA

Há outro Rio Jurubatuba correndo paralelo ao Rio Quilombo e tendo nascente no alto das encostas da Serra do Mar, indo para Santos/SP, desaguando no estuário (porto); tal rio ainda ostenta instalações do complexo de captação de água para o Guarujá/SP; tendo um seu afluente à montante chamado Jurubatuba Mirim, mas que não possui elo com o Rio Grande (de Jurubatuba) do represamento da Billings para a Usina Hidroelétrica de Henry Borden.
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia possui em operação seis usinas hidrelétricas: uma na Baixada Santista, Henry Borden, duas na Região Metropolitana de São Paulo,Traição e Pedreira, duas no Médio Tietê, Rasgão e Porto Góes, e uma no Vale do Paraíba do Sul, Izabel. A potência instalada da empresa totaliza 1.012 Mega Watts. A EMAE controla a travessia das balsas que ligam a região do Grajaú, Bororé, Taquecetuba eRiacho Grande.
No Riacho Grande há o circular Balsa João Basso, Riacho Grande ao Centro de São Bernardo do Campo da Empresa de Transporte Coletivo de São Bernardo do Campo com a operadora Consórcio São Bernardo Transportes - SBCTRANS
Há também na divisa de São Paulo com o estado de Minas Gerais outro Rio Grande[2], mas não possui vinculo com o Rio Grande que se localiza na capital paulista, e que causa uma confusão pela denominação feita pela empreiteira do século 19 ao denominar o Rio Grande de Jurubatuba, simplesmente por Rio Grande. Estes rios são bem distintos e nada tem haver um com o outro.
USINA MARIMBONDO NO RIO GRANDE e DIVISA DOS ESTADOS DE SP e MG
REFERÊNCIAS:

[1] Quanto à origem ou significado da palavra, o historiador Francisco Martins dos Santos expôs ser a denominação Jurubatuba proveniente do tupi, de “Jaruvá, Jerivá ou Jeribâ “, nome de uma palmeira de excelente palmito, e ”tiba” ou “tuba” significando “grande quantidade, abundância, existente em grande número”; onde a língua tupi não tem o som da letra "J" em inicio de palavras sendo portanto “gerivá; com “G”;Mendes de Almeida propõe que o termo deriva da língua tupi originária de “Yérê-Abati-Bae”, em que Yérê significa "volta", já “Abá” significando "muitas" e “Ty” ou “Ti " como “atar, prender", e mais a partícula “Bae” (breve) para formar particípio, em conjunto querendo dizer "atado e de muitas voltas" , típico de muitos rios que possue sua força devido as muitas votas em seu percurso.

A represa Billings localizada na região do Grande ABC, é um importante reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo. A oeste ela faz limite com a Bacia Hidrográfica da Guarapiranga e ao sul com a serra do Mar. Seus principais rios e córregos formadores são o Rio Grande ou Jurubatuba, o Ribeirão Pires, o rio Pequeno, o rio Pedra Branca, o rio Taquacetuba, o ribeirão Bororé, o ribeirão Cocaia, o ribeirão Guacuri, o córrego Grota Funda e o córrego Alvarenga. A represa foi idealizada na década de 1930 pelo engenheiro Billings para armazenar água e gerar energia elétrica para a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão.

[2] No Rio Grande, entre as cidades de Icem em São Paulo e Fronteira em Minas Gerais, está localizada a usina hidrelétrica de Marimbondo, a segunda maior das usinas de FURNAS, com oito unidades geradoras com 180 megawatts cada uma. O reservatório possui uma área de 438 quilômetros quadrados, com um volume total de mais de 6 bilhões de metros cúbicos. A barragem possui 94 metros de altura e mais de 3 quilômetros de extensão.


*Temos, diante dos fatos, questões que podem ser completadas para dirimirem-se dúvidas históricas e geográficas; para isto todos e quaisquer complementos com créditos de pesquisa devem ser inseridos nesta crônica, àqueles que desejarem fazê-lo.










































































sábado, 19 de fevereiro de 2011

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA: VALORES CONSTRUTIVOS DA PRESSA PROGRESSIVA

“Uma imagem vale mais que mil palavras”

Não pretendemos ensinar “missa para vigário”, mas a promotoria pública “nacional” deve atentar-se em obras que não especificam valores “reais” de custo, onde parece mais importante demonstrar a capacidade técnica das empreiteiras, sem preocupação de informar valores e datas previstas de finalização.

Não é exclusividade pontual de determinada região ou gestão, é praxe em todas as esferas de governo, sem compromisso de prestação de contas ao cidadão brasileiro, a quem o Estado deve satisfação. A caracterização da improbidade administrativa é latente, e assim recorre-se ao magistrado para concretizar a ação.

Há muitas obras cobiçadas por grandes trustes[1] internacionais, abalizadas por pequenas empresas brasileiras “testas de ferro” ávidas em “abocanhar a algibeira” recheada de dinheiro que o Brasil se propõe a gastar em pouco tempo, para construção civil dos engodos do progresso em seis anos apenas, a saber:

Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas!

As promissórias começaram a serem cobradas logo após a festa pelos banqueiros mundiais!
Se em pequenas realizações já são incautos, imaginem quando houver verba para “correr pelo ladrão da descarga” aos mandos e desmando de gabinetes!!!

[1] Truste é o resultado típico do capitalismo que forma um oligopólio na qual leva a fusão e incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor de atividades a abrirem mão de sua independência legal para constituir uma única organização, com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços. Pode-se definir truste também como uma organização empresarial de grande poder de pressão no mercado.
PLACAS INDICATIVAS "INUNDAM" A CIDADE EM BUSCA DO "PROGRESSO" A QUALQUER CUSTO!!!



Façamos um “dever” de casa: saber o valor da obra, com especificação detalhada de cada item, sem valores brutos fechados num pacote e aguardemos a resposta dos governos executivos, federal, estadual e municipal, para saber quem é o “mais eficiente” em tempo hábil de informação por parte do setor de planejamento, administrativo, financeiro ou quem couber de direito responder!!!???

É CAPITAL O CONTROLE FEDERAL "VERBAL"



PROGRAMA DE EXCELÊNCIA: OLHA O PRÉ SAL, GENTE!!!
É CARNAVAL......... VAI DOER!!! VAMOS CAPINAR O NOSSO MATO
A "PISTA" ESTÁ FEITA, BRINCAR É COISA SÉRIA!












































terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

ALEGRIA SUPERFICIAL DAS NAÇÕES: JOGOS MUNDIALIZADOS

POVOS MANIPULADOS E ESTADO VIGILANTE

Dia de jogo em competição mundial é um grande dia, afinal as vibrações parecem associadas às mudanças que hão de vir para alegria das nações, acreditando serem controladas forças que exercem fascínio nas multidões e que não há nenhuma conspiração diante do que deve ser feito e o que realmente são feitas, as arquibancadas devem ser mantidas de controle no seu êxtase frenético alucinados pela vitória dos gladiadores modernos.

Há diante de tudo isto os efeitos das transformações mundiais das arenas, um padrão que deve ser seguido para em um determinado tempo a ser instaurado como governo único, regente das ações dos homens “padronizados” aparentemente controlados por outros homens manipuladores do racional que usam as forças do sistema militarizado para combater um inimigo aparente idêntico em todas as partes de mundo, onde este poder da força militar uniforme deve ser usado pelo poder do Estado, e que assume forma globalizada na estrutura de manejo, além da vestimenta propriamente dita: o coturno os capacetes, os cassetetes, os escudos as armas de efeito moral e outros tantos aparatos que se assemelham em todos os lugares do planeta Terra para conter o inimigo interno, que deve ser contido de alguma maneira por forças imperativas do Estado com todas as formas de repressão imagináveis.

Os centros urbanos estão sendo remodelados para as grandes competições com estruturas exigidas pelos detentores financeiros mundiais que constituem um comando único de interesses de controle das cidades “células vivas” que buscam globalizar para interesses das oligarquias e através da plutocracia. Assim para não criarem impactos imediatos através de guerras destrutivas, encampam através de uma meta eficiente incentivando a massificação dos jogos competitivos entre nações para comandar seus interesses de transformação.
Os “jogos olímpicos” e as “copas do mundo” são realizados em países emergentes que precisam conter a criminalidade gerada pelo próprio Estado que tiraram a condição de paridade entre os indivíduos e criam as misérias humanas.

