sábado, 16 de julho de 2022

"A Fotografia como Concepção Histórica”: As Imagens Recolhidas no Bairro Jardim São Luiz, São Paulo.

As transformações do espaço geográfico

Quando estava fazendo licenciatura e bacharelado em História pela PUC/SP, tinha em mente a tese de defender a imagem fotográfica como um fator de registro histórico. A orientadora do departamento, Dra. Mariza, de conhecimento extraordinário em sua cátedra, em uma aula específica, disse que só o poder poderia chancelar e validar um documento histórico, como exemplo, o Estado e a Igreja.

 Além disso, depois de alguns questionamentos da turma de bacharelado, fez a colocação expondo que tudo era história, ela como doutora em história deixou-nos a seguinte reflexão:

 “Tudo é história, mas nem tudo é histórico”!

Histórico seria toda somatória que altera o curso de uma sociedade, uma revolução em determinado espaço, não somente um instante familiar de meia dúzia de pessoas.

 Aquilo foi um choque de entendimento momentâneo.

 Eu queria expor-lhe alguma ideia a respeito, sobre a imagem, no caso a fotografia, como documento de registro histórico, pois eu já estava desenvolvendo o projeto identidade e pertencimento , pois refletiria nossa condição dos bairros satélites de São Paulo e até hoje sigo com o nome elaborado: “A Fotografia como Concepção Histórica”.

 Fui a sala do departamento de história para expor-lhe minha ideia e perguntar se a fotografia não era um método razoável de tornar-se um documento histórico. Ela ficou surpresa e disse-me que havia pessoas do meio acadêmico usando essa tese como válida de prova documental em história. Ela me parabenizou, dizendo que havia alguns métodos do uso de imagens e que iria me ajudar nessa ideia que persigo até a presente data. Esse foi o momento decisivo em que aprendi e entendi a malha de relações que chamamos história.

Meu primeiro campo de atuação em história foi registrar toda a transformação do bairro Jardim São Luiz, com ênfase na Paróquia São Luiz Gonzaga, pois o padre Edmundo da Mata fornecia motivos para registrar a identidade e pertencimento dos que formaram a base das transformações que deveriam acontecer no ambiente geográfico no sentido de crescimento urbano de São Paulo, mesmo com todas as limitações do lugar, houve mudanças significativas no espaço ao longo do tempo, hoje até maior que um bairro, tornou-se distrito.


Deste modelo derrubou-se a maior referência do bairro: a primeira paróquia do Jardim São Luiz, construindo sobre esses escombros outra maior e nova referência da Paróquia São Luiz Gonzaga.

 Muito há do que fazer, e outros virão dando continuidade nesse campo, onde a população tem importância significativa, pois registra tudo ao seu redor com seus celulares, tendo o cuidado em respeitar a privacidade alheia, ou usar o ego como fonte, pois mesmo sendo história de poucos, não é histórico.

 Focar “A Fotografia como Concepção Histórica” do espaço em que se vive, um todo das transformações que ocorrem ao longo do tempo.

 Padre Edmundo partiu, a chama iniciada por seu dinamismo, é o marco principal do que virá, nas transformações que deverão acontecer, num tempo não muito distante, no bairro Jardim São Luiz, São Paulo.

 “Arregaçar as mangas da camisa” e trabalhar fará acontecer as mudanças que são necessárias ao jardim que queremos plantar!

Réquiem ao padre Edmundo da Mata

Hoje foi um dia especial, muitos estavam presentes para ver-te,

mas não fui falar contigo, não tive coragem.

Mas era um dia especial, pois a igreja estava lotada,

como você queria ver um dia,

com os 125 bancos entupidos de gente.

 

Mas hoje fiquei em pé, ouvindo o réquiem que te ofereceram!

Hoje, especialmente hoje, não fiquei no canto de sempre,

para buscar o ângulo em que erguias Deus aos Céus,

não poderia ser tão ousado em registrar-te, hoje,

hoje não, não mesmo, o gatilho sempre armado

da máquina fotográfica, não funcionou!

