quarta-feira, 30 de julho de 2025

ERRO POR DESCONHECIMENTO DA HISTÓRIA POR PARTE DE ORGÃOS OFICIAIS DO GOVERNO EM HOMENAGEM A SANTOS DUMONT, PATRONO DA AERONÁUTICA BRASILEIRA!

O "Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação" e da "Agência Espacial Brasileira" cometeram um erro grosseiro na POSTAGEM OFICIAL em comemoração aos 152 anos do nascimento de Santos Dumont, ocorrido em 20 de julho de 2025!
A apresentação usada nas redes sociais contém um Santos Dumont (que também não parece o inventor) posicionado pilotando o 14-Bis na parte das asas maiores do avião, como se fosse impulsionado com o motor à frente, quando o correto o motor fica na traseira do avião, alçando voo no sentido da "canard", asa menor!

(Em aeronáutica, canard (pato em francês) é uma pequena asa dianteira colocada à frente da asa principal em aviões. O 14 Bis de Santos Dumont foi o primeiro avião a implantar o canard.)
O 14 Bis (depois chamado de Oiseau de Proie=Ave de Rapina)
Inicialmente, o 14-Bis era um aeroplano construído unindo-se ao balão 14.
O avião 14 Bis possuia uma estrutura de madeira e bambu, com grandes asas de superfície curva e uma hélice na parte traseira. O avião era impulsionado por motor em VAntoinette de 8 cilindros em V, com 8 litros de cilindrada e 50 HP de potência a 1.500 RPM, cilindros de 110 mm de diâmetro por 105 mm de curso do pistão, desenvolvido por Levasseur.


Em 12 de novembro de 1906, o 14 Bis já com sua terceira versão do "Oiseau de Proie", Santos Dumont estabeleceu o recorde de distância da época, ocorrido no Parque de Bagatelle, em Paris, onde era palco para diversas experiências de aviação para Santos Dumont.
Neste local há um monumento que faz menção ao voo do 14-Bis, no qual está escrito (traduzido):
"Aqui, em 12 de novembro de 1906, sob o controle do aeroclube da França, Santos-Dumont estabeleceu os primeiros recordes de aviação do mundo. Duração: 21s 1/5, Distância: 220 m."
Após a conquista do voo com o 14-bis em 1906, Santos-Dumont criou uma aeronave como meio de transporte pessoal, acessível e fácil de pilotar. Em suas memórias, ele expressou seu desejo de democratizar os céus: "Não trabalhei para a glória de meu nome, nem para a riqueza. [...] Pus tudo em domínio público. Acho que é o meu dever para com a Humanidade".
Foi idealizada a Demoiselle ou Libellule (libélula, em francês) inspirado na aparência graciosa, leve e frágil da aeronave projetada e desenvolvida entre 1907 e 1909.

Os Demoiselle são considerados os primeiros ultraleves do mundo e representam um marco na história da aviação por seu design inovador, baixo custo e por serem as primeiras aeronaves cujo projeto foram disponibilizados gratuitamente ao público.

A carreira de Santos-Dumont como piloto terminou em 4 de janeiro de 1910, pois no voo inaugural de um novo modelo de avião, Demoiselle (talvez o Nº 22 modificado), um dos estais de arame que sustentavam a asa se rompeu em pleno voo e o avião caiu de uma altura de quase 30 metros. Santos-Dumont sobreviveu com ferimentos leves, mas ele nunca mais pilotou um avião. Acredita-se que este evento, somado ao crescente uso militar da aviação, ao que era contrário, e ao diagnóstico de esclerose múltipla, contribuiu para sua aposentadoria precoce e subsequente depressão.


Vide outros links:
https://en-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Wright_Flyer?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt&_x_tr_pto=tc https://www.ottorodenburg.nl/Blt/hist/chron/chron_en.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidroavi%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Bl%C3%A9riot_A%C3%A9ronautique https://adslatin.com/conheca-a-historia-do-14-bis/#:~:text=O%20Voo%20Hist%C3%B3rico,recorde%20de%20dist%C3%A2ncia%20da%20%C3%A9poca. https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_avia%C3%A7%C3%A3o https://en-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Canard_(aeronautics)?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt&_x_tr_pto=tc https://pt.wikipedia.org/wiki/Santos-Dumont_Demoiselle https://culturaaeronautica.blogspot.com/2009/12/antoinette-v-8-o-motor-do-14-bis.html?m=1 https://www.fab.mil.br/noticias/mostra/41497/INDEPEND%C3%8ANCIA%20DO%20BRASIL%20-%20O%20Fato%20Hist%C3%B3rico%20de%20Santos%20Dumont%20em%207%20de%20setembro:%20Um%20Marco%20na%20Avia%C3%A7%C3%A3o https://www.youtube.com/watch?v=a6M6BaZRo2M