Os países emergentes não possuem a logística necessária dos interesses globalizados e, portanto precisam ser destruídas as antigas estruturas das conformações das cidades e do modelo urbano originário anterior, antes do advento da alta tecnologia de construção, e, reconstruídos de uma forma que exige o modelo globalizado para vigilância e punição mais eficaz.

Analisando os países sedes dos jogos pode-se entender que há um interesse maior do que o próprio congraçamento entre os povos das nações, e que o primordial é a existência de infra-estrutura capaz de manter o “status quo” dos que sempre usufruíram das “nações colônias”, amarras ainda não desprendidas, e mantidas sobre as mesmas condições de controle de interesses em diligências externas mantendo “testas de ferro” criados nos países que sediaram as competições e que informam as condições de “tempo” do Estado fantoche destes países subalternos e dependentes das nações enriquecidas com espólios anteriores.

O mapa de fronteiras existe somente no sentido geográfico e os conglomerados indústrias de alta tecnologia de ponta, sediados nestes países considerados ricos controlam o saber tecnológico. Para as demais nações “pobres” resta serem subjugadas e produzirem uma escala de consumo, produtos unicamente alimentares, mas adquirindo insumos através da aquisição da tecnologia daqueles que detêm o saber tecnológico. Para esta relação entre produtos primários e quem agrega valor em tecnologia, pode-se dizer que um quilo de batatas agrega-se valor 1,00 (valor monetário qualquer) um quilo de um veículo motorizado agrega-se valor 100,00 e um quilo de tecnologia eletrônica vale 300,00.

Para que os mandatários mundiais incentivariam a produção nos “países colônias”, preparando as estruturas de independência destes países que poderiam emergir com sua tecnologia própria e usufruir de seus bens matérias e construir seu modelo de desenvolvimento para as suas necessidades e até competir com aqueles que assumiram o patamar de controle e comandam as ações dos interesses mundiais com suas sedes mandatárias longe do local da produção primária, controlando as bolsas para desvalorizar produtos destas colônias sempre subalternas ao jogo financeiro?

Manter os povos sobre o julgo compete àqueles que estão no comando dessas nações, dando o mínimo necessário aos governados para se manterem vivos, incentivando o paternalismo e a procriação de miséria constante, sem crescimento real.

Quando estas implantações de modernidade das sedes das competições esportivas são iniciadas para fomentar uma alegria superficial nos povos manipulados por esses interesses, faz com que se criem nos países detentores do conhecimento de implantação de sistemas uma grande euforia ao “staff controlador” que destruirá o “antigo” modelo nestes países controlados pelo poder do Estado financiado pelos grandes trustes econômicos para reconstruir outro modelo exigido pelas demandas internacionais em busca constante da modernidade.

No instante dos acertos entre as partes interessadas inicia-se um deslocamento de maquinários necessários, seguidos de especialistas que comandarão uma mão de obra no país que aceita as condições do modelo proposto e que fornecerá a mão de obra barata aparelhada com um saber técnico mínimo para o ”manipulação de marretas”, sem demérito aos braçais, exige para isso pouco conhecimento, pois para esta ação e reação basta completar os ciclos das pancadas, uma estrutura de logística de interesse das nações que necessitam futuramente escoar uma matéria prima de suas pesquisas e assim modernizar portos, vias terrestres, ferrovias, meios de comunicação mais rápidos para no futuro serem usadas esta infra-estrutura para interesse próprio destas potências controladoras de matéria prima que é fornecida por estes países de baixa capacidade técnica que só exportam o extrativismo.

