segunda-feira, 29 de junho de 2020

50 ANOS DO MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO: JUBILEU DE OURO


MAS: Sua inauguração e seu acervo

O Museu de Arte Sacra de São Paulo está localizado à Avenida Tiradentes, número 676, no bairro da Luz, São Paulo. Instalado no Mosteiro da Luz, no Convento das irmãs enclausuradas da Ordem das Cocepcinistas da Imaculada Conceição, em edificação colonial do século 18. Ao Mosteiro da Luz dos Campos do Guaré, em 1603 foi trazida a imagem de Nossa Senhora da Luz, às margens do Rio Anhembi nos Campos do Guaré, hoje Bairro da Luz.
O grande acervo do museu de arte sacra de São Paulo teve em Dom Duarte Leopoldo e Silva, seu primeiro arcebispo assentado na cátedra em 1907, o grande incentivador, recolhendo primeiramente em todo o estado peças de valor histórico que foram concentradas no Museu da Cúria de São Paulo, que tornou-se fiel depositária do acervo com o que deu origem, mais tarde, ao Museu de Arte Sacra de São Paulo, em 1970, quando foi firmado convênio entre a Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o Governo do Estado pelo Decreto de 28 de outubro de 1969 onde foi criado o Museu de Arte Sacra de São Paulo, acervo acolhido no Mosteiro da Luz (dos Campos do Guaré). O convênio tem como objetivo assegurar uma sede para o antigo Museu da Cúria.
O acervo foi sendo formado e ampliado com peças do período colonial a partir do século 16 até o século 20, muitas do interior do Brasil e até exterior, sendo considerado um dos mais completos museus do país no gênero, compondo de aproximadamente 1.800 peças colecionadas de imagens sacras, prataria religiosa, joias, altares, livros litúrgicos raros, mobiliário, pinturas, ampliado ainda com doações particulares e de aquisições de provimentos do Conselho Estadual de Cultura.
A coleção possui obras de artistas como Antonio Francisco Lisboa, Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Mestre Valentim, Mestre Ataíde, Almeida Júnior e Benedito Calixto.
Coube ao Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Agnelo Rossi a empreitada do assentamento de caráter permanente, pois o acervo era apresentado em exposições itinerantes desde os tempos do bispo Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta.
Um acervo diversificado
Ao acervo inicial, juntou-se um conjunto de imagens e pinturas transferidas pelo governo do estado do Museu do Ipiranga e outras peças sacras adquiridas no mercado de arte por Luís Arrobas Martins.
Outras ainda seriam doadas por artistas, colecionadores particulares e empresários, nomes como os de Pietro Maria Bardi e Ciccillo Matarazzo, doador do presépio napolitano do século 18 com mais de 1600 peças mostrando o cotidiano de uma cidade em seu dia a dia na época do Advento.
Na década de 1970, assume a direção do museu o padre Antonio de Oliveira Godinho, que busca reformular o perfil museológico da instituição e estabelece critérios didáticos para a exposição das obras do acervo que demonstra todo seu dinamismo nestes 50 anos de sua inauguração.


Referências:

ALTARES DE SANTO AMARO e o MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO


Acervo: créditos MAS

Fotos: Carlos Fatorelli (vide abaixo algumas imagens)













































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