quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

RIO GRANDE DE JURUBATUBA, A “ILHA” DO BORORÉ E A REPRESA BILLINGS

Muitos Nomes de Rios Causam Interpretações Errôneas

O Bororé está presente no imaginário de pescadores e acessada por balsas na divisa do município deSão Paulo com São Bernardo do Campo, sendo "outra" realidade da capital paulista.

EXTREMO SUL DE SÃO PAULO: TERMINAL GRAJAÚ/ILHA DO BORORÉ: 6L 11/10

(O transporte coletivo de São Paulo para a ilha de Bororé sai da estação da CPTM Grajaú, que é o terminal de ônibus na zona sul de São Paulo, da cooperativa Cooper-Pam número 6 L 11-10, até a balsa de Taquacetuba, divisa de São Bernardo do Campo)

Muita iconografia deste represamento da Billings e Guarapiranga, hoje pertence à Fundação Energia e Saneamento, com referência de obras, muitas vezes mencionado pela engenharia da Light and Power simplesmente como Rio Grande, material este que foi catalogado e com credito a Guilherme Gaensly.
Este rio também e referido com Rio Jurubatuba[1] e em muita cartografia aparece como Rio Grande de Jurubatuba represado no bairro da Pedreira em Santo Amaro, tornado parte do que se denominou chamar de “Canal de Pinheiros”, responsável pelo retorno do bombeamento das águas do Tietê para a Billings para acionamento de turbinas de geração de energia elétrica.
Estação de flotação para limpeza da água do Rio Pinheiros???

O Rio Jurubatuba, na sua montante separa as cidades de São Paulo e Diadema, permanecendo ainda com tal nome desde a sua nascente até em frente à Avenida Padre José Maria em frente à estação do dos trens da CPTM em Santo Amaro, onde o nome Rio (dos) Pinheiros passou a ser chamado pelos jesuítas, em 1560, por causa da grande quantidade de araucárias ou pinheiros-do-paraná, que cobriam a região.
O Rio Pinheiros ficou com esta denominação com o encontro do Rio Guarapiranga com o Rio Grande de Jurubatuba ou ”Jerivatuba” ou “Jeribatiba”, e ainda pode-se ver uma ou outra araucária ao atravessar a balsa do lado de São Paulo através do acesso pela Avenida Dona Belmira Marin, no bairro do Grajau, para a Estrada de Itaquaquecetuba. Para atravessar a ilha do Borroré, uma área peninsular por estar ligada em um dos lados por terra, pega-se a um ônibus gratuito já na divisa de São Bernardo do Campo, que circula pela Estrada Taquacetuba, de terra misturada com pedriscos. Deste ponto por mais meia hora de coletivo em direção a Estrada do Rio Acima, atravessando-se a 3ª balsa, Balsa João Basso, do reservatório Billings, onde se pode pegar outro coletivo que vai para o Paço de São Bernardo do Campo.
DO GRAJAÚ PARA A PENÍNSULA DO BORORÈ

As balsas não possuem custo de travessia e pode-se usufruir de pequena infra-estrutura de pequenos comerciantes locais que oferecem pratos a base de peixes da região. ESTUÁRIO DE SANTOS: RIO JURUBATUBA INDICADO COM SETA

