quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CIDADE, O GRANDE MONUMENTO BURGUÊS - (06) : CONTROLE POLÍTICO DO “PÃO E CIRCO” SOBRE A PERIFERIA PAULISTANA

PALANQUES POLÍTICOS E O VOTO DE CABRESTO NA CIDADE DE SÃO PAULO

Há muito que em todas as cidades existe um controle dos órgãos públicos para barganha de benefícios. Havendo um controle das comunidades haverá um “seqüestro” das mentalidades de pessoas que possuem carências advindas da inoperância do poder público. O loteamento das subprefeituras fomenta esse modelo que traz um beneficio político futuro nas urnas da democracia, não tanto democratas, instituindo a oferta e procura o vereador da cidade controlando áreas físicas que lhe dará o voto de cabresto.

As entidades necessitando do básico de estrutura para subsistência, deixando-se envolver neste modelo virando capacho das botas destes indignos representantes. Faltando três meses para as eleições eles se desdobram para manter esse modelo de compra de votos. Participam de todo tipo de aparição: religiosa, festa de aniversário, bingo beneficente, inauguração de campo de futebol onde estendem suas faixas mostrando seus feitos com o dinheiro público.

Assumem como homens esportivos, estando presentes a todo campeonato nos centros desportivos comunitários, clubes- escolas, escola de samba, escolas onde haja homenagem há uma determinada autoridade, enfim onde houver um contingente de pessoas montam-se estrutura, com seus correligionários, com som excedendo o volume para que a comunidade seja atraída e traída com um churrasco minguado regado a bebida onde poucos conseguem angariar um naco de pão seco.Montam palanques em todos os locais da cidade, e prometem ao microfone resolver todos os problemas de todas as comunidades: água, luz, asfalto, e saúde controlada por um sistema de parceria com entidades fomentadas através de sistemas de conselheiros manipulantes, nos quais muitos acreditam poder transformar o grande “gargalo do ladrão”, onde jorra o dinheiro que nunca se sabe o montante do repasse municipal as estas organizações sociais.Se houver necessidade de uso hospitalar o egrégio representante do legislativo “conseguirá” a internação necessária, mas que será faturado no futuro na conta do paciente: o seu voto de cabresto.

Alguns representantes do legislativo tornam-se executivos com suas próprias construtoras do ramo civil, e fazem um “asfalto casca de ovo” lavado com a primeira chuva após as eleições. Entram em muitas concorrências públicas como empresa idôneas do campo privado, escondendo seus nomes de homens públicos a servir o povo que lhe elegeu, atrás de um “laranja majoritário” verdadeiro testa de ferro que controla todas as operações.

Não há lisura nas obras públicas pela cidade de São Paulo, tanto que muitas obras não possuem indicações de valores das mesmas, somente aparecem o valor quando o montante é elevado, obrigatoriamente licitada em verbas de contratos de grandes empreiteiras, por vezes multinacionais, que precisam de controle dos valores evitando auditoria futuras.São Paulo não sabe como e quanto gasta, e seus planejadores são sempre incapazes de sustentar suas previsões orçamentárias, relegando sempre os impactos sociais, aliás o social é o último quesito a ser colocado em orçamentos das exigências, sendo primeiro levado em consideração a reabilitação urbana controlada por política econômica desta higienização.

Respeitáveis senhores vereadores, deputados e senadores preocupados com as causas básicas do país deveriam se eleger por no máximo duas vezes como já feito nas autênticas democracias, para presidência de república, governadores e prefeitos e que após o tempo estipulado voltem a cuidar de suas empresas privadas, evitando desmandos com aquilo que deve ser controlado pelos verdadeiros donos dos impostos recolhidos: o cidadão.Enfim isso tudo parece raciocínio simplista, e o é, mas o controle por parte do poder político na periferia é real e acontece verdadeiramente.

A população esta a mercê destes “salvadores e controladores” de áreas loteadas entre eles, além de ameaçar com retaliações as comunidades se houver um percalço nos interesses controlados. Apoderam-se das obras públicas e em seus discursos assumem serem o pai, ou mãe daquela obra que obrigatoriamente seria realizada na cidade de São Paulo. São estelionatários, pois assumem as obras vendendo facilidades às contratadas, possuindo uma confraria de benefícios próprios e em nome da imunidade parlamentar, seduzindo a comunidade com ofertas da imundície.

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