quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Os meios de transporte que existiram (e existem) na Região de Santo Amaro - São Paulo


A LOCOMOÇÃO HUMANA UMA NECESSIDADE PERMANENTE

BICICLETA: veículo composto de estrutura de ferro com duas rodas iguais comandada por um “guidão” era usado para ir ao trabalho.  Foto abaixo onde hoje se localiza o Extra da João Dias



TREM A VAPOR (chamado também de locomotiva) possuía um motor que queimava madeira e aquecia água numa caldeira e produzia movimento sobre trilhos de ferro (ferrovia). Existiu em Santo Amaro de 1886 a 1913-Foto abaixo Largo 13 de Maio/Santo Amaro


Locomotiva Krauss que ligava São Paulo à Santo Amaro


CHARRETE: veículo leve de tração animal, normalmente descoberto, que tem duas rodas altas e assento para duas ou três pessoas (incluído o condutor) e que é puxado por um cavalo. (Foto abaixo no bairro Capela do Socorro em Santo Amaro)


BONDE: veículo movido a eletricidade, que se desloca sobre trilhos e eram usados para o transporte de passageiros. (Foto abaixo: Largo 13 de Maio/Santo Amaro)



O bonde de Santo Amaro circulou de 07 de julho de 1913 até 27 de março de 1968 sendo sua última viagem terminada no Largo 13 de Maio/Santo Amaro



Interno do bonde


ÔNIBUS JARDINEIRA:  nome popular de ônibus para o transporte de passageiros que era usado no Brasil com “capô” no motor dianteiro.
  
ÔNIBUS: veículo para o transporte de passageiros, usado nas cidades ligando os bairros. Foto abaixo são os primeiros ônibus da empresa na zona sul hoje denominada Campo Belo!


ÔNIBUS PAPA-FILAS: Era um veículo misto usado nos anos de 1950 e 1960. Era um misto de ônibus com caminhão (Foto abaixo: Largo 13 de Maio/Santo Amaro)

  
TÁXI: é um automóvel destinado ao transporte de passageiros que cobra uma taxa por viagem marcado em um “taxímetro”. (Foto abaixo: Largo 13 de Maio/Santo Amaro)




MEIOS DE TRANSPORTES HOJE EM SÃO PAULO:ÔNIBUS E METRÔ

Ônibus nos dias de hoje na Região de Santo Amaro

Interno dos ônibus



METRÔ é um meio de transporte urbano que circula sobre trilhos, transportando passageiros.

METRÔ: DA ZONA SUL: LINHA 5 LILÁS


Interno do metrô


Trem elétrico é um trem ferroviário movido a eletricidade e formado por um carro-motor que puxa os carros de passageiros.

Trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) NA ZONA SUL (margem Rio Pinheiros)



terça-feira, 27 de agosto de 2019

Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo e a Vila de Santo Amaro, São Paulo

Um mecenas “santamarense”

Carlos da Silva Araújo[1] nasceu na cidade de Santos, São Paulo, em 4 de novembro de 1835, sendo filho do comandante da marinha mercante, Joaquim da Silva Araújo e de Maria do Carmo Araújo.
Foi iniciado pelo pai e orientado pelo irmão mais velho em um navio inglês no ofício das artes marítimas obtendo habilitação náutica e ainda jovem tornou-se capitão de navios.

Carlos da Silva Araújo casou-se com sua prima por parte paterna, Senhorinha Cândida Araújo, e do referido consórcio nasceu Carlos Samuel de Araújo, que seguiu carreira na magistratura paulista, tendo sido juiz de direito na cidade de Atibaia. Era casado com Maria Carlota Fonseca Araújo.

Carlos da Silva Araújo deixou sua atividade naval e transferiu-se para São João do Rio Claro com intuito de edificar um colégio tornando-se educador no Colégio Santa Cruz e no magistério teve grande progresso e no meio educacional propagou suas ideias abolicionistas, sendo também defensor da República.

Em 1880 veio para a cidade de São Paulo para dar continuidade aos estudos de seu filho Carlos Samuel. Na Rua Esperança, no Largo da Catedral da Sé estabeleceu o “Externato Araújo” que pelo fluxo grande de alunos foi transferido depois para a Rua da Glória, na Liberdade.
Devido a problemas de saúde de sua esposa, buscou novos ares, mudando-se para a Vila de Santo Amaro em 1891, para onde transferiu todo seu conhecimento na área educacional.

