quinta-feira, 9 de abril de 2009

LÍNGUA, UM MÚSCULO PERIGOSO.

LÍNGUA, UM MÚSCULO PERIGOSO.

Uma preciosa jóia, tem tamanho compatível com sua grandeza, e geralmente não se reveste de tamanho, mas de beleza insuperável. Os grandes discursos geralmente são breves e revestidos de conteúdo, como jóia sutil. Discursos longos além de cansativos não transmitem a essência do que há de ficar para sempre como recordação de seu precioso conteúdo; além disto, usar o dom da palavra para criar sempre afeto e aproximação.

Um fragmento da Carta de Tiago, Capítulo 3, uma das menores do Novo Testamento, demonstra o exemplo de controle da palavra, dirigindo-se as comunidades de então:

“Todos nós sempre cometemos erros. Quem não comete nenhum erro no que diz é perfeito e é capaz de controlar todo o seu corpo. Nós pomos um freio na boca dos cavalos para que nos obedeçam e assim os fazemos ir onde queremos.

Pensem no navio: grande como é, empurrado por ventos fortes, ele pode ser guiado por um pequeno leme e vai onde o piloto quer. É isto o que acontece com a língua: mesmo pequena, ela se gaba de grandes coisas.

Vejam como uma grande floresta pode ser incendiada por uma pequena chama! A língua é um fogo. Ela é um mundo de maldade, ocupa lugar nos nossos corpos e espalha o mal em todo o nosso ser. Como o fogo que vem do próprio inferno, ela põe toda nossa vida em chamas. O ser humano é capaz de dominar todas as criaturas, e tem dominado os animais selvagens, os pássaros, os animais que se arrastam pelo chão e os peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, e ninguém a pode controlar.

Usamos a língua tanto para agradecer ao Deus Criador como para amaldiçoar as pessoas, que foram criadas parecidas com Deus. Da mesma boca saem palavras tanto de agradecimento como de maldição. Meus irmãos, isso não deve ser assim. Por acaso pode a mesma fonte jorrar água doce e água amarga? Meus irmãos, por acaso pode uma figueira dar azeitonas ou um pé de uva dar figos? Assim, também, uma fonte de água salgada não pode dar água doce. Há entre vocês que é sábio e inteligente? Pois então, prove isso, pelo seu bom comportamento e pela sua maneira de agir, com humildade e sabedoria.”

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