quarta-feira, 1 de julho de 2009

AS TRANSFORMAÇÕES DA EUROPA E DA AMÉRICA DEVERAM-SE AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS.

AS TRANSFORMAÇÕES DA EUROPA E DA AMÉRICA DEVERAM-SE AS GUERRAS NAPOLEÔNICAS.

Depois da queda de Napoleão Bonaparte houve uma reorganização das monarquias européias dando origem à formação da Confederação Alemã. Tal confederação consistia em uma região formada por 38 Estados independentes comprometidos a defenderem a soberania das monarquias dos estados participantes. Dentro desse aglomerado de monarquias, Áustria e Prússia sobressaiam-se como as mais influentes nações da Confederação criada. O Tratado Secreto de Tilsit, 7 de Julho de 1807, entre a França de Napoleão e a Rússia estabelece abolir Dinastia de Bragança da Casa Real Portuguesa. Os representantes da França e de Espanha em Lisboa entregaram ao Príncipe-Regente de Portugal, em 12 de agosto de 1807, as determinações de Napoleão: Portugal teria que aderir ao bloqueio continental, fechar os seus portos à navegação britânica, declarar guerra aos ingleses, sequestrar os seus bens em Portugal e deter todos os cidadãos ingleses residentes no país. O Império português era intimado a dar resposta até ao dia 01 de setembro de 1807.
Dom Rodrigo de Sousa Coutinho defendia que se fizesse resistência a coligação contra a França e a Espanha, aquartelando de prontidão setenta mil homens com verbas custeadas de 40 milhões de cruzados, ou a favor de uma retirada estratégica caso Portugal não tivesse sorte nas armas, então "passasse a família Real para o Brasil".
As tropas francesas comandadas por Jean-Andoche Junot já estavam se aproximando de Lisboa quando D. João e a Corte portuguesa bateram-se em retirada rumo ao Brasil. Uma multidão de lisboetas acompanhou o carregamento da gigantesca carga da família real. Sob o comando de Napoleão Bonaparte, a França empreendia imensa campanha militar de expansão na Europa.
Assim foi colocado em prática com apoio inglês que promoveu a retirada enviando seu comandante Langsdorf para proteger a esquadra portuguesa, que saiu do porto de Lisboa em 29 de novembro de 1807, comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior.
As embarcações chegaram à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e, no dia 22, os habitantes de Salvador já puderam avistar os navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, após os navios estarem fundeados, o conde da Ponte, governador da capitania da Bahia à época, foi a bordo do navio Príncipe Real. No dia seguinte, fizeram o mesmo os membros da Câmara com comitiva real saindo às cinco horas da tarde do dia 24, em uma grande solenidade.A esquadra partiu de Salvador rumo ao Rio de Janeiro, onde chegou no dia 8 de março, desembarcando no cais do Largo do Paço, hoje, Praça XV de Novembro. Trazia entre 10 mil e 15 mil pessoas: fidalgos, funcionários públicos, militares e eclesiásticos, além da Rainha D. Maria I e do Príncipe-Regente D. João, com sua esposa, D. Carlota Joaquina, seus filhos, D. Pedro, então com nove anos de idade, D. Miguel e as cinco Princesas. Na fuga, trouxeram a metade do dinheiro circulante no Reino, algo como 22 milhões de libras, o que é um montante elevado mesmo para padrões atuais. D. Maria I havia sido declarada louca, razão pela qual D. João era o Príncipe-Regente – ele passaria a ser D. João VI após a morte da mãe.