Quem ficará com o ônus do empreendimento de “modernidade” destas sedes de competição lúdica será o país que assumiu ser sede destes jogos mundializados, contrastando com a globalização dos interesses de fomento tecnológico, “detenção” de poucos, e, que controlam até os gladiadores das arenas modernas: os jogadores manipulados pelo interesse do patrocinador pelo planeta bola, além da fatura que será cobrada de imediato, após a festa dos jogos!!!...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“TUDO COMO D’ANTES NA TERRA DE ABRANTES”: AS DESTRUIÇÕES DAS CHUVAS E O PODER OMISSO.

Um pobre ajuda outro pobre!

“Os livros não são de quem os tem, mas de quem os lê”! Recolhi da estante “Então Foi Assim- Os Bastidores da Criação Musical Brasileira”, de Ruy Godinho, volume 1, 3ª edição da Abravideo, onde há relatos de como muitas canções brasileiras foram idealizadas e a singeleza destes momentos memoráveis e sublimados pela inspiração humana. Deparei-me com a letra do samba “Zelão”, do compositor João Mansur Lutfi, conhecido no meio musical como Sérgio Ricardo, que foi também cineasta e autor de trilhas sonoras de Glauber Rocha. Por ocasião do Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record, de São Paulo, em 1967, inscreveu sua música Beto Bom de Bola, que foi classificada para a final. Foi apupado pela platéia, não o deixando prosseguir, acabou por quebrar seu violão e atirá-lo sobre o público proferindo “Vocês Venceram”, em uma época de “transe” contra o golpe militar ocorrido no Brasil em 1964. Isto não faz parte do livro citado, mas ocorreu como fato real e gravado pela emissora, sendo seu ato de protesto pelo momento repressivo.

O que está relatado no livro é que na cidade do Rio de Janeiro, em 1960, desabou um “violento temporal, desses que causam enchentes e alagamentos, provocam desabamentos e deslizamentos, soterram favelados e causam mortes.”
O autor morando um pouco acima da tragédia via pela janela a desolação e vendo despencar uma enorme barreira, mas que por sorte não causou maiores danos, pois haviam poucas moradias por perto. Assistido o noticiário ficou impressionado com a declaração de uma senhora em resposta a um repórter ávido em recolher uma notícia diferenciada:

“Mas agora como vocês vão viver depois dessa tragédia?

Como vocês farão, por exemplo, com comida?

“Aqui não vai ter muito problema com isso não. Um pobre ajuda outro pobre até melhorar”.

Este diálogo já mostrava omissão do poder público e o descaso com o povo brasileiro e a vergonha do Estado em não dirigir objetivos de geração de bem estar social por muito tempo.
O caso ocorrido há meio século vem mostrar a insensatez de ocupação desordenada e sem opção aos desamparados por longa data, e que causam reflexos de geração em geração, onde os governos manipuladores dão o mínimo necessário de subsistência, sem ações concretas de melhorias e que por falta de amparo causam proporções devastadoras. A sensibilidade do artista ficou no registro analítico desta ótica na canção “Zelão” onde imprimi todo lamentável fato com as causas e efeitos naturais que afligem muitos pelo descaso.

Zelão

Todo o morro entendeu quando Zelão chorou
Ninguém riu, ninguém brincou e era carnaval
No fogo de um barracão
Só se cozinha ilusão
Restos que a feira deixou
E ainda é pouco só
Mas assim mesmo Zelão dizia sempre à sorrir
Que um pobre ajuda outro pobre até melhorar
Choveu... Choveu
A chuva jogou seu barraco no chão
Nem foi possível salvar violão
Que acompanhou morro abaixo a canção
Das coisas todas que a chuva levou
Pedaços tristes do seu coração
Mas todo o morro entendeu quando Zelão chorou
Ninguém riu, ninguém brincou e era carnaval

Este fato repetitivo há muito é evidente e proclamado ao longo do tempo pelos estudiosos cientistas e pesquisadores, onde os efeitos naturais ocorridos no meio ambiente por intempéries, causam devastação em encostas ocupadas pela população que só acontece pela omissão e falta de políticas públicas do Estado brasileiro.

