UMA VERDADEIRA MENTIRA MUITO BEM CONTADA
Tudo que se passa na história do Brasil faz parte do real cotidiano dos que se encontram para dialogar sobre futebol, carnaval, praias. Essas coisas são o que realmente possuem grande valor das necessidades nacionais, aquilo que realmente é causa transformadora da realidade da identidade nacional!
_Bom dia, hoje é Dia da Mentira!!!
_Não hoje não é o Dia da Mentira, é o dia em que o ano está morrendo, Dia da Paz Mundial! O Dia da Mentira é 22 de abril.
_Ei, espera um pouco, lembrei-me que o dia da mentira é 1º de abril e não 22 de abril, acho que o engano agora é seu. Também tem o dia 21 é o dia de Feriado Nacional, ñão sei do que se trata, mas é dia de fugir para a praia!
_Verdade você esta certo, mas como tem tanta mentira na história do Brasil, pensei que você tivesse pensado nessa mentira do descobrimento do Brasil, aliás para mim seria melhor deixá-lo coberto e não o ter achado, pois foi isso que aconteceu, pois você somente procura algo que você sabe que existe e era isso que falava a aliança do papa espanhol com os portugueses, as duas nações eram uma coisa só.
Depois de descoberto os de Cabral foram embora para as índias ode o primeiro escritor da terra, que foi batizado de um monte de nome, morreu na Índias.
Depois vieram exploração com o comandante, amigo do rei, Martim Afonso de Souza, isso mesmo, “exploração” e até hoje não parou. Era o ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1530, pra quem “achou” alguma coisa, demorou somente 30 anos para um interesse no achado, tiveram umas pequenas explorações nesse meio, mas só para uma olhadela pra ver se o que descobriram não tinha interesse do alheio.
A igreja mandou um emissário juntamente com a Esquadra do Achamento, Américo Vespúcio, pois os da família italiana dos Médici tinham aplicado investimentos altos e logicamente participariam do lucro dos achados, naquele momento era muito mais lucrativo aplicar esforços nas Índias, que o retorno era imediato, mas sempre é bom se assegurar de outros meios, afinal aqui tinha o pau da tinta vermelha apreciado para tinturas.
Os produtos das Índias eram mais rendosos e para temperar os alimentos e dar sabores aos mesmos e o açúcar era ainda um produto de luxo. Deste modo começou-se, mais à frente, uma lavoura insipiente para abocanhar um comércio que seria o responsável de tantos crimes no Brasil, de índios e africanos usados pelos interesses do poder.
Os índios resistentes a esses interesses foram exterminados. Além disso, as ordenanças tratavam-os como atrasados, preguiçosos, vagabundos, pois não aceitaram a chibata; evidentemente, pois sempre viveram livres nas matas que eram posses de todos não queriam participar do modelo europeu, de posse de um só rei.
Os primeiros contingentes enviados para administrar a terra eram soldados que levaram as bandeiras da Coroa para roubar os vizinhos de Espanha, sem respeito pelo tratado de 1494, pois os espanhóis tinham descoberto muita prata nas terras dos incas.
Deste momento em diante começa a ser construído um consciente coletivo, um mito nacional: os bandeirantes lutando pela unidade nacional! Cometeram atrocidades que hoje seriam considerados crimes contra a humanidade, crime de guerra que Haia consideraria “crime sem defesa” e Nuremberg daria o veredito de atrocidade com enforcamento dos responsáveis no comando.
Em trezentos anos nunca houve realmente um “plano diretor” para a Colônia, denominada de Quinto dos Infernos, no singular, pois era parte do ouro que chegava da metrópole para os cofres portugueses e que ajudou a reconstruir Lisboa através de seu Ministro Pombal em 1755, após o terremoto que assolou a região, ouro este que causou cobiça de muitos aventureiros pelo vil metal e que dos portos da Europa afluíram em desvairada corrida do ouro, nas serras e em bateias dos rios.
