quinta-feira, 18 de setembro de 2008

SAÚDE S/A

“SAÚDE SOCIEDADE ANÔNIMA”

Poderíamos manter-nos silenciados como tantos da população brasileira, que se comportam resignados e subordinados a uma qualidade de saúde precária, mantida por placebos e um atendimento de “isto não é comigo”.
O que está expresso faz parte de mazelas observadas no sistema precário da saúde, e o reflexo de todo descaso que há no Sistema Único de Saúde, Programa da Saúde da Família (com todo esforço das agentes), Assistência Médica Ambulatorial, (AMAs), ou hospitais que aparentando qualidade são como “bela viola, bonita por fora, vazia por dentro”.
Os Hospitais municipais, na zona sul, são administrados pela economia privada.

Assistência Médica Ambulatorial (AMA)
O objetivo das AMAs é ampliar o acesso de pacientes que necessitam de atendimento imediato, racionalizar, organizar e estabelecer o fluxo de pacientes para as Unidades Básicas de Saúde, Ambulatórios de Especialidades e Hospitais. A gestão das AMAs (CEJAM) está sendo compartilhada entre o Sistema Municipal com parceiros públicos ou privados. Os recursos humanos, adequação física, aquisição de equipamentos e mobiliários são responsabilidade dos parceiros (Organizações de Saúde), por meio de convênio, com metas pré-estabelecidas. Os insumos serão de responsabilidade de Sistema Municipal de Saúde. Aparentemente perfeito aos olhos da população que infelizmente usam o recurso da saúde, falho e precário!
Saúde, “Sociedade Anônima”

Há que se questionar o modelo atrasado do sistema de saúde, e por ser um “sistema” já mostra toda sua complexidade deste labirinto de articulações incompreensíveis. Devido aos fatos da ineficiência da saúde, em todas as esferas compete perguntar aos especialistas da área administrativa da saúde:

Como é realizado o controle destas organizações de saúde?
Como são pagos os serviços prestados?
Como é feita a administração e fiscalização destes recursos?
Existe uma meta de produção “per capita”, ou seja, número de pacientes atendidos?
Há, ou não, uma mercantilização da saúde pública, prevendo uma privatização futura?
O profissional da área é valorizado ou segue regras de um sistema econômico da saúde?
Os conselhos gestores têm autonomia, ou são marionetes para aceitar decisões?

Exemplo real

Os hospitais municipais da zona sul em atendimentos de emergência no setor de ortopedia nunca possuem médicos de atendimento na porta (consultórios existem, mas sempre fechados para estes casos).
Os pacientes que necessitem de consultas não conseguem, e aqueles que são operados por estes hospitais não têm acompanhamento nestes hospitais em que fizeram a cirurgia. Os pacientes são enviados para prontos socorros, de funções de emergências, tanto do Regional Sul quanto da Santa Casa de Misericórdia de Santo Amaro.

Este é o atendimento do paciente que por ventura necessite dos préstimos deste jogo que se inicia nas Unidades Básicas de Saúde, passa pela Assistência Médica Ambulatorial, que por sua vez requer exames de um laboratório terceirizado, enviados para especialidade no Itaim Paulista, quatro horas de viagem de transporte coletivo, somente ida. Há um trâmite cansativo para o paciente.

Em último caso fará uma cirurgia programada, e circulará em algum pronto socorro para acompanhamento de um setor que não realizou a cirurgia.
Haja paciência do paciente, que pagou adiantado!

JUVENTUDE LEGITIMADA

Diminuem os eleitores com 16 e 17 anos

Como fazer com que a juventude participe das decisões políticas se eles somente são chamados a participar em tempos de eleições?

Como fazer que haja interesse quando sua realidade não condiz com as colocações apresentadas em horário obrigatório, e por que participar se o modelo é arcaico do dever da obrigação?

Nas próximas eleições estão registrados no tribunal eleitoral 2,9 milhões de eleitores entre 16 e 17 anos.

Nas eleições anteriores eram 3,6 milhões. Número de votos que é realmente significativo e sem dúvida daria larga margem para o tão almejado cargo, tanto do executivo e do legislativo no Brasil.

O Sudeste lidera esta realidade, mas também se expande para as demais regiões.

Os esforços chamativos de campanhas não conseguem trazer o jovem para as decisões eleitorais porque ele é excluído das decisões do país, e só é lembrado com articulações por redes globais em organizações estudantis e que hoje não se vê representado por quaisquer candidatos, pois os refrões parecem motes circenses, com todo respeito ao circo onde existem profissionais verdadeiros!...