Sua atividade fê-lo interessar-se por melhorias locais nas obras públicas sendo um dos incentivadores pela construção de uma Santa Casa[2] em Santo Amaro conseguindo com outros adeptos da causa o terreno através de Benta Bernardina de Moraes, filha do Capitão Manoel José de Moraes, 1º prefeito de Santo Amaro, surgindo desse modo a “Sociedade Beneficente Nossa Senhora da Conceição”[3] para o amparo dos necessitados.

Em Santo Amaro foi um dos responsáveis por edificar o Mercado Municipal[4] no Largo São Benedito, (hoje Casa de Cultura, na Praça Doutor Francisco Ferreira Lopes) tendo sido em sua gestão como presidente da Câmara Municipal realizado o feito em 1896.

Com o falecimento de seu filho Carlos Samuel em 1901, resolveu juntamente com sua esposa retornar a capital paulista, onde exerceu a gerência da Caixa Econômica Federal.

Faleceu em 20 de março de 1906, deixando registrado seu legado em Santo Amaro[5], como grande incentivador do desenvolvimento da região.




[1] O sobrenome “Araújo” é de origem espanhola e difundido também em Portugal, primeiramente através de Pedro Pais, natural de Araúja, era alferes-mor do reino de Leão (com Castela reinos da origem de Espanha) e depois do reino de Portugal. O sobrenome surgiu na Espanha através do Castelo de Araúja, localizado próximo ao Rio Minho, por esse motivo, de origem geográfica, ou seja, um toponímico. Araújo é derivado de Araúja, uma árvore. Rodrigo Anes (de Araújo) era senhor do Castelo de Araúja e foi o primeiro a adotar este sobrenome.

[3] Benta Bernardina de Moraes e a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro/SP http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2019/08/benta-bernardina-de-moraes-e-santa-casa.html

[4] A Construção de um Mercado Municipal na Vila de Santo Amaro http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2013/08/a-construcao-de-um-mercado-municipal-na.html


[5] A HERMA DO MUNICÍPIO DE SANTO AMARO: DISPÊNDIO POPULAR HÁ 70 ANOS http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2012/01/herma-do-municipio-de-santo-amaro.html




terça-feira, 20 de agosto de 2019

Benta Bernardina de Moraes e a Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro/SP


Benta Bernardina de Moraes, filha do Capitão Manoel José de Moraes, 1º prefeito de Santo Amaro, doadora do terreno da “Sociedade Beneficente Nossa Senhora da Conceição


Benta Bernardina de Moraes, foi batizada em 1814, na Igreja de Santo Amaro onde se casou a 10
de agosto de 1832 com Manoel Vieira de Moraes, filho de Manoel Vieira de Brito e Isabel de Moraes,
família “Clemente Alvares” Cap.7º § 6º. Com a devida dispensa por serem primos irmãos.  Manoel
foi batizado na Igreja de Santo Amaro aos 03 de agosto de 1806.

Matriz de Santo Amaro – batismos- Aos 03-11-1814, Benta de 10 dias filha do Alferes Manoel José de Moraes e Anna Roza de Moraes. Padrinhos: Zacarias Domingues Paes e sua mulher Maria Antonia de Moraes.

Matriz de Santo Amaro – batismos- Aos 03-08-1806, Manuel filho de Manuel Vieira de Brito e Izabel de Moraes. Padrinhos: Tenente Manuel Jose Machado e sua mulher Anna de Moraes, todos desta.

Matriz de Santo Amaro- casamentos – Aos 10-08-1832, as seis horas da tarde,  Manoel Vieira de Moraes filho do Alferes Manoel Vieira de Brito e Dona Izabel de Moraes, Np de Gaspar Nunes e Izabel Vieira, nm do Tenente Manoel Jose Maxado e Dona Anna de Moraes; com  Benta Bernardina de Moraes, filha do Capitam Manoel Jose de Moraes e Dona Anna Roza de Moraes, Np do Capitam Anastácio de Moraes e Dona Anna Maria Teixeira, pela materna dos mesmo avós do contraentes – 3º grau com 2º der consanguinidade. Testemunhas: Manoel José de Moraes e Joaquim Manoel de Moraes.

