terça-feira, 3 de janeiro de 2023

As Carreatas dos Taxistas para Pirapora do Bom Jesus com Carlinhos Turquinho de Santo Amaro/SP

 As Carreatas de São Cristóvão de Santo Amaro para Pirapora 

Carlos José Samaha, o Turquinho de Santo Amaro, era taxista em São Paulo e em informalidade dizia ter sido o avalista da sede do sindicato localizado na Rua Israel, um valor na época de 10 mil contos, dizia que era um valor muito alto. Por muito tempo foi diretor do sindicato e controlava os pontos numerados de toda a cidade.


 Era conhecido pelo apelido de Turquinho, ganho na mocidade, mas dizia que sua família era do Líbano, e que os passaportes de quem estava nessa região eram expedidos como da Turquia. Seu tio Jorge Fares, veio para Santo Amaro e tinha um sítio no Jardim São Luiz, que era considerada área rural de São Paulo.

 Para agradecer pelos taxistas terem conseguido sua sede e outros coisas relacionadas a categoria, junto com outros amigos que faziam ponto do lado da igreja de Santo Amaro, elaboraram a romaria que começou a frequentar ano a ano a cidade de Pirapora do Bom Jesus, em São Paulo e que era completada com veículos particulares da redondeza. 

Dizia ter tido um Mercury 48, preto, um carro de primeira linha que era requisitado para casamentos na região.

Era bem conhecido no meio dos taxistas e sempre estava à frente das comemorações de São Cristóvão com participação maciça da categoria, em homenagem a santo protetor dos motoristas, comemorado em 25 de julho.

Era o único que possuía uma Perua Kombi com placa vermelha e taxímetro na cidade de São Paulo, era até uma curiosidade para o trânsito.

Com o tempo essas carreatas foram perdendo essa intensidade de antes, mas o Carlinhos Turquinho, como era chamado, não esmoreceu e na época ligava para um, para outro e com pouco mais de uma dezena de carros fazia a Romaria para ir à missa em Pirapora e lá fazia questão que o padre fosse onde estavam os carros para serem benzidos.

Com o tempo passando e chegando para o Turquinho Taxista já na casa dos 80 anos, teve que mudar de rumo e mesmo assim, fazia questão de ir ao dia de São Cristóvão a igreja localizada na Avenida Tiradentes, em São Paulo.

Turquinho foi o que não deixou morrer essa “romaria” até o dia que ele partiu dessa vida com 86 anos de idade, talvez lá no céu ainda faça homenagens a São Cristóvão que o protegia dos perigos do trânsito aqui na Terra.

(Crédito da foto antiga em pesquisa e as outras na montagem, deste missivista que acompanhou essa jornada por algum tempo)

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