A primeira medida tomada logo após a chegada da corte ao Brasil, foi declarar guerra à França, com a ocupação da Guiana Francesa em 1809, por influência inglesa, atacando também a região da Bacia do Rio da Prata, chamada de Banda Oriental, onde atualmente é o Uruguai, possessão espanhola. Os conflitos se sucederam e os gastos militares absorviam os recursos do Erário. Houve a abertura dos portos às “nações amigas”, a rigor, uma atitude forçada de legalização do imenso contrabando que havia entre a Colônia e a Inglaterra, com a conseqüente arrecadação de impostos. O País deixou de ser vice-reino e passou ser a sede da monarquia luso-brasileira, recebendo em curto espaço de tempo várias melhorias: Jardim Botânico, Biblioteca, tipografia e primeiro jornal, uma companhia de seguros, fábrica de pólvora e a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.
Napoleão Bonaparte foi o general francês que mais obteve sucesso nas guerras da Revolução, tendo conquistado grandes porções da Itália e forçado os austríacos à paz. Em 1799, retornou do Egito e em 9 de Novembro (18 de Brumário) subjugou o governo, substituindo-o pelo seu Consulado, do qual tornou-se o primeiro Cônsul. Em 2 de Dezembro de 1804, depois duma tentativa de assassinato, ele coroou-se imperador. Em 1805, Napoleão planejou invadir a Grã-Bretanha, mas a recém-criada aliança entre britânicos, russos e austríacos, com a Terceira Coalizão forçou-o a direcionar a atenção para o continente, quando ao mesmo tempo ele tinha falhado em desviar a Armada Superior Britânica para longe do Canal da Mancha, ocasionando uma decisiva derrota francesa na batalha de Trafalgar em 21 de Outubro, e colocando um fim em suas esperanças de invadir a Grã-Bretanha. Em 2 de Dezembro de 1805, Napoleão derrotou o exército austro-russo, numericamente superior, em Austerlitz, forçando a Áustria desistir da coalizão e levando à fragmentação do Sacro Império Romano Germânico. A Confederação do Reno foi constituída por Napoleão Bonaparte em 12 de Julho de 1805, no contexto da Terceira Coligação contra a França, através do Tratado de Preesburg. Era integrada por dezesseis estados alemães, reunidos por Napoleão após este haver derrotado o Sacro Imperador Francisco II e Alexandre I da Rússia na Batalha de Austerlitz. Perdurou até 1813, logo após a fracassada campanha militar de Napoleão contra o Império Russo. A maioria de seus membros mudou de lado após a Batalha das Nações, quando ficou claro que Napoleão perderia a Sexta Coligação.
Em 1806, a Quarta coalizão foi formada; em 14 de Outubro Napoleão derrotou os prussianos na Batalha de Jena-Auerstedt, marchando através da Alemanha e derrotando os russos em 14 de Junho de 1807 em Friedland. Os Tratados de Tilsit dividiram a Europa entre França e Rússia e criaram o Ducado de Varsóvia.
Em 12 de junho de 1812, Napoleão invadiu a Rússia com sua Grande Armée de aproximadamente 700.000 soldados. Após as vitórias em Smolensk e Borodino, Napoleão ocupou Moscou, apenas para encontrá-la queimada pelo exército russo em retirada. Assim, ele foi forçado a bater com seu exército em retirada. Na volta seu exército foi arrasado pelos cossacos e sofreu de doenças, fome e com o rigoroso inverno russo. Apenas 20.000 soldados sobreviveram a essa campanha. Em 1813, começou o declínio de Napoleão, sendo derrotado pelo Exército das Sete Nações na Batalha de Leipzig em outubro de 1813. Ele foi forçado a abdicar depois da Campanha dos Seis Dias e a ocupação de Paris. Sob o Tratado de Fontainebleau ele foi exilado na Ilha de Elba. Retornou à França em 1° de março de 1815 e convocou um exército leal, mas foi compreensivelmente derrotado por forças britânicas e prussianas na Batalha de Waterloo em 18 de junho de 1815.

Desde então a Europa não poderia ser a mesma, no retalho de suas etnias começava a maior emigração de povos cansados de tantas guerras e injustiças, trouxeram suas esperanças para América de oportunidades e terras livres disponíveis, e deste modo recomeça os mesmos erros do cercamento.

Quem não revive a história está fadado em repetí-la!

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