Dispensas Matrimoniais ano 1832 – ACMSP 10-29-6038 

Dizem os humildes oradores Mel Vrª de Moraes e Bta Bernardina de Moraes da Fregª de S. Amaro querem se casar e não o podem fazer porque

- Os oradores são primos irmãos
- que a oradora é pobre, há muita falta de homens idôneos para cazar, que o orador tb é pobre mas muito capaz de sustentar a oradora.
- Que a oradora não foi raptada

Testemunha – O Capitão Manoel José de Moraes, casado, vive de suas lavouras, 41 anos, pai da oradora. Sabe que os oradores são primos irmãos mas que a dispensa é muito necessária pela pobreza e porque há falta de homens como o orador para casar.

Testemunha 2 – Reverendo Fidelis Jose de Moraes, 51 anos, vive de suas lavouras.tio dos oradores. Confirmou os itens

Testemunha 3 – Reverendo Padre Mestre Fidelis Alvares S-----naringa de Moraes, vive de seu honorário, 34 anos.
Nota: Obtêm a dispensa mas não esclarecem como são primos irmãos

O Capitão Manoel José de Moraes e Benta Bernardina de Moraes foram moradores em Santo Amaro onde possuíram chácara na vila, além de sítios e fazendas em outras freguesias, herdadas dos pais de ambos. Dos filhos e genros do Capitão Manoel José de Moraes, Manoel foi o único a morar em Santo Amaro até a sua morte, e por isso mesmo foi o herdeiro político do sogro, a quem substituiu quando a idade e por fim a morte afastou o Capitão Manoel José de Moraes dos cargos públicos. Como o tio e sogro, Manoel fez parte da governança da vila de Santo Amaro, na companhia de outros membros da família. Em 1865 foi eleito vereador juntamente com Francisco Pedroso de Camargo, sobrinho e genro de Maria Clara Pedroso, Américo Antonio de Moraes, filho de Izabel Maria de Moraes e Fernando Antonio. 

Em seu sítio faleceu o Tenente Coronel Manoel Vieira de Moraes aos 27-09-1880.

Matriz de Santo Amaro – óbitos- Aos 27-09-1880 faleceu ( ---) Santo Amaro em seu sitio o Tenente Coronel Manoel Vieira de Moraes , 74 anos de idade.

Benta Bernardina de Moraes viveu sempre em Santo Amaro e doou o terreno para a construção da Santa Casa, sendo detentora ainda de parte dessa gleba que foi incorporada atualmente  pela  estação Adolfo Pinheiro, linha 5 Lilás do metrô. 




(ANTIGA ENTRADA DA SANTA CASA:Rua Doutor Antônio Bento )

Benta pode ver o lançamento da pedra fundamental da Santa Casa, no dia 01 de janeiro de 1896, vindo a falecer logo após em 03 de fevereiro de 1897, sendo sepultada no cemitério de Santo Amaro, em frente da capela e nunca foi exumada. 





Matriz de Santo Amaro – Obitos – Aos 03-02-1897 faleceu Benta Bernardina de Moraes com 82 annos viúva por óbito do Ten Cel Manoel Vieira de Moraes, sua alma foi encomendada.

Cemitério de Santo Amaro- registro de sepultamentos-  –nº de ordem  799 – Sepultura perpétua – falecida  Benta Bernardina de Moraes – viúva -80 anos - (viúva de ) Manoel Vieira de Moraes falecido – data do sepultamento 02-02-1897- causa mortis: marasmo senil.


