sábado, 18 de abril de 2020

A ROUPA DO FILHO DO REI


O Convite

Um nobre convidou o rei para uma festa, mas o rei estava muito ocupado resolvendo as coisas do reino e optou por enviar seu filho mais novo para representá-lo.
O filho mais novo como estava nos afazeres do reino, vestiu-se com roupas simples e tomou o cavalo de um dos que trabalhavam no reino e foi à festa.
Na festa o filho do rei foi deixado de lado, pois não demonstrava ser homem de posses e não aparentava possuir nada mais do que mostravam suas vestes.
Ficou pouco tempo na festa e retornou ao reino de seu pai. Vendo seu filho meio chateado e voltando cedo, o rei perguntou o que tinha acontecido.
O filho mais novo relatou o desprezo em que foi recebido na casa do nobre.
O pai então mandou seu filho vestir-se da mais rica purpura, adornar-se com os mais ricos braceletes, usar as mais importantes joias do reino e usar o cavalo exclusivo do rei, e assim voltar à festa do nobre e dando lhe uma recomendação secreta.

O filho obedeceu ao pai e assim cavalgou de volta à festa.

Lá chegando foi recebido com toda a pompa, pois todos reconheceram o cavalo puro sangue do rei, as joias e aquela vestimenta do mais alto requinte da nobreza.
Entrou no salão ao som de trombetas e foi lhe estendido o tapete escarlate, só oferecido aos maiores homens do reino, para que assim se dirigisse ao local de honra onde estava o nobre do castelo.
A música parou, os bobos da corte encostaram-se de lado nas paredes ornamentadas do recinto.
Vagarosamente o filho do rei foi ao encontro do nobre sendo aplaudido pelos convivas e chegando em frente ao nobre se despiu da vestimenta toda ficando nu no salão, como seu pai em segredo havia lhe dito para ser feito e saiu no mesmo silêncio que entrou!!!
Assim é a exigência social, exigindo que se apresente as riquezas e as melhores vestes dos melhores estilistas do mundo, mesmo que for para se apresentar nas mais vulgares festas!
Não espere o Filho do Rei aparecer em tua casa ricamente ornado, pois pode ser que se apresente em vestes de mendigo e escolhido o teu “castelo” para apresentar-se!!!

quarta-feira, 15 de abril de 2020

OS PRODUTOS CHINESES, A GLOBALIZAÇÃO E O CORONA VÍRUS


Um sistema engrenado de interesses

Os chineses detêm 90% da produção mundial de EPI (isso não são somente máscaras) e 20% da produção de respiradores!
Uma pandemia (não se discute de onde veio o vírus) precisa desses produtos, então se querem, nós vendemos...aos preços chineses e não valores colocados antes desse fato, e o comprador com dinheiro na mão.
É simples: lei de oferta e procura!!!
Isso é a prova cabal que nenhum produto pode ser controlado apenas por um produtor, porque deste modo quem controla a produção detém o poder da barganha!!!
O mundo globalizado necessita que se pulverize essa cadeia para diversos países para não se ficar à mercê dos monopólios!
Os países que detém a tecnologia e os equipamentos de produção usam a mão de obra barata (e isso não é de hoje) desses países asiáticos, (que foram chamados de Tigres) fazendo "linhas de montagem" de máquinas industriais.
Esses países ricos (e no caso temos os Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha, Japão e outros) que são os controladores e ganham com esse sistema os dividendos dessa mesma produção (que chamam de royalties) incentivando essa rede enviando suas máquinas para os países de pouca tecnologia. (esses países são identificados como de 3º mundo (por exemplo Brasil) e os de 2º mundo são os socialistas, onde se encaixa a China)
Esse uso da comercialização de produtos de baixo valor só compensa em demandas altas e é isso que fazem esses países que produzem para as potências de 1º mundo, que detém as grandes reservas de capital financeiro. Eles ditam o jogo para onde o dinheiro precisa ir nos grandes mercados das bolsas de valores mundiais, do tipo quem dá mais!
Devem estar pensando que essas economias que detêm alta tecnologia são aproveitadores dessa situação, e realmente são.
Mas se pararmos para analisar todo fluxo migratório de pessoas que saem de seus países para viver em outro por melhores condições não descartem o Brasil que também tem seus aproveitadores e que detêm os equipamentos de costura e a produção de calçados com a mão de obra barata dos fronteiriços bolivianos (e outros).
Isso que precisa ser construído como “nova” economia, (o vírus deu-nos essa reflexão, não um economista) para melhor distribuição de renda para toda essa cadeia produtiva.
Os chineses entenderam esse jogo há muito tempo e se adaptaram a essa globalização e hoje “distribuem as cartas na mesa”, mesmo blefando as vezes!
Quer queiram ou não, nós sempre temos em mãos um produto chinês e que nos vangloriamos de ter pago “bem baratinho” lá na 25 de Março, em São Paulo!!!
Às vezes pensamos que estamos enganando, mas estamos sendo enganados, e no caso o feitiço virou contra o feiticeiro!!!

quinta-feira, 9 de abril de 2020

“Zé da Farmácia” de Santo Amaro/SP: José de Oliveira Almeida Diniz

Santo Amaro e seu ilustre farmacêutico e vereador


José de Oliveira Almeida Diniz, em Santo Amaro era popularmente conhecido como "Zé da Farmácia". Nascido em Campinas a 7 de abril de 1909, era filho de João Batista de Oliveira Almeida Diniz e de Elizabeth Radamonte Diniz, fazendo parte de família numerosa com mais nove irmãos:
Maria Aparecida, João Batista, Luiz Gonzaga, Paulo, Oswaldo, Olga, Priscilo, Geraldo, conhecido em Santo Amaro por Pracinha, e Zuleika.