Todos os governos que ocupam o Estado são cúmplices, não há exceção, pois cada qual com sua participação partidária criam a cada ciclo, análises evasivas culpando sempre os governantes anteriores, não escapam do “minha culpa”, pois as mentiras são eternizadas por seus lideres arcaicos, despóticos que demandam unicamente seus próprios interesses e perpetuam-se no congresso por longa data, como senadores e deputados federais ávidos pelo poder vitalício, uma perfeita ditadura de mando, ditadores de seus cargos, controlando com um paternalismo de “pão e circo eterno” oferecidos àqueles que vivem a mercê das migalhas em investimentos sociais e que jamais chegam aos necessitados, a quem se deveria direcionar medidas eficazes de planejamento de ocupação de áreas de risco, evitando assim ocupação de áreas eminentes aos deslizamentos de superfícies e seu entorno, ceifando vidas caras nas encostas do Brasil.

O tempo do mandato destes escroques governantes deveria ser de duas legislaturas, evitando se perpetuarem no poder, como acontece com os mandatos dos governantes do executivo, presidentes e prefeitos, obrigando a rotatividade do poder em todas as esferas, evitando deste modo as influências maléficas de nichos de controle dos benefícios partidários, que, aliás, ocupam os cargos de vários escalões sem o mérito reconhecido por falta de formação ao compatível cargo ocupado.A essência morosa das repartições públicas estão proporcionalmente imbricadas nesta incapacidade destes gestores que controlam estas esferas que não buscam resultados eficazes não aplicando soluções de efeitos para resolver o problema crucial do bem estar do povo não respondendo a real importância da grandeza do país, importador de toda sua necessidade.

A riqueza da nação é meramente extrativista, ou de um visionário que teima concorrer com as multinacionais. Não se agrega valores em beneficiamento e se exporta “in natura” toda a riqueza de solo, com equipamentos das próprias empresas extrativistas que controlam o mercado internacional e cavam os morros indo nas entranhas e no útero da terra.
Mudar o modelo de gerenciamento dos benefícios provenientes destas riquezas advêm de medidas para os benefícios serem revertidos as melhores condições sociais, não simplesmente beneficiamento das oligarquias, mandando as “favas” as favelas e cortiços e a ocupação de áreas de belezas naturais frágeis e de riscos eminentes que também são cobiçadas pelo setor imobiliário ávidos de lucros imediatos.

Nosso compromisso é imediato, não há como protelar mais esta situação de desgoverno, onde os efeitos naturais dizimam sonhos de independência, restando a morte dos filhos seus, que não foge à luta, mesmo largado a própria sorte, que o fogo agora também destruiu, e era carnaval...

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ATRÁS DE UMA GRANDE RIQUEZA, EXISTE UM GRANDE LADRÃO!

As Múmias Petrificadas do Poder e os Golems

Regularizar as ações humanas sempre foi o interesse maior dos governantes: manipularem seus interesses nas ações da massa humana. Cada indivíduo possui “alma própria”, não é algo padronizada, cada qual com suas tendências e objetivos. Existe, porém, um interesse de padronização manipulado pelo poder para formatar um modelo comum de controle, interesses do sistema de poder aliado às estruturas econômicas, gerando instabilidades das massas populares independente de povo ou país.

Esse sistema enraizou-se nos movimentos dos centros urbanos, onde a cidade é o símbolo do que se quer atingir readaptando o homem aos seus movimentos. As cidades tornaram-se alienantes fazendo do homem aquilo que se quer almejar e determinou-se chamar de moderno, fazendo com que esta massa acredite no contrário daquilo que lhe é natural.

As cidades catapultam as raízes e quando há o regressa vê-se que se está diante do seu interior, quando se olha a natureza, do campo ou do litoral, estas são as suas raízes naturais, uma volta, embora momentânea, mas, a mente já condicionada ao modelo volta-se constantemente ao fator determinante daquilo que lhe oferece posse, e disto advém o possessivo modelo do consumo, não se retrocede ao modelo anterior. A cidade esta impregnada destes vícios que demandam estruturas de competição sem escrúpulos sem separar os termos “do bem e do mal”. As forças padronizam compelem o homem moderno a esses interesses de disputa pelo movimento constante em busca de seu desejo e quando estes indivíduos não são adaptáveis a essa regras a demanda por mão de obra diz “que o individuo esta fora de mercado” e alijado do sistema.