Nessa “leva” vieram alguns artistas do barroco, arte perpetuada no Brasil, para dar causa aos interesses de posse do poder do Estado e também da Igreja, que controlaria esse deslocamento através da fé, dos castigos merecidos, um controle dos ímpetos sociais. Neste local vai também aparecer insurgentes que a história irá descrever como um momento libertário, mas infelizmente saído dos quartéis, como todo o momento da história do Brasil, dito revolucionário aconteceu. Sobrou, as conseqüências, para um alferes, Joaquim Jose da Silva Xavier, um soldado do poder português, que foi responsável pelo Feriado Nacional do dia 21 de abril. Fizeram-no mártir, esquartejando-o em praça pública ordenado pela rainha “louca” Maria I, como insubordinação e os demais, letrados, ganharam degredo nas terras de Portugal, no continente de África e lá fizeram família e fortuna.
Apareceu, neste tempo, uma nova mentalidade na Europa que estremeceu as coroas governantes, foi considerada como Revolução. Falava-se na França de liberdade, igualdade e fraternidade. Napoleão abalava as estruturas dos reinos e enfrentava os domínios dos impérios, a maioria controlada por Inglaterra e países Ibéricos. Assim Portugal vê-se ameaçado, fazendo o ainda regente de Portugal, João, que se tornou o 6º rei de Portugal, em 1816, coroado ainda na estadia na Colônia, com o apoio da Inglaterra, aliás onde existisse uma nau portuguesa havia um “chupim” inglês, para dominação a posteriori, que financiado a preço do ouro do Brasil, houve por bem formar a comitiva de fuga concretizada em final de 1807, viagem que durou 54 dias.
Chegando ao Rio de Janeiro, de imediato assinaram o decreto abrindo os portos às nações amigas, que era somente a Inglaterra. Napoleão foi o grande incentivador, indiretamente, dos benefícios alcançados pelo Brasil que passou a ser parte integrante do Reino Unido Português tornando-se assim parte da história moderna de então.
A vinda para a Colônia foi recebida com muita pompa e beija mão, as melhores residências foram usurpadas para acomodar a comitiva, e diga-se que não eram muitas. Fala-se até que muitos queriam fugir de volta e enfrentarem o exército Napoleão, seria melhor do que no Brasil permanecer, mas isso são conjecturas. Mas como “tudo permanecia como dantes na terra de Abrantes” resolveram ficar, foi o primeiro “dia do fico”, pois houve um segundo que foi proclamado pelo filho do fujão, o pretendente Pedro de Alcântara, que o pai mais tarde mandou lançar mão da coroa antes que algum aventureiro o fizesse, prevendo o continuísmo reinante da família. O rei para não perder as mordomias do vasto império em 1821 voltou para Portugal forçado pela junta militar que foi instituída a partir da Cidade do Porto, o mesmo que deu o nome a terra PORTOCALE.
Começa um novo ciclo para o imaginário que a historiografia insiste em transmitir após a dependente independência: o primeiro herói nacional foi Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, Pedro I, embora português, amava a terra “em que se plantando tudo dá”. Começou alguns poderes assumir cargos de confiança do imperador do Brasil independente, uma contradição que mesmo o Libertador Simon Bolívar queria distância sem as influencias do império na libertação das colônias espanholas. Esse nosso rei, o imperador, ou o que hoje se proclamaria ditador, abdicou em nome do filho e voltou para a Ilha Terceira, onde se armou para tirar o trono português das mãos do seu irmão Miguel para entronizar sua filha, que se tornaria a rainha Maria da Glória, que presidiu a coroa como fantoche do pai e quem realmente tomava as decisões.
Todas as revoltas populares deste tempo foram sufocadas s e seus lideres expostos em praça pública! Onde já se viu insurgir com um governo BOM e independente, livre das correntes da escravidão!
Outra mancha da liberdade foi a escravidão onde os juristas de então davam liberdade ao sexagenário, aquele que depois de velho não servia mais para o engenho e para o cabo da enxada; ou a Lei do Ventre Livre, onde o recém nascido era livre quando nascesse, como se pudesse sair pelo mundo de fraldas, se é que tivesse direito a elas. Assim permanecia a rondar a senzala onde a mãe vivia. Hipocrisia não faltou, mesmo com a expansão das indústrias manufaturados da Inglaterra exigindo a liberdade para os escravos, não por serem humanitários, mas porque precisariam de consumidores para seus tecidos de algodão e terras para plantá-los.