domingo, 27 de julho de 2025

O SINO E SUA FUNÇÃO

 ...o repicar divino

O primeiro uso eclesiástico dos sinos foi anunciar a hora dos serviços religiosos. Tal sinal deve ter sido uma necessidade, especialmente em comunidades religiosas que se reuniam muitas vezes ao dia para cantar louvores divinos.
Entre os cenobitas egípcios, lemos que uma trombeta era usada para esse propósito; entre os gregos, uma tábua de madeira ou folha de metal era batida com um martelo; no Ocidente, o uso de sinos acabou prevalecendo.
A existência de grandes sinos capazes de serem ouvidos à distância à medida que se tornou necessário chamar à igreja os habitantes de uma cidade ou aldeia, torres de sinos foram construídas e os sinos aumentaram de tamanho, e já no século VIII.
A tradição medievais demonstra que, onde havia muitos sinos, sinos diferentes eram usados para diferentes propósitos. Mesmo em igrejas paroquiais comuns, era costume tocar não apenas para a Missa, mas também antes das Matinas e Vésperas, enquanto as diferenças na maneira de tocar e no número de sinos empregados indicavam o grau da festa, a natureza do serviço, o fato de que um sermão seria pregado e muitos outros detalhes.
O costume de fazer tal anúncio pelo sino ainda sobrevive em algumas localidades.
Alguns versos são citados na glosa do "Corpus Juris", e frequentemente encontrados em inscrições, descrevem as principais funções de um sino (cf. Longfellow, A Lenda Áurea):
Laudo Deum verum plebem voco congrego clerum
Defunctos ploro, nimbum fugo, festa decoro.
(Louvo o Deus verdadeiro, convoco o povo, reúno o clero;
lamento os mortos, dispenso nuvens de tempestade, honro as festas.)
IMAGEM ILUSTRATIVA



Ref.
https://www.newadvent.org/cathen/02418b.htm

terça-feira, 22 de julho de 2025

A Igreja de São Benedito de Aparecida (do Norte?) e a Bola de Futebol

As vezes nos aparece do nada, alguma lembrança adormecida no subconsciente, no "HD do nosso cérebro", e passa-se um filme que nos recorda a infância feliz!

Minha família, esparsa e pequena, é religiosa, e há certas passagens que quando recordadas nos faz rir e outras nem tanto.
Hoje há viagens para tudo quanto é lugar, com estradas boas, e ônibus de grande conforto, antes nem tanto!
Todos os anos meu pai já marcava que nós íamos viajar, eu nem dormia direito, ficava contando os dias, pois viajar para mim, era coisa rara!
Para onde íamos era sempre num lugar, que muita gente ia e vai rezar: Aparecida do "Norte", que nunca foi do Norte, mas de todos os pontos cardeais!
No dia marcado íamos para a rodoviária de São Paulo, que não tinha tantas quanto hoje, mas uma só, na rodoviária da Duque de Caxias e o ônibus era da Empresa Pássaro Marron.

A viagem era pela estrada que eu tinha medo, porque chamavam de "Estrada da Morte", hoje é moderna, a Via Dutra!
Meu pai comprava três assentos, e eu sentava separado, era o máximo, sentia-me importante!
O ônibus nem sempre ia com todos os assentos tomados e parava no meio da estrada e vendia-se as passagens restantes.
Um belo dia o ônibus parou e entrou um senhor, vestido que nem meu pai, de paletó e gravata e chapéu Prada, que era o único luxo de meu pai possuia, mas não tinha mais assentos e meu pai deu-me um ultimato para levantar e dar o lugar para o homem! O senhor disse que não precisava, que era pra deixar o "menino", mas não teve jeito, levantei-me e fui para o colo de minha mãe!
Quando o ônibus chegou na rodoviária de Aparecida o senhor agradeceu a meu pai e deu-lhe um cartão com um endereço e disse para írmos lá que ele iria dar-me um presente! Quando escutei, fiquie radiante, e pensei logo numa bola de futebol bonita! E assim seguimos nosso caminho.