 

Já estavam acostumados verem-te na internet,

quando era um missa solene, em dia especial,

mas hoje era também especial, mas era diferente,

não estavas lá como sempre estivestes!

As broncas decantadas, nunca as recebi,

o anonimato era a minha discrição,

afinal, era Deus o Ápice em tuas mãos!

 

A missa foi solene, bonita, tanto quanto e quantas fizestes,

ao longo do tempo, confirmando sempre a Ressurreição!

Agora estais diante Dele, teu amigo, teu companheiro,

fica por aqui a nostalgia dos caminhantes da vida,

muitos depoentes expuseram tuas máximas,

embora muitos que se foram, poucos voltaram!

 

Quiseram colocar-te cabresto, não conseguiram,

eras livre, como os pássaros,

muitos enganaram-te, até os diante de ti,

fingias não enxergar, e mesmo traindo juramento,

vinham esconder-se no aprisco, na casa que fizestes,

para Ele, e somente Ele ser louvado.

 

Buscavam a tua segurança, e a de nosso Senhor,

e depois saiam as escondidas, batendo a porta,

no sinal mais imperfeito da condição humana:

A ingratidão!

 

Deus não permitiu que a mentira prevalecesse,

da boca falar o que o coração não sente,

mentirosos, eternos mentirosos,

mesmo dos que te devem o que são hoje!

 

Afastaram de ti os que faziam parte dos teus instantes,

daqueles que falavas abertamente como em família,

mas não prevaleceram por muito tempo,

foram ceifados como o joio!

 

As forças que tivestes não eram as de tua juventude,

e os corvos de sempre te rodeavam,

insatisfeitos com o butim que amealharam,

usando-te, além da blasfêmia do Santo nome em vão.

 

Agora acabou, Deus deu um basta,

não iria admitir mais que te usassem,

ordinariamente e depois te descartasse,

sem satisfação alguma!

 

Acabou para aos que amavam a Mamon,

já tiveram sua paga, da esbórnia,

que as escondidas fizeram.

O Deus que tudo Vê, ainda cobrará,

dos que agiram na escuridão, às ocultas.

 

Tivestes, mesmo assim, fiéis que te acompanharam,

como acompanharam Deus que louvastes,

não se afastaram jamais, observaram sempre o movimento,

ao teu redor daqueles ávidos do poder,

e Deus com toda Sua imensidão, proveu outro em teu lugar,

que não aqueles que cobiçaram estar onde estivestes!

 

Acabou, mil vezes, acabou!

Deus escreveu como deveria ter escrito,

mesmo quando o poder religioso vacilava,

e pouco tempo tinha para receber,

aqueles que nunca admitiram tanta falsidade!

 

Trabalhastes muito, combatestes o bom combate,

agora ganhastes o descanso merecido da Glória Eterna e...

as lembranças que deixastes gravadas na História!

sábado, 9 de julho de 2022

A Festa do Centenário de Santo Amaro de 10 de julho de 1932 abortada em 9 de julho de 1932 pela Revolução há 90 anos!

FESTA ABORTADA

Em 10 de julho ocorreria o Primeiro Centenário da Cidade de Santo Amaro sendo que havia sido liberado um auxílio cinquenta contos de réis para os festejos. Realizar-se-ia imponentes realizações onde seria oficializada a abertura de grande Exposição-Feira organizada por contrato com Pedro Paulo Lanza e que seria apresentada no "Grupo Escolar Santo Amaro", que também receberia o nome de Paulo Eiró, nome requerido através de petição municipal ao governo estadual em 2 de julho. Além disso, haveria desfile cívico, esportivo militar e religioso, muita coisa foi montada para registrar para sempre o primeiro Centenário de Santo Amaro, até ópera seria apresentada por uma companhia lírica no Cine São Francisco, com o espetáculo "O Rigoletto", do compositor italiano Giuseppe Verdi.

