Os Interesses das Indústrias de Base
O complexo industrial Pignatari começa a ser implantado pelo tato de Giulio Pignatari quando em comum acordo há a partilha de interesses das indústrias que houve com o sócio Ciccillo Matarazzo Sobrinho, filho de Andrea Matarazzo, irmão braço direito do conde Francisco Matarazzo, e do genro deste, o médico Dr. Giulio Pignatari, casado com Lydia Matarazzo, matrimônio ocorrido em 1915. O filho de Andrea, Francisco Matarazzo Sobrinho, conhecido com Ciccillo, e Giulio Pignatari, associaram-se formando a Companhia Pignatari & Matarazzo, no ramo de metalurgia, embalagens metálicas e laminação de metais. Em 1935, a empresa foi desmembrada e Ciccillo tornou-se o único proprietário da Metalúrgica Matarazzo, METALMA e Giulio Pignatari ficou responsável pela expansão dos negócios da LAMINAÇÃO NACIONAL DE METAIS S.A. algumas empresas satélites faziam parte do complexo industrial que abarcava outros setores, com a Companhia Brasileira do Cobre, CBC, Companhia Brasileira de Zinco, Alumínios do Brasil S.A., Indústria Sul Americana de Metais, enfim uma gama enorme de setores vitais para as indústrias de base. O campo vasto da metalurgia levava as indústrias Pignatari a abarcar segmentos diversos da trefila de ligas leves de alumínio, cobre e estanho, compostos do bronze, latão, níquel, prata ouro. Na laminação desenvolvia perfilados diversos, discos, chapas planas, originando as bobinas laminadas, tarugos, além de tubos e vergalhões de bitolas variadas. A indústria brasileira, mesmo com o desenvolvimento tardio iniciado na década de 30, do século 20, mostrava perspectivas enormes de desenvolvimento. Com a quebra da bolsa de valores americana de 1929, o governo brasileiro buscava diversificar sua economia, que era baseada unicamente na produção agrícola. Busca formar uma legislação mineral com a criação Departamento Nacional de Produção Mineral, DNPM, sondando em 1934, o industrial Pignatari, interessado na prospecção das Minas de cobre de Camaquã, em Caçapava do Sul, Rio Grande do Sul que mais tarde daria origem a criação da Companhia Brasileira de Cobre, denominada anteriormente de COBRACO, depois CBC, foi formada em 1942 com capital misto do governo do estado do Rio Grande do Sul e a Laminação Nacional de Metais de Francisco Pignatari, o Baby, que será o idealizador na mesma época da Companhia Aeronáutica Paulista, CAP.
O que ocorreu entre a implantação das primeiras células industriais geradoras de desenvolvimento entre a administração de Giulio Pignatari e seu filho Francisco Pignatari?
O menino Baby nascido em Nápoles na Itália, em 11 de fevereiro de 1917, havia estudado no colégio tradicional paulistano Dante Alighieri, com depoimento de Baby: “Quanto aos meus estudos, terminei o ginásio no "Dante Alighieri" fiz o liceu por três anos, e depois comecei a trabalhar”.
Sua linhagem direta com a família Matarazzo vinha por parte de mãe, Lydia Matarazzo. Seu avô o Conde Francisco Matarazzo era o maior empreendedor da América Latina e comandava as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM). Tanto o pai, Giulio Matarazzo e seu avô paterno faleceram no ano de 1937. Os seus mentores deixavam uma lacuna de exemplos que não haveria substituição. Começou novo nas empresas do pai, em 1934, ou seja, antes mesmo de completar maioridade assumia responsabilidades administrativas. Ele possuía duas irmãs, Olga Matarazzo Pignatari, mais velha, nascida em 16 de abril de 1915 e Fernanda Pignatari, que , casou-se com o conde Giovanni Luigi Sofio, assinando-se Fernanda Pignatari Sofio e fixando residência à Rua Colatino Marques, 87, entre a Avenida Indianópolis e Rua Fernando Borges. Com o falecimento da Irmã Olga, em Roma, em 1945, foi determinada partilha de bens entre Fernanda e o irmão que resultou no processo 17.785, da delegacia do imposto de renda, seção de revisão e fiscalização, que intimou sobre o nº 2046.
“Conheci-os (os Parodi Delfino) em 1938, por contato com minha irmã Olga a qual como já dito, era amiga de Marina Parodi-Delfino, tendo unido uma amizade de minha irmã com os Parodi, iniciada por um princípio de namoro de Olga, com o irmão de Marina, que se chamava Gerardo, que, em seguida, morreu em um acidente aéreo. Após a morte dele, minha irmã foi convidada para hospedar-se na casa Marina e continuou a cultivar sua amizade em memória do seu namorado. Por conseguinte, o conhecimento entre as duas iniciou-se na casa de Parodi. Não há como negar que Olga tinha o desejo no noivado de meu irmão e a fixação por parte de Marina Parodi-Delfino, noivado visto com bons olhos até mesmo pelo pai da noiva, o qual esperava assim unir a fortuna das duas famílias. Claro que seu pai estava satisfeito. E quanto a minha família, devo observar que mamãe estava insatisfeita por não ter sido avisada em tempo sobre o noivado sendo que não se mostrou contente pelo fato que meu irmão era muito jovem”.