Depois forçados pela mesma Inglaterra o Brasil se aliou a Argentina e Uruguai para enfrentar o todo poderoso exército paraguaio, que ousou construir uma siderurgia sem consentimento da Inglaterra e com financiamento do seu arqui-rival, a Alemanha. Mesmo lutando contra uma tríplice aliança afugentou o comando das forças armadas do Império na Retirada da Laguna. O Brasil levou para os campos de batalha "homens brancos livres", mestiços, que criavam confusões nos centros urbanos e chamados de vadios, além de escravos, que em troca ganhariam alforria e se sujeitavam a guerra e a morte na batalha, e índios submissos dirigido por altos brados de “quem for brasileiro sigam-me”. Assim nascia o dia do soldado, em 25 de agosto, em homenagem ao Duque de Caxias. Além disso, houve a batalha do Riachuelo financiado por apoio inglês onde seus comandante eram desta origem, um mito de força com apoio alheio e que perdura em aquisições internacionais, gozamos com coisa que não nos pertence!...
Não se esta aqui enxovalhando as armas e sim demonstrar que os combatentes, os homens simples, catados a laço e involuntariamente e que tornaram voluntários daquilo que era interesses externos das potências, nunca foram lembrados. Sem contar que as forças militares de terra comandas por conde D’Eu, genro do imperador Dom Pedro II, casado com Isabel, que passou à história como Redentora, (do quê?) não poupou com a cavalaria crianças e mulheres postados em seu caminho.
Muitos títulos foram vendidos pela coroa, muitas terras distribuídas que hoje são parte integrante dos grandes latifúndios maiores ate que muitos países da Europa, perdendo-se, deste modo, uma das maiores oportunidades para a reforma agrária!
Depois disso tudo sentiram a necessidade de colonizar o país, não porque queriam um plano ou modelo de gerenciamento, mas porque as terras devolutas pertenciam aos que dela tomasse posse. Houve por enviar os primeiros colonos para o sul, armá-los como defesa a favor do insipiente exercito brasileiro. Por vezes pensa-se se já não era um modelo de militarização do sul!
Grandes levas se somaram aos primeiros colonos e vieram para assumir um novo mercado consumidor de um produto onde a bolsa de café internacional que era novamente controlada pela Velha Senhora, a Inglaterra.
O imperador que governou o Brasil por quase seis décadas, Pedro II, era um homem alquebrado pelo tempo, manipulado por oligarquias que lhe bajulavam de dia e conspiravam de noite!
Assim nascia a res-pública, ou seja, as coisa públicas, embora de poucos, depois de libertar todos os cativos, que ganharam a liberdade física do corpo, mas que foram lançados nas estradas com a roupa do corpo, sem diretos a posse, coisa já bem delineada anteriormente com a Lei da Terra de 1850, onde teriam direito a mesma quem a adquirisse por compra, impossível ao escravo que não possuía mínimo salário.
Tudo isso foi previamente estudado pelo poder e os satelites em sua volta, nada acontecido que não saísse de um gabinete. Após pouco mais de um ano da “lei áurea”, que do brilho do ouro só houve as indenizações aos "heróis nacionais", senhores de engenho, pagos pelos cofres públicos pela posse de sua mão de obra escrava que fora adquirida anteriormente por estes coronéis dos negreiros contrabandistas e que inclusive foi incinerada toda documentação pelo digníssimo senhor Rui Barbosa, então da pasta fazendária, que alegava proteger o Estado contra indenizações posteriores, mas queimou a historiografia das atrocidades deste tempo obscuro da história do Brasil.
Em 1889, veio a república saída dos quartéis remanescentes das insurretas divisões daqueles que lutaram na Guerra do Paraguai, e formaram juntamente o trino interesse no cone sul.
Deste modo foi transmitida esta VERDADE histórica do Brasil até a presente data, desde o Descobrimento. Depois da Colônia, seguido da (in)dependência, chegou-se a república, lembrando que dia 1º temos mais posse presidencial do Brasil, que presidirá o “interesse nacional” de “todos” os “brasilianos”.
Não é dia da mentira, é verdade da cultura brasileira e da história contemporânea!
_Amigo, deixa esta história da “carochinha”[1] pra lá, vamos jogar futebol e tomar cerveja e fazer churrasco, minha mulher Maria, é “louca” por praia e amanhã será feriado e vai ser um carnaval!
[1] Diminutivo de carocha, história sem fundamento, inutilidades, histórias infantis, fantasias.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
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