INICIA-SE A GUERRA CIVIL EM 1932!

Enquanto Santo Amaro preparava-se para comemorar seu primeiro centenário em 10 de julho de 1932, São Paulo levantava-se contra o arbítrio federal de governar o país ao seu bel prazer, sem restrições por parte do governante empossado pela revolução de 1930. Já haviam tombado os jovens na Praça da República, a 23 de maio de 1932 em nome da liberdade. Os sucedâneos foram inflamados até 9 de julho deste ano, quando São Paulo declarava guerra contra a ingovernabilidade do país. Alguns acreditam que as elites foram os que idealizaram esse movimento, mas pelas proporções alcançadas tinha iniciado uma guerra civil com participação de vários segmentos.

Em Santo Amaro, em festa, reinava o entusiasmo e a alegria. De repente cessa esse encantamento, sabendo que São Paulo requer o regime da legalidade pela Constituição regente dos destinos da Nação, assume seu compromisso de juntarem-se nas trincheiras e ninguém mais pensou na festa programada há muito.

A Comissão resolve à adesão ao movimento e contata o Governo de Pedro Manuel de Toledo que os encaminha ao coronel Euclydes de Figueiredo, inquirindo o que desejavam. A resposta imediata: "Armas e Munição". Neste momento estava formada a "Companhia Isolada do Exército de Santo Amaro" sob o comando do Tenente Moupir Monteiro e do tenente Luís Martins de Araújo, e o “smoking” de festa foi substituído pela farda de combatente, de 300 homens em efetivo, reportando-se ao comandante da Praça de Santos, o coronel Melo Matos.

Os acontecimentos levaram o governo federal a bombardear São Paulo constantemente com os WACO, os temíveis aviões Vermelhinhos, onde os heróis combatiam no intento de conseguir que fossem reconhecidos direitos contrários a quaisquer ditaduras implantadas. São Paulo não se rendia e combateria sozinho em todas as frentes de norte a sul.

Os soldados de Santo Amaro foram responsáveis pelo litoral de Cananéia a Xiririca, local onde tombou Delmiro Sampaio, única baixa santamarense. Após o armistício retornaram as suas bases todos batalhões, em 12 de outubro de 1932. 


O "Santamarense-nordestino" Delmiro Filgueira(s) Sampaio ("Pernambucano ou Cearense"?)

 (Abaixo segue dos pioneiros da família Filgueira(s) que tivemos a honra de ter anexado ao blog familiar da história do voluntário da Revolução de 1932, pois a família de Serrita não tinha conhecimento desta saga do Voluntário Delmiro Sampaio, da família Filgueira(s), que combateu na Companhia Isolada do Exército de Santo Amaro em Xiririca, hoje Eldorado.)

 No Brasil no século 19, houve um deslocamento migratório devido à grande seca que assolava a região do Cariri, Ceará, em busca de novas terras de cultura e pastagens. Entre esta onda migratória estava Miguel Torquato de Bulhões, que se instalou às margens do Riacho Traíras, dando assim início ao município de Serrinha, alterado posteriormente para Serrita. Neste ainda insipiente povoado instalou-se em 1896, Romão Pereira Filgueira Sampaio, vindos de Jardim, Ceará e seu cônjuge, Idalina Gonçalves Lima e filhos, ela era natural de Serra Talhada, Pernambuco. O Coronel Romão Pereira Filgueira Sampaio, assumiu o município de Salgueiro, assentando da cadeira como primeiro prefeito desta localidade, sendo seu filho um combatente por São Paulo.

Última Trincheira: Delmiro Filgueira(s) Sampaio tomba em combate

No combate travado pela Companhia Isolada do Batalhão Santo Amaro, em Lajeado, distante sete quilômetros de Xiririca, frente litoral sul, Delmiro Sampaio morreu a 2 de outubro de 1932, alcançado em cheio por uma rajada de metralhadora, única baixa registrada da Companhia Isolada.

