MISTÉRIO
O chafariz do Largo da Misericórdia, voltou no final
do ano de 2020, uma obra antiga que existiu em São Paulo e foi removido
definitivamente em 1903 e agora reaparece do nada, no lugar em que estava edificado
anteriormente!!!
O Chafariz da Misericórdia
O Chafariz da Misericórdia, foi erguido em
1793, no governo do Capitão Geral de São Paulo, governador da
capitania, Bernardo José de Lorena que contratou o astrônomo e
geógrafo português Bento Sanches D’Orta, em 1791, para analisar a qualidade da
água para consumo público em São Paulo. Localizava-se no cruzamento das atuais ruas Quintino Bocaiuva[1], Direita[2] e
Álvares Penteado[3],
no Centro de São Paulo. Era uma construção de
pedra , edificado por Joaquim
Pinto de Oliveira Tebas e foi o primeiro chafariz público de São Paulo, com 4 torneiras.
O historiador Nuto Santana escreveu que a pedra veio de Santo Amaro.
Foi desmontado em 1886 e transferido para
o Largo de Santa Cecília (de onde seria removido em 1903).
Na esquina da Rua Direita existia também a Igreja da Misericórdia, que pertenceu à Irmandade da Misericórdia, esta prevalece ainda como Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Estava localizada na esquina da Rua Direita, em São Paulo, em sentido da Praça da Sé. Foi construída por volta de 1608 e reedificada neste local em 1716 pela Irmandade da Santa Casa da Misericórdia e destruída em 1886, para dar espaço à expansão do centro da cidade. Ali fora instalada a Santa Casa, que praticava caridade sendo um centro de filantropia aos carentes.
Proclamas da Câmara eram afixados em frente à igreja para onde afluíam muitas pessoas e que se tornou o centro de atração do núcleo urbano ao longo dos séculos XVIII e XIX. As atividades religiosas tinham o poder de congregar os paroquianos nas missas dominicais e em procissões obrigatórias.
O
chafariz era um ponto de encontro de pessoas onde se informavam sobre vários
assuntos enquanto se recolhiam a água para transporte ou simplesmente por
“servidão pública” se saciar algum sedento de passagem, embora houvesse uma
escassez de água que incomodava à época. Em 1886, com a demolição da Igreja da Misericórdia o chafariz foi
deslocado para o Largo de Santa Cecília, com a transferência da Santa Casa para
essa região.
No lugar da igreja demolida foi construído, para renda da Misericórdia,
o atual edifício "Ouro para São Paulo", com o ouro arrecadado para apoiar a
Revolução Constitucionalista de 1932.
Vide mais sobre o assunto do chafariz em:
O Chafariz do Largo
da Misericórdia em São Paulo em granito doado pela Vila de Santo Amaro! Será?
http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2019/02/o-chafariz-do-largo-da-misericordia-em.html
A Igreja e o
Chafariz da Misericórdia na Cidade de São Paulo
http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2014/11/a-igreja-e-o-chafariz-da-misericordia.html
Joaquim Pinto de
Oliveira, ou o "Tebas Construtor do século 18"
http://carlosfatorelli27013.blogspot.com/2020/11/joaquim-pinto-de-oliveira-ou-o-tebas.html
https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,o-largo-da-misericordia,530573
[1]
Rua do
Príncipe, atual rua Quintino Bocaiúva
A rua Quintino Bocaiúva chamou-se primitivamente "rua do padre Tomé Pinto" (pois lá morava em 1765 o Cônego Tomé Pinto Guedes) e depois passou a se chamar “rua da Cruz Preta”, porque lá havia uma cruz pintada de preto que era muito cultuada pelo povo. Uma certa noite, os estudantes da Faculdade de Direito resolveram pilheriar, roubando a cruz de seu lugar e jogando-a no rio. Depois recebeu o nome de “rua do Príncipe”. Com a morte de Quintino Bocaiúva, em 1912, passou a homenageá-lo com seu nome até hoje.
[2]
Rua
Direita (porque ia pela rua sempre reta (Direita) passando
pela Igreja da Misericórdia e a Igreja Santo Antônio, na atual Praça Patriarca)
Um dos mais antigos logradouros da cidade de São Paulo, a Rua Direita foi aberta ainda no século XVI com o intuito de fazer a ligação do centro da cidade com a antiga estrada que levava à aldeia indígena de Pinheiros. Naquela época, ela iniciava-se no “Largo da Sé” e seguia em direção ao “Piques” (atual largo da Memória e Praça da Bandeira). Ali iniciava a antiga Estrada de Sorocaba (atual Rua da Consolação) que levava até Pinheiros. Já em 1638 encontramos referências de sua existência na malha urbana. Naquela época ela era conhecida como “Rua que vai para Santo Antônio”, numa clara alusão à Igreja de Santo Antonio, localizada hoje na Praça do Patriarca. Mais tarde, ela passou a ser conhecida como “Rua Direita da Misericórdia para Santo Antônio” numa referência à Igreja da Misericórdia (hoje demolida) que se localizava no “Largo da Misericórdia”. Encontramos também para ela o nome de “Direita de Santo Antônio”. De qualquer modo, a origem do nome “Direita” estava sempre ligada a uma Igreja, seja a da Misericórdia, seja a de Santo Antônio. Neste caso, temos aqui uma referência da tradição portuguesa de denominar as ruas principais de cada cidade como iniciando-se “à Direita” da porta principal de cada templo. Curiosidades: No dia 11/12/1891, cinco vereadores aprovaram uma indicação substituindo o nome da "Rua Direita" para "Rua D. Pedro de Alcântara". Mas, na sessão do dia 18/12/1891, esta decisão foi anulada. Através da Resolução nº 82 de 12/03/1897, a Câmara Municipal novamente substituiu o nome da "Rua Direita" para "Rua Marechal Floriano Peixoto". Porém, no dia 28/08/1899 (Lei nº 416), a denominação "Direita" foi restaurada.
[3]
Rua do Comércio, atual rua Álvares Penteado
A Rua Alvares
Penteado corresponde a um trecho entre o Largo da Misericórdia e a atual Rua da
Quitanda. Antes de 1907, ela era designada como Rua do Comércio, mas para
homenagear o Conde Antônio Alvares Leite Penteado, passou a chamar-se apenas
Alvares Penteado. A rua era conhecida por ser uma das mais habitadas na cidade
de São Paulo no início do século vinte.
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