terça-feira, 2 de setembro de 2008

CACICADO DAS OLIGARQUIAS

CACICADO DAS OLIGARQUIAS

Por muito contribui com o governo brasileiro na sua modernização, embora saiba que tudo foi financiado com investimento estrangeiro, pois não possuímos reservas monetárias(sempre alardeiam empréstimos externos!)para impulsionar pesquisas de nosso imenso potencial, com desenvolvimento próprio.

Exponho porque trabalhei em empresas estrangeiras, nos Planos Nacionais de Desenvolvimento,(PND) que “tropicalizaram” máquinas para siderurgia e mineração, e o know-how, com raríssimas exceções, vieram de países detentores do saber tecnológico, porque o Brasil, infelizmente tem déficit de tecnologia de ponta.
Somos controlados em vários segmentos que não interessam mais a grupos dos países de alto desenvolvimento tecnológicos, a saber: quando se precisa que se construa em grande escala qualquer equipamento monstruoso, as estruturas metálicas de caldeiraria(destruiram a MAFERSA construtora de trens e a FRONAPE navios, e agora divulgam que seremos construtores de navios em antigos estaleiros!) usam nossa mão de obra barata com baixa qualificação, força de trabalho exaustivo, com uma habilidade adquirida por cursinhos de ocasião, para construir produtos com tecnologia de fora, provinda de indústrias estrangeiras que adquiriram pequenas empresas familiares nacionais e assumem o controle acionário.

O Brasil nunca teve uma revolução industrial, e no andar da carruagem nunca terá, e será sempre subalterno, sempre dependente, com um povo humilde que é controlado pelas oligarquias, isto em todo território nacional. Estamos submissos aos interesses de poucos autocratas que governam pouco para o todo e muito para si. Não espanta o continuísmo do “cacicado”, pois vem de longa data e perdura, ora como golpe, ora como ditadura, ora como república sindicalista, embora os intelectuais não concordem, mas é só olhar cargos executivos e analisar, mas nunca como uma real revolução social, no âmago do problema, pois a preocupação maior do Estado é criar subsídio aos interesses políticos e econômicos.

Este casamento, político e econômico, geraram um social abandonado, um filho pobre sem estudo, sem condições básicas de moradia com déficit de 28 milhões de residências populares enquanto em São Paulo com sua famigerada “gentrificação”, enobrecimento do centro, seja a maior construtora de prédios de luxo, talvez superado somente pela China, controlado por meia dúzia de empreiteiras.
Sempre resta a indignação, desta incapacidade de resolver os problemas da nação onde não há plena democracia, questionando o que fazer para construir uma nação livre. Todas as soluções desastrosas estão atreladas ao séqüito poder, sem ideologias de direita ou esquerda, sem diferenças.

Toda América Latina esta acorrentada pelos interesses capitalistas, e que nossa única virtude é possuir reservas vitais suficientes para crescer ainda mais a economia dos países mais ricos do mundo, num nítido segundo estágio de colonização através do extrativismo do natural, de reservas esgotáveis, deixando para trás rastro de miséria e destruição, pois esgotam ao limite a capacidade local, além da destruição humana.

O povo é adestrado para ser usado como reserva de mão de obra descartável, que na sua simplicidade não observa a sutileza a sua volta, ainda não percebeu que o soldo recebido por determinada atividade esta sobre o controle do Estado mancomunado com os interesses de uma economia globalizada e controlada por grupos internacionais que detém toda a riqueza produzida nos três “AS”: América(Latina), África e Ásia.

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