Ele se afastara dos companheiros na direção do adversário aponto de desarticular-se. Pressentido, foi visado e morto. À época contava com aproximadamente 22 anos.

Sepultado no próprio local de sua morte, seus despojos foram posteriormente trazidos para Santo Amaro e em 1957 foi transladado ao Mausoléu aos Revolucionários de 1932, no Ibirapuera, São Paulo.

Foi uma revolução de muitos nomes de várias partes do Brasil e de sobrenomes estrangeiros, unidos em único ideal. Ficou Voluntário Delmiro Filgueiras Sampaio conhecido em Santo Amaro com o apelido de “Pernambuco” e nos registros oficiais o seu nome consta como Filgueiras, no plural.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

Partiu hoje, para a eternidade, Dom Cláudio Hummes

Gratidão pelo que representou!

Devo a ele minha formação em história! Foi ele quem me concedeu como chanceler da PUC/SP, a bolsa para licenciatura e bacharelado. Era muito humano, humilde para o cargo exercido, estava sempre solicito.

Nasceu em Montenegro (RS), em 1934, ordenado sacerdote em 1958 e bispo em 1975. Foi bispo diocesano de Santo André (SP), Arcebispo de Fortaleza e Arcebispo de São Paulo. Foi ordenado cardeal em 2001 pelo então Papa João Paulo II.

Entre 2006 e 2011, trabalhou ao lado do Papa Bento XVI, em Roma, como prefeito da Congregação para o Clero.

De volta ao Brasil, ocupou a presidência da Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Entre julho de 2020 e março de 2022 presidiu a Conferência Eclesial da Amazônia.

Em 2013, o Papa Francisco afirmou que escolheu seu nome de São Francisco de Assis, após Dom Cláudio Hummes, que estava a seu lado no momento da eleição, sussurrar-lhe:  "Não se esqueça dos pobres".

Que Deus lhe reserve o lugar dos justos, pois foi o que representou na Terra!

 

(https://pt.wikipedia.org/wiki/Cl%C3%A1udio_Hummes)

domingo, 3 de julho de 2022

A “cadeira” do padre Edmundo da Mata na Paróquia São Luiz Gonzaga/SP!

 A “cadeira” do padre Edmundo da Mata na Paróquia São Luiz Gonzaga/SP!


