quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O BRASIL E O CONTROLE DA EDUCAÇÃO

COMO A POLÍTICA CONTROLA AS COMUNIDADES

Quem acreditar que a burguesia é estúpida tem um olhar distorcido de sua capacidade em manter seu controle com uma genialidade em construir “máquinas de poder”. Reforçam e modificam os dispositivos de controle, sempre móvel, mobilizante, em movimento constante, nunca inerte. O poder da burguesia se reproduz, não por conservação, mas por transformações sucessivas. Usam as próprias estruturas das instituições para controle através de lideranças em comunidades com a vigilância e enquadramento por setores de obediência.

O que indigna no sistema do estruturalismo do poder é a capacidade que possuem de lançar uns contra os outros e manter a perspicácia de serem os detentores da ordem usando recursos repressivos que dispõe, apaziguando o que eles mesmos instituíram. O que é mais impressionante nesta relação é que eles conseguem redimir o Estado agressor que se torna vítima, cumpridores do dever e a serviço da ordem pública.
“Para tornar feliz a sociedade e manter as pessoas acomodadas sob as circunstâncias mais dificultosas, é necessário que um grande número delas sejam, além de pobres, ignorantes” (WILLIANS, Raymond. O Campo e a Cidade: na história e na literatura. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.)

SISTEMA EDUCACIONAL

O Brasil esta promovendo o “Plano de Desenvolvimento da Educação” (PDE), que já foi apresentado a grandes bancos e empresas. Este projeto estabelece um sistema de metas a ser alcançada com avaliações e cobranças de resultados nas escolas de todo país. O ministério da Educação terá que se adequar às exigências determinadas, se quiser acompanhar outros países. Grandes dificuldades políticas e administrativas devem ser equacionadas pelas comissões como o “Grupo de Institutos, Fundações e Empresas” (GIFE), que deverá conhecer as propostas para formar um pacto entre as partes de governo e de empresas para priorizar a política de estado, no caso o da educação.

Observando o exposto acima que teve divulgação no jornal O Estado de São Paulo, de 18 de abril de 2007, (portanto há 3 anos) observa-se que há uma preocupação com a produção do país, estagnada por quase três décadas, com uma estrutura obsoleta onde o povo não participa do decisório, restringindo-se a política de governo e política econômica. Jamais em momento algum há citação da política social e seus reflexos pela desqualificação técnica apregoada e que é usada no campo do trabalho, reflexo do sucateamento da educação. Querem solucionar, novamente sem a participação popular e em desespero de causa pelo atraso tecnológico.

Fica registrado conselho sábio dos antigos, que o alicerce deve ser o mais resistente para sustentar a casa. O Brasil não possui a base do alicerce, a educação!

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