   

Bibliografia:

Leme, Luiz Gonzaga da Silva. Genealogia Paulista. São Paulo, Duprat & Comp.1904

http://www.projetocompartilhar.org

Weber, Maria Aparecida; Sérgio. Campo Belo: monografia de um bairro.São Paulo: Editora Estação Liberdade, 2006

Referências: 


 (ONDE ERA A ANTIGA ENTRADA DA SANTA CASA HOJE:Rua Doutor Antônio Bento )



 (ATUAL ENTRADA DA SANTA CASA:Rua Isabel Schmidt, 59)



LOCALIZAÇÃO DO HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SANTO AMARO
Rua Isabel Schmidt, 59 - Santo Amaro, São Paulo - SP



PRAÇA DONA BENTA VIEIRA, Descrição Técnica:
Situa-se entre as Ruas Doutor Antônio Bento e Rua Isabel Schmidt. Quadras: 067/068. Bairro de Santo Amaro. Oficialização: DECRETO nº: 15.642/79 de 22/01/1979



Uma indagação: A praça Dona Benta "Vieira"(???) é referência a emérita da Santa Casa de Santo Amaro?

O "FLÂNEUR" É UM OBSERVADOR ATENTO DAS CIDADES


As cidades são o símbolo do poder!

Quem anda pelas cidades é definido como “flâneur”, que nada tem a ver com o significado pejorativo do termo “vagabundo”, alguém sem rumo, mas sim um andarilho contumaz nas ruas e becos das cidades, um caminhante em busca das transformações urbanas, com suas mudanças constantes, do desaparecimento do passado e uma nova estrutura em um momento presente.
O historiador Walter Benjamin referia-se ao “flâneur” como um espectador urbano moderno, um detetive e investigador da cidade, buscando cada detalhe que se registra no olhar e que hoje é registrado em imagens “congeladas” no tempo através da fotografia. O flâneur sonda os arredores em busca de uma arqueologia, alguma informação, pistas de algo mutante em uma dinâmica que passa despercebida aos caminhantes que têm na cidade os meios de sustentação pessoal.
Charles Baudelaire deu o significado para “flâneur” como sendo "uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la".
O “flâneur” é um observador existencialista do processo cosmopolita que ocorre no fluxo da cidade, suas nuances, suas transformações, por muitos desapercebidas e no atento olhar do “flâneur”. Não anda a esmo, é alguém preocupado com o meio, o ambiente onde se concentra toda uma estrutura de movimento humano.
Atualmente os fotógrafos espalhados aos milhares com as suas câmeras digitais registrando todo e qualquer movimento da cidade é também um “flâneur”. Sua observação é de um "andarilho", um estudioso paciente atento e focado na cidade.
Há um número considerável de “flâneur” pela cidade de São Paulo, registradores do tempo congelado nas imagens fotografadas da cidade, por vezes invisíveis da multidão, mas que flanam silenciosamente para registrar momentos importantes das transformações urbanas, inclusive essa multidão apressada em outros afazeres!

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

HISTÓRIA, O “FIO DA MEADA” DO HOMEM NO TEMPO E ESPAÇO


DIA 19 DE AGOSTO, DIA DO HISTORIADOR(A) E DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA

História é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, com a análise dos processos e eventos ocorridos no passado.

“Histos” é o prefixo grego que demonstra a semelhança de uma malha da trama de um tecido usando fios entrelaçados de linhas em cruzamento com a urdidura que compõe o tecido, como se faz com os dados de diversas fontes históricas diferentes que são necessárias para “tecer os fatos” na busca histórica!

Há quem busque o saber pelo saber: é uma curiosidade.
Há quem busque o saber para se exibir: é uma vaidade.
Há quem busque o saber para vendê-lo: é um tráfico.
Mas há quem busque o saber para edificar, e isto é virtude e prudência.
(São Bernardo de Claraval)

A fotografia é o congelamento de um instante curto no tempo histórico de longa duração, servindo a história em um momento contemporâneo!

Abaixo a musa da história Clio, A Programadora. Ilustração da Musa da História (obra de Mignard)

Primeira fotografia Vista da Janela em Le Gras, de Nicéphore Niépce, 1826-27



Karl Czernik, o Campeão de Ciclismo de Santo Amaro/SP

As Glórias de um nome: Karl Czernik

Karl Czernik nasceu na cidade de Colônia, Alemanha em 30 de dezembro de 1923. Era filho de Karl Czernik e Catharina Czernik e com apenas 9 meses de idade, chegou ao Brasil com toda a família, a bordo do Navio Belfideria, desembarcando no porto de Santos em 03 de outubro de 1924, pois seu pai fôra contratado na Alemanha para trabalhar na empresa São Paulo Light and Power Company, em São Paulo.

