COMO TUDO COMEÇOU
A empresa Zanotta, Lorenzi e Cia, assumiu o controle da Societè Anonyme des Chocolats Suisse, em São Paulo no ano de 1916, tornando-se detentora da marca Lacta. Zanotta, Lorenzi & Cia, possuia escritório à Rua Visconde do Rio Branco, 62.
Por sua vez os armazéns, à Rua dos Gusmões, nº 70, dirigidos por Carlos Zanotta e Eduardo De Lorenzi que detinha a marca de chocolate Andorinha, registrada na Junta Comercial, sob número 1804.
A
Casa Tolle, na rua XV de Novembro, em São Paulo, importava chocolates para o
mercado interno, em 1885.
Os ramos de atividade eram a fabricação de chocolate, refinação de açúcar, destilação de álcool e a preparação do licor de chocolate Cusenier. A fábrica principal ficava na Rua Piratininga, 27, e tinha uma frente de 60 metros e uma área de 18.000 metros quadrados. Produziam diariamente de dois a três mil quilos de bombons de chocolate de várias qualidades, com a marca Abelha.
Os ramos de atividade eram a fabricação de chocolate, refinação de açúcar, destilação de álcool e a preparação do licor de chocolate Cusenier. A fábrica principal ficava na Rua Piratininga, 27, e tinha uma frente de 60 metros e uma área de 18.000 metros quadrados. Produziam diariamente de dois a três mil quilos de bombons de chocolate de várias qualidades, com a marca Abelha.
A primeira fábrica de
chocolates do Brasil foi a Neugebauer Irmãos
& Gerhardt em 1891, no Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
fundada por imigrantes alemães, os irmãos Franz e Max Neugebauer, juntamente com o sócio Fritz Gerhardt.
Em 1906 os italianos Zanotta, Lorenzi & Cia
começam a importar os chocolates Poulain Lacta, diretamente da França.
Uma fábrica de
chocolate em São Paulo: LACTA
A Lacta foi fundada no
Brasil em 21 de janeiro de 1912[1],
quando um grupo liderado pelo cônsul suíço Achilles Izella criou a Societè
Anonyme des Chocolats Suisse.
O grupo fundador, do qual faziam
parte três industriais, um professor, um comerciante, um engenheiro e um
arquiteto, todos com sobrenomes estrangeiros (Isella, Rapp, Hottinger, Ritter,
Kesserling, Reinmann e Streiff) que importaram diversas máquinas da Alemanha e
da Suíça, e adquirido um amplo galpão na rua José Antônio Coelho, na Vila
Mariana. Perto dali, na rua Domingos de Moraes, o grupo montou uma loja para a
venda dos chocolates. A loja foi batizada como “A Suíça”, embora vendessem
chocolates feitos no Brasil.
A empresa Zanotta, Lorenzi e Cia, assumiu o controle da Societè Anonyme des Chocolats Suisse, em São Paulo no ano de 1916, tornando-se detentora da marca Lacta. Zanotta, Lorenzi & Cia, possuia escritório à Rua Visconde do Rio Branco, 62.
Por sua vez os armazéns, à Rua dos Gusmões, nº 70, dirigidos por Carlos Zanotta e Eduardo De Lorenzi que detinha a marca de chocolate Andorinha, registrada na Junta Comercial, sob número 1804.
Crédito: Correio Paulistano
Já detentora da fábrica Lacta à
rua José Antônio Coelho, nº 20, a empresa incendiou-se em 6 de janeiro de 1925,
com grande prejuízo, que jamais conseguiu recuperar-se e em 22 de abril de
1930 foi forçada a entrar com um pedido de concordata, da qual saiu em 1933, conseguindo manter o mercado aberto para seus dois principais produtos, o Guaraná Espumante e o Chocolate Lacta, que já era uma marca bastante conhecida pelos consumidores. Depois de vários percalços abriu falência em 1937.
O Grupo Chateaubriand, de Francisco Assis Chateaubriand Bandeira de Melo dos Diários Associados, formou a Indústria Lacta S.A. registrada
na Junta Comercial do Estado de São Paulo em 8 de dezembro de 1938, com o
número 12.065. Neste mesmo ano nasceu o chocolate Diamante Negro, batizado em
homenagem ao artilheiro de futebol da Copa do Mundo da França, o brasileiro Leônidas
da Silva. Foi lançado também o bombom Sonho de Valsa e em 1942, o Bis.
Em 1941 o Grupo Adhemar de Barros, que pertencia a
família tradicional de cafeicultores e que foi governador e prefeito de São
Paulo, assumiu o controle da empresa que recebeu a razão social “Indústria de Chocolates
Lacta”, e em sua gestão em 1942 foi lançado o tradicional produto da empresa: o
Bis, que detém sua hegemonia até os dias atuais. Mais tarde, Adhemar de Barros
Filho administrou a Endipa[2]
Participações Ltda, empresa que detinha a posse majoritária de ações de outras
empresas.
