terça-feira, 2 de setembro de 2008

PROLE E PROLETÁRIADO

PROLE E PROLETARIADO

Uma massa da população que tem direito ao sufrágio universal, na democracia brasileira um ato obrigatório, próximos dos 127 milhões de eleitores, metade não concluiu o ensino que lhe fornece o fundamental, ou seja, menos de 8 anos de estudos, sem contar a informalidade que é produto de um progresso insustentável, as custas da miséria popular.

Porque disto?

Alta tecnologia desenvolvida em outros países de grande investimento em pesquisa estabeleceu-se um “destino manifesto” de formarem homens para controle das massas e que são escolhidos para manter sobre controle esta massa disforme, que se denominou proletariado, sendo que o nome é por demais sugestivo, embora depreciativo no seu contexto: o termo nada mais é do que aqueles que fazem prole e acasalam-se para produzir mais mão de obra barata.

Este novo indivíduo será mais um consumidor voraz das benesses ilusórias oferecidas desde seu nascimento, que ao nascer é recebido com alegria, pois será em potencial outro grande, ou pequeno, consumidor, e que obrigatoriamente irá consumir produtos industrializados que serão anunciados dia e noite em rede nacional, e que depois de sua vida ser consumida por cartões de crédito ou financiamentos bancários, agiotagem permissível, terá uma morte inevitável de todo ser vivo. Muitos irão chorar a perda, pois o moribundo não irá consumir mais, embora a indústria funerária seja muito lucrativa, e a Prefeitura de São Paulo não abre mão deste controle. Todos enfim lamentarão inclusive os credores, que assumiram alguma hipoteca de algum empréstimo financeiro para socorrer o imediatismo da vida moderna, e que ao deixar de quitar aos agiotas institucionalizados, reclamarão seus bens, controlados pelo sistema financeiro, assumido em algum banco, o maior símbolo capitalista.

A retórica levá-nos aos poucos empregos formalizados existentes e vemos que as empresas hoje se dão ao luxo de analisar uma gama enorme de currículos para entre tantos determinar aquele que poderá a ser colaborador nas suas pretensões desenvolvimentistas. Depois de exaustivas provas de capacidade e entrevistas de especialistas em comportamento humano, eis que surgirá no universo deste exército industrial de reserva, um soldado capaz de exercer as funções que permeiam o setor produtivo de determinado segmento e estarão sujeitas as regras do jogo trabalhista.

Este “colaborador” receberá treinamento de destreza para operar tudo aquilo se apresentar de produtivo e de interesse capitalista. Ele é o mais novo homem máquina desta legião silenciosa que marcha em direção a almejada vaga onde se saiu vencedor, embora receba o mínimo necessário de subsistência de sua prole, estará dispostos para a jornada habitual de trabalho, para a grandeza da nação, a baixo custo e um progresso mentiroso!

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