+
A "primeira igreja que conheci em Aparecida, foi a de São Benedito", e tem gente que até hoje nem sabe que ela existe, mas era a primeira igreja que dava de frente para a rodoviária!
Eu meio serelepe, nem sabia ainda rezar direito, ficava esperando aos meus pais fazerem suas orações e eu saia todo contente, subindo a Ladeira do Calvário, que dava direto no Santuário para participar da missa, motivo de nossa vinda!
Perto do altar tinha um guarda-chuva e eu perguntava, porque tinha aquilo, e meu pai falava que foi uma bailarina, que entrou e Deus tirou de sua mão o guarda chuva aberto que ela usava. Tinha um monte de histórias, e também a de um degrau de pedra com a marca de uma ferradura, e era outra coisa intrigante e meu velho "com paciência de japonês", explicava que um homem teimoso e rico falou que iria entrar montado em seu cavalo, mas o cavalo, respeitou o lugar e derrubou o homem! As histórias de meu pai era o máximo e minha mãe só confirmava!!!
Minha mãe, era precavida e levava em uma sacola comida em duas ou três panelas, gralmente era alguma penosa de nossa galinheiro e "pastasciutta" que meu pai dizia e minha mãe traduzia por macarrão!!!
Aparecida era um descampado de caminhões e ônibus no meio das ruas, nem tinha a Basílica nova, um dos templos mais conhecidos que existem!
Aquele lugar era quente, eu nunca vi uma chuva lá, e tinha o circo da mulher que se transfomava num bicho qualquer, e íamos lá, e eu ficava impressionado como uma mulher virava um outro bicho!!!
Eu não tinha esquecido que o homem da viagem tinha dito ao meu pai, que ele iria dar-me um presente e eu por todo caminho enchia os "patovás", mas meu pai só foi em direção ao lugar do endereço do senhor do ônibus, a tardinha, pois era em direção para pegar o ônibus de volta para São Paulo!
Entramos no endereço, era uma loja, e tinha um monte de santos de tudo quanto era jeito e o homem era o dono da loja e agradeceu ao meu pai várias vezes pela gentileza da viagem e pegou o meu presente..."era uma santa, não era uma bola"!!!
Sai meio desapontado, porque eu não sabia do valor de Nossa Senhora Aparecida, afinal eu era uma criança que queria uma bola, era pecado eu querer uma bola?
Meu pai era bem simples, foi criado na roça, mas entendia a alma das crianças, ele falou para eu dar a santa de presente para a minha mãe e indo para a rodoviaria foi visitar São Benedito de novo e voltamos para casa!
Um belo dia, já no bairro Jardim São Luiz, ele chamou-me para passear e na Avenida São Luiz, hoje a Maria Coelho Aguiar, meu pai entrou em uma bicicletaria, e lá comprou uma bola e deu-me de presente, a bicicletaria está lá até hoje, ela vendia bolas de capotão!
Na volta para casa, eu estava feliz da vida, com uma bola número 5, a maior que existia, sei lá o que o pai precisou não ter para eu ter aquela bola, e eu pensava no meio do caminho:
"Meu pai deve ter conversado com São Benedito e acertado para ele me dar uma bola"!
Toda vez que volto em Aparecida, agradeço as bençãos recebidas para a Padroeira do Brasil e vou também lá na igreja de São Benedito agradecer a bola que ele e meu pai deram-me de presente!







quinta-feira, 17 de julho de 2025

Padre Armênio Avedis Kherlakian, que fez parte da Paróquia São Luiz Gonzaga/SP

 ....hoje fomos atrás da história do padre armênio Avedis Kherlakian, que fez parte da Igreja São Luiz Gonzaga, mas não a encontrei!!!