Assim por afinidades de interesses houve por bem concretizar a união das duas famílias italianas, os Parodi-Defino com os Pignatari. O casamento de “Baby” com “Mimosa”, como era chamada Marina Parodi Delfino, foi celebrado em Roma, na Igreja do Palácio de Veneza, em 7 de Junho de 1939, cerimonia grandiosa idealizada por Leopoldo Girolamo Parodi Delfino e Lucie Henny, pais de Marina. O acordo nupcial foi cumprido conforme as leis italianas, e assim o casal veio residir no Brasil, à Rua Haddock Lobo, em São Paulo. Marina ficou grávida dando a luz a um menino em 1940, que recebeu o nome de Júlio(Giulio) Cesare Pignatari. A guerra assolava a Europa, não haviam viagens comerciais regulares, cruzeiros e deste modo não havia como as famílias terem contatos, e muitas divergências ocorriam no cotidiano entre ambos, mas para prevalecer o compromisso do matrimônio que a mãe de Baby achava “indecoroso” romper, findou-se este último elo de Baby, quando sua mãe faleceu em 21 de setembro de 1946. Foi invitável a separação ocorrida em 1947 por incompatibilidade. A primeira separação foi consensual, e mais tarde foi legal. Começará uma vida de glamour de Baby Pignatari com as musas do Hollywood!
O complexo industrial Pignatari começa a ser implantado pelo tato de Giulio Pignatari quando em comum acordo há a partilha de interesses das indústrias que houve com o sócio Ciccillo Matarazzo Sobrinho, filho de Andrea Matarazzo, irmão braço direito do conde Francisco Matarazzo, e do genro deste, o médico Dr. Giulio Pignatari, casado com Lydia Matarazzo, matrimônio ocorrido em 1915. O filho de Andrea, Francisco Matarazzo Sobrinho, conhecido com Ciccillo, e Giulio Pignatari, associaram-se formando a Companhia Pignatari & Matarazzo, no ramo de metalurgia, embalagens metálicas e laminação de metais. Em 1935, a empresa foi desmembrada e Ciccillo tornou-se o único proprietário da Metalúrgica Matarazzo, METALMA e Giulio Pignatari ficou responsável pela expansão dos negócios da LAMINAÇÃO NACIONAL DE METAIS S.A. algumas empresas satélites faziam parte do complexo industrial que abarcava outros setores, com a Companhia Brasileira do Cobre, CBC, Companhia Brasileira de Zinco, Alumínios do Brasil S.A., Indústria Sul Americana de Metais, enfim uma gama enorme de setores vitais para as indústrias de base. O campo vasto da metalurgia levava as indústrias Pignatari a abarcar segmentos diversos da trefila de ligas leves de alumínio, cobre e estanho, compostos do bronze, latão, níquel, prata ouro. Na laminação desenvolvia perfilados diversos, discos, chapas planas, originando as bobinas laminadas, tarugos, além de tubos e vergalhões de bitolas variadas. A indústria brasileira, mesmo com o desenvolvimento tardio iniciado na década de 30, do século 20, mostrava perspectivas enormes de desenvolvimento. Com a quebra da bolsa de valores americana de 1929, o governo brasileiro buscava diversificar sua economia, que era baseada unicamente na produção agrícola. Busca formar uma legislação mineral com a criação Departamento Nacional de Produção Mineral, DNPM, sondando em 1934, o industrial Pignatari, interessado na prospecção das Minas de cobre de Camaquã, em Caçapava do Sul, Rio Grande do Sul que mais tarde daria origem a criação da Companhia Brasileira de Cobre, denominada anteriormente de COBRACO, depois CBC, foi formada em 1942 com capital misto do governo do estado do Rio Grande do Sul e a Laminação Nacional de Metais de Francisco Pignatari, o Baby, que será o idealizador na mesma época da Companhia Aeronáutica Paulista, CAP.
O que ocorreu entre a implantação das primeiras células industriais geradoras de desenvolvimento entre a administração de Giulio Pignatari e seu filho Francisco Pignatari?
O menino Baby nascido em Nápoles na Itália, em 11 de fevereiro de 1917, havia estudado no colégio tradicional paulistano Dante Alighieri, com depoimento de Baby: “Quanto aos meus estudos, terminei o ginásio no "Dante Alighieri" fiz o liceu por três anos, e depois comecei a trabalhar”.
