(ou) "Como Atingir O Ápice De Um Penedo"
Usar uma idéia de outrem como propriedade é delito caracterizado por apropriação indébita. Quando alguém se apodera de algo que não lhe pertence usando como propriedade sua, concretiza-se a propriedade indevida, formando o ilícito, extorsão das regras de relações humanas.
A convivência social de comportamento deve respeitar a ética, virtude da dignidade humana. Na ética incluí-se o respeito para com aqueles que de certo modo idealizaram uma idéia como algo a ser atingido ao longo do tempo e criando uma utilidade através de determinada pesquisa. O conteúdo de uma pesquisa demanda muito trabalho em um foco determinado pelo objeto que se quer estudar, em um espaço geográfico de onde se retira os ingredientes necessários, somados ao tempo despendido de esforço e persistência, por vezes formada de muitas determinantes até atingir o objetivo.
O objeto é o desejo que leva o homem a apoderar-se de algo que não lhe pertence, caracterizando o ilícito e, por conseguinte caracterizando o furto. A natureza humana por vezes é levada ao ímpeto irracional de se apoderar daquilo que é do alheio sem considerações a condição do respeito ao idealizador da idéia. Não se trata de valor econômico de mercado que possa existir sobre o objeto, mas é o respeito ao mérito do pesquisador.
Há logicamente características próprias em cada indivíduo e cada qual possui sua capacitação e carisma e valor a ser respeitado. Há pessoas verbosas, que usam a característica determinante de demarcar território, falam com gestos reverberantes nos locais sociais em alto som. Outros são atentos ao ambiente recolhendo substrato para disto extrair e produzir conteúdo, usando a oratória como argumento das ações concretas. Outros são grandes ouvintes e, eis nestes o grande mérito, usando os “dois” ouvidos ao invés de “uma” boca. São detalhes das relações humanas com seus méritos.
Considerar a alteridade valoriza o meio e as relações por ela criadas. Uma pesquisa muitas vezes não é do agrado, ou aquilo que se quer atingir como resposta, pois “achar” não deve ser uma norma, não se trata de imaginar mitos próprios.
As ações dos movimentos da natureza cumprem seu papel do movimento histórico e este muitas vezes dirige os fatos que não são controlados, mas controladores dos efeitos supostamente imaginados naquele momento contemporâneo, sendo por isto histórico, uma urdidura dos encontros dos fios da trama.
Quem comete violação através da apropriação de uma idéia, apoderando-se do objeto e de quem lhe fornece a informação, ainda que por pouco tempo, anda sempre próximo do idealizador a cata das migalhas da mesa, nunca podendo ultrapassar este limite.
Quando de certa forma recebemos um beneficio de alguém, devemos respeitar e considerar o crédito com citação do nome da pessoa que forneceu material para fomentar a pesquisa e o efeito da mesma como ação concreta. Considerar e respeitar o mérito da pesquisa se faz necessário pela moralidade do conhecimento adquirido. Por vezes o pesquisador retrai-se, não lançando pérolas aos porcos, pois eles não sabem o valor da preciosidade ao usurpar a idéia.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
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