Acervo Lacta
A Lacta muda-se para o Brooklin Paulista
em 1957
Em 1957 uma nova indústria da
Lacta foi idealizada na região Santo Amaro, sendo projetada pelo arquiteto João
Francisco de Andrade e construída pelo engenheiro Joaquim Procópio de Araújo em
terreno amplo de 97,50 metros por 241,40 metros no Brooklin Paulista, na Rua
Barão do Triunfo, número 142. Em 1984 a Endipa vendeu 40% das ações para a multinacional Interfood,
que mudaria seu nome para a empresa suíça Jacobs Suchard[3].
Hoje, a marca Lacta faz parte do segmento da Mondelez International[4] (MDLZ).
No Brasil, a Mondelēz International está presente desde 1993, ano
em que, o nome era Kraft Foods Inc, adquirente da Q-Refresko[5]
S.A., companhia líder em bebidas em pó em todo o país. Três anos
depois assumiu o controle total da Indústria de Chocolates Lacta S.A, também
líder em confeitos de chocolate.
Hoje, a marca Lacta faz parte do segmento da Mondelez International[4] (MDLZ).
Acervo Lacta
AS TRANSAÇÕES DE MERCADO:
Philip Morris Brasil
Indústria e Comércio Ltda; Altria; Kraft Foods Inc; Lacta; Mondelēz
O grupo Philip Morris tornou-se proprietária da
empresa Kraft-Lacta-Suchard. O grupo fez a transferência da unidade de produção
de refrescos da marca Tang, de São Paulo, para a Cidade Industrial de Curitiba,
onde eram produzidos cigarros para exportação. Por sua vez uniu-se a Altria, empresa focada
no consumo de cigarros nos Estados Unidos, enquanto a Philip Morris se concentra
em vender cigarros no exterior.
A produção de sucos Tang e Clight
e chocolates Lance, Amandita e Brek passou para a fábrica de 42 mil metros quadrados
que já foi utilizada pelo grupo Philip Morris na produção e exportação de cigarros.
A Kraft Foods Inc. é a maior empresa
de alimentos dos Estados Unidos, e a segunda maior do mundo. Pertenceu a Philip Morris (renomeada
para Altria em 2003), à qual foi vendida em 1988 pelo valor de $ 12,9 bilhões de dólares,
que posteriormente fez uma fusão com outra subsidiária chamada General Foods.
No Brasil, a
Kraft Foods adquiriu a Lacta no ano de 1996[6] do grupo americano Altria,
holding de alimentos e cigarros Philip Morris Companies Inc.
Acervo: Planta Fabril da Mondelēz International
A divisão de produtos alimentares de Philip Morris
Companies Inc, tornou Kraft General Foods. Em 1º de outubro de 2012 em duas empresas independentes, com
sua unidade de alimentos de confeitaria,
doces e guloseimas, passou a se chamar Mondelēz International. A outra unidade, que continuou com o nome Kraft Foods,
comandando os produtos processados, como queijos e massas.
Em Curitiba a Maior Indústria de Chocolate
A fábrica de produção da Mondelēz International, situa-se
na Cidade Industrial de Curitiba, onde antes
estava a Philip Morris Brasil[7] Indústria e Comércio Ltda. Hoje, a Mondelēz é a
fabricante nº 1 de chocolates no Brasil e no mundo. Sua sede fica em Deerfield,
Illinois, Estados Unidos, e fabrica chocolates, biscoitos, chicletes, confeitos e bebidas em pó. A Mondelēz tem
várias subsidiárias e
marcas, como Belvita, Chips Ahoy!, Nabisco, Oreo, Ritz, TUC, Triscuit, LU, Clube Social, Barny, Peek Freans, marcas de chocolate Milka, Côte d'Or, Toblerone, Cadbury, Green & Black's, Freia,
Marabou, Fry's, Lacta, Trident,
Dentyne, Chiclets, Halls, Stride, Tate's Bake Shop e a marca
de bebidas em pó Tang.
Referências:
CORREIO PAULISTANO 19 de março de 1930
CORREIO PAULISTANO 24 de abril de 1930
CORREIO PAULISTANO 01 de agosto de 1915
CORREIO PAULISTANO 14 de agosto de 1915
CORREIO PAULISTANO 07 de março de 1918
Folha de Londrina 28 de janeiro de 1999
Folha de São Paulo 11 de abril de 1994
Folha de São Paulo 28 de setembro de 1999
Revista Mackenzie, nº 121, de 1953
[1] Seguiu a Kopenhagen
em 1928, a Garoto em 1929 e, a suíça Nestlé em 1959
[2] A Endipa foi dona da Visconti, que fabricava
confeitos e ovos de páscoa.
[3] Em 1819 François-Louis Cailler instala,
em Corsier-sur-Vevey, Suíça, uma das primeiras manufaturas de chocolate
mecanizadas, criando a marca de chocolate mais antiga até os dias atuais. O
chocolate entrava na Suíça encontraria seus melhores promotores e pioneiros da
indústria. Em 1826, Philippe Suchard abre uma fábrica de chocolate na França, em Serrières.