O que interessa é a competição, não se trata de adaptáveis por essa ou aquela atividade. Estamos dentro deste casulo que manipula quem está apto e aquele que está excluído, e isto é reflexo dos lucros que possam gerar os impactos de oferecimentos de bem estar do homem em movimento constante, inserido nas estruturas urbanas.

Há de se supor que todos possuem habilidades desde que as mesmas sejam ativadas para fomentar lucros da governança mundial. Há os que possuem debilidade funcional por uma deficiência genética, que também possuem habilidades de ações desde que afloradas. Para o caso de movimento social são geridas “debilidades educacionais” por desinteresse daqueles que manipulam as instituições do poder, e por este motivo são ordinários nas ações, pois não direcionam o modelo cultural suficiente para gerar conhecimento.
Quando há movimentos de transformações do meio e aqueles que estão inseridos no meio, não são adaptados para aquele momento perdem oportunidades de através da cultura adaptar o homem a outra realidade.

As cidades possuem um barbarismo aflorado, exige cada vez mais preparo para suas necessidades de metas maiores daquelas atingidas anteriormente, sugando corpo e alma daqueles que num movimento de massa humana são considerados capazes ou hábeis. Na máquina do tempo desta engrenagem embrutecida onde a excelência são os lucros, agride-se de modo torpe toda esta malha de interesses ligadas em rede para estimular uma ação de sobrevivência de mercado da troca de valores monetários, porque dinheiro não possui fronteiras.



Golem obra de Philippe Semeria



A usura exige maiores rankings de metas, destroem as melhores intenções de ações adaptam um modelo de homem- máquina, um “golem cibernético”, onde o criador e a criatura se confundem, o monstro vira-se a governar, como um moderno Frankenstein teleguiado pela vontade de dirigentes, formatado para produzir capital, a “besta apocalíptica” a ser atingida a qualquer custo, voltados ao lucro imediato que dará o sucesso subjetivo, agora “clones” saídos das entranhas de Réia engolidos por Cronos.


Ter a posse dentro deste sistema demanda poder e é muito mais importante atribuir o direito de mandar no homem-máquina, que não vê nisso nada inescrupuloso nas suas ações, não diferenciando o bem e o mal.


Governar é a meta, mesmo se estiver no plenário do poder por longo tempo, jamais quer ceder o bastão e sempre vai querer governar mais um mandato, somente deixando o cetro pelo desfalecimento dos órgãos, um debilidade natural, o último momento entre o viver e o morrer, e esta é a real e natural condição de sorte em “existir a morte”, a eliminação dos déspotas do poder, embora criem antes condições para os herdeiros assumirem suas pretensões, inclusive herdando a herança maldita até no nome, uma nova Hidra ou Medusa tão monstruosas que não encontram a derrota em Hércules ou Perseu, sua força é muito mais poderosa.

Por que deve o homem ser gerido por reis ou governantes, ambos bizarramente semelhantes e acompanhados por um séquito prontos a grandes esforços para manterem a tênue condição de mandar aos extremos dos interesses humanos.
Para que precisam os homens naturais destes que dirigem o poder e se beneficiam das benesses criadas por aqueles que movimentam as cidades, símbolo do imperialismo apoiados pelo sistema financeiro dos bancos, símbolo maior da agiotagem capitalista, que nada produz, somente sociabilizam perdas e capitalizam dividendos?

Os que presidem e os bobos da corte juntamente com os conselheiros seniores deveriam ajuizar por algum tempo não por todo o tempo; petrificam-se como múmias no poder a ditarem regras da plutocracia e oligarquias!

O homem não necessita de governos, sua condição natural não é exposta a muitos protocolos e ideologias, todo tipo de governante é um malefício, nenhum gera felicidade plena, e a diplomacia vive da farsa de como governar a massa em favor dos interesses de uma estrutura mundial de governantes e tirar proveito de um trabalho padrão de homens movimentados por osmose em uma solução, onde há uma concentração de marionetes, verdadeiros robôs programados aos interesses capitalistas do poder!