De Nigro a Negri, uma pastoral em movimento
constante
A atual Matriz da Diocese de Santo Amaro foi elevada
à paróquia pelo decreto de 14 de janeiro de 1686, pelo Bispo do Rio de Janeiro,
Dom José de Barros Alarcão, que nomeou como seu primeiro pároco o Padre João de
Pontes, irmão do Padre Belchior de Pontes, assumindo a paróquia em dia 25 de
janeiro de 1686, conforme consta de relatos registrados pela Cúria
Metropolitana de São Paulo. Está localizada no Largo 13 de Maio, sem número,
com seu frontispício voltado para a Alameda Santo Amaro, em São Paulo.
A construção da atual Catedral de Santo Amaro teve seu início em 1833, um ano após a elevação à Vila de Santo Amaro e a inauguração da Paróquia ocorreu em primeiro de novembro de 1924.
Em 3 de fevereiro de 1895, o jornal O Estado de São Paulo, apregoava a seguinte referência jornalística:
"O cidadão Manuel Antonio de Borba, abastado Fazendeiro do Município de Araraquara, acaba de fazer o valioso donativo de um relógio para a Matriz da Vila de Santo Amaro. A encomenda já foi feita na Europa."
A construção da atual Catedral de Santo Amaro teve seu início em 1833, um ano após a elevação à Vila de Santo Amaro e a inauguração da Paróquia ocorreu em primeiro de novembro de 1924.
Em 3 de fevereiro de 1895, o jornal O Estado de São Paulo, apregoava a seguinte referência jornalística:
"O cidadão Manuel Antonio de Borba, abastado Fazendeiro do Município de Araraquara, acaba de fazer o valioso donativo de um relógio para a Matriz da Vila de Santo Amaro. A encomenda já foi feita na Europa."
Quando a arquidiocese de São Paulo foi dividida
em regiões episcopais, Santo Amaro ficou sendo a sede da Região Episcopal da
Zona Sul. A Diocese de Santo Amaro foi instalada no dia 27 de maio de 1989, com
Dom Fernando Figueiredo tomando posse como primeiro bispo local.
Santo Amaro teve ao longo do tempo um elenco de
grandes sacerdotes que deram seus préstimos valiosos para este marco religioso
e histórico da antiga Vila de Santo Amaro.
A TRIBUNA, 27 de abril de 1979
No final da década de 1950, teve à frente da
Paróquia o Padre Afonso de Moraes Passos sendo seu substituto da missão
evangélica para Santo Amaro o padre Antonio Nigro Júnior, que adotou Nigro como
sua referência nominativa, mas que por vezes grafavam em reportagens locais
como Nigri, e ao que parece nenhum e nem outro eram corretos, mas sim Nery,
tornando-se pároco de Santo Amaro desde 22 de fevereiro de 1959 permanecendo
nesta missão por mais de trinta anos, sendo depois ordenado como Monsenhor,
vindo a falecer em outubro de 1999.
Em 6 de fevereiro de 1983 aconteceu na Catedral
Metropolitana de São Paulo a Ordenação Episcopal de Dom Antonio Gaspar como
bispo auxiliar de Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo de São Paulo, para
a região de Santo Amaro, por nomeação de Bula Papal, sendo sagrante de tal ato
Dom Paulo, como consagrantes Dom Vieira e Dom Joel e como acólitos Monsenhor
Luiz Gonzaga e o Monsenhor Nigro.
A transição ocorrida de Paróquia para Catedral pela
instalação em 1989 da diocese teve como seu pároco, Monsenhor
Getúlio Vieira, nascido em 1942, no Brooklin Paulista. Estudou no Colégio Beatíssima Virgem Maria e no Colégio
Meninópolis, administrado pelos padres da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.
Cursou o Seminário Menor em Aparecida (Filosofia),
depois no Seminário de São Roque e concluiu seus estudos de Teologia no
Seminário do Ipiranga.
sendo ordenado sacerdote no dia 15 de dezembro de 1968, pelo cardeal Agnelo
Rossi, na paróquia citada Brooklin. Assumiu como curador Catedral em 24 de janeiro
de 1993, num momento critico para a mesma com a expansão da linha 5 do metrô
que abalou a estrutura do prédio obrigando a uma intervenção a partir de 21 de
fevereiro de 2000, até sua reabertura em 8 de dezembro de 2012. Tornou-se
monsenhor no dia 29 de outubro de 1997.