Sob a direção de Klaus
Johann Jacobs, assumiu a empresa suíça Jacobs Suchard, em 1970, expandindo-a
para outros segmentos. Fundiu-se com a empresa suíça de chocolate Interfood em
1982, e comprou a americana Brach's Candy em 1987. Jacobs Suchard, com exceção
da Brach's e da Interfood, foi vendida para a Kraft Foods em 1990. Entre as
décadas de 1970 e 1990, foi produzido pela Jacob's na Irlanda.
Klaus Johann Jacobs, nascido
na Alemanha, Bremen, em 3 de dezembro de 1936, fundou duas empresas de
exportação de café antes de ingressar no negócio de café de sua família, Johan
Jacobs & Co., em 1961. Ele o expandiu para chocolate e transformou a
empresa no maior vendedor de chocolate e café da Europa, adquirindo as firmas
suíças Tobler e Suchard, fabricantes da barra de chocolate Toblerone em 1982. Depois
de concluir o ensino médio e o treinamento profissional, ele foi para a América
Central como comerciante de café. Retornando à Europa em 1961, ele assumiu a
liderança da subsidiária austríaca da empresa de café de sua família. Em 1970,
depois de obter um mestrado executivo na Universidade de Stanford, Jacobs
assumiu a direção da Johann Jacobs & Co., mudando a sede da empresa para
Zurique em 1973. Em 1970, as famílias Suchard e Tobler formaram a Interfood. Em
1982, a Interfood foi adquirida por Klaus Johann Jacobs e tornou-se parte da
empresa Jacobs Suchard. Em 1987, a empresa Suchard adquiriu 66% das ações da
empresa de chocolate Côte d'Or. Em 1990, o conglomerado americano Philip Morris
(agora Altria) anunciou a aquisição da empresa Jacobs Suchard por 3,1 bilhões
de francos suíços (US $ 2,2 bilhões na época).
Em 1993, a KJS ou Kraft
Jacobs Suchard foi criada pela combinação da Kraft General Foods Europe e
Jacobs Suchard tornou-se parte da Kraft Foods, a segunda maior empresa de
alimentos do mundo.
Klaus Johann Jacobs, magnata
do chocolate, filantropo e amante de ópera, morreu aos 71 anos, em Kuesnacht,
perto de Zurique. A gigante de alimentos e tabaco Philip Morris uniu
suas unidades europeias de alimentos, Kraft General Foods Europe e Jacobs
Suchard AG, em uma única empresa. A nova empresa, chamada Kraft Jacobs Suchard,
sediará de Zurique, Suíça. Tudo começou com as
aquisições da General Foods Corporation em 1985 e da Kraft Inc. em 1988, que
incluíam marcas europeias bem conhecidas como cafés Cafe HAG, Gevalia e Maxwell
House, chicletes de Hollywood e queijos Kraft, Filadélfia e Invernizzi. Com a
aquisição de Jacobs Suchard (1990) e Freia Marabou (1993), a confeitaria foi
adicionada como uma nova categoria.
[4]
Mondelēz International, Inc. Conglomerado multinacional estadunidense de alimentos. Foi fundado em outubro de 2012, após ser
oficializado a mudança de nome da divisão de doces da Kraft Foods, que era
apenas Kraft Foods para "Mondelēz International". A empresa fica
sediada em Deerfield, Illinois e
fabrica chocolates, biscoitos, chicletes, confeitos e
bebidas em pó. A Mondelēz tem várias subsidiárias e
marcas, como Belvita, Chips
Ahoy!, Nabisco, Oreo, Ritz, TUC, Triscuit, LU, Clube Social, Barny,
Peek Freans, marcas de chocolate Milka, Côte
d'Or, Toblerone, Cadbury, Green &
Black's, Freia, Marabou, Fry's, Lacta,
marcas de pastilhas elásticas e para tosse Trident,
Dentyne, Chiclets, Halls,
Stride, Tate's Bake Shop e a marca de bebidas em pó Tang.
[5] A Phillip Morris tornou-se dona da Kibon,
que controlava a Q-Refresco, também fabricante de chocolates e confeitos. Sede da Empresa: PHILIP MORRIS
BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Av. João Gualberto, 241, Centro Cívico,
Curitiba, PR
[6] A Kraft Foods Inc. foi fundada em 1903, teve lucro de US$ 3,5 bilhões em 2011 e possui sua sede brasileira em Curitiba. Possui seis fábricas no Brasil: três em Curitiba (PR), uma em Bauru (SP), uma em Piracicaba (SP) e uma em Vitória de Santo Antão (PE). O grupo mantém uma fábrica em Portugal: Mem
Martins, no
concelho de Sintra.
[7] A
Philip Morris Brasil inaugurou em Santa Cruz do Sul (RS), a fábrica que
centraliza toda a sua fabricação de cigarros. Além da linha de montagem, o
local possui uma gráfica e laboratórios de análise de produtos, em área
construída de 40 mil metros quadrados, a unidade recebeu investimento de R$
113,5 milhões e passa a abrigar os 1,6 mil funcionários da empresa na cidade. Rua Victor Frederico Baumhardt, 505, Distrito Industrial, Santa Cruz do
Sul, RS.
Sem comentários:
Enviar um comentário