A família mudou-se mais tarde para Casa Branca, também interior de São Paulo.
José Diniz na segunda metade da década de 1920, veio para o município de Santo Amaro e começou a trabalhar na “Pharmacia Martins”, situada à Rua Capitão Thiago Luz, Nº 97, do farmacêutico Arthur Franco Martins.

Aos poucos convivendo no meio farmacêutico adquiriu sua própria farmácia situada na Alameda Santo Amaro, nº 238. Efetivou-se mais tarde em novo ponto comercial com a Farmácia São José Ltda, situada á Rua Capitão Tiago Luz, Nº 54. A farmácia ficou sob a responsabilidade técnica da senhora Germana Luz Machado Cataldo.


Foi vereador em primeira legislatura em 1948, exercendo seu mandato até o ano de 1951.
Nos anos de 1948, 1949, 1950 e 1951, foi membro da Comissão de Obras da Câmara.  
Tornou-se subprefeito de Santo Amaro, tendo assumido o cargo em 09 de outubro de 1956. Em 1954, foi membro da Comissão de Assuntos Ligados ao Servidor Público. Em 1958, foi presidente da Comissão de Educação e Cultura. Em 1964, foi vice-presidente da Comissão de Higiene. Em 1965 foi membro da Comissão de Finanças e Orçamento. Em 1966 foi membro da Comissão de Finanças e Orçamento e da Comissão de Utilidade Pública.


Secretariou o município de São Paulo e presidiu várias comissões parlamentares sempre voltado à saúde e na comissão de obras e urbanismo, foi responsável por vários projetos de “grupos escolares” na extensa região de Santo Amaro. Conseguiu junto a câmara municipal subvenção de $ 100 mil cruzeiros (moeda da época) para erigir o monumento a Paulo Eiró. Sempre voltado aos interesses sociais e voltado a saúde estava ligado a Sociedade São Vicente de Paulo e a Santa Casa de Santo Amaro, sendo que politicamente interferiu para a construção de nova ala da maternidade.


Em 1952 Zé da Farmácia, juntamente com seu irmão Geraldo de Oliveira Almeida Diniz, o “Pracinha”, Henrique Schunck, Américo Simonini e outros fundaram a Associação dos Romeiros Santamarenses do Senhor do Bom Jesus de Pirapora que desde então abrilhanta juntamente com os Cavaleiros do Senhor Bom Jesus de Pirapora, fundada em 1920, por Cenerino Branco de Araújo,  os meses de abril e maio com saídas de grande beleza em Santo Amaro, São Paulo.


José Oliveira Almeida Diniz, Henrique Schunck e Américo Simonini


Homenagem em 2011 a Geraldo de Oliveira Almeida Diniz, “Pracinha”, fundador em 1952, junto com seu irmão, Zé da Farmácia

Na eleição de 1972 foi eleito com 30.431 votos, uma boa margem na ocasião,
eleito por Santo Amaro, mas veio a falecer em 05 de janeiro de 1973 sem assumir seu mandato, tomando posse do cargo o suplente José Storopolli.

Em 1974 foi apresentado projeto ao executivo
para alterar o nome de um trecho da antiga Avenida Rodrigues Alves, que saia da região do Ibirapuera e terminando na rua Adolfo Pinheiro em Santo Amaro para Avenida Vereador José Diniz, hoje faz parte do sistema viário de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo.






Referências:

Revista Interlagos: agosto de 1955
O Estado de São Paulo 06-01-1973
O Estado de São Paulo 21-1-1973
A TRIBUNA (de Santo Amaro) 13-01-1973
A TRIBUNA (de Santo Amaro) 30-09-1950
Jornal do Brooklin 1974 -20 a 26 de abril (nomeação Avenida José Diniz)
Recorte de matéria sobre “Zé da Farmácia” do pesquisador Roberto Pavanelli

sexta-feira, 3 de abril de 2020

O “modus operandi” do Estado-Nação e seus recônditos porões


Quem manda e que desmanda no poder?

PODER POR TRÁS DO TRONO

O "poder por trás do trono " refere-se a uma pessoa ou grupo de pessoas que “informalmente” exerce o real poder no alto escalão, sobre o chefe de Estado. Na política, refere-se as interferências vindas de um parente, assessor, ou um subordinado que exerce influência direta nos assuntos de governo.

EMINÊNCIA PARDA

Essa pessoa que possui poder de interferir nas questões de Estado, sem ter participação por direito nas decisões do Estado é denominada “Eminência Parda”, ou seja, um articulador poderoso que decide e aconselha, operando "nos bastidores" influenciando quem deveria governar de fato. Pode estar próximo do chefe de Estado ou agindo nos bastidores.

FIGURA DE PROA

O Chefe de Estado quem tem o direito de governar de fato, é impedido por influências de uma máquina administrativa tornando-se um símbolo decorativo, uma “figura de proa”, que é aquela pessoa que tem “de jure”, que foi colocada no posto como Chefe de Estado "de acordo com a lei", "por direito", e "legalmente", um título importante de uma Nação, mas de facto, ou seja, as coisas que realmente são na realidade, é que ele exerce pouco poder de ação, as decisões partem de um sistema, uma máquina administrativa que comanda o modo de operação (modus operandi) da Nação.

Essa metáfora deriva das “carrancas” esculpida na proa de embarcações-imagem da wikipedia