quinta-feira, 19 de março de 2009

Riqueza Natural! A Quem Pertence?


RIQUEZA NATURAL! A QUEM PERTENCE?
ITABIRA - mudanças indesejáveis feitas pela Vale
Há um exemplo clássico em Itabira, Minas Gerais, que de algum modo demonstra a exploração do minério de ferro muito intensa por parte da multinacional Companhia Vale do Rio Doce, hoje simplesmente Vale pois realmente vale US$, alterou a bela paisagem da cidade onde o morro de Itabira, a Cidade do Ferro, conhecido pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, pergunta quem levou o morro, ficou com o beneficio, e os moradores naturais ficaram com o prejuízo, pois os benefícios auferidos pela cidade duraram até quanto durou a exploração sem contar que os dejetos provenientes do minério de ferro, que são muito tóxicos e de grande poder em poluir nascentes, rios, torna-se herança indesejável.

RIO POMBA EMPRESA DE MINERAÇÃO LTDA - desastre ecológico

Vazamento do rejeito da bauxita, minério do alumínio, provocado pelo “Rio Pomba Empresa de Mineração Ltda, em Miraí, Minas Gerais, contaminando os rios Fubá e Muriaé, atingiu proporções com mancha de 70 quilômetros ultrapassando fronteiras atingindo a capitação e distribuição de água de Lage de Muriaé, no Rio de Janeiro, além da mortandade de peixes. As explicações técnicas em nome do progresso desenfreado não compensa o desastre não só da argila mas o subproduto do minério que se torna dejeto indesejável e que não interessa ao processo industrial da empresa.

RIO MADEIRA - progresso privado

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) é acusado de retardar a construção das barragens do rio Madeira, de investimento de 10 bilhões de dólares, já conhecido de projetos anteriores que lançou dinheiro na Madeira-Mamoré e em rodovias que nunca foram concluídas. Não há interesse em formalizar documentos de biólogos ou engenheiros ambientais, mas os interesses de Furnas Centrais Elétricas e da Construtora Odebrecht, e outros consórcios danosos de barrageiros, partidários de soluções de mega-investimentos em barragens que detém os maiores projetos faraônicos com holding interessada em lucros. Por outro lado parece que há um grande interesse do Ministério de Minas e Energia retomar o plano sobre a construção da Usina Nuclear Angra 3, soluções ambíguas. O Conselho Nacional de Política Energética poderá discutir o dilema entre a construção de usinas hidrelétricas e a proteção ao meio ambiente. O político anda de mãos dadas com o econômico em detrimento da pouca organização social, foi uma queda de braço entre ministérios de meros interesses de poder.
Os ribeirinhos não possuem nenhuma influência, pois estão dispersos em todo curso do rio e não terão forças para mobilização e debater seu próprio desenvolvimento e o projeto do Sistema Hidrelétrico do Madeira escoara a energia produzida para áreas de maior interesse econômico, Rondônia terá pouca participação. A única lei do Brasil é a bala assassina do covarde contra Chicos Mendes e Dorothys.
Para evitar interferências desagradáveis deve ter gerenciamento do que é reversível e o que não se pode admitir, como por exemplo, a cratera estéril deixada no local após a exploração das minas e uma comunidade de pobreza gerada do tempo da durabilidade da exploração feita pelas “parcerias públicas privadas”, ou seja, o político e econômico.Não aceitar as promessas, propostas indenizatórias pois é melhor suportar o inferno verde que lhe dá sustento que engrossar a miséria das cidades.Temos que começar a pensar a história da América Latina, evitando tornar-se latrina de dejetos das multinacionais, evitando contrastar com civilizações que já destruíram suas capacidades e interferem nos destinos das suas ex-colônias, condições de escravismo intoleráveis que querem perpetuar no econômico.

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