A reduzida participação do segmento jovem, em que o voto é facultativo demonstra o descontentamento destes eleitores que enxergam uma realidade do seu dia a dia, e não há uma compensação no campo social, onde o sistema da educação tem somente decisões do poder, comprometendo seu futuro.

Esta é sua maneira de protestar, e é legítima.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

CACICADO DAS OLIGARQUIAS

CACICADO DAS OLIGARQUIAS

Por muito contribui com o governo brasileiro na sua modernização, embora saiba que tudo foi financiado com investimento estrangeiro, pois não possuímos reservas monetárias(sempre alardeiam empréstimos externos!)para impulsionar pesquisas de nosso imenso potencial, com desenvolvimento próprio.

Exponho porque trabalhei em empresas estrangeiras, nos Planos Nacionais de Desenvolvimento,(PND) que “tropicalizaram” máquinas para siderurgia e mineração, e o know-how, com raríssimas exceções, vieram de países detentores do saber tecnológico, porque o Brasil, infelizmente tem déficit de tecnologia de ponta.
Somos controlados em vários segmentos que não interessam mais a grupos dos países de alto desenvolvimento tecnológicos, a saber: quando se precisa que se construa em grande escala qualquer equipamento monstruoso, as estruturas metálicas de caldeiraria(destruiram a MAFERSA construtora de trens e a FRONAPE navios, e agora divulgam que seremos construtores de navios em antigos estaleiros!) usam nossa mão de obra barata com baixa qualificação, força de trabalho exaustivo, com uma habilidade adquirida por cursinhos de ocasião, para construir produtos com tecnologia de fora, provinda de indústrias estrangeiras que adquiriram pequenas empresas familiares nacionais e assumem o controle acionário.

O Brasil nunca teve uma revolução industrial, e no andar da carruagem nunca terá, e será sempre subalterno, sempre dependente, com um povo humilde que é controlado pelas oligarquias, isto em todo território nacional. Estamos submissos aos interesses de poucos autocratas que governam pouco para o todo e muito para si. Não espanta o continuísmo do “cacicado”, pois vem de longa data e perdura, ora como golpe, ora como ditadura, ora como república sindicalista, embora os intelectuais não concordem, mas é só olhar cargos executivos e analisar, mas nunca como uma real revolução social, no âmago do problema, pois a preocupação maior do Estado é criar subsídio aos interesses políticos e econômicos.

Este casamento, político e econômico, geraram um social abandonado, um filho pobre sem estudo, sem condições básicas de moradia com déficit de 28 milhões de residências populares enquanto em São Paulo com sua famigerada “gentrificação”, enobrecimento do centro, seja a maior construtora de prédios de luxo, talvez superado somente pela China, controlado por meia dúzia de empreiteiras.
Sempre resta a indignação, desta incapacidade de resolver os problemas da nação onde não há plena democracia, questionando o que fazer para construir uma nação livre. Todas as soluções desastrosas estão atreladas ao séqüito poder, sem ideologias de direita ou esquerda, sem diferenças.

Toda América Latina esta acorrentada pelos interesses capitalistas, e que nossa única virtude é possuir reservas vitais suficientes para crescer ainda mais a economia dos países mais ricos do mundo, num nítido segundo estágio de colonização através do extrativismo do natural, de reservas esgotáveis, deixando para trás rastro de miséria e destruição, pois esgotam ao limite a capacidade local, além da destruição humana.

O povo é adestrado para ser usado como reserva de mão de obra descartável, que na sua simplicidade não observa a sutileza a sua volta, ainda não percebeu que o soldo recebido por determinada atividade esta sobre o controle do Estado mancomunado com os interesses de uma economia globalizada e controlada por grupos internacionais que detém toda a riqueza produzida nos três “AS”: América(Latina), África e Ásia.

TRANSPORTE COLETIVO

TRANSPORTE DE MASSA

Na cidade de São Paulo, o transporte coletivo(talvez como referência a coleta!) esta sobre controle de poucos, na nova modalidade de lobby da parceria empresarial-político. O controle do transporte coletivo é feito por demanda de carga, e carga somos todos que senos servem deste meio de locomoção, pagos a vista na boca do caixa, nas roletas de controle coletivo.
Na hora de alta concentração humana, parte da manhã e no período noturno, os empresários de transporte enviam ônibus articulados que saem de suas respectivas garagens, vazios até onde há grande concentração de operários, em uma distância considerável para recolher essa massa cansada do trabalho, tendo que percorrer grandes distâncias num transporte de péssima qualidade.
Veículos articulados capazes de transportar 300 pessoas numa condição de “transporte de gado”, excedem, por vezes, às duas horas de viagens do cartão em horas de pico.
Entre estes dois períodos, manhã e tarde, há déficit de transporte coletivo, pois a massa transportada torna-se menor.
As grandes empresas que possuem a concessão do transporte coletivo em São Paulo, receberam subsídios desde 2005 de aproximadamente 44 milhões e alguns tantos milhões para “gerenciamento do transporte coletivo” concedido pela Secretaria de Transporte Público. Especialistas dizem que não há racionalização das viagens, pois nas regiões centrais os ônibus andam vazios, enquanto que na periferia os bi articulados andam superlotados.
É necessário tratamento digno da população, se as autoridades assumem um mau planejamento dos recursos, precisa-se cobrar desempenho melhor das empresas que manipulam o transporte coletivo em São Paulo, pois o gado a gente ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente: no mínimo respeito!