Quando a Igreja São Luiz Gonzaga foi elevada à paróquia na década de 1960, foi empossado como sacerdote o padre Joel Ivo Cataplan, que assumiu por pouco tempo, sendo enviado para seu lugar o sacedote católico de rito armênio, padre Avedis Kherlakian.
Pouca rerferência tínhamos, e temos ainda, pois depois que o padre Edmundo foi remanejado em 1964 da Paróquia da Espectação, Freguesia do Ó, há um hiato de quatro anos sobre o padre Avedis, e em pesquisa atual, chegamos a uma referência que o mesmo serviu em sua missão religiosa de 1968 a 1971, na Matriz das Imaculada Conceição, igreja edificada em 1908, e elevada a paróquia em 1940.
Não sabiamos absolutamente mais nada e entramos em contato com a secretaria da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Franco da Rocha, sendo que se marcou contato pessoal com o secretário Gabriel, e por este motivo dirigímo-nos para a cidade de Franco da Rocha, hoje, 17 de julho de 2025, onde o assunto principal seria o padre Avedis Kherlakian.
Verbalizamos que éramos frequentadores da Paróquia São Luiz Gonzaga, da periferia da zona sul da cidade de São Paulo, do bairro Jardim São Luiz, da Diocese de Campo Limpo, sendo o atual bispo Valdir José de Castro!
E mais que antes de entrarmos em contato com Paróquia da Imaculada Conceição, de Franco da Rocha, buscamos contato com a Paróquia Armênia, na Avenida Tiradentes, 718, São Paulo, na busca da biografia do padre Avedis Kherlakian, mas quem nos poderia informar seria o exarca apostólico armênio para a América Latina, Dom Vartan Boghossian, mas ele tinha tornado-se emérito, e se mudado para uma cidade do interior!
A secretária da paróquia católica armênia de São Paulo nos informou que muitos dos documentos antigos infelizmente perdeu-se por mudanças de sede própria na Avenida Tiradentes, pois anteriormente, antes de construir-se a Igreja Armênia, era usada as dependências da Igreja São Cristovão! Deste modo neste local não logramos êxito em conseguir a biografia do padre armênio Avedis Kherlakian que serviu Paróquia São Luiz Gonzaga, Jardim São Luiz e também na Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Franco da Rocha!
Fomos para à cidade de Franco da Rocha em nome da historiografia do referido sacerdote, pois aparecia em uma das páginas paroquiais a seguinte referência:
“PADRE AVEDIS KHERLAKIAN esteve por pouco tempo, além de padre era também físico”, em texto creditado a Tuca Machado. E ainda na Wikipedia há citação que o padre Avedis Kherlakian serviu na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Franco da Rocha de 1968 a 1971 e em matéria jornalistica de 31 de agosto de 1973, que o padre Avedis teria falecido em Viena, na Aústria.
Hoje em Franco da Rocha, o secretário foi prestativo e procurou por um tempo informações no Livro de Tombo, mas não se logrou êxito em conseguir a biografia do padre armênio Avedis Kherlakian, pois a cidade tem problemas de contenção de enchentes constantes de um rio que corta a cidade e muitos documentos antigos da igreja foram perdidos para sempre e os anais históricos, do Livro de Tombo, ou outro arquivo, são mais recentes da data em que o padre Avedis serviu como sacerdote.
Assim a historiografia jardinense fica interrompida daquilo que não conseguimos obter, mas o historiador Walter Benjamin, dizia que não há como recuperar toda a história, e sim fragmentos esparsos, e é bom que seja deste jeito, pois ficará sempre fazendo parte do imaginário na memória das pessoas!!!
Tentamos!!!
Fotos da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição de Franco da Rocha, de 17 de julho de 2025









terça-feira, 15 de julho de 2025

Três Anos do Passamento Terreno do "Bita" (Padre Edmundo da Mata/Paróquia São Luiz Gonzaga/SP): 15 de julho de 2025

 QUEM TENHA OUVIDOS, QUE OUÇA!

Hoje não sabia o que escrever,
havia muita coisa a ver,
uma vida não pode ser resumida,
apenas em um só momento!
Qual seria o ponto de partida,
fiquei em pensamento:
Poderia tudo ser colocado em um dia?
Claro que não,
afinal se dinheiro a ti não devemos,
ao menos temos a obrigação!
E veio-me a mente,
como a um filme de repente,
cada instante crente,
daquele Deus único somente,
por Quem muito se fez e construiu,
e feito está, o que foi feito,
e você serviu, enquanto serviu,
e foi bem aceito,
fostes em frente, de peito aberto!
Enfrentastes todos os caminhos,
se foi errado ou certo,
sempre foi um grande momento,
uns fáceis outros de espinhos,
e bem atento ao movimento,
arregaçastes as mangas,
sem chorar as perdidas pitangas,
nem ao leite derramado,
com uns ao teu lado,
que lhe devem "ainda" favor,
homens da mesma túnica de juramento,
que blasfemaram a palavra amor,
enganaram sua confiança,
dessa lembrança, um tormento,
pois pouca era a esperança,
de ganhar a liberdade,
de gente que livrastes da prisão,
deu-lhe abrigo, fazendo aliança,
e essa é a verdade:
Recebestes de paga a traição!
Olhastes distante, de lado,
não caistes, ficastes calado,
dentro de si amargurado!
Não se ouviu um pranto,
de quem se doou tanto!
Um dia vieram administrar a fonte,
uns de boa intenção,
mas no meio havia algum não,
víboras saquearam o sagrado,
o tanto quanto se podia ser levado!
O que te podemos falar,
é que o impeto guerreiro foi descansar,
xingastes o que se teve que xingar,
e amastes o que teve que se amar!
Fique aqui escrito,
o que a ti devemos,
pois nada ouvem os moucos,
e o tanto quanto podemos,
toda a merecida gratidão,
e que se escute a voz de poucos:
Fica em paz, aqui plantastes tua missão! FOTOS MOMENTOS DE UMA VIDA