Karl Czernik estudou no Grupo Escolar Paulo Eiró, uma escola fundada em Santo Amaro em 1910. Mais tarde adquiriu experiência como mecânico de bicicletas em Santo Amaro, e montou a oficina que seria referência aos adeptos do ciclismo na região.

Em 1937, incentivado pelo seu irmão e esportista João Czernik, iniciou sua trajetória no ciclismo nacional ficando em 2º lugar em prova infanto juvenil. 


Com 17 anos, inscreveu-se na Federação Paulista de Ciclismo e após associar-se ao Ciclo Clube de Vila Mariana, começou a participar das corridas ainda na 3ª categoria de ciclismo. Devido ao seu sucesso, tornou-se conhecido pelo apelido de "Czernik, O Diabo Loiro".

Em 1941 transferiu-se para o Clube Galileu Sembranti, sendo elevado à 2ª categoria vencendo a prova Getúlio Vargas.

No ano seguinte, em 1942, sagrou-se Campeão Paulista da 2ª categoria no campeonato Paulista Individual de Velocidade representando o mesmo Clube Galileu Sembranti.

Em 1943 devido ao seu alto desempenho ascendeu à 1ª categoria do ciclismo, passando a competir com os principais ciclistas da época.

Durante o ano de 1944 participou de várias competições, destacando-se com louvor.
Em 1945 participou de várias competições entre elas a Rio - Juiz de Fora - Rio, conquistando o 2° lugar e a São Paulo - Pirassununga - São Paulo, conquistando o 1° lugar, ambas consideradas de alto grau de resistência física.

Em 1946 foi consagrado Campeão Paulista de Ciclismo e considerado o ciclista mais completo do Estado de São Paulo
Em 1947 na Prova São Paulo - São Roque - São Paulo, foi o primeiro colocado e consagrado bicampeão paulista


Em 1948 transferiu-se para a Sociedade Ciclística Alda Alegrini. Na Prova Tenente Magalhães Padilha, foi o primeiro colocado e considerado o ciclista mais completo do Estado de São Paulo,
Em 1949 - Prova São Paulo - Pirapora - São Paulo, foi tricampeão paulista.

Manteve a regularidade de grande atleta sendo seus números de vitórias algo surpreendente: 41 vitórias como primeiro colocado; 10 vitórias como segundo colocado; 9 vitórias como terceiro colocado; 6 vitórias como quarto colocado, 5 vitórias como quinto colocado e 1 vitória como oitavo colocado. Por motivos técnicos do equipamento teve que desistir por seis vezes.

Manteve por algum tempo sua oficina à Rua Tenente Coronel Carlos Silva Araújo, nº 448, em Santo Amaro, onde se reuniam os adeptos do esporte ciclístico e do Ciclo Clube Karl Czernik.
Sua trajetória de vitórias terminou tragicamente no dia 16 de agosto de 1949, na cidade de Campinas, vítima de um mal súbito, enquanto participava da prova "Volta do Interior".

Depois suas lembranças ainda foram preservadas e fizeram parte do Ciclo Clube Karl Czernik que juntamente com o Círculo Operário de Santo Amaro promoveram o a 2ª Prova Ciclística “Paulo Eiró” em 1953 sob a orientação da Federação Paulista de Ciclismo.

Foram inscritos 46 concorrentes de ponta desse esporte e com percurso de 33 quilômetros sagrando-se campeão Marcelino Rodrigues, do Clube Karl Czernik. 


Assim o clube campeão foi laureado através do sub-prefeito de Santo Amaro, Fernando Scalamandré Jr. recebendo as honras o presidente do clube, senhor João Czernik, irmão de Karl Czernik. 


A prova teve grande repercussão através da Rádio Panamericana com seus locutores Wilson Fitipaldi e Rajja Saad.




Nota: Aguarda-se informações complementares

Referências:

Jornal Correio Paulistano, 15 de setembro de 1942
Dicionário de Ruas de São Paulo.
Revista Interlagos 1953
Revista Santo Amaro, 1947
Depoimento por ocasião da laureada família de Karl Czernik, com o Troféu Botina Amarela, e que me foi disponibilizada a biografia através do senhor João Elias.