Sua linhagem direta com a família Matarazzo vinha por parte de mãe, Lydia Matarazzo. Seu avô o Conde Francisco Matarazzo era o maior empreendedor da América Latina e comandava as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (IRFM). Tanto o pai, Giulio Matarazzo e seu avô paterno faleceram no ano de 1937. Os seus mentores deixavam uma lacuna de exemplos que não haveria substituição. Começou novo nas empresas do pai, em 1934, ou seja, antes mesmo de completar maioridade assumia responsabilidades administrativas. Ele possuía duas irmãs, Olga Matarazzo Pignatari, mais velha, nascida em 16 de abril de 1915 e Fernanda Pignatari, que , casou-se com o conde Giovanni Luigi Sofio, assinando-se Fernanda Pignatari Sofio e fixando residência à Rua Colatino Marques, 87, entre a Avenida Indianópolis e Rua Fernando Borges. Com o falecimento da Irmã Olga, em Roma, em 1945, foi determinada partilha de bens entre Fernanda e o irmão que resultou no processo 17.785, da delegacia do imposto de renda, seção de revisão e fiscalização, que intimou sobre o nº 2046.
Havia interesses de unirem as tradicionais famílias das indústrias italianas, do grupo Bombrini-Parodi Delfino, conhecida como DBP. Bombrini era um grande idealizador; foi um oficial de artilharia e idealizador dos maiores estaleiros navais de guerra do mundo recebendo por seus méritos para a indústria o título de Cavaleiro do Trabalho. A empresa foi fundada em 1912 em Colleferro, ao sul de Roma por Giovanni Bombrini e Leopoldo Girolamo Parodi Delfino, onde a primeira atividade estava voltada a produção de pólvora e explosivos. Após a 1ª Guerra Mundial , a empresa expandiu suas atividades produzindo fertilizantes e de cimento. Após a 2ª Guerra Mundial , diversificou as atividades em mecânica, têxtil e química, voltando-se para a expansão de misseis após o conflito bélico da 2ª Guerra.
Fernanda Pignatari dá o seguinte depoimento em documento: “Conheci-os (os Parodi Delfino) em 1938, por contato com minha irmã Olga a qual como já dito, era amiga de Marina Parodi-Delfino, tendo unido uma amizade de minha irmã com os Parodi, iniciada por um princípio de namoro de Olga, com o irmão de Marina, que se chamava Gerardo, que, em seguida, morreu em um acidente aéreo. Após a morte dele, minha irmã foi convidada para hospedar-se na casa Marina e continuou a cultivar sua amizade em memória do seu namorado. Por conseguinte, o conhecimento entre as duas iniciou-se na casa de Parodi. Não há como negar que Olga tinha o desejo no noivado de meu irmão e a fixação por parte de Marina Parodi-Delfino, noivado visto com bons olhos até mesmo pelo pai da noiva, o qual esperava assim unir a fortuna das duas famílias. Claro que seu pai estava satisfeito. E quanto a minha família, devo observar que mamãe estava insatisfeita por não ter sido avisada em tempo sobre o noivado sendo que não se mostrou contente pelo fato que meu irmão era muito jovem”.
Assim por afinidades de interesses houve por bem concretizar a união das duas famílias italianas, os Parodi-Defino com os Pignatari. O casamento de “Baby” com “Mimosa”, como era chamada Marina Parodi Delfino, foi celebrado em Roma, na Igreja do Palácio de Veneza, em 7 de Junho de 1939, cerimonia grandiosa idealizada por Leopoldo Girolamo Parodi Delfino e Lucie Henny, pais de Marina. O acordo nupcial foi cumprido conforme as leis italianas, e assim o casal veio residir no Brasil, à Rua Haddock Lobo, em São Paulo. Marina ficou grávida dando a luz a um menino em 1940, que recebeu o nome de Júlio(Giulio) Cesare Pignatari. A guerra assolava a Europa, não haviam viagens comerciais regulares, cruzeiros e deste modo não havia como as famílias terem contatos, e muitas divergências ocorriam no cotidiano entre ambos, mas para prevalecer o compromisso do matrimônio que a mãe de Baby achava “indecoroso” romper, findou-se este último elo de Baby, quando sua mãe faleceu em 21 de setembro de 1946. Foi invitável a separação ocorrida em 1947 por incompatibilidade. A primeira separação foi consensual, e mais tarde foi legal. Começará uma vida de glamour de Baby Pignatari com as musas do Hollywood!
1 comentário:
Muito bacana legal mesmo a matéria, com poucas linhas e mesmo assim rica em detalhes e de muita utilidade no sentido também dos "ricos" emergentes da atualidade entenderem o que é realmente ter poder, dinheiro, influencia, glamour, etc...e não simplesmente ser classe média alta e querer se mostrar como se fosse milionário ou bilionário....
Daniel de Sá
Criciúma-S.C.
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