Há outro Rio Jurubatuba correndo paralelo ao Rio Quilombo e tendo nascente no alto das encostas da Serra do Mar, indo para Santos/SP, desaguando no estuário (porto); tal rio ainda ostenta instalações do complexo de captação de água para o Guarujá/SP; tendo um seu afluente à montante chamado Jurubatuba Mirim, mas que não possui elo com o Rio Grande (de Jurubatuba) do represamento da Billings para a Usina Hidroelétrica de Henry Borden.
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia possui em operação seis usinas hidrelétricas: uma na Baixada Santista, Henry Borden, duas na Região Metropolitana de São Paulo,Traição e Pedreira, duas no Médio Tietê, Rasgão e Porto Góes, e uma no Vale do Paraíba do Sul, Izabel. A potência instalada da empresa totaliza 1.012 Mega Watts. A EMAE controla a travessia das balsas que ligam a região do Grajaú, Bororé, Taquecetuba eRiacho Grande.
No Riacho Grande há o circular Balsa João Basso, Riacho Grande ao Centro de São Bernardo do Campo da Empresa de Transporte Coletivo de São Bernardo do Campo com a operadora Consórcio São Bernardo Transportes - SBCTRANS
Há também na divisa de São Paulo com o estado de Minas Gerais outro Rio Grande[2], mas não possui vinculo com o Rio Grande que se localiza na capital paulista, e que causa uma confusão pela denominação feita pela empreiteira do século 19 ao denominar o Rio Grande de Jurubatuba, simplesmente por Rio Grande. Estes rios são bem distintos e nada tem haver um com o outro.
USINA MARIMBONDO NO RIO GRANDE e DIVISA DOS ESTADOS DE SP e MG
REFERÊNCIAS:

[1] Quanto à origem ou significado da palavra, o historiador Francisco Martins dos Santos expôs ser a denominação Jurubatuba proveniente do tupi, de “Jaruvá, Jerivá ou Jeribâ “, nome de uma palmeira de excelente palmito, e ”tiba” ou “tuba” significando “grande quantidade, abundância, existente em grande número”; onde a língua tupi não tem o som da letra "J" em inicio de palavras sendo portanto “gerivá; com “G”;Mendes de Almeida propõe que o termo deriva da língua tupi originária de “Yérê-Abati-Bae”, em que Yérê significa "volta", já “Abá” significando "muitas" e “Ty” ou “Ti " como “atar, prender", e mais a partícula “Bae” (breve) para formar particípio, em conjunto querendo dizer "atado e de muitas voltas" , típico de muitos rios que possue sua força devido as muitas votas em seu percurso.

A represa Billings localizada na região do Grande ABC, é um importante reservatório de água da Região Metropolitana de São Paulo. A oeste ela faz limite com a Bacia Hidrográfica da Guarapiranga e ao sul com a serra do Mar. Seus principais rios e córregos formadores são o Rio Grande ou Jurubatuba, o Ribeirão Pires, o rio Pequeno, o rio Pedra Branca, o rio Taquacetuba, o ribeirão Bororé, o ribeirão Cocaia, o ribeirão Guacuri, o córrego Grota Funda e o córrego Alvarenga. A represa foi idealizada na década de 1930 pelo engenheiro Billings para armazenar água e gerar energia elétrica para a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão.

[2] No Rio Grande, entre as cidades de Icem em São Paulo e Fronteira em Minas Gerais, está localizada a usina hidrelétrica de Marimbondo, a segunda maior das usinas de FURNAS, com oito unidades geradoras com 180 megawatts cada uma. O reservatório possui uma área de 438 quilômetros quadrados, com um volume total de mais de 6 bilhões de metros cúbicos. A barragem possui 94 metros de altura e mais de 3 quilômetros de extensão.


*Temos, diante dos fatos, questões que podem ser completadas para dirimirem-se dúvidas históricas e geográficas; para isto todos e quaisquer complementos com créditos de pesquisa devem ser inseridos nesta crônica, àqueles que desejarem fazê-lo.










































































1 comentário:

Thaís disse...

Ola Carlos Fatoreli,

Pretendo me mudar para Bororé daqui um ano e meio e peloq ue tenho pesquisado nos sites e neste pequeno blog, a cidade de Bororé é muito interessante e estou encantada.
Gostaria que me mantisse informada sobre a cidade, eventos e etc, através do eu e.mail: siaht.administracao.senac@gmail.com, ou pelo telefone (11)67601947.

Adoraria manter o contato. Obrigada. Thais Nogueira