Por quase 58 anos a “cadeira” da Paróquia São Luiz Gonzaga, no Bairro Jardim São Luiz, foi ocupada por um padre português, da Ilha da Madeira, que se tonou o pároco e vigário Edmundo da Mata.
Ordenado em 1963, ainda sob o Concílio de Trento, foi auxiliar na Paróquia da Expectação, na Freguesia do Ó. Todo território diocesano da cidade de São Paulo estava diretamente reportado a grande diocese de São Paulo, chamada por esse motivo de Arquidiocese. O cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, incumbiu o jovem sacerdote assumir a “nova paróquia” criada em 1960, na Festa de Cristo Rei, juntamente com a de Vila das Belezas, está foi assumida por padre Mauro Baptista. Ambos se tornaram referências na região.
Era um desafio enorme, era o extremo sul da capital, e o primeiro bairro depois do Rio Pinheiros, já no encontro da Estrada de Itapecerica, quase interior!!!
O trabalho foi árduo, pois o bairro carecia de todo o tipo de infraestrutura básica: água vinha de poços cavados de mais de 30 metros de profundidade, esgoto saia direto para outro buraco cavado no terreno onde era colocado o banheiro, não eram construídos dentro dos cômodos. Luz era de lampião. Claro que na época em que chegou o padre Edmundo já existia uma Sociedade Amigos do Bairro, e algumas melhorias já haviam conseguido, inclusive a implantação da linha de ônibus da Viação São Luiz, que foi o início da poderosa empresa atual Campo Belo.
Padre Edmundo se tornou o “prefeito” do bairro e aos poucos conseguia alguma melhoria, a primeira foi o acesso da própria paróquia que tinha uma escada cavada no barro. O prédio da igreja antiga era simples de alvenaria sem reboco, que para isso a areia foi doada pela antiga Light, saída do Rio Pinheiros, e foi retirada por carroças. E assim em fins de semana os paroquianos aos poucos rebocavam as paredes. Essas mesmas paredes era o pano de fundo de um projetor que o padre ganhou e passava filmes religiosos. O mais concorrido era o da Paixão do Senhor, era um evento, pois não havia atração alguma no bairro. O padre então começou a fazer quermesses até fora de época para comprar material de construção e ampliar a igreja, com sacristia e salas catequéticas.
Assim foi passando o tempo, (coisa que nenhum consegue segurar com as mãos) e chegou o fim da década de 1970 e o padre resolveu que teria que construir uma nova paróquia. Assim formou-se a primeira comissão da obra, com quermesses em fins de semana direto sem descanso, e o povo até se acostumou, ir à missa à noite e depois ficar na quermesse que passava até das 23:00 horas. Foi uma labuta de muitíssimo tempo, mas ficávamos satisfeitos de ver a nova construção ser construída por fora da velha igreja.
Mudaram-se meia dúzia de bispos e poucos se aventuravam a visitar o lugar, sempre aparecia o “nuncio” com algum elogio a obra assumida pelo padre Edmundo. Também foi feita outra comissão para acabamento do grosso da obra e assim acontecia a transformação, até pinturas de grande envergadura foram feitas. Sempre se melhorava algo. Em 1989 foi criada a nova diocese e o padre Edmundo foi ficando em sua cadeira, pois já era um “padre colado” não foi remanejado de seu posto. Padre Edmundo foi responsável por vários jovens (e alguns “madurões” na idade) ao sacerdócio, que lhe devem muito pelo encaminhamento espiritual e até sustentação física.
Mas o tempo é implacável com todos e padre Edmundo nestes anos abateu-se e precisava continuar o trabalho da igreja São Luiz Gonzaga. Evidentemente ele era o cabeça, era o vigário e pároco, conciliar com todas as transformações foi um tanto difícil, pois ele nos áureos tempos celebrava cinco missas, três pela manhã dominical e duas à tarde, além de fazer casamentos e batizados aos montes.
Minada sua resistência física a diocese enviou sacerdotes para as missas, sendo que a das 18: 00 horas de domingo já havia cancelado. O padre foi internado pela primeira vez no Hospital São Luiz, mas ainda tinha forças e era o presidente da celebração. Houve alguns conflitos, e o povo sempre perguntava o que estava acontecendo com o padre Edmundo. Esse missivista de 15 em 15 dias ia vê-lo, conversamos sobre futebol, ou se ele faria a missa do padroeiro, do lava-pés, que era um evento com igreja lotada, e também a do Fogo, no tempo pascal. Aos poucos ele perdeu suas forças, e foi internado algumas vezes, como essa semana. Evidente que o povo de Deus torce por seu restabelecimento da saúde.
Não poderia mais continuar como estava, até o dia de hoje, 3 de julho de 2022. Assim juntamente com o monsenhor João Batista, representando o bispo diocesano de Campo Limpo, foi apresentado o novo sacerdote à comunidade do Jardim São Luiz. São outros tempos, novos desafios, mas não sem trabalho, pois isso jamais findará, estruturando um modelo que seja do viés pastoral do novo sacerdote!
Que Deus lhe dê, primeiramente saúde para a sua nova empreitada forças para guiar como pastor, as obras necessárias da igreja de Cristo, na Paróquia São Luiz Gonzaga, Jardim São Luiz, São Paulo!
Bom trabalho e bem vindo nessa “cadeira”, padre Luciano Borges Basílio!







































Nota: Poderíamos ter maiores informações da posse do novo sacerdote e a nova condição de emérito do padre Edmundo, mas a documentação de "provimento" para registro oficial do evento ocorrido foi-nos negado acesso aos mesmos!!!

sábado, 2 de julho de 2022

Praça Adelino Ozores Neto Segundo, em Santo Amaro/SP: Inauguração em 02 de julho de 2022

Homenagem merecidíssima!!! Com a presença da Orquestra Filarmônica Santo Amaro, a amiga de Adelino Ozores Neto Segundo, a maestrina Silvia Luisada Juliani, abriu as homenagens regendo na Nova Praça em Santo Amaro/SP.

