quarta-feira, 25 de maio de 2016

A Igreja e o Convento de Itanhaém, SP, em perigo Iminente!

Quem são os responsáveis pelo patrimônio material da Nação?

No papel todas as instituições são bem estruturadas, muito organizadas nos seus setores de fiscalização de atividades referentes ao escopo de suas obrigações perante o que se refere aos compromissos assumidos, e estão pautados por regulamentemos internos que devem ser seguidos na totalidade por comandantes e comandados.
Parece simples assim, mas na realidade tudo que tange a essas normas não são seguidas a risca conforme a pauta destes regulamentos e há dificuldades em se manter o mínimo necessário de metas. Deste modo emperram-se todas as ações que devem ser assumidas pelas hierarquias e cada qual faz o que bem entende com alguma iniciativa que possa proteger o patrimônio histórico brasileiro, tanto que na “ruína” dos bens materiais não há padrão a ser seguido para evitar um colapso, não existindo consenso e aparecem explicações inexplicáveis em tombamentos abandonados em todo território nacional, onde os doutores de academia argumentam, debatem, mas não conseguem prosseguir além da mesa diretora em assembleias constantes.
A Igreja Matriz de Sant’Anna, e o Convento no alto do Morro de Itaguassú em dedicação a Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, cidade fundada em 22 de abril de 1532 por Martim Afonso de Sousa, é um marco muito importante da história do Brasil, do local da presença da ordem dos jesuítas importante na criação de vilas que depois se aventuram pela Serra do Mar penetrando na “boca de sertão” onde fundam mais tarde a primeira “cidade” do interior do Brasil em 1554, que hoje é a maior da América do Sul e leva o nome de São Paulo de Piratininga.
Estes marcos antigos, Matriz e Convento, estão hoje sobre ameaça de riscos provenientes da ação das intempéries, e precisam ser monitorados para que haja o mínimo de convivência dos munícipes e àqueles que porventura buscam essa cidade litorânea como local turístico.



Para isso estes dois locais citados precisam estar em condições de receberem visitas em suas dependências sendo que a Igreja Matriz de Sant’Anna tem ainda a função primordial de celebração litúrgica, mas está com vazamentos constantes em seu telhado, com clara evidência de falta de manutenção preventiva (não interessa somente a corretiva) tendo vazamentos das águas das chuvas, inundando as dependências da nave central, onde voluntariamente pessoas que residem na cidade fazem o esforço para manterem o local para receber os paroquianos.




Há de reforçar nesta missiva que correm perigo também os retábulos laterais da Matriz por conta das infiltrações provenientes de umidade!
Já o Convento e a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, está com suas atividades paralisadas, com as portas fechadas para quaisquer visitas, estando a mercê de vandalismos que possam ocorrer por não haver um quadro efetivo para direcionar as atividades do local.




Há de se supor que seria necessário um esforço conjunto entre os poderes civil e religioso para manter as atividades em funcionamento continuo, pois como consta a placa no edifício é um bem material referido como “Patrimônio Histórico Artístico Nacional” e além de receber a referência de bem tombado deve ser mantido com zeladoria para preservação!
Com a palavra o “eminente” Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que é o instituto brasileiro que tem a competência de gestão, proteção e preservação do patrimônio histórico e artístico do Brasil, devendo cuidar dos Patrimônios Nacionais.
(Consta na página da Prefeitura local como sendo a última intervenção na Matriz ocorrida em 1992 e que manteve o local fechado para obras de restauração por 5 anos!)

Vide:

Diretrizes de Tombamento na Cidade de São Paulo


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