terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ESTRUTURALISMO SOCIAL E O ESPORTE

ESTRUTURALISMO SOCIAL E O ESPORTE

A estrutura comunitária não possui um dono, embora o poder queira estender seus interesses e se apoderar de seus “segredos”. Vamos citar um exemplo: em São Paulo, em bairros periféricos foram idealizados na década de 70 aproximadamente 250 campos de futebol em todo o município, que foram denominados Centros Desportivos Municipais, CDMs. Na época não eram áreas nobres de interesse imobiliário e do plano diretor da cidade. A mesma cresceu, expandindo suas garras a estes locais antes esquecidos, sufocando estas áreas de lazer, único reduto de atividades lúdicas de periferia. Agora, submetem estas áreas ao interesses burgueses implantando a higienização da cidade, como o acontecido na Cidade Jardim, atualmente área nobilíssima, acabando com o “Clube do Mé” para reverter benefícios particulares mudando o nome para “Parque do Povo”, subtraindo os campos de futebol onde se mantinham comunidades independentes desde 1948.

As comunidades não querem os “cercamentos” modelares ingleses, que adquirem áreas próximas destes locais, os mais caros por metro quadrado do país. Deles só queremos o esporte bretão, o futebol, disto vive as comunidades, um mínimo necessário de subsistência, sem interferência política de subprefeituras com implantação de sistemas de gabinete da secretaria municipal de esporte, financiado por meia dúzia de troféus para festivais em tempo de campanha política com faixas em alambrados com nome de candidato que submeteram nossos avós, depois nossos pais, e em pleno século 21 nos mesmos moldes do passado, querem submeter nossos filhos e no futuro nossos netos. Acorda povo, contra os corruptos e os corruptíveis, que nos oferecem as migalhas das riquezas que subvertem a dignidade humana.

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