De quem é a competência a preservação do patrimônio histórico?
Nestes últimos 10
dias passados desloquei-me para Itanhaém, uma cidade paulista histórica, que
deveria estar conservada para atrair turistas, não somente nas praias, mas para
recolher informações preciosas dessa base de apoio do Achamento do Brasil.
A coisa parece que não é bem assim, ninguém se interessa por história, só os malucos como este missivista, e se quiser saber algo não recorra a ninguém da cidade, os jovens que são colocados nessas repartições pouco sabem da história local, e quando você fala algo teoricamente fora do comum, para eles, soa em seus ouvidos, um modelo de história apresentada que eles nunca ouviram falar, infelizmente.
O Convento Nossa Sra. Conceição Itanhaém, que possui um acervo barroco relativamente de interesse está fechado, penso quase meia dúzia de anos, corre o risco de “tombamento” na acepção da palavra, colocaram tapumes para evitar o acesso ao local.
A Igreja Matriz de Sant’ Anna causa dó em ver o assoalho carcomido pelo tempo e cupins, com uma santa em oração a implorar por ajuda. Perguntei ao cicerone o que estava sendo providenciado pelos órgãos competentes de recuperação do patrimônio histórico, ele deu uma risadinha, como a dizer: não tem nada sendo providenciado! A sua frente há um Anchieta meio desconsolado, como a fugir desse descaso.
Na praça Benedito Calixto, tem uma herma de Martim Afonso de Sousa, que conheço há muito. Estática, parada no tempo, como a olhar o horizonte e não enxergar nenhum. Parece aqueles guardiões locais como sentinelas londrinas de plantão que parece que pouco tem de valor em proteger, para se manter ali de prontidão eterna.
Enfim decepciona-se quem vive a respirar história, o museu apresenta obras de bom estilo, mas de artistas contemporâneos.
Não buscamos a informação para reconhecimento por um valor monetário, pois dela não recebemos nada, mas pelo prazer em ter conhecimento histórico.
Nossa história não
interessa aos políticos, porque eles não a conhecem e porque eles não acham que
é investimento, mas sim custo, então trancam tudo, esconde a história da cidade!
Fotos do descaso:
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