A praça está situada na Avenida Adolfo Pinheiro, esquina da Rua São José, ao lado do Colégio Jesus, Maria, José.

Estiveram presentes ao local boa parte dos envolvidos nesta empreitada como também dos que conviveram com o homenageado.
No local anteriormente estava instalado o Pronto Socorro de Santo Amaro (na década de 30 era parque infantil) e devido as obras da expansão do metrô linha 5 Lilás, foram demolidas essas instalações e depois de desativada todo o campo de obras a área permaneceu sem função social, que de hoje em diante fará parte do cenário do bairro de Santo Amaro.

Entre os que mais possuíam ligações fraternais Adelino Ozores Neto Segundo, estavam presentes além de sua esposa, Eliane Lemos, com quem criou o Instituto Entre Rodas, os irmãos, entre eles Paulo Ozores, que transmitiu com emoção o que representava Adelino Ozores.


Palavras transcritas abaixo por seu irmão, Paulo Ozores, resume todo o afeto que muitos tinham pelo ser humano e de seu profissionalismo diante do trabalho em cultura e no âmbito social:
“Em nossa família éramos em cinco irmão e meus pais, Adelino e Alda, que se estivessem ainda entre nós tenho certeza de que eles estariam muito orgulhosos com a homenagem prestada. Meus irmão Carlos e Ricardo não conseguiram comparecer, pois moram fora do estado de São Paulo, no entanto, eu, Paulo, e minha irmã Sonia estamos aqui para prestigiar essa inauguração com todos vocês. Não poderia esquecer do meu irmão Adelino, o homenageado, um homem íntegro, inteligente, determinado, que fez de Santo Amaro um lugar acessível a todos”.
(Palavras de Paulo Ozores na homenagem ao irmão Adelino Ozores na inauguração da praça)
Com o livro "Croqui de uma vida" do amigo Calazans
Recolhendo assinaturas para o Eixo Histórico

Isso, por si só, já representa toda trajetória de vida de Adelino Ozores Neto Segundo, sabendo do que era capaz, foi adiante edificar todo um trabalho exemplar assumindo como coordenador da Casa da Cultura de Santo Amaro e que junto ao arquiteto José Fábio Zamith Calazans apresentaram o projeto do Eixo Histórico de Santo Amaro, para preservação de, ao menos, parte da arquitetura antiga do bairro, na avidez pela expansão imobiliária local.
Depoimento da jornalista Déborah Copic, editora da Revista Em Sintonia, sobre o trabalho de Adelino Ozores :
“Assim foi com a Orquestra Filarmônica Santo Amaro (OFISA, fundada em 2009), que recebeu apoio incondicional da equipe da revista Em Sintonia e que, logo de início negociou a liberação de uma sala de cinema do Boa Vista Shopping aos domingos pela manhã. Após os concertos quinzenais ao longo de três meses acordados, íamos para a Praça da Alimentação (hora de almoço) trocar ideias e, não raras vezes, fomos convidados a nos retirar pois, as horas voavam e o shopping tinha que fechar (20hrs)!
Adelino entre vários artigos, pesquisou e editou a rica história do Bonde de Santo Amaro, quando coordenador da Casa da Cultura de Santo Amaro em 2003. Ao computador, com a destreza de quem sabe superar-se, seus artigos fluíam magicamente”.
Agregador nato!
Oratória cativante
Seu legado já reconhecido há muito, agora fica edificado na Praça Adelino Ozores Neto Segundo!
Fotos de parte dos festejos da homenagem a Adelino Ozores Neto Segundo