...o repicar divino
O primeiro uso eclesiástico dos sinos foi anunciar a hora dos serviços religiosos. Tal sinal deve ter sido uma necessidade, especialmente em comunidades religiosas que se reuniam muitas vezes ao dia para cantar louvores divinos.
Entre os cenobitas egípcios, lemos que uma trombeta era usada para esse propósito; entre os gregos, uma tábua de madeira ou folha de metal era batida com um martelo; no Ocidente, o uso de sinos acabou prevalecendo.
A tradição medievais demonstra que, onde havia muitos sinos, sinos diferentes eram usados para diferentes propósitos. Mesmo em igrejas paroquiais comuns, era costume tocar não apenas para a Missa, mas também antes das Matinas e Vésperas, enquanto as diferenças na maneira de tocar e no número de sinos empregados indicavam o grau da festa, a natureza do serviço, o fato de que um sermão seria pregado e muitos outros detalhes.
O costume de fazer tal anúncio pelo sino ainda sobrevive em algumas localidades.
Alguns versos são citados na glosa do "Corpus Juris", e frequentemente encontrados em inscrições, descrevem as principais funções de um sino (cf. Longfellow, A Lenda Áurea):
Laudo Deum verum plebem voco congrego clerum
Defunctos ploro, nimbum fugo, festa decoro.
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