Assentou a Poeira das Eleições Municipais para Vereador!
Ontem, 08 de outubro, na Universidade PUC/SP, o professor Rago, de “História e Arte”, perguntou qual tinha sido meu “desempenho” na eleição municipal de São Paulo.
Falei que tinha sido excelente, pela minha proposta, e que conseguia visualizar e provar pelos fatos, que o vereador gastando R$15,00 por voto teria 100% de chance de ser eleito.
Não é nenhum cálculo dos maiores matemáticos do mundo, é usar a lei de São Francisco, dar e receber!
A mídia paulistana estampou este reflexo dizendo que a maioria das cadeiras, da Câmara Municipal Paulista, não teria grandes surpresas, e realmente este quadro era visível e real.
Mudar para que, para que votar no desconhecido?
Vota-se no que já está lá, mesmo provando que a corrupção é latente e haja desvio de verba pública. Não tem como provar que aconteçam estes fatos, ninguém aceita cheque!
Pode-se analisar que o "Poder Central da Câmara Municipal", a espinha dorsal, permaneceu intocável, e que a ditadura da Câmara Municipal perdurará.
Os empreiteiros, atrelados a política, expandem seus negócios na Capital, loteiam como lhe apraz as obras públicas e os cargos.
Exemplo da malversação do dinheiro público foram as reformas nos campos de futebol da periferia, em cima da hora das eleições. Pedimos os termos das licitações e até a presente data, nada chegou!
Quem ganhou a licitação, qual o custo destas obras?
Negam informação ao cidadão, aquele que vive na cidade, e temos que concordar com o "estado de bem estar social", balançando a cabeça e aceitando a incompetência do Estado, em todas as esferas.
O professor Rago, extremamente esclarecido, e um dos mais lúcidos professores da Universidade, e pelo qual tenho maior respeito, não sabia que a eleição municipal era também objeto de pesquisa, como, por exemplo, as reações de professores, que são intelectuais, da renomada academia paulista.
Mostraram indecisão, (não foi o caso do citado Mestre, que sempre demonstrou seu posicionamento ) desconhecendo a legenda, estatutos, da esquerda que defendiam.
Uma delas, de um gabarito profissional surpreendente em sua cátedra, disse para outro professor, nos corredores, que não votava em ninguém. Direito seu, que eu considero legítimo, mas não expôs suas intenções quando eu a interpelei. Seria justo ela ter suas razões para agir como tal, e não esboçar sorriso de falsa aceitação.
Desculpe-me o deslize: o voto é secreto e nos corredores pode expor, senão caracteriza a ditadura, e a livre expressão do indivíduo deve ser inabalável!
Muitos dançaram a valsa dos intelectuais, cada qual com suas preferências. Não forcei meu voto, conversei um a um, primeiro porque eu não tinha grana para fazer “pirografia” dos investidores políticos, e depois, as pessoas de convívio social e que de algum modo estavam diretamente ligadas a mim precisavam entender o que eu propunha. Fui um pouco tímido, pois eu tenho receio de entrar na individualidade de cada pessoa, e isto eu respeito muito.
Houve uma jovem estudante da PUC/SP, que eu conheço do Jardim São Luiz, minha comunidade, que disse: "Eu queria tanto votar em você mas..............." Eu fiquei em dúvida, e não consegui decifrar até agora o que era "mas".
Outra disse estar desiludida, mas desilusão pode advir de muitas coisas, não de quatro em quatro anos quando ela poderia lutar pelas transformações, ou já que é da pseudo-esquerda, que não acredito, empunhe a bandeira da “re-evolução”, e, aja como tal!
Votar em alguém desconhecido também pode ser uma “furada”, pois caráter não está escrito na testa de ninguém.
Eu estou deveras muito contente de ter recebido um voto de confiança de aproximadamente 600 pessoas, e isto tem para mim uma enorme importância, pela confiança depositada, afinal penso como o fato social político é um campo fértil das relações das transformações.
Eu só tenho que estar grato, e não fazer como os leprosos curados por Deus e não voltar para agradecer a cura, no meu caso seu voto!
Obrigado pela confiança!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
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