Em 27 de maio de 1989 foram criadas quatro novas
dioceses, desmembradas da Arquidiocese de São Paulo, a saber: Diocese do Campo
Limpo, Diocese de Osasco, Diocese de São Miguel Paulista e a Diocese de Santo
Amaro, tornando “Catedral” desta última à antiga paróquia de Santo Amaro, tendo
sido nomeado pelo Papa João Paulo II como seu primeiro Bispo Dom Fernando Figueiredo. Nascido em Minas Gerais, na cidade de Muzambinho, em primeiro de Dezembro de
1939. Pertencente a Ordem Franciscana dos Frades Menores, trabalhou em
Petrópolis, tornando-se professor de Teologia Dogmática e Patrística. Tornou-se
pároco em Piabetá, na Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro. Foi
ordenado Bispo de Teoófilo Otoni, em Minas Gerais, em 10 de março de 1984. Como primeiro Bispo da então pequena Diocese de Santo
Amaro, D. Fernando, ao longo dos anos, instituiu 75 novas paróquias e 122
comunidades, sempre tendo como lema: “A serviço do Evangelho”, foi ainda responsável
por instituir o Santuário Mãe de Deus e implantar o seminário local.
Seguiu-se a administração e colaboração do padre Wander Maia e atualmente a Catedral de Santo Amaro, em reformas
para recuperação de seu legado histórico, tem como curador e Pároco o padre Rogério
Cataldo Bhering, empossado no distinto cargo em primeiro de março de 2009,
assessorado pelo Vigário Paroquial Alcides Galinari.
Em 29 de outubro de 2014, o bispo Dom José Negri foi nomeado pelo Papa Francisco Bispo-coadjutor da Diocese
de Santo Amaro, assumindo este encargo em 17 de janeiro de 2015.
Assumirá o bispado de Santo Amaro, por ordenação do Papa Francisco, o atual Bispo de Blumenau, Santa Catarina, Dom José Negri, que sucederá Dom Fernando Figueiredo, que completará 75 anos, em dezembro de 2014.
Dom José
Negri, nasceu na cidade italiana de Milão em 18 de setembro de 1959, completou
seus estudos religiosos em Monza e foi ordenado em 1986. No Brasil esteve a
frente de trabalhos missionários em Minas Gerais e em outras cidades de Santa
Catarina, onde em 2009 foi ordenado Bispo de Blumenau.
Aguarda-o com muito fervor os vários carismas existentes a comunidade santamarense, sempre fiel aos princípios religiosos da fé cristã, que caminha juntamente com o corpo da Igreja e com as relações de bom entendimento, irmanados pela boa convivência com a estrutura ministerial, nestes 25 anos, na existência da Diocese de Santo Amaro.
Aguarda-o com muito fervor os vários carismas existentes a comunidade santamarense, sempre fiel aos princípios religiosos da fé cristã, que caminha juntamente com o corpo da Igreja e com as relações de bom entendimento, irmanados pela boa convivência com a estrutura ministerial, nestes 25 anos, na existência da Diocese de Santo Amaro.
*Em 2 de dezembro de 2015, Dom José Negri, assumiu sua missão pastoral e
evangelizadora, como Bispo da Diocese de Santo Amaro.
Referências:
O Estado de São Paulo, 30 de outubro de 2014,
Caderno A, página 22
O Estado de São Paulo, 19 de junho de 1988
GAZETA DE SANTO AMARO, 27 de maio de 1989
GAZETA DE SANTO AMARO, 12 de fevereiro de 1983
A TRIBUNA, 27 de dezembro de 1958
A TRIBUNA, 27 de abril de 1979
3 comentários:
Carlos,um retrospecto resumido e claro das transições da Paróquia de Santo Amaro até transformar em Catedral e a informação que teremos novo bispo, parabéns a Dom Fernando que sai e sorte para Dom José Negri, que ele se integre a comunidade santamarense que precisa de muita fé e esperança.
Bom dia, sou historiador amador de São Mateus na zona leste e gostaria de saber se tem o livro com a história de Santo Amaro pois comparando Santo Amaro é bem semelhante a São Mateus até no Santo. Abraço
Quando se requer algo a mais sobre o assunto em questão favor enviar endereço pessoal para que se possa corresponder, pois pelo blog não há esta possibilidade!
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