Os Bórgia ou Borja era uma família hispano-italiana que se tornou influente durante o Renascimento.
Rodrigo Bórgia nasceu no dia 1º de janeiro de 1431/32, na cidade de Xátiva, Espanha. Ele afirmava que sua família era descendente de um ramo da dinastia de Aragão. A família Bórgia era considerada parte da nobreza menor, pois havia exercido funções em cargos de influência local.
A influência da família Bórgia cresceu a partir da escalada social realizada pelo tio de Rodrigo, Alonso Bórgia.
Alonso tornou-se cardeal em 1444 e depois foi eleito papa da Igreja com o nome de Calisto III. Assumindo o cargo fez o possível para aumentar a influência da família Bórgia no meio social .
Pela influência de Alonso, Rodrigo Bórgia mudou-se
para a Itália em 1449. Calisto III fez de seu sobrinho cardeal em 1456,
vice-chanceler em 1457, além de bispo de Valência e capitão das tropas papais.
Começava o crescimento da influência de Rodrigo Bórgia.
Nas décadas seguintes, Rodrigo Bórgia manteve sua influência nos meios políticos da Igreja Católica. Rodrigo constituiu família com Vanozza dei Cattanei, com quem teve quatro filhos: César (nascido em 1475), Giovanni (nascido em 1476), Lucrécia (nascida em 1480) e Jofre (nascido em 1481). Outra amante bastante conhecida de Rodrigo foi Giulia Farnese.
Rodrigo Bórgia foi eleito papa em 1492 no conclave realizado após a morte do papa Inocêncio VIII. Há evidências que a eleição de Rodrigo foi comprada na madrugada do dia 10 para 11 de agosto com a ajuda de seu aliado, o cardeal Ascânio Sforza.
Os anos do papado de Alexandre VI foram marcados pelas manobras políticas com as lideranças da época, corrupção e muitas polêmicas em torno do assassinato de adversários por envenenamento.
Alexandre VI foi acusado inúmeras vezes de "simonia" (venda de cargos eclesiásticos) por seus adversários e fez uso do "nepotismo" ao nomear seu filho César como cardeal em 1493.
(Nepotismo, do latim nepos, sobrinho, neto, ou
descendente, sendo incorporado a língua latina como termo para designar o
favorecimento de parentes, ou amigos próximos.)
Atuou na determinação da divisão da América, que havia sido “descoberta” em 1492 na expedição de Cristóvão Colombo. O acordo com a Coroa espanhola estipulava benefícios ao seu filho, Giovanni Bórgia, que foi reconhecido como duque de Gandia. Em troca, a Coroa espanhola recebeu do papa uma bula que os autorizava a possuir todas as terras do novo continente.
Depois da chegada de Cristóvão Colombo à América em
1492, a corte espanhola começou a se preocupar em proteger legalmente os
territórios "recém-descobertos" e os portugueses sentiram-se
ameaçados. O rei espanhol Fernando II de Aragão pediu intercedência do papa
Alexandre VI, que usou a ilha de Açores como referência.
O Papa foi árbitro entre Espanha e Portugal, que
disputavam entre si a respeito das terras recém-descobertas e por descobrir.
Houve ameaça militar e econômica por parte da coroa
portuguesa que pediu a revisão do acordo. Para evitar conflitos, as duas nações
abriram negociações para estabelecer um novo tratado que deveria contemplar os
interesses dos dois.
No dia 7 de julho de 1494, o Tratado de Tordesilhas traçou
novos limites e com o novo acordo, todas as terras descobertas até o limite de
370 léguas a oeste de Cabo Verde seriam de domínio português, sendo as
restantes de posse espanhola.
Com esse novo acordo, Portugal assegurou sua autoridade sobre parte dos territórios americano, mais precisamente parte do Brasil. Pelo acordo com alguns mapas de então, o território português no Brasil começava próximo onde atualmente se encontra Belém, no Pará, e descia em linha reta até perto de Laguna, em Santa Catarina.
O Papa Alexandre VI, passaria a fazer parte da história do Brasil, mesmo com toda sua insensatez de manter-se no poder pela luxuria, simonia e crueldade!
A morte de Alexandre em 18 de
agosto de 1503, findou com a hegemonia da família Bórgia, pelo acúmulo de
inimigos por toda a Itália e talvez principiando o protestantismo na Europa
através de Martinho Lutero, um monge agostiniano e professor de teologia, de
origem alemã, que em 31 de outubro de 1517 publicou 95 Teses da reforma da
igreja na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, mas isso é uma outra
história...



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