PROLE E PROLETÁRIADO

PROLE E PROLETARIADO

Uma massa da população que tem direito ao sufrágio universal, na democracia brasileira um ato obrigatório, próximos dos 127 milhões de eleitores, metade não concluiu o ensino que lhe fornece o fundamental, ou seja, menos de 8 anos de estudos, sem contar a informalidade que é produto de um progresso insustentável, as custas da miséria popular.

Porque disto?

Alta tecnologia desenvolvida em outros países de grande investimento em pesquisa estabeleceu-se um “destino manifesto” de formarem homens para controle das massas e que são escolhidos para manter sobre controle esta massa disforme, que se denominou proletariado, sendo que o nome é por demais sugestivo, embora depreciativo no seu contexto: o termo nada mais é do que aqueles que fazem prole e acasalam-se para produzir mais mão de obra barata.

Este novo indivíduo será mais um consumidor voraz das benesses ilusórias oferecidas desde seu nascimento, que ao nascer é recebido com alegria, pois será em potencial outro grande, ou pequeno, consumidor, e que obrigatoriamente irá consumir produtos industrializados que serão anunciados dia e noite em rede nacional, e que depois de sua vida ser consumida por cartões de crédito ou financiamentos bancários, agiotagem permissível, terá uma morte inevitável de todo ser vivo. Muitos irão chorar a perda, pois o moribundo não irá consumir mais, embora a indústria funerária seja muito lucrativa, e a Prefeitura de São Paulo não abre mão deste controle. Todos enfim lamentarão inclusive os credores, que assumiram alguma hipoteca de algum empréstimo financeiro para socorrer o imediatismo da vida moderna, e que ao deixar de quitar aos agiotas institucionalizados, reclamarão seus bens, controlados pelo sistema financeiro, assumido em algum banco, o maior símbolo capitalista.

A retórica levá-nos aos poucos empregos formalizados existentes e vemos que as empresas hoje se dão ao luxo de analisar uma gama enorme de currículos para entre tantos determinar aquele que poderá a ser colaborador nas suas pretensões desenvolvimentistas. Depois de exaustivas provas de capacidade e entrevistas de especialistas em comportamento humano, eis que surgirá no universo deste exército industrial de reserva, um soldado capaz de exercer as funções que permeiam o setor produtivo de determinado segmento e estarão sujeitas as regras do jogo trabalhista.

Este “colaborador” receberá treinamento de destreza para operar tudo aquilo se apresentar de produtivo e de interesse capitalista. Ele é o mais novo homem máquina desta legião silenciosa que marcha em direção a almejada vaga onde se saiu vencedor, embora receba o mínimo necessário de subsistência de sua prole, estará dispostos para a jornada habitual de trabalho, para a grandeza da nação, a baixo custo e um progresso mentiroso!

FATOR PREVIDENCIÁRIO

FATOR PREVIDENCIÁRIO

Não trabalhamos para sermos descartado pelo Estado Violento, pois lesado sempre fomos. Fui contra o fator previdenciário, aberração incompreensível, como tantas, pois nenhum trabalhador detém possibilidade de desvios da Previdência, onde o rombo foi realizado por especialistas que detinham o controle destes recursos.
Quando estava na ativa, escrevendo para representantes do povo, sempre argumentavam ser inconstitucional e uma série de argumentos. Cobramos para que a aposentadoria fosse integral e não numa proporção de idade, numa sobrevida calculada por um sistema para aliviar o Estado de seu compromisso com o trabalhador, mas nunca alteraram a lei imposta.
Quando descontaram o valor referente à previdência social na fonte, sempre “extraíram” do trabalhador, integralmente no máximo que imperava a lei trabalhista, na folha de pagamento, onde já estavam subtraídos a porcentagem, além do imposto sindical e imposto assistencial, alimentadas pelo trabalhador, como o Fundo de Amparo ao Trabalhador, FAT, que é desviado para outras ações, mas que pouco se reverte em benefícios.