Profissionais do ramo da engenharia civil transportaram o Monumento do Jardim América para a Capela do Socorro, na Represa de Guarapiranga, em São Paulo, que reverencia os aviadores que atravessaram o Atlântico, em reide de 1927, numa época em que pouco havia de instrumentação, em um “vôo cego”, fizeram o épico para a união da relação dos povos continentais, Europa e América e que foi imortalizado pela obra de Ottone Zorlini.
Embora se louve o trabalho destes profissionais, sendo formado no ramo industrial e tendo trabalhado em grandes construções de metalurgia como nos maiores fornos de forjaria e tratamento térmico da América Latina, e nas máquinas de estocagem e carregamento da maior empresa mineradora do mundo, tendo experiência profissional no setor de engenharia[1], não tão apurada quanto aos citados profissionais que entendem sem sombra de dúvidas, de logística de transporte, mas sem um projeto de seqüência de just-in-time, onde cada peça deveria ter manipulação adequada com a importância de seu idealizador, deveria respeitar uma meta seqüencial. Parece que tendo um cronograma a respeitar e não um organograma, tudo deve que estar em algum lugar em um tempo que respeite unicamente uma meta de engenharia civil. Não citemos que seria necessário remeter aos profissionais do setor arqueológico pela importância do fuste romano e o capitel compósito, que parece que não será recuperado, nem a um historiador renomado para acompanhamento do tempo e espaço, mas um estudioso no campo de restauro histórico seria “mister” conveniente respeitar.
Enfim a obra de quarenta e quatro peças não tem dentro de seu contexto histórico acompanhamento técnico suficiente para a importância da obra, não há seqüência lógica, embora todo respeito tenhamos pelos profissionais envolvidos, até os responsáveis das instituições de preservação calam-se, por interferência da condição do poder que produz documento e a só cabendo citações de interesses do vencedor ao preço de R$ 394.992,77. Embora calem as vozes dos vencidos as pedras falarão para a posteridade, pois tudo que emana da política tem efemeridade.
Se cometo algum deslize, provem pelo interesse da historiografia!
[1] “Louvar-se a si próprio é deplorável” - Dante
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