quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Baby Pignatari na Bahia antes da Caraíba Metais

BABY JÁ NÃO É MAIS PLAYBOY

A revista O Cruzeiro traçava em sua edição de 28 de março de 1959, número 24, ano 31, em texto de Arlindo Silva e fotos de Jorge Audi, que “BABY JÁ NÃO É MAIS PLAYBOY”, porque havia se encontrado com a miss Bahia 1958, uma bela moça de 18 anos de olhos negros e gestos discretos, Ana Maria Carvalho.

Ele era um apaixonado pelo carnaval e com alguns amigos seguiu para Salvador, desfilando em carro aberto pela Rua Chile, atiravam serpentina nos transeuntes. Deram-se conta de uma moça cunhada de Newton Faria, amigo de Baby, que participava da carreata. Os dias se seguiram e Baby foi barrado no Clube Baiano de Tênis, quando acompanhado por Newton Faria, sua esposa Yara e sua cunhada Aninha. Baby foi apresentado por Newton, sócio do clube, informando que havia intercâmbio com o Clube Paulistano, onde Baby freqüentava em São Paulo. Não houve argumento para persuadir a entrada do convidado. Baby, mesmo tendo apoio da nata baiana para ser aceito como participante do evento, sentindo-se “desfeiteado”, retirou-se.
Depois deste incidente que causou pequeno mal estar, o milionário paulista foi convidado a participar de famosa feira de gado de Feira de Santana, pelo então prefeito local Sr Heráclito Dias Carvalho, industrial, fazendeiro, exportador de fumo, uma das grandes fortunas da Bahia e...pai de Ana Maria Carvalho, miss Bahia 1958!

Baby Pignatari, com seu tino industrial quiçá interessado em fincar raízes sólidas no estado, e que o fez mais tarde através da Caraíba Metais, prevendo implantação de um complexo de exploração de mina de cobre, se aproximava deste modo, aos mais influentes personalidades políticas sendo acompanhado naquele instante pelo então vereador Carlos Mascarenhas.
Em Feira de Santana iniciou-se o romance entre Aninha e Baby e o pedido de consentimento para o pai de Ana Maria Carvalho, Sr Heráclito, foi feito pelo seu amigo Raimundo Magalhães, substituindo o industrial paulista, Hermenegildo Martini, vice-presidente das Organizações Pignatari em São Paulo, que era mentor de Baby em sua vida industrial, que adoecerá. As formalidades foram concretizadas, seguindo-se um passeio à Praia de Itapuã.
A revista concluiu: “Baby Pignatari, após dois casamentos frustrados, parecia buscar, através de viagens e romances inconseqüentes, um paliativo para seu recalque de fracassado no amor. Mas como o provérbio diz que “cada santo tem seu dia’, o dia de  Baby Pignatari chegou sem que ele ao menos sonhasse.”

O que aconteceu com este Pierrot, ou Arlequim, e Colombina, do carnaval de 1959?

Foi um love-affair que passou como um relâmpago sem deixar vestígios?

Sem comentários: