quarta-feira, 1 de abril de 2015

Todo poder aos sovietes: governar um país como se governa um sindicato?

UM ESTADO MENDIGO E A ELITE DENTRO DOS PARTIDOS POLÍTICOS

A militância partidária infiltra-se nos mais modestos grupos de reivindicação populares, desligados de quaisquer partidos políticos ou centrais sindicais e desta forma assumem os conselhos que já são realidade, por exemplo, em unidades básicas de saúde e conselhos tutelares para deles tirarem algum proveito próprio dirigidos pelos interesses do partido que regem as diretrizes do poder estatal, mascarando as intenções das necessidades básicas requeridas nas as aparências de externas de ser um direcionamento de interesse popular.

As reivindicações destes conselhos, que vem de longa data, são pautadas com os interesses dos correligionários que compõe a mesa de determinada ação popular e ditam as normas dirigindo a assembléia para os interesses de determinado grupo. Quando há a votação de orçamento participativo para algum projeto que possa ser favorável a grande parcela da população “alguém” mancomunado com a mesa que “dirige os trabalhos” desvia os interesses fomentando como prioridade algo que beneficiam bem poucos.

Tudo já esta delineado nas bases do poder para escolher o que de melhor beneficia o partido como um todo, onde o diretório dita qual o modelo a seguir, obrigando a massa a entrar no “brete da manada” a ser marcada a ferro e fogo e ali permanecer obedecendo a ditames estatutários obsoletos de uma história passada e mal sucedida, dos currais eleitorais de um coronelismo ultrapassado.

Muitas vezes em escolhas de direção, mesmo no baixo escalão, os meios justificam os fins de interesse daqueles que querem usufruir de algum benefício e aglutinam-se em pontos estratégicos para “votar” em nome de causa própria e contratam os meios de transporte para alguém ligado aos interesses partidários assumirem “em nome do povo” determinada entidade ou repartição que dê alguma visibilidade social e manejam a mesma ao bel prazer do partido. Ônibus e vans chegam às repartições de votação lotadas de incautos que trocam seu voto participativo por algumas migalhas que se resumem a um sanduiche e um copo de suco. Depois de eleitos nesses nichos fazem e desfazem como bem lhes importa o partido que tem como finalidade arregimentar pessoas pela causa do partido, jamais pelas melhorias sociais.

Governam uma Nação como se governa associações de todos os tipos, e quando são contrariados usam da truculência para ditar os padrões de interesse de determinado grupo.

Nunca estão interessados nas causas populares, quando muito, fornecem as bases mínimas de aptidões na estrutura educacional ditada pelas normas do populismo e fomentando sempre o totalitarismo do Estado Forte com os ditames de policiamento constante, fazendo-se temer em todas as esferas provendo a vigilância plena.

Todos aqueles que governam estão nas classes dominantes são burgueses tal igual aqueles que eles chamam de burgueses, ou alguém conhece dentro da estrutura de comando estatal.  
Alguém que ocupa cargo governamental por ventura vive em comunidades pobres, ou possui os filhos em escolas públicas, ou vivem com salário miserável. Nenhum destes que regem o modelo de governo que a Nação esta por alguma ideologia política, ou de esquerda ou de direita, ou outra ideologia que por ventura se cogite vive a mercê de parcos recursos, logo são todos financiados pelo erário público!
Muito que estão reivindicando um pedaço de terra para dela tirar seu sustento e tem todo o apoio, pois merecem viver dignamente. Mas aqueles “burgueses do alto escalão” que usam os “sem terra” como massa de manobra criando um modelo de ação predatória devem saber que as ações que promovem somente criam a instabilidade que eles mesmo promovem para deste modo assumir o poder com o modelo que interessam unicamente a eles partidários de desestabilizar para governar.

Estes que estão no ápice da pirâmide do partido vivem muito bem, assumindo o discurso em frente aos meios de comunicação e se vestem conforme o traje necessário para o momento adequado são sim a elite burguesa do partido. Apresentam em rede televisiva as mulheres e crianças clamando por um pedaço de chão e com toda a violência gerada por infiltradores, demonstram que existe a covardia de agressão para que e ordem seja estabelecida. Muitos não se alinham mais com a pseudo-esquerda foram traídos em seus ideais e não acreditam mais e jamais em reformas justas que levem ao crescimento de toda a Nação. Comem o bolo do lucro entre eles e riem as gargalhadas do povo faminto, não só de comida, mas de uma justiça social plena.

Capitalizam os lucros e socializam as perdas, essa sim a realidade nacional, e a população fica pasmada em ver a distribuição de “cestas misérias”, enquanto deveriam ter a dignidade de possuir trabalho e rendo a adquirir suas próprias necessidades. Estão criando uma Nação de mendigos, pedintes de chapéu na mão, inclusive o próprio Estado não consegue gerar suas próprias necessidades.

Aos jovens resta o desalento de possuir uma formação sem muitas perspectivas, pois o que lhe oferecem como estrutura educacional é um mínimo de capacitação necessária, sendo que deste modo criam-se quase párias estudantis que irão engrossar o inconsciente coletivo.

Querem esses espertalhões do Estado os conselhos populares decisórios, assumindo assim aquilo que a democracia rege pelo sufrágio, querem as rédeas do país para não precisar dar satisfação de seus atos futuros. O Congresso perderia sua função ou seria um arremedo de Congresso para positivar o que os conselhos comunitários arbitrassem com a interferência do partido totalitário.

Querem mudar as regras do jogo, no meio do jogo, querem suprimir os direitos constitucionais com um decreto de gabinete.

Um conselho deve ser dado aos espertalhões usurpadores do poder: Deixem a res-pública viver sua vida, não atrapalhem o caminho do país, pois todo e quaisquer governantes são transitórios sempre.

Vide: